sexta-feira, 7 de março de 2008

Teenage Mutant Ninja Turtles II - The Arcade Game! Aquele que todo mundo lembra e gosta!!!


Ok, aqui estou de novo e como prometido semana passada, mostrarei o segundo game das Tartarugas, aquele que acompanhou a tarde de muita gente nos anos 90.

Antes de prosseguir, dê uma boa olhada na imagem acima.

Sério, o que diabos estamos vendo? A April mais feia e sem charme de todos os tempos contracenando com quatro Tartarugas animadas??? Em nome de Primus, que horror!!!

Este game foi lançado em 1989 pela Konami, no momento em que as Tartarugas alcançavam o estrelato absoluto e não houve um garoto sequer que não tenha tido um ataque histérico feito um retardado quando via esta máquina nos fliperamas! Sério, ficavamos todos mais ou menos assim.

Bom, talvez nem tanto, mas ficavamos empolgados pra diabo! Mesmo quando víamos aquela

April que parecia o Vince Neil na lateral da máquina...

Vince Neil... April O'Neil... será que...?

Nahhhhhhh.

Bem, vamos ao jogo!



Os gráficos eram fantásticos para a época, do tipo que causavam aquela frase "Esses videogames de hoje parecem desenho animado" que os nossos pais adoravam proferir e que nós, cheios de orgulho, concordavamos de peito estufado.

Bom, este game mostra o quanto a Konami sempre foi esperta, pois uma vez que haviam quatro tartarugas...



... o game podia ser aproveitado por quatro pessoas.

Eu acho que ví uma máquina dessas apenas uma vez, em uma Playland ou Neo geo World. A maioria das vezes via versão pirata do arcade, sem April na lateral (wo-hoo) e com apenas dois controles.

O curioso sobre estas máquinas é que algumas eram hackeadas da versão original para quatro jogadores, mas como só dois jogadores podiam brincar nelas e cada tartaruga tinha seu respectivo controle, adivinha? Eramos forçados a jogar com Leonardo e mais um (que variava de acordo com a máquina, mas normalmente era o Michelangelo) sem direito de escolher os outros.

Haviam máquinas piratas que eram feitas com base na versão de Turtles para dois jogadores, mas não tive o prazer de jogar uma dessas até ter MAME em casa.

Aliás, nunca joguei este game com outros três jogadores, mas só posso imaginar que deve ser uma sessão de caos infinito! Nem quero pensar como deve ser o X-Men de arcade, que permite até seis jogadores... deve ter sido o responsável pela formação de inúmeras gangues ao redor do mundo.



Ok, o game!

Turtles era um beat'em up com mecanismos bastante simples, similares aos de Final Fight: Um botão para ataque outro para pulo e era isso.

As tartarugas possuiam um repertório de ataques bem vasto, com arremessos, diferentes tipos de voadoras, combos bacanas e meu favorito, o especial que não gastava energia do personagem.

Este permanece o único beat'em up de todos os tempos onde o golpe especial dos personagens não gasta energia e mesmo assim é letal. Só apertar ataque e pulo juntos e sua tartaruga dará um giro com a arma e derrubará qualquer inimigo que esteja por perto. Era lindo estar cercado de Foot Soldiers, usar um ataque só destes e derrubar três ou quatro de uma vez.

Exceto pelo Raphael, que tinha uma cambalhota com ataque ao invés de um giro com a arma. Não me perguntem por que, mas Raphael era o único personagem que tinha um golpe individual, todos os demais ataques eram comuns aos quatro personagens.

Esta diferença fez com que ele se tornasse o personagem favorito por oito entre dez crianças que jogassem esta máquina, embora ele não fosse exatamente o mais forte dos quatro.

Aliás, como em Turtles I para o NES, as tartarugas possuiam diferenças bem claras em relação a força, velocidade e alcance aqui:

Leonardo novamente era o equilibrado;

Donatello tinha o ataque mais forte e de maior alcance, porém mais lento;

Raphael era o mais fraco e com alcance mais curto, porém era o mais veloz e tinha a "roladiça" (como a molecada chamava sua cambalhota);

Michelangelo... coitado, era uma mera cópia do Raphael, rápido, curto alcance e fraco, com a diferença de não ter a roladiça...

O que novamente comprova minha teoria de que se um beat'em up tiver mais de três personagens, o quarto personagem será uma mera cópia de um de seus colegas. Falei isso antes e vou manter até o dia de minha morte!!!

Ok, qual era a história deste game?



O Destruidor seqüestra a April e lá vão as tartarugas porradear robôs e mutantes para resgatar a amiga.

E este é um tema recorrente da maioria dos games das tartarugas, acho que no I a April também era seqüestrada, mas a resgatavamos do Rocksteady logo na primeira fase.



O game era uma porradaria ensandecida, haviam fases como o edifício em chamas, as ruas de New York, os esgotos da cidade (onde o chefe era Baxter Stockman, mostrado acima) e mais alguns locais, até chegarmos ao Tecnódromo, a última fase do game.

