sábado, 15 de novembro de 2008

Crítica do Amer: Sonic Blastman


Sonic Blastman era originalmente um arcade, onde o jogador vestia uma luva de boxe e espancava um alvo almofadado. Dependendo da força de seu soco, o inimigo no monitor era destruido e você podia se gabar para os amigos sobre o quanto era forte, poderoso e que nenhum amontoado de pixels jamais conseguiria derrotá-lo.

Lógico que como qualquer arcade que fazia um mínimo de sucesso no anos 90, Sonic Blastman acabou sendo convertido para consoles domésticos. Mas não era possível reproduzir a jogabilidade original em um console doméstico, então o que fazer?

Transformar o game em um beat'em up, claro! Afinal de contas era 1992 e os beat'em ups ainda eram populares, uma vez que Street Fighter II tinha acabado de sair.

Ok, falemos do jogo.


Sonic Blastman é um super-herói! Não qualquer super-herói, mas um que usa lenço no pescoço, tem um monitor no peito, usa óculos de aviador e tem os golpes mais burlescos que se possa imaginar. Veja-o acima girando o braço que nem o Popeye antes de socar o meliante.


Como bom beat'em up, a jogabilidade se resume a avançar, espancar inimigos e continuar em frente até chegar ao chefe da fase, fazendo-o então sentir o doce sabor da justiça.

Diferente de Final Fight por exemplo, que contava com uma legião dos mais variados inimigos para socarmos, aqui se encarava uns três tipos diferentes de bandido por fase. Mas de uma fase para outra, o tipo de inimigo mudava.

Na primeira fase, enfrentamos punks, gordões vagabundos e prostitutas, na segunda enfrentamos sujeitos que parecem um comando mercenário para-militar e chinesas lutadoras de kung-fu e por aí vai.

O único personagem disponível é Sonic Blastman, então obviamente não dá pra duas pessoas jogarem. E embora seja a única opção disponível, Sonic Blastman possui uma boa variedade de golpes, que vão desde o soco giratório mostrado acima até um gancho que de alguma forma solta um feixe de energia e tonteia quem estiver pela frente.

E ele também tem um Spinning Lariat. Você sabe, aquele giro com os braços que o Zangief e o Haggar adoram usar.

Mas seu maior trunfo é o soco de 100 megatons!!!


Nos momentos de maior desespero, pode-se ativar o golpe mais poderoso do herói, onde ele dá um belo soco no chão e o impacto de 100 megatons elimina a tudo e a todos que estiverem na tela.


Aqui vai uma pequena informação: uma explosão de um megaton equivale ao impacto de um milhão de toneladas de dinamite.

A arma nuclear mais poderosa já criada pela humanidade tinha potencial de destruição de 57 megatons e quando foi testada, seus efeitos foram sentidos por gente que estava a até mil quilômetros de distância do local do teste.

Pense que o soco de Sonic Blastman tem quase o dobro de potência de tal bomba.

...

Sim, pois é! Um soco dele deveria ser o suficiente para planificar uma cidade, o que automaticamente o trasformaria no super-vilão mais genocida e bem sucedido de todos os tempos.

Mas que coisa, estou divagando sobre o realismo de uma explosão nuclear no Super Nintendo...

Bom, entre uma fase e outra haviam fases de bônus.


Tais fases tentam replicar a jogabilidade da versão arcade. O jogador escolhe entre um punk, um carangueijo gigante, um caminhão desgovernado e um meteoro em rota de colisão com a Terra e deve destruir o alvo.


Claro, socar a tela de tevê não dá resultados muito positivos e nunca foi lançado um periférico para que jogássemos unicamente estas fases de bônus.

O jeito então, era ficar metralhando os botões do controle para aumentar a barrinha de ataque e na hora que estivesse bem cheia, só apertar o botão de socar... de preferência quando a luva na tela passasse pelo alvo.

E a dificuldade é crescente de um alvo para o outro. Claro, pois é bem mais fácil nocautear um punk do que parar um caminhão desgovernado no muque.

Claro, isso acaba com os dedos de qualquer um e somente pessoas que tenham um controle turbo podem se dar realmente bem nestas fases.

