sexta-feira, 15 de abril de 2011

Crítica do Amer: Bare Knuckle III


“O quê? Cê pirou, Amarelo? Falou de Streets of Rage 1 e Streets of Rage 2, porque num fala de Streets of Rage 3? Prefere falar da versão Japonesa por quê? É otaku? Hahaha! Otakinho, assiste Sailor Moon e num manja nada!!! Vou jogar Streets of Rage 3, isso sim! Que eu sou mó macho e inteligente! HU-HU!!!”

Ok, faça isso! Depois, que tal ligar o liquidificador e brincar de tentar parar suas lâminas com a testa? É a maior diversão! Você vai adorar!

Agora, existe um bom motivo para eu ter optado por falar de Bare Knuckle III: é que eu odeio Streets of Rage 3.

Certo, não parece um bom motivo, então eu explico.

Ao ser lançado no Ocidente, Streets of Rage 3 recebeu inúmeras mudanças que o tornaram bem menos agradável que a versão Japonesa. Pra começar, os gráficos receberam uma nova pintura e os personagens ficaram com um aspecto mais granulado e feio em relação ao original Japonês. Os quatro heróis também receberam novas cores em suas vestimentas, que não funcionam tão bem quanto seus criadores esperavam.

Axel por exemplo, parece usar uma camisa que não é lavada há muitas eras.

O semi-chefe Ash foi cortado da versão Americana também, por motivos muito pouco claros até hoje. A Sega tinha medo de ofender a população gay com a presença de um estereótipo tão horrendo, ou não queria ofender o resto da população com um personagem gay no jogo? Qualé, Sega?

E todas as mulheres presentes no game receberam roupas que deixavam bem menos pele visível que na versão Japonesa. Aparentemente, vestir um top e mostrar a barriga era considerado ofensivo no Ocidente durante a década de 1990.

Mas a mudança mais brutal (e mais inexplicável) foi na dificuldade do jogo, Streets of Rage 3 é MUITO mais difícil que Bare Knuckle III. Os inimigos são agressivos, desleais, causam dano enorme e os chefes tem medidores de energia IMENSOS, o que torna as lutas com eles desnecessariamente longas.

A história também foi alterada de uma versão para outra, mas falo mais disso daqui a pouco.

Considerando todas estas mudanças, fica bastante óbvio que a versão Japonesa é superior a Americana e uma opção melhor, se o jogador tiver a escolha.

A arte da capa também é muito melhor, olha como a Blaze tá bonita!

Hmmmmm...

Hmmmmmmmmmmm...

HMMMMMMMMMMMMMMMMMM...

...

*ARRAM*

Mas Bare Knuckle III presta? Não adianta nada ser melhor que Streets of Rage 3 se ambos forem uma batida de trem, correto?

Correto! E é isso que vamos descobrir agora!


Após Streets of Rage 2, a cidade está em paz. Axel, Blaze, Sammy e Max bateram em Mr. X com tanta força que ele não recuperou os sentidos até o game seguinte. Neste período de tempo, a paz reinou.


Mas Mr. X é Brasileiro e não desiste nunca! Por isso e por este ser um Beat’em Up de Mega Drive, ele está de volta, com mais um plano maléfico para dominar O MUNDO... ou o mais próximo disso.

Para tanto, a cidade de Oak Wood City é completamente erradicada por uma explosão nuclear! OH! A destruição foi causada por um novo explosivo chamado Rakushin, desenvolvido pelo Dr. Gilbert e que era mantido em segurança pelo general Petrof, ambos misteriosamente desaparecidos desde a explosão.

Axel, Blaze e Adam investigam o acontecimento, até que são abordados por Dr. Zan, um sujeito de dois metros de altura que tem o melhor bigode já visto desde o Dr. Robotnik e que aparentemente gosta de cibernetizar o próprio corpo nas horas vagas. Zan os informa que é tudo um plano de Mr. X, que instalou bombas em inúmeras outras cidades e que planeja iniciar uma guerra com isso.

Por que? Bem, vamos dizer que foi por culpa do... Moe.