Aliás, um fato curioso: este é o único game das tartarugas onde o Tecnódromo é a última fase. Do próximo em diante ele sempre seria a fase intermediária e a batalha final seria travada em outro lugar. E outro fato curioso, na Inglaterra, as tartarugas são conhecidas como "Teenage Mutant Hero Turtles" ao invés de "Ninja Turtles". Isso porque lá existe uma espécie de banimento da palavra "ninja" assim como nunchakus, que são proibídos por lei no país.

Se me perguntar, talvez tenha sido este um dos fatores que fez com que Michelangelo usasse seu gancho de escalada como arma nas últimas temporadas do desenho animado, mas nunca saberei ao certo.



Lembra que lá no alto eu disse qe imaginava uma partida de quatro pessoas como caos infinito? Pois bem, aqui tenho minha prova!

E as bordas da imagem são exclusivas da versão para download lançada em 2007 para o Xbox Live Arcade, que tentava descolar um troquinho fácil em cima do hype criado pelo lançamento de Tartarugas Ninja O Retorno.

Filme que foi muito mal tratado aqui por sinal... benzadeus...

Bom, a fase acima mostrada era o estacionamento, onde teriamos de enfrentar não um chefe, mas dois...



Bebop e Rocksteady ao mesmo tempo!

Lembro que a maioria do pessoal que jogava este game adorava se gabar que conseguia chegar nesta luta com uma ficha só.

Ok, parabéns para todos, mas sinceramente, que diferença fazia?



Eles com certeza não passavam desta luta com a mísera ficha que vieram jogar, não senhor, impossível.

E sinceramente, acredito que quinze entre dez garotos que contavam essa história eram loroteiros!!! Sim senhor, loroteiros de primeira!!! Tomara que seus cus caiam e quebrem!!!



Após salvar a April, uma tartaruga escolhida ao acaso ganhava um beijo da moça e o game acabava, certo?

Errado!

O Destruidor seqüestrava o Mestre Splinter logo em seguida e tinhamos mais três fases para jogar antes de reclamar o trono de rei de todas as tartarugas!!!!

Certo, já falei bastante do arcade original, hora de falar do jogo de NES.



Teenage Mutant Ninja II - The Arcade Game, lançado em 1990 normalmente era o primeiro jogo que um garoto que tivesse acabado de ganhar seu NES alugaria.

E este é um título que prova que um bom game depende de um bom programador e não de um console potente.

Aliás, peço desculpas pelas fotos em diversos tamanhos diferentes a seguir. Mesmo com a popularidade deste game, é bem difícil encontrar imagens dele.

Bom, comparemos as versões:



Esta é a primeira fase na versão original do arcade.



Aqui, é a mesma fase na versão de NES.

Claro, há diferenças óbvias, a versão de arcade tem mais cores e uma maior sensação de profundidade, mas mesmo assim, a versão de NES é muito competente. A "identidade" visual é a mesma, só menos detalhada.

Bom, a versão de NES tinha uma pequena desvantagem em relação a da máquina, que era o fato das quatro tartarugas serem exatamente iguais e não terem mais diferenças de força. Pra mim isso nunca fez diferença, sempre joguei com o Donatello e fui feliz, mas acredito que muitos garotos tiveram crises de choro ao descobrir que o Raphael não mais tinha roladiça.

Ces't la vie!

O pessoal da Konami (ou Ultra Games, como queira) novamente demonstrou ser esperto e compensou neste game suas deficiências em relação ao arcade.

Como? Acrescentando duas fases novas e três chefes exclusivos.



O Central Park coberto de neve era a primeira fase extra, com o chefão Tora (hehehe, tora...) ao seu final.

Tora era só um grandalhão que arremessava pedregulhos de gelo e que podia ser vencido facilmente a base de voadoras caso o jogador pegasse o tempo de quando atingi-lo. Se você sabe do que eu estou falando, sabe que vence-lo é tão desleal quanto nocautear Don Flamenco em Punch-Out.



A segunda fase extra era uma mansão japonesa e o chefe era um sujeito enorme com uma alabarda, chamado Shogun Warrior.

Ou algo assim.

Este chefe era bem mais difícil, pois ele tinha um alcance de ataque bem maior que a maioria dos chefes e as vezes ele fazia a cabeça sair voando pela tela, o que dificultava muito a tarefa de atingi-lo.

Ah, lembra da tela mostrada lá em cima, com o Destruidor, Bebop e Rocksteady mostrando uma April amarrada e pronta para ser transformada em toucinho?



Consegue ver o que mudou na versão de NES?

O console da Nintendo não tinha poder para colocar dois sprites grandes como os de Bebop e Rocksteady na tela ao mesmo tempo, então a Konami optou por colocar a versão moscuda de Baxter Stockman como chefe da fase do estacionamento.



Se me perguntar, eu gosto muito mais do Baxter mosca como chefe desta fase do que os outros dois, deixa o game mais completo na minha opinião.

