sábado, 20 de dezembro de 2008

Crítica do Amer: River City Ransom


Eu estava planejando fazer review de um RPG hoje, mas tive uma de minhas constantes e frequentes mudanças de idéia. Se você frequenta meu outro blog há algum tempo, deve estar acostumado com isso, os leitores mais antigos vão lembrar do quanto eu demorei pra escrever sobre Riki - OH.

Mas enfim, eu não estou com muita paciência para fazer um review muito longo hoje, porque passei o dia arrumando programas mal instalados no PC e estou escrevendo este texto madrugada. E agora me lembro que vocês não vem até aqui pra saber sobre meu dia chatíssimo, mas para ler reviews de games e é isso que vocês terão.

River City Ransom é um clássico beat'em up do NES, da época que este gênero era o rei supremo da preferência do público. Ele foi produzido pela Technos, mesma responsável por Double Dragon e Combatribes, dois clássicos games onde os jogadores se tornavam responsáveis pelas mortes de incontáveis pessoas para salvar a namorada.

Ou a cidade, sei lá, o enredo de Combatribes nunca foi muito claro.

Pois bem, em River City Ransom, a namorada do herói principal era seqüestrada por uma das diversas gangues da cidades e o rapaz (acompanhado de seu amigo feio) tinham de sair por aí brutalizando uma tonelada de pessoas até reaver a menina.


A jogabilidade é bastante simples. Há socos, chutes, você pode pegar armas do chão e é só.


Pode parecer pouco, mas é mais que o suficiente para se virar ao longo do game. Socos e chutes são eficientes, mas é na parte das armas que River City Ransom se destaca. Há uma variedade tão grande de armamentos que podem ser recolhidos que o game nunca se torna cansativo.

Paus, correntes, socos ingleses, caixotes, latas de lixo e mais uma porrada de coisas poem ser encontradas ao longo dos cenários e usadas para espancar os oponentes.

E se não houver nenhuma arma por perto, você pode pegar um adversário caído e usá-lo como porrete contra um inimigo. Sim, é absurdo, mas inacreditavelmente divertido. Você vai abrir um sorriso de orelha a orelha quando estiver segurando um oponente pelos pés e chocar o coco dele contra o de um adversário.

Se estiver jogando com um amigo, você pode derrubá-lo e usá-lo como arma também, o que pode acabar com a amizade mais rápido que uma partida e Battletoads.

...

Na verdade, não existe game melhor pra destruir uma amizade que Battletoads, mas este aqui chega perto.

Os oponentes são sempre os mesmos, a única diferença de uma gangue para outra sendo as cores de suas roupas. Quanto mais avançar, mais fortes os caras ficam e maiores as chances de estriparem seu personagem.

Mas isso não chega a ser um problema muito grande, pois você pode evoluir seu herói.


Ao longo do game, você encontra diversas lojas, que variam de lanchonetes e casas de sushi até livrarias e casas de banho.


A maioria dos itens comprados além de recuperar sua energia aumenta seus atributos como força, agilidade, potência do soco ou do chute e aumentam sua barra de energia. É meio complicado saber o que vai aumentar com qual item ingerido, então a melhor coisa é parar em todas as lojas e comer de tudo um pouco para evoluir o personagem de forma equilibrada.

Há livrarias também e toda vez que comprar e ler um livro, seu personagem pode aprender um novo golpe ou ter a força e velocidade de um de seus movimentos melhorada.

Mas claro, nada disso sai de graça.

Toda vez que derrotar um inimigo, ele deixa uma moeda. Espanque uma multidão e terá grana o suficiente para entupir a cara de comida e ampliar seus conhecimentos literários.

Claro, evoluir o personagem e torná-lo uma máquina de matar tão eficiente quanto Charles Bronson leva tempo. Você vai espancar capangas, comprar habilidades e melhorar atributos, depois surrar mais gente, juntar mais grana e ficar mais forte e vai continuar nisso por algum tempo.

Não é um processo esmagadoramente cansativo, mas pessoas que não tenham paciência para fazer "grinding" podem ver nisso um empecilho para apreciarem o jogo.


Outra coisa, a cidade é bastante grande.


