Crítica do Amer: Crazy Taxi

Você sabe que dia é hoje?

Sim, hoje é 9 de Setembro de 2009! Muito bem, merece um biscoito Scooby!

E sabe o que se comemora hoje?

...

...

...

Não sabe?

Mau! Menino mau! Vai dormir no quintal hoje!

Hoje é o dia que comemoramos os DEZ ANOS DO DREAMCAST!!!

Isso mesmo! Há exatos dez anos atrás, a Sega lançou um dos consoles mais sensacionais de todos os tempos e que conseguia ser a mesmo tempo inovador, divertido e impressionante!

Veja você, foi o primeiro console DA HISTÓRIA que permitiu que nos conectassemos a internet e jogar com desconhecidos Escadinávos! Além de também ter sido o primeiro console DA HISTÓRIA a trazer conversões de arcade que realmente eram melhores que os jogos originais.

Todas as conversões que vieram antes era inferiores as jogos originais Nós simplesmente não queriamos acreditar nisso.

Mas o mais importante é que o Dreamcast foi o console que nos deu os dois últimos games do Sonic que prestaram... e deveríamos ter interpretado isso como um sinal...

Para fazer uma pequena homenagem (a homenagem grande será feita no meu blog normal) a este aparelho que nos trouxe tanta alegria, falarei de um de seus primeiros títulos! Um game que trouxe pura diversão arcade para dentro de nossos lares!

E que também trouxe a trilha sonora do Offspring...

Mas c’mon, let’s go get make sum CRAZY MUNNY!!!

Se você lê meus reviews há algum tempo, sabe que o segundo bloco de meus textos é aquele em que decido contar um pouco da história do game analisado.

Pois bem, a história aqui é: vá trabalhar.

Não, sério!

Você seleciona um dentre quatro (incrivelmente esteriotipados) taxistas e deve sair dirigindo pela cidade, entregando passageiros nos mais diversos pontos e faturando uma graninha antes que o tempo acabe.

E... é isso.

Se achar que precisa de um pouco mais de história, use sua imaginação. Faça de conta que o tempo limite representa o tempo que seu personagem tem para recupera o dinheiro que pegou emprestado de um agiota e que se não conseguir tudo que deve logo, será morto pelos capangas dele no dia seguinte.

Ou sei lá, imagine que se a taxista ruiva gostosa não conseguir a grana necessária rápido, será forçada a sair com o vocalista do Offspring!

Vamos lá! Use a cabeça! Na geração Atari as pessoas usavam a imaginação para dar algum contexto aquele monte de pontinhos coloridos na tela!

Essa molecada de hoje em dia tem muita preguiça de usar a cabeça, vou te contar!

Pra falar da parte técnica, deixarei minha faceta de fanboy um pouco de lado e serei sincero.

O game envelheceu.

Bastante.

Na época, os gráficos pareciam sensacionais, mas principalmente porque estávamos acostumados com os modelos poligonais mais simples do PsOne. Os personagens de Crazy Taxi possuíam texturas mais limpas que as mostradas em boa parte dos games do console da Sony e bordas mais arredondadas também.

Quem lembra do PsOne sabe do que estou falando.

Uma vez que Crazy Taxi é um dos primeiros games do Dreamcast, ele é da época em que os programadores ainda estavam se acostumando a quantidade maior de polígonos e aprendendo a fazer texturas mais caprichadas dos personagens.

Ou seja, o elenco de Crazy Taxi não parece muito natural hoje em dia, mas quebra o galho para o universo em que o jogo existe.

Por outro lado, o Frame rate é excelente. Não há queda de velocidade na animação, mesmo quando você acelera monstruosamente em uma avenida lotada de outros veículos e transeuntes e para a época, isso fez muitos queixos caírem e arrebentar o piso.

O áudio ajuda muito bem a passar o clima da brincadeira.

Os efeitos sonoros são muito bons. Não é possível identificar diferenças ente os cavalos de força de cada taxi só pelo ronco do motor (como dá pra fazer com certos simuladores de corrida atuais) mas as derrapadas, batidas, aceleradas e passageiros te xingando pelas barbeiragens soam todos exatamente como deveriam.