Enfrentamos o Baxter humano nos esgotos, por que não enfiar a porrada nele quando vira mosca? Eu pessoalmente gostei muito mais do personagem quando o Destruidor o transformou em uma versão cartunesca do Jeff Goldblum, nada mais justo do que tê-lo no game em minha opinião.



Ah sim, a fase da auto estrada, onde era preciso derrubar os helicópteros.

Na primeira edição da Ação Games, o camarada que fez o detonado deste game escreveu que nesta fase, a tartaruga precisava pular, desviar das bombas e atingir os helicópteros com voadoras enquanto tentava cair de volta sobre o skate, "um verdadeiro teste de habilidade."

Eu acreditei nesta declaração de tal forma, que quando cheguei a esta parte do game fiquei em pânico, achando que não conseguiria cair de volta no skate e perderia uma vida para cada voadora mal calculada que eu desse.

Então joguei e vi que o skate acompanha o movimento da tartaruga.

HA!!!

Que coisa...



Eu mencionei acima que Splinter também era seqüestrado e aí está ele, preso a uma parede por um gigante azul que a menos que eu esteja enganado, é aquele policial robô que fica amigo da April em um dos episódios do desenho animado.

Ou pode ser outro soldado de pedra, havia montes desses no Tecnódromo.

Se alguem souber a resposta, por favor, me comunique.



Por fim, a batalha que transformou muitas crianças em psicopatas com transtorno obsessivo compulsivo: o duelo final com o Destruidor.

O que fodia tudo nesta luta, é que o lazarento se dividia em dois e era preciso arrancar o capacete de ambos para só então poder golpear os miseráveis até a morte.

Arrancar o capacete de um dos Destruidores e bater nele de novo faria o vilão se multiplicar mais uma vez e prolongar ainda mais esta batalha.

Para piorar, ele tinha um raio que transformava seu personagem em uma tartaruguinha normal, o que tirava uma vida automaticamente e o raio tinha um alcance enorme, era muito difícil evita-lo!

Pelo menos até se aprender o padrão de movimentação do Destruidor, aí era fácil saber onde ficar para evitar este ataque.

Vencer o Destruidor era quase uma prova de hombridade naquela época. De fato, respeito mais um virgem que tenha acabado este game do que um cara que tenha comido a Danielle Winnitz que jamais o tenha jogado!

Real men play Turtles! That's the bottom line!!!!!

E após uma luta suada contra o Destruidor, o que recebiamos como final?



Um pouco de texto e em seguida fotos das tartarugas mostradas em um telão.

Viamos o Tecnódromo explodindo também, mas era só.

Naquela época não tinhamos finais cheios de dublagens, interpretações, reviravoltas e drama! Recebiamos algum texto e no máximo uma tela de "Thank You" for playing! E ficavamos felizes com isso!!!

Voltem semana que vem para saber mais a respeito do terceiro game para NES da franquia!

Sim, só vou falar de Turtles o mês todo! Conforme-se!

Cheers!!!

9 comentários:

Anônimo disse...

esse blog é muito legal cara. vou até indicar pruns amigos. só acho que deveria ter tipo um indice com as matérias para achar mais fácil.

RF Victor disse...

Eu adorva esse jogo... bah, todo mundo adorava esse jogo. Mas não dava para jogar foot soldiers contra a tela como no Turtles in Time! XD

Amer H. disse...

Tem um índice alí na lateral em "Hammer Files".

Eu não deixo um índice com link pra todos os artigos, porque senão a página do blog vai ter um quilômetro de comprimento.

Dá uma fuçada alí que é fácil achar o que você quer.

Quanto a jogar gente na tela... só o Super Nintendo nos permitiria esta maravilinda habilidade!

Fabiano disse...

Eu lembro desse jogo... bom, mais ou menos! Era legal!

Anônimo disse...

Turtles na veia! XD
Bem, acho que vale a pena dizer que hoje em dia, as tartarugas mantêm o nome original na Inglaterra =p

Anônimo disse...

Turtles Arcade... quantas vezes eu fui até o Shopping Center em Sampa apenas pra OLHAR as máquina, ver os caras jogando...

Bons tempos.

Como foi que paramos de gostar desse estilo de jogo? Com a era 3D?

Isso é algo a se pensar, pois hoje em dia, mesmo com tanta tecnologia, não temos algo que nos marque tanto.

Ou vai ver, éramos apenas crianças.

Amer H. disse...

Acho que foi coisa da época mesmo.

A garotada de hoje provavelmente vai olhar pra Dead Rising ou Halo 3 da mesma forma que olhamos pra Turtles hoje em dia.

Anônimo disse...

Eu jogava no Snes!
Tavaca os carinhas na tela >D

;*

Amer H. disse...

Sim... tacar os Foot Soldiers na tela era uma arte.

Não temam, queridos! Falarei de Turtles IV em seu devido tempo!