quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Crítica do Amer: Double Dragon


Puxa vida! Último review do ano! E por que não encerrar com um clássico?


Double Dragon é um dos games mais conhecidos de todos os tempos! Foi sucesso nos fliperamas e acabou sendo convertido para diversos aparelhos domésticos.

Diabos, Double Dragon recebeu uma versão em HD para o Xbox 360 recentemente, o que prova que um clássico nunca sai de moda!

Double Dragon não foi o primeiro beat'em up de todos os tempos, mas foi o que sem dúvida alguma refinou a fórmula e a solidificou de maneira a se tornar a favorita da molecada de toda uma geração.

Mas chega de introdução! Hora de falar do clássico!


A história do primeiro game é legendária, mas sempre tem um perdido que não a conhece, então vamos lá.


Marion, namorada de Billy Lee é seqüestrada pela gangue Black Dragon.

Ela estava parada no meio da rua, viu os meliantes se aproximando e não fez nada. Não gritou por socorro, não saiu do caminho, não entrou na casa do namorado que ficava logo atrás dela... nada.
Ficou parada, levou um murro no plexo solar, desmaiou e foi levada embora como um saco de batatas.

Já contei esta história em vários artigos e ainda vou contar em muitos mais, pois já se passaram mais de vinte anos desde o lançamento de Double Dragon e eu ainda não me conformo com a estupidez dessa moça.

Mas enfim, mais burro é o namorado, que a viu não fazer nada quando os bandidos se aproximaram e agora vai ter de resgatá-la. Devia terminar o relacionamento e procurar uma garota que não tivesse esta tendência de não evitar raptos.

Bom, lá vai ele.


Os controles são simples: soco, chute e voadora. É preciso apertar os dois botões juntos para que o personagem pule, uma vez que o controle do NES só tem dois botões.


Tal simplicidade é a graça do game. Não é preciso estratégias mirabolantes e complicadas, apenas espere os inimigos chegarem perto e enfie a porrada neles.

O Chin chegou muito perto? BAM! Soque a fuça dele e arremesse-o longe!

A Linda bancou a besta e resolveu te chicotear? KA-POW! Chute a pança dela, agarre-a e quebre seu nariz com joelhadas! Abobo vem em sua direção? MAZONGA! Jogue coisas nele e faça-o cair no buraco! Ropper quer bancar o macho? KRAKATUA! Pegue o bastão de baseball de aço e frature seu crânio!

Ultra-violência é tudo que você precisa aqui!

E mais! É possível usar o cenário para sua vantagem! Em diversos momentos você pode atrair seu oponente para determinados trechos do cenário e arremessá-lo em buracos! Todo mundo lembra da luta com o Abobo dentro da indústria e de como era fácil atraí-lo para a esteira móvel e fazê-lo cair no buraco.

Atualmente, quando temos games onde é possível colar uma bomba nas costas do inimigo, vê-lo explodir e suas tripas serem espalhadas pelo cenário, arremessar oponentes em um buraco pode não parecer grande coisa. Mas acredite em mim quando digo que esse era um prazer incomparável.

E Double Dragon tem um modo versus também, onde você e um amigo podem escolher diferentes personagens do game e sair na porrada.

Hoje em dia, este modo de jogo é meio tenebroso pois funciona com a mesma jogabilidade do game principal, mas naquela época pré-Street Fighter II, era um acréscimo muito bem vindo ao título.


Tecnicamente falando, o game envelheceu, mas não ficou ruim.


Os gráficos são bastante simples para os padrões atuais, mas não ficaram desagradáveis. É preciso lembrar que já se passaram mais de vinte anos desde seu lançamento e que Double Dragon foi um pioneiro em seu estilo.

O som segue o estilo clássico de trilhas sonoras do NES, que talvez não seja muito apreciado pela gurizada que aprendeu a jogar games na geração Playstation, mas que trazem um sentimento enorme de nostalgia para todos nós que crescemos com o NES.

Qualquer cara da minha geração reconhece as duas músicas tema de Double Dragon assim que as ouve! Isso eu garanto! Ficam na cabeça para sempre!

