quarta-feira, 10 de junho de 2009

Crítica do Amer: Golden Axe II


Há jogos que são clássicos atemporais, não importa quanto tempo passe e sempre os jogaremos com gosto, alegria e espancaremos violentamente qualquer um que fale mau deles.

Já aconteceu com todos nós uma vez ou outra.

Por outro lado, estes mesmos games clássicos as vezes geram continuações que não são tão clássicas. Enormes oportunidades desperdiçadas que nos enchem de tristeza todas as vezes que pensamos nelas.

Strider II da U.S Gold até hoje povoa os pesadelos de muita gente.

Mas felizmente, boa parte das continuações acabam sendo boas surpresas e muitas vezes se equiparam aos clássicos games que as originaram.

Hoje falarei de uma delas.

Uma vez que a continuação dos arcades para Golden Axe (sobre a qual falarei outro dia) não podia ser convertida para o Mega Drive sem que o console explodisse ao tentar rodá-la, a Sega decidiu fazer um título original e exclusivo para sua caixinha preta.

E puxa vida, que grande decisão esta acabou sendo.

Sem ironia, eu juro!


Pois bem, o mundo estava em paz desde o final da aventura passada.


Death Adder estava morto e enterrado e seu mestre (lembrando que Adder não passava de um Smithers medieval) Death Bringer havia sido emasculado pelo próprio machado dourado que ele estava carregando na batalha final.

Machado este que ironicamente não era dourado na versão de Mega Drive, mas tudo bem.

Enfim, todos viviam felizes! Os camponeses não precisavam mais ter medo de apanhar de gigantes obesos e carecas, podendo se preocupar apenas com a peste negra e a fome, anõezinhos podiam sair por aí sem ter medo de serem espetados por pessoas que queriam roubar suas poções mágicas e nossos três grandes heróis (você sabe quem) aproveitavam a fama e a fortuna dos quais sem dúvida desfrutavam após terem salvo o mundo.

Quando DE REPENTE...

Um vilão chamado Dark Guld apareceu, roubou o Machado de Ouro e trouxe a devastação e a pestilência novamente aquele mundo já tão devastado.

Como os camponeses desta era mediam por volta de 20 centímetros e eram incapazes de se defender, a bomba caiu nas mãos dos lendários heróis que já haviam salvo o mundo em outra ocasião e assim eles voltaram!

Ax Battler, o bárbaro ! Ele se tocou que seria bem mais respeitado caso ficasse cabeludo e assim sendo, optou por se parecer mais com o Conan. Não adiantou, todo mundo continua não jogando com ele, mas pelo menos ele tem magias de vento agora.

Gillius Thunderhead continua sendo o personagem favorito de metade dos jogadores. Ele não mudou absolutamente nada, exceto que agora usa estilosos braceletes pretos que o fazem parecer com um membro do Van Halen.

Finalmente, temos a linda, deliciosa, maravilhosa...

...

Hãããããã, então... temos também Tyris Flare, que usou o dinheiro que ganhou com o game anterior e fez lipo, colocou silicone e se tornou uma potranca ainda melhor do que já era.

Meninas, me desculpem mas... é verdade. Comparem a Tyris nos dois jogos e verão.

Enfim, nossos heróis novamente pegam suas armas e magias e partem em busca de Dark Guld, para espancá-lo com brutalidade medieval e lhe ensinar que vilões de games de 16 Bits nunca triunfam.

Exceto quando o jogador é incompetente, mas isso não vem ao caso.


Na parte técnica, o game recebeu uma belíssima melhorada desde a versão anterior.


Os gráficos estão mais coloridos e detalhados, algo particularmente notável nos três protagonistas. Compare o visual dos heróis na versão original e em Golden Axe II e irá perceber melhoras bastante notáveis no visual deles.

E você achou que eu estava brincando quando disse que a Tyris tinha colocado silicone, não?

Os inimigos também estão um pouco mais variados. Não enfrentamos apenas bárbaros com tacape, bárbaros com manguais, bárbaros barrigudos e enormes com marretas, bárbaros de armadura, esqueletos e amazonas.

Claro, os heróis ainda enfrentam inimigos muito parecidos com os descritos, mas há mais seres inumanos, como lobisomens imensos com porretes, armaduras gigantes sem cabeça e lagartos humanoides de armadura que são um tremeno saco de matar.

Aliás, aqui não se espeta mais anõezinhos, mas feiticeiros... ou algo assim.

E ao invés de poções, coletamos livros para poder usar magias! Quem diria, um game que porrada que estimula a leitura!

O som se divide entre dois extremos do espectro auditivo (uau, falei bonito).

A trilha sonora foi composta por Naofumi Hataya, também responsável pela música em Nights: Into Dreams e consegue estar anos luz a frente da música do game original. Sem brincadeira, eu o desafio a não sair cantarolando o tema da primeira fase depois de jogar.