E em comparação com o arcade, mesmo que você se dê bem aqui, não vai poder se gabar pros amigos sobre o quanto é forte e poderoso. Só o quanto seus dedos são rápidos pra metralhar botões e encher uma barra e o quanto você é nerd por isso.


Sonic Blastman é um dos jogos que prova que qualquer coisa podia virar cartucho de Super Nintendo, desde que a idéia não fosse uma completa imbecilidade.


Então me lembro de Captain Novolin e percebo que QUALQUER COISA, não importando o quão retardada fosse, podia virar um cartucho de Super Nintendo e considerando isso, Sonic Blastman não é de todo mal.

A jogabilidade não é refinada como em outros games do mesmo tipo, mas mesmo assim, é um título divertido que merece uma jogada de vez em quando. mesmo que seja para simplesmente contemplarmos a breguice do herói.

Sonic Blastman teve uma continuação, que prova que por mais débil mental que este game possa ter sido, chegou a fazer algum sucesso.

Sonic Blastman II é um título muito melhor! A série mudou da água pro vinho! Mas falo dele em outra ocasião.

Cheers!!!

10 comentários:

Thyago disse...

porra, é bom e vc dá 6.5?
COEH! tá virando o povo da gametrailers? XD

Amer H. disse...

Eu não disse que é bom. Falei que é um título divertido que merece uma jogada de vez em quando.

Ou seja, é jogável, mas você usará melhor seu tempo jogando Double Dragon e Final Fight.

Compreendeu você?

Victor disse...

Ah, Sonic Blastman! O único "arcade de dar porrada". Eramos zoados na escola pelos valentões, que nos chamavam de nerds por jogar videogame - mas um game eles respeitavam, claro, e este era SONIC BLASTMAN.

Lembro que só os piores tipos eram encontrados ao redor desse jogo estúpido, fazendo um tremendo barulho ao socar aquele alfo de couro almofadado vermelho! Ele tinha uma tremenda má fama. E eu não lembrava de como o herói era BREGA. XD

Lhama Films disse...

Amer, cara, acesso seu blog fazem mais ou menos 3 semanas, já li todos os artigos de ambos....teria como você me passar seu e-mail pra gente conversar?

lucas_blackbull@hotmail.com

NÃO , eu naõ sou viado....

Cajun explosion disse...

Putz, esse era um dos jogos mais burlescos do Super Nintendo...

Eu lembro de ter jogado e achado medonho, como um herói podia ser tão bizarro e como o controle do jogo era duro...não joguei ele depois dos 10 anos, então não dá pra saber se era só impressão de criança ou se o jogo era realmente ruim.

Vendo essas imagens eu lembrei de outros jogos aproveitadores de hype (se é que esse termo existia no princípio dos anos 90) como um do Chester Cheetos (um side-scroller mediano pra SNES)ou o fantástico Yo! Noid do Nintendinho que na verdade era um port de um jogo japa que eu não lembro o nome, por isso era tão bom. O Noid era mascote da Domino's Pizza nos EU&A na época.

À espera do próximo artigo

BAH disse...

Sonic Blast Man era ridiculamente ruim e engraçado. E chato pacas, com suas fases longas e cansativas.

Como legado, deixou a lembrança das fases de bônus onde ele falava algo como "tocomvontadedecagarmasnãoconsigofazercoco" antes de socar um meteoro que se aproximava da Terra.

Não tenho a menor vontade de jogar essa joça de novo.

Rafael disse...

Sonic blast man era ta--------ão legal Ainda mais que descobri esse jogo depois de ficar anos olhando aquelas maquinas de soco do sonic blast man ai a cara da pessoa que o proprio jogo tirava uma foto era estraçalhado.


QUeria um Review de FInal Fantasy Tatics o mais injustiçado de todos e o melhor
Agrias Owns TGcid era foda mas muito apelão

j disse...

O jogo é maravilhoso péssima nota dada!

Leandro" Leon Belmont" Alves the devil summoner disse...

vou zerar esse game qualquer dia desse. jogava esse game na locadora do seu Nau.

bons tempos.

Jonathan Ribeiro disse...

Já joguei essa bizarrice.