Crítica do Amer: Duck Tales

Qualquer pessoa com mais de vinte anos deve se lembrar de Duck Tales. Fez um sucesso estrondoso no mundo inteiro e o Brasil não foi exceção.

Na série animada, Donald resolvia se alistar na marinha. Os motivos para isso nunca ficaram muito claros, mas eu acho que após sessenta anos vestido como marinheiro, ele resolveu tornar a coisa oficial para que fizesse algum sentido.

Claro, ele não podia levar os sobrinhos com ele, então deixou Huguinho, Zezinho e Luisinho aos cuidados do Tio Patinhas.

Como todo velho milionário, Tio Patinhas viaja pelo mundo participando de aventuras que possam deixá-lo mais rico ainda e sempre leva os sobrinhos, pois eles normalmente são a chave da solução dos mistérios que ele encontra.

E vez ou outra ele tem de defender sua caixa forte dos Irmãos Metralha, fazendo uso de mecanismos de defesa que fariam inveja a Tony Stark. Era uma ótima série animada que devia ser lançado em DVD no Brasil!

E como todo bom desenho dos anos 80-90, ele recebeu um game no NES.

Aqui, o jogador guia o velho Patinhas, escolhe uma localização do mundo em um computador que deve ser do mesmo modelo que Bruce Wayne usa em sua caverna e então viaja para o lugar, mata seu rei e toma sua fortuna.

Mas que velho maldito! Sai causando reigicídio só pra ter mais grana!!!

Enfim, Duck Tales é um clássico do NES e não é a toa, pois foi produzido pela Capcom.

Como bom game 2D, a jogabilidade era extremamente simples.

O Tio Patinhas pode usar sua bengala para se defender, batendo com ela em pedras e outros objetos móveis para arremessá-lo contra os inimigos, ou usando-a como pula-pula.

Diga-se de passagem, de acordo com os games de NES da época, um pula-pula era aarma mais letal que uma pessoa podia ter. Yo Noid e Gremlins 2 parecem reforçar esta teoria.

Enfim, o pula-pula de Patinhas triplicava seu poder de pulo e era letal contra maioria dos inimigos. De fato, era sua melhor arma contra os chefes de fase.

Os gráficos são muito bem feitos e bastante coloridos, passando com maestria o clima de produção da Disney e o espírito do desenho animado.

O áudio por sua vez, é simplesmente fantástico. A trilha sonora de Duck Tales é uma das mais perfeitas compostas pra geração 8 bits e tenho certeza que você nunca mais esquecerá suas músicas enquanto viver.

Palavra! Enquanto escrevo este review, estou cantarolando a música da fase da Lua!

...

E agora estou cantarolando a música da Transilvânia!

Música de 8 bits detona!!!

Ao longo do game, você irá encontrar diversos personagens do universo de Duck Tales. Capitão Boeing, Madame Patilda, Robo-Pato, Patricia e lógico, Huguinho, Zezinho e Luisinho. Cada um deles lhe ajuda em uma parte específica do game, como quando os três sobrinhos e Patinhas dividem um carrinho nos trilhos das Minas Africanas.

Então o velho sovina salta do carrinho para evitar um abismo e deixa que seus sobrinhos caiam para suas mortes.

...

Mas que velho desgraçado e egoísta!!! Como pode priorizar a própria segurança e a fortuna de uma mina de diamantes ao invés dos sobrinhos? Se bem que os meninos aparecem sãos e salvos nas fases seguintes, o que mostra que Escoteiros Miríns são tão bem treinados quanto o Batman.

A fases eram pouco distintas, mas cada uma tinha sua própria peculiaridade.

No Himalaia, você podia afundar na neve, nas Minas Africanas, havia diversos trechos onde só dava pra passar com o já mencionado carrinho de carga sobre trilhos (sério, não me lembro o nome técnico disso) e na Lua não havia ar.

Não que isso fosse um problema para o Tio Patinhas, que era tão rico que podia viajar até nosso satélite e enfrentar seus perigos sem precisar vestir uma roupa de astronauta.

Velho durão!

Não tenho muito mais o que falar. games de 8 bits não devem ser dissertados em textos enormes e sim jogados e aproveitados como as obras de arte que são!

Assim sendo, vá atrás de Duck tales e dedique uma boa tarde à jogatina! Eu garanto que após algumas horas dando bengaladas nas pessoas para arrancar suas riqueezas, você se sentirá um novo homem!

Cheers!!!