quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Crítica de Games: Final Fight Revenge


Antes de começar o review de hoje, quero lembrá-los de um pequeno detalhe que normalmente esquecemos no dia a dia: Video games existem pra GERAR GRANA!

A Konami não se importa com sua avó doente, a Square Enix não liga se seu namorado te traiu, a Rockstar não se importa se seu cachorro foi atropelado por um caminhão dirigido pelo Christian Bale. Em resumo, nenhuma delas liga se vocês está feliz ou pensando em usar uma torradeira na banheira.

Claro, você pode discutir que um gamer feliz com um game, irá comprá-lo. Sim, isto é verdade, mas também é um mero efeito colateral causado pela existência de um bom jogo, a produtora responsável não queria compensá-lo pelas desgraças que acontecem em sua vida.
Enfim, produtoras de games fazem bons games porque estes vendem mais e não porque isto nos faz felizes.

Mas em alguns casos, não existe nem mesmo a preocupação de se criar um game meramente decente. A produtora apela para os bons trabalhos que lançou no passado e cola o nome deles em alguma aberração abominável que pretende lançar contra o público, esperando que as boas lembranças que a marca do jogo traz sejam o suficiente para disfarçar o quanto ele é um crime contra a humanidade.

Todo este discurso é só pra dizer que Final Fight: Revenge não é um bom game.

Tampouco o fará feliz.


Pois bem, o enredo do jogo trata de... hããããã... deixa ver no Wikipédia... minha nossa, nada... deixa ver em sites especializados... santo Vic Viper, nada também.


Pelo visto o game não tem história alguma, então vou inventar um enredo para que este parágrafo não fique muito magro: um belo dia, para acabar com o tédio, a população de Metro City (que é o elenco do jogo, já que ninguém mais parece viver nesta cidade) decidiu sair na porrada em lutas de um contra um, ao invés de uma galera contra dois caras que ficam parados, dando socos ar.

Pois é, um roteiro tão bom quanto qualquer outro.

Enfim, a Capcom não se deu ao trabalho de criar uma história para este game e até onde eu sei, ele não faz parte do “canon” (o enredo que é considerado como o “oficial” da série) de Final Fight. Prova disso é que o chefe final é Belger, o mesmo barbudo de cadeira de rodas que foi arremessado do prédio ao final do primeiro game da franquia.

Claro, aqui ele é um zumbi, mas acho que mesmo assim este game não deve ser considerado parte da série.

Aliás, mesmo este game tendo sido lançado muito tempo depois de Final Fight 2 e Final Fight 3, nenhum dos perosnagens destes dois games fazem parte do elenco aqui. Nada de Maki, nem de Carlos, nem de Maki, nem Dean, nem Maki, nem Lucia, nem Maki.

Ahhhhh, Maki Genryusai... ninja musculosa e coxuda com a calcinha enfiada... que saudade...

De qualquer forma, é interessante ver que os finais de alguns lutadores tentam fazer parte do universo que a Capcom criou para seus personagens. O final de Poison por exemplo, dá a entender que ela decidiu fazer a operação para mudar de sexo para tentar atrair a atenção de Cody.

Sim, para as duas pessoas que não sabiam, Poison é um travesti e era apaixonada por Cody. E eu sempre fico confuso sobre quais pronomes usar quando me refiro a ela... ele.

No final de Poison, descobrimos também que ela causou os crimes pelos quais Cody foi preso e já o vemos com o pijama de presidiário que ele usava em Street Fighter Alpha 3.

Apesar de tudo, é interessante tentar compreender o microcosmo que a Capcom estava desenvolvendo para seus games na década de 1990 e todas as suas extensões. Uma pena que isto parou bruscamente com o fim da geração PsOne.

Queria ver integrarem o enredo de Dead Rising com o de Captain Commando.


Quanto à apresentação do jogo, como diria Burt Reynolds: É um lixo!


Os gráficos são incrivelmente primitivos, os personagens são construídos com poucos polígonos e são ridiculamente quadriculados. As texturas também são imensamente simples, o que somado aos já muito quadrados personagens dá um acabamento bastante porco ao visual.