Axel e Blaze de cara aceitam a missão de espancar meliantes por um dia e uma noite inteiras, enquanto Adam recusa, pois estava ocupado demais tentando terminar Golden Axe, e manda seu irmão Sammy (Skate no Ocidente) em seu lugar.

Claro, porque o melhor lugar para um guri de 15 anos é enfrentando sociopatas armados e perigosos.

Mas este é o enredo da versão Japonesa, na Americana, Mr. X fundou a companhia Robocy e passou a substituir políticos e figurões por robôs. Assim que todas as trocas forem efetivadas, ele vai usar UM CONTROLE REMOTO DO MAL para controlar (claro, o que mais ele poderia fazer com o isso?) suas máquinas e assim... DOMINAR O MUNDO!!!

Eu não posso ser o único que acha que esta virada de Streets of Rage em direção a ficção científica é uma idéia completamente retardada. Claro, a série nunca foi realista (com seus carros de polícia mágicos e ninjas), mas este tipo de enredo capenga sempre foi mais a praia de Rushing Beat.

Mas quem se importa? Se nos dá um motivo para sair pela cidade rachando crânios, é tudo que precisamos!


A apresentação do game tem êxito em alguns aspectos, mas fracassa miseravelmente em outros. Vejamos uma coisa de cada vez.


Os gráficos são muito bons, embora não pareçam exatamente novos. Grande parte do visual parece ter sido copiada e colada diretamente de Streets of Rage 2, especialmente no tocante aos personagens.

Claro, os protagonistas receberam um trato no visual e agora possuem animações mais detalhadas e bonitas, mas o mesmo não pode ser dito dos vilões. Claro, os chefes de fase se destacam, mas os inimigos normais são um bocado comuns e sem graça. Há poucos inimigos novos também e a reciclagem de capangas do game anterior tira um pouco do brilho da coisa.

Os cenários são em sua maioria, bem feitos e adequados. Há um porto, um Night Club cheio de luzes multicoloridas e brilhantes (o que DEFINITIVAMENTE não seria aprovado em um game atual), minas, florestas e um laboratório DO MAL. Como estamos falando do Mega Drive, as cores na tela são saturadas, mas é isso sempre garantiu a identidade dos games da empresa. No caso de Bare Knuckle III não é diferente.

O áudio é uma história completamente diferente. A série Streets of Rage/Bare Knuckle sempre foi conhecida por sua fantástica trilha sonora, maravilhosamente composta e executada por Yuzo Koshiro e que mesmo hoje, é capaz de chutar a bunda das músicas presentes em inúmeros games.

Reza a lenda que Yuzo Koshiro fez uso de um software que criou automaticamente as faixas de áudio presentes em Bare Knuckle III. Como resultado, não temos mais os agradáveis temas de Jazz e Pop com os quais nos acostumamos, mas um Techno extremamente abrasivo. Pessoalmente, acho que esta mudança colocou este título um passo atrás dos seus antecessores, mas no final, é apenas uma questão de gosto.

As vozes seguem o bom e velho padrão do Mega Drive, com personagens extremamente roucos e que muitas vezes são difíceis de serem entendidos. Mas devido crédito a quem merece, Bare Knuckle III possui dublagem um pouco mais limpa que Streets of Rage II. Foi graças a este jogo que descobri que Blaze grita “Kikoshou” quando usa seu golpe especial.

Isso mesmo, ela usa o mesmo ataque especial de Chun-Li e praticamente com a mesma pose!

Mas quem ensinou quem? Elas serão amigas? Será que nossa amada Chinesa pernuda é uma plagiadora sem vergonha? Por que raios estou perdendo meu tempo com esse tipo de coisa outra vez?


A jogabilidade de Bare Knuckle III é uma versão mais encorpada daquilo que encontramos em Streets of Rage II.


Pra começar, os quatro heróis estão muito bem equilibrados desta vez. Lembram como quando falei de Streets of Rage II, mencionei o quanto Max quebrava o jogo? Bastava agarrar um inimigo com ele