Como eu disse antes, o controle é simples mas é bastante preciso e não te deixa na mão. O arsenal de movimentos não é tão vasto como nos games posteriores, mas é o suficiente para espancar quem passar pela sua frente.

Claro, nem tudo são rosas e Double Dragon tinha lá seus problemas. O principal era sua dificuldade.

Double Dragon não chegava a ser difícil como Battletoads, que o faria se enrolar em posição fetal e chorar em silêncio após algumas horas de jogo, mas tinha seus momentos desesperadores.

Por exemplo, os inimigos vez ou outra podiam ficar inspirados, te cercar e te espancar como se não houvesse amanhã. Ou podiam simplesmente apanhar as armas espalhadas no cenário e usar em você sem que pudesse esboçar uma reação de defesa.

Ou a tática de arremessar os inimigos nos buracos podia se voltar contra você, o que era algo muito triste...

Double Dragon era um game que recompensava os perseverantes. Caso você fosse teimoso e insistisse em tentar de novo todas as vezes que o computador te massacrasse, eventualmente aprenderia a superar as tramóias dos inimigos e terminaria o game.

Se não... bem... teria de aguentar o estigma de ser o único da turma que não foi macho o bastante de terminar Double Dragon.

FRACO!!!


Double Dragon é um dos maiores clássicos dos games! Ponto!


Se você se considera um gamer de respeito e acha que video games são um estilo de vida... ou se simplesmente curte um bom game de pancadaria mesmo, tem a obrigação moral de jogar Double Dragon!

Foi ele que definiu o padrão que seria seguido por todos os games no estilo beat'em up que foram lançados até hoje. De Final Fight à God of War.

Sim! God of War é a evolução do estilo beat'em up! Se não fosse por Billy Lee e sua namorada semi-retardada, não teríamos as esbórnias de Kratos!

Agradeça a ele então! Senão vou te botar num colégio interno!

Cheers!!!

7 comentários:

Bruno disse...

Tô com vergonha de mim mesmo de não ter jogado esse jogo.

Como você disse, comecei na geração Playstation.

Amer H. disse...

Tsc, tsc, tsc...

Rodrigo disse...

damn eu fui um dos poucos a terminar essa porra na minha turma,o unico que nao virei até hoje é o double dragon 3.

Nanda disse...

"Double Dragon não chegava a ser difícil como Battletoads, que o faria se enrolar em posição fetal e chorar em silêncio após algumas horas de jogo, mas tinha seus momentos desesperadores."

Por que vc SEMPRE tem que lembrar do Battletoads?? *se enrola em posição fetal e chora em silêncio*

hahahahaha! Ok, passado o momento de EMOção..

Eu sempre gostei do recurso de jogar inimigos em buracos! Era algo fácil, que poupava sua energia (porque como vc disse, as vezes eles eram possuídos pelo demonio e te espancavam sem dó nem piedade, e quando vc via lá se foi sua última vida...¬¬)..
Mas vc colocou em palavras meu maior pesadelo:

"Ou a tática de arremessar os inimigos nos buracos podia se voltar contra você, o que era algo muito triste..."

*volta a se enrolar em posição fetal e chora em silêncio*

hahahahhahahahahah!!

E eu não joguei esse também... Mas meu irmão tem em algum lugar! Vou caçar pra jogar isso!!

Beijão! E Feliz Ano Novo!!

lance disse...

tem aquee filme do Fred Sava....com o Kevin Arnold que tinha o gurizinho que era um Rayman com video games...o filme mostra direto o Double Dragon...


Uma coisa...afinal qual era o comandopra cabeçada...que direto saia aquela merda quando eu queria dar socos...

BAH disse...

Comando para cabeçada = direcional duas vezes para o lado.

Posteriormente seria o comando que faria os personagens correrem (muitas vezes em direção a um buraco).

Leandro"ODST Belmont Kingsglaive" Alves the devil summoner disse...

Ainda jogo esse Double Dragon do Nes até hoje. E arrisco dizer que graficamente chega a ser mais bonito que a versão dos arcades e do Mega.