Os cenários são bastante simples também, sem muitos detalhes que chamem a atenção. O mais impressionante é que nenhum deles foi inspirado em fases do game, o que é no mínimo confuso.

É interessante perceber que este game utiliza o famigerado cartucho de memória RAM do Sega Saturn.

Para quem não chegou a conhecer, o Saturn tinha uma entrada para cartucho, que permitia o uso de cartuchos de Backup (função igual a de um Memory Card) ou cartuchos que expandiam a memória RAM do console e lhe permitiam rodar games mais pesados.

Toda a série King of Fighters no Saturn fez uso de tal cartucho, assim como X-Men VS Street Fighter e Marvel VS Street Fighter. Sem o tal cartucho de Ram, o jogo simplesmente não roda.

Agora, porque diabos Final Fight Revenge precisava de tal cartucho, se mesmo com a memória ampliada, ele ainda tinha um visual inferior a Virtua Fighter 2? Jamais saberemos ao certo.

Eu poderia também falar da animação dos personagens, mas vou apenas dizer que usar captura de movimentos na produção deste game não foi uma prioridade.

O som do game é mais interessante, uma vez que é totalmente inconsistente.

Os efeitos sonoros são bastante ruins. Os golpes não passam a impressão de força ou peso, as diversas armas do cenário (já falo mais delas) não soam convincentes e os únicos sons razoavelmente decentes foram “importados” da série Street Fighter Alpha.

A dublagem é uma tragédia. Aparentemente, a Capcom achou que contratar dubladores profissionais era uma perda de dinheiro e os estagiários da empresa fariam um serviço tão bom quanto eles. Pra você ter uma idéia, Poison tem a mesma voz esganiçada daquela sua colega de classe burra que adora entrar em uma conversa sobre os filmes do Quentin Tarantino pra falar do Greenpeace e mostrar o quanto é engajada na defesa do Meio Ambiente.

Pois é.

Novamente, é curioso notar que a única voz decente no game (a de Guy) parece ter sido copiada e colada de Street Fighter Alpha.

Imagino que o responsável pela produção deste game pegou toda a verba, construiu uma piscina de água quente em sua casa e mandou a equipe de programação se virar com o que havia restado, que provavelmente era o bastante apenas para se comprar uma caixa de Bis.

Começada.

É.


Todos estes defeitos seriam perdoáveis se a jogabilidade prestasse, mas você já deve ter percebido que este artigo não terá um final feliz.


Final Fight Revenge pode ser definido como um 2,5D, os personagens podem se movimentar para todas as direções, mas só como uma forma de esquivar de ataques inimigos e melhor se posicionarem sobre as armas que estão espalhadas pelo chão, pois as lutas de fato, acontecem em um espaço linear, como em Street Fighter.

O estilo de combate lembra muito a série Rival Schools. Os personagens possuem dois socos e dois chutes e podem executar golpes especiais com os clássicos comandos dos games do gênero, além da possibilidade de usarem agarrões e um número bastante limitado de combos.

Há diversas armas espalhadas pelos cenários, em uma referência aos clássicos beat’em ups da série. Os jogadores podem apanhar as armas que quiserem e utilizá-las um determinado número de vezes, quando podem então escolher outra.

A variação de equipamento é bem grande e existem desde revólveres e metralhadoras, até tasers e serras elétricas.

Parece divertido? Pois saiba que estas armas causam um dano tão ridículo, que é melhor simplesmente avançar contra seu inimigo despejando coices e mordidas. Quando uma serra elétrica causa menos dor que uma unha encravada, é hora de desistir do uso de ferramentas para sempre.

Aliás, o mesmo botão é usado para esquivar lateralmente e apanhar as armas. Acho que não preciso dizer que em boa parte das vezes que tentar apanhar um equipamento no chão, o jogador dará um passinho para o lado e será um alvo fácil.

As partidas contra o computador são terrivelmente maçantes, porque ele passa a maior parte da luta bloqueando seus ataques. Na maioria das vezes, a máquina só quebra a defesa para atacar e encaixar sequências que drenam boa parte de sua energia sem maiores dificuldades.