Claro, a trilha sonora é do Offspring, uma banda que ninguém mais leva a sério desde que seus membros apareceram no filme A Mão Assassina, mas mesmo que nunca tenha sido fã do grupo, devo afirmar que suas canções combinam muito bem com toda a doideira que rola na tela.

E qualquer coisa é melhor que a trilha sonora de elevador de Gran Turismo.

Não, vamos falar sério aqui! A trilha de Gran Turismo parece coletânea de música de elevador, pelo amor de Benji!

Vai me dizer que você nunca tinha pensado nisso?

Muito bem, falemos da jogabilidade, pois é o que interessa.

Crazy Taxi é um game de fliperama, pura e simplesmente. Não há história, nem enredo, nem objetivos complicados, você simplesmente sai jogando e aumenta seu placar.

Após escolher um personagem, você deve dirigir pela cidade e procurar passageiros, apanhá-los e levar os sujeitos até seus destinos sem decapitá-los ou explodir o carro no processo.

Duas coisas que felizmente não acontecem aqui.

Cada passageiro possui um círculo ao seu redor e é neste espaço que você precisa parar o caro para chama o cliente. Há três cores diferentes e cada uma representa uma distância a se percorrida e o tempo que você terá para entrega o passageiro.

Círculo verde representa que o destino está longe, mas há um bom espaço de tempo, círculo vermelho representa que você vai ter que acelera feito o Flash pra levar o cliente até seu ponto de descida e os círculos amarelo e laranja representam um meio termo entre os dois extremos. Entregue o cliente rapidamente e receberá um elogio e um bônus no pontos, seja lento e ganhará uma aloprada.

Algo extremamente simples e eficaz.

Há dois modos de jogo: o Arcade, onde cada passageiro recolhido e entregue aumentam seu tempo estante e é preciso guiar o máximo possível de pessoas antes que o tempo se esgote e o modo Original, onde o jogador recebe um tempo fixo e precisa entrega o máximo de passageiros que puder neste período.

Pode não parecer muito, mas a experiência muda bastante de um modo de jogo para o outro.

Mas o ponto que compensa a geral “magreza” deste game é a pura diversão insana que ele oferece. Tudo que se faz aqui é correr COM SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ sem deixar que NADA FIQUE EM SEU CAMINHO!!!

NADA!!!

Você pode acelerar feito um louco aqui que absolutamente nenhum obstáculo será páreo para sua caranga! Veja postes voarem e ônibus capotarem sempre que você os atingir com seu taxi poderoso... que pelo visto, deve ser secretamente um Decepticon.

Apesar de ser extremamente simples, a jogabilidade de Crazy Taxi é muito viciante. É aquele tipo de game que você joga com a galera, cada um pega uma partida e todos confraternizam com pizza fria e Coca Cola quente ao fim da noite.

Sim, mesmo tendo a profundidade de um pires, Crazy Taxi é um daqueles games tão insanamente simples e divertidos que você pode jogar noite adentro com um enorme sorriso no rosto o tempo todo.

E como eu disse acima, ele magnifica a intesidade das amizades!

Faça o teste!

Por mais que eu adore os games complexos dos dias atuais, suas inúmeras misturas de jogabilidades diferentes e a forma como nos obrigam a usar todos os 700 botões do joystick, admito que sinto falta de títulos mais simples.

Crazy Taxi é um game que pode ser jogado por uma hora ou um dia inteiro. Sem preocupações, compromissos, lista de porcentagem concluída, pontos de Save esparsos, compra de upgrades e todas as outras bla-blas-di-bi-bla-bli-blas-bla-blu-blais que se tornaram padrão hoje em dia.

De vez em quando é bom jogar algo que não necessite de um fim de semana inteiro para ser terminado e ese tipo de game é algo que o Dreamcast faziam muito bem!

Crazy Taxi é a prova definitiva disso e se discorda, você está errado! E também é pior que Hitler!!!

PIOR QUE HITLER!!!

Cheers!!!