Digo, para um game de 8 bits, River City Ransom é bastante vasto. Quando sair de um cenário, desembocará em outro e deste pode voltar para o anterior ou seguir em frente.

Embora o game seja bastante linear, é possível se perder pela cidade em alguns momentos. Principalmente porque os locais com lojas são todos meio parecidos e você pode não saber exatamente se avançou ou se voltou até entrar em um estabelecimento para checar se já esteve nele antes.

Novamente, não é gigante como Legend of Zelda, mas é bem maior que Double Dragon e é preciso uma certa dose de paciência para se aventurar pela cidade na primeira vez.

Tanto que o game possui password, algo inédito até então para games de pancadaria.

Se bem que este sistema era mais necessário para não se perder os dados de evolução de seu personagem que qualquer outra coisa. River City Ransom é maior que a média dos beat'em ups da época, mas pode ser terminado em uma tarde se jogado com afinco.


Sem dúvida alguma, River City Ransom é um dos melhores games do NES. É simples e divertido, mas é complexo o suficiente dentro de seu gênero para não se tornar cansativo e estimular novas sessões de jogo.


E aparentemente, os responsáveis pelo seqüestro da namorada são os irmãos Lee.

Eu juro, toca a música tema de Double Dragon quando se enfrenta os gêmeos que se enfrenta antes do chefe final! Talvez eles estivessem buscando retribuição kármica por terem sido obrigados a lutar até a morte após resgatar Marion.

Ou a Technos Japan simplesmente resolveu reciclar o tema de Double Dragon porque sabia que empolgaria aos fãs da franquia e os faria debater este assunto pelos vinte anos seguintes.

Acredito que nunca teremos uma resposta. Fazer o quê?

Cheers!!!

8 comentários:

Thyago disse...

não fui da época do NES, sou da época do SNES...
mas este game me deixou um pouco de vontade de procurar ele na internet e jogar num emulador.

um pouco

não foi pelo seu review, ficou ótimo como sempre, é que tou ainda aproveitando o final fight que baixei terça XD

Bruno disse...

Belissimo Review Amer, muito bom mesmo goste.

Mas você falou que Battletoads estraga uma amizade rapidamente, e já que nunca joguei tal game antes gostaria de saber o por que.

Lance Sonovavish disse...

Battletoads ...tava jogando ele pelo emulador do PS2 com um amigo..e quase saimos no pau...


Incrivel como os jogos antigos ainda são mais emotivos...

Frodo Dylon disse...

se não me engano, esse jogo tem uma versao para game boy advance que ta um pouco melhorada com relação aos graficos

tem tbm um River city Ramsom para o super nes, mas infelizmente só existe em japoses e se converter para ingles (com aquele sistema que se faz para traduzir roms) ele trava lá pra frente, e o infeliz é um puta jogo grande!

resumidamente eu sou mó fã desse jogo e sonho que um dia ele saia para um psp da vida...

David disse...

Ainda não consegui jogar esse game, a Rom que baixei não funcionou.
Tem jeito de ser um jogo muito bom.
abraço

Guilherme disse...

Bom post Amer,

Aproveitando q vc flw de 2 jogos das antigas onde podiamos espancar os outros a vontade, tem planos pra reviews de clássicos como Streets of Rage ou mesmo Two Crude Dudes do Mega?
Era bem divertido na parte de levantar o tanque de guerra e fazer os inimigos virarem fumaça

Marcelo disse...

Tchê, queria te sugerir pra fazer um review de Mortal Kombat Shaolin Monks do PS2, sei lá, eu vejo ele como único jogo da franquia que não é a luta clássica que deu certo...

Leandro" Leon Belmont" Alves the devil summoner disse...

já zerei esse Amer.

acho que levei uma semana para termina-lo, era bacana ver o Alex, o Herói do game aprendendo golpes novos. realmente é um daqueles games que voltarei a jogar um dia, pois foi
bastante bacana termina-lo

e adorei bater nos irmãos Lee...aposto que foi karma mesmo eles terem aparecido lá, e o ultimo chefe, Slick(que nominho mas mixuruca) levou uma COÇA HOMÉRICA da minha pessoa.