A melhor maneira de vencer é ficar longe, usar ataques especiais e raspar o medidor de energia do chefe até vencer a luta por Time Out.

O game também possui barras de especiais ao estilo Street Fighter Alpha. Estes especiais também não causam muito dano, mas são bem interessantes.

Pelo menos, tão interessantes quanto alguma coisa neste game pode ser.

Os ataques especiais possuem efeitos bastante diferentes dependendo do personagem, Cody por exemplo aplica uma veloz sequência de socos no inimigo e o jogador precisa apertar o botão de soco velozmente para maximizar o dano, Edi E por sua vez, se transforma (eu juro) em uma viatura de polícia e o jogador precisa atropelar o oponente com ela.

O melhor ataque especial é o de Poison, que manda uma bitoca para o oponente e se o atingir, vemos a moça em diversas cenas sensuais (na banheira, na praia, chupando um picolé como se fosse... é... você entendeu) e o oponente recebe dano ao final das cenas e voa longe.

Podemos entender muitas coisas com isso, mas deixarei que vocês tirem as próprias conclusões.


Todos os defeitos visuais e sonoros de Final Fight Revenge poderiam ser perdoados se o game tivesse uma jogabilidade bem trabalhada, Como não é o caso, tudo que nos resta é uma catástrofe que faz péssimo uso de uma licença amada por tanta gente.


Um fato curioso é que este game foi produzido pelos estúdios Norte Americanos da Capcom, mas o jogo foi lançado apenas no Japão.

Não faço idéia do que os Japoneses fizeram para irritar tanto o povo da Capcom Estadunidense, mas puxa vida, não deve ter sido nada legal.

Seja como for, Final Fight Revenge é um game que merece ser jogado como uma curiosidade. Não tem nenhuma qualidade que possa redimi-lo, mas jogar este título é uma experiência interessante.

E é sempre legal jogar com a Poison, mesmo sendo um cara, ela é muito sexy.

...

...

Eu disse isso em voz alta?

...

...

Mas veja bem, ele virou mulher depois, então não tenho motivo pra... digo... é tudo bem eu achá-la sexy, eu...

...

...

Oras diacho, sou um tarado! Me processe!

Cheers!!!

26 comentários:

The Sandman disse...

Ai meu Deus! First! Agora tenho que sair, comento depois, mas juro que li tudo!

GLStoque disse...

Graças à Deus alguém me salvou de gravar isso pro meu Sega Saturn. Valeu.
...
Adorei seu Blog, viu?
e a Poison Arrasa!

Frodo disse...

cara, como me divirto com um saturno, voce pode encontrar perolas que ninguem conhece ou encontrar verdadeiras catastrofes que ninguem conhece tambem! isso e tao legal... =P

Avalanche(Lance) disse...

"Não faço idéia do que os Japoneses fizeram para irritar tanto o povo da Capcom Estadunidense, mas puxa vida, não deve ter sido nada legal."


Temos mesmo que enumerar tudo?[:P]

mas fiquei curioso...para o YOUTUBE!!!

Raphael disse...

Otimo review de um pessimo jogo xD
Assim como o Avalanche fiquei curioso e fui no youtube... bem..
deixa pra la...

Queria sugerir um jogo pra review =x
Que tal Neverwinter Nigths(PC)?
Já jogou Amer?

Leave João Cabral Alone!!! disse...

Ótimo review, como sempre. XDDD!! Adoro a série Final Fight, mas depois de ler esse artigo não sei se teria coragem de jogar esse... essa... isso. :S Só jogaria pra ver os golpes especiais e depois colocaria num lugar onde eu não encontrasse. rs
Ah, Amer, que tal um review de algum Devil May Cry (escolha o 2, plz hehe)? Sempre quis saber o que você acha dessa série.

Beijos,
LJCA

UnderHell86 disse...

WHOA! Eu ia baixar esse jogo hoje, que sorte ler esse review XD!

Valeu, Amer! Tu salvou meu sábado o/

The Sandman disse...

Ah, agora sim. Ótimo review, Amer. Sobre a Poison, tente imaginar ele como ela, se é que me entende. 8D
Ou pegue a já tão esquecida Ruby. '-'
Ainda bem que num tenho Saturn. '-'

Cpt.Guapo disse...