Por outro lado, os efeitos sonoros não são tão bons. Temos uma enxurrada de ruído branco, que era tão característico dos games do Mega Drive e que é especialmente decepcionante quando comparado ao do primeiro game.

Evocar o dragão de Tyris não é tão divertido e causador de palavrões quanto era anteriormente.

E já que toquei neste assunto...


... a jogabilidade permaneceu praticamente imutada desde a versão anterior.


Você guia seus personagens através de cenários, espanca todo mundo, espeta maguinhos, acumula poções e então enfrenta o chefe de fase e despeja contra ele absolutamente tudo que tem.

Pois é, certas coisas não mudam nunca.

A maior diferença na jogabilidade é que não é mais possível usar a mesma estratégia com todos os inimigos. No Golden Axe original, bastava dominar o uso da corrida com ataque que o jogo tava no papo, só era preciso ter cuidado com o tempo de ataque dos inimigos para saber quando usar o dito golpe.

Aqui isso não funciona. O lobisomem da primeira fase pode ser derrotado usando-se a corrida com ataque, mas a armadura sem cabeça sai do seu campo de ação quando lhe vê correndo, portanto é preciso bolar uma outra estratégia contra ela.

E isso não se aplica apenas aos chefes, mas aos inimigos normais também. Usar o letal PULÃO COM ATAQUE (você sabe de que golpe estou falando) não funciona sempre, pois alguns oponentes tem golpes que quebram seu golpe durante a queda.

Mesmo com essa melhora na inteligência artificial dos inimigos, Golden Axe II é notavelmente mais fácil que o primeiro. Caso o jogador seja um veterano do game original, conseguirá terminar a sequência na primeira sentada.

A mudança mais notável na jogabilidade é o uso das magias. No game original, bastava apertar o botão de uso das mesmas e os heróis gastariam todas as poções que tinham acumulado em um único ataque.

Prático, mas uma maldição para pessoas sem coordenação motora que esbarravam no botão de magia sem querer durante a partida e acabavam gastando o dragão da Tyris quando havia apenas um anãozinho na tela.

Quando se aperta o botão de magia aqui, os quadradinhos que indicam o nível de força da mesma começam a se acender e você pode escolher qual o nível de poder quer usar.

Isso lhe permite sair de muitos sufocos, como caso esteja sendo currado por um grupo de inimigos, basta usar uma magia fraca para se safar. Claro, na luta contra os chefes é preciso ficar desviando deles enquanto o poder carrega até o máximo e isso é um saco as vezes, mas é uma boa alternativa a gastar todas a magia por um esbarrão no botão errado.

Mas claro, sempre é possível configurar a magia como era no game anterior. Isso deve agradar a Gregos e Republicanos.


A opinião dos fãs permanece razoavelmente dividida quando se fala neste game. Alguns acham que é parecido demais com o original e não gostam, outros acham que exatamente isso que torna Golden Axe II tão bom ou até melhor que o primeiro.


Eu pessoalmente acho que o Golden Axe original é um clássico e que Golden Axe II conseguiu corresponder muito bem as expectativas criadas por ser a continuação de um título tão amado quanto o anterior foi e portanto uma continuação que consegue ser tão boa quanto o anterior.

Seria esta uma característica que se manteria pelo resto da série?

Talvez. Mas isso é uma outra história a ser contada...

Cheers!!!

11 comentários:

Caio C. Kapps disse...

Goldem Axe, me lembro muito bem desse jogo na minha infancia!

E olha q minha infancia foi escaça em questão de video-game e cultura...

por isso leio seu blog...

fui...

Hunter disse...

Golden Axe 2?! Agora só falta o 3! Ah,Amer,só uma pergunta,quando é que você vai fazer um review sobre Shinobi 3:Return of the Ninja Master,ou os jogos da série Shinobi em geral? No mais,excelente review!

Amer H. disse...

Shinobi, bem lembrado!

Sergio disse...

um review de shinobi 3 seria muito legal

até hoje eu assobio algumas musicas do jogo

Avalanche(Lance) disse...

to esperando a versão do fliperama, aquele que dava pra escolher a mina centauro.!

Guilherme disse...

Amer, você pretende fazer um review pra cada jogo da série Golden Axe? Inclusive o Golden Axen - The Duel pro Saturn e o novo Golden Axe pra PS3 e XBOX360?

Jogava muito os 2 primeiros pro Mega... O 3 tinha na locadora perto de casa, mas era uma cópia meio tosca que nao funcionava no meu videogame.

Thyago disse...

como a espada do bárbaro na capa do game é ridicularmente curta para alguém do tamanho dele

Bruno disse...

O que me leva a crer que seja uma adaga :P.

Tony disse...

nunca joguei II ma deve sr maneiro
bhjvhhbdfvbjkn ,cjkcnmklnbfnvm,n
porra caralho eeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
casettaducarlhaboycu

Jonathan Ribeiro disse...

O dois é muito bom também.

Mariana Lori disse...

Joguei o 1 e o 3, menos o 2, que parece ser o melhor =(