Ótima resenha, Amer, como sempre! Sempre tive curiosidade de jogar esse jogo, é um dos que ainda estão há anos no MAME sem emulação, mas tô vendo que não vale a pena ter expectativas por ele...

Vou ver se pego essa versão do Saturn...

evil monkey disse...

uau, o jogo é ainda pior depois q você vê os vídeos!

e para os tarados...quer dizer os implacáveis curiosos que tiveram vontade de ver o ataque especial da poison aqui está:

http://www.youtube.com/watch?v=GqmXYUMpckU

e notem q quando ela ganha um mastro de stip these aparece do nada e ela começa a dançar!

DANÇAR EU ESTOU DIZENDO!!!

mas por melhor dançarina que ela
seja não vale a pena comprar o jogo...
...
...
...será mesmo?...
...

Avalanche(Lance) disse...

o especial das fotos deposi do beijo ela mantem no Mugen...bem mantiveram por ela!

Rodrigo Narcizo disse...

A cara de tarado do caranguejo naquela foto do especial da Poison é impagável! :D

Sasoriman disse...

Tinha um caranguejo na foto da Poison? .-.

Thedriver² disse...

Olha, a historia deve ser assim:

Depois da morte de Gerber, so restou aos membros da Mad Gear enterra - lo em sua terra natal, Raccoon City. Ao final dos eventos ocorridos em Resident evil ele ressucitou e resolveu descer o cacete em todo mundo....

Scariel disse...

E eu que achava streetwise ruim...

Jack, The Ripper disse...

Estou aguardando mais um post seu sobre jogos de horror. Também seria uma boa falar sobre Metal Gear neste seu blog.

Bia Chun-li disse...

Eu joguei isso... Jogava direto com a/o Poison!!!!!!!! xD
O interessante no super combo dela, é que, caso o life do adversário esteja "na alma", em vez de mostrar as fotos, ela faz um pequeno show de pole dance.
Agora verdade seja dita, poderiam ter feito um jogo melhor...

Zé Abrão disse...

de fato, a Poison arrasa.
Eu nunca joguei esse, mas tinha aquele Street Fighter que foi o primeiro em 3D...sei qual é a decepção.

Ei Hammer, agora em janeiro sai Darksiders: Wrath of War, estou ansioso por esse jogo, faça um review dele quando ele sair, por favor!!!

Zé Abrão disse...

você viu Amer? Vão fazer um jogo baseado em Hokuto No Ken. Parece promissor.

The Sandman disse...

/\
1 - Old.
2 - É Dynasty Warriors, então eu vou jogar [s]assim que conseguir meu XBox 360 [/s].

bagre disse...

Bah, no Final Fight Streetwise do PS2 eu empaquei no chefe Stiff Death e não zerei a bagaça... pensando bem, tenho até vergonha de ter jogado esse game.. tanto quanto Ninja Blade.... lixo

GLStoque disse...

Volto aqui humildimente.
Propor uma troca de links. Topa?
Dá uma olhada no meu retrogameblog e adiciona aí na lista.
O seu já está na minha lista de parceiros.

http://glstoque.blogspot.com

Valeu.

crisgunnm disse...

``É realmente esse jogo é uma diarréia, sons e poligonos horriveis uma verdadeira merda´´ !!! e ainda essa tranqueira solicita , o cartucho ram de 4mega! Eu joguei esse trash da capcom.o virtua fighter2 que é bem mais antigo e não usa cartucho de expansão e da um pial no termo gráficos sons e jogabilidade,em outras palavras a capcom, cagou e sentou em cima de uns de seus maiores classicos já feitos.

Leandro" Leon Belmont" Alves the devil summoner disse...

E é sempre legal jogar com a Poison, mesmo sendo um cara, ela é muito sexy.

...

...


Oras diacho, sou um tarado! Me processe!






não liga não Amer, também curto a Poison de montão :). e para mim, ela é mulher. lá no Japão ela é. malditos americanos que inventaram de colocar para ela ser Ariadna....porque não fizeram isso com a Chun-li então? caramba!

Gabriel // zGABRIELz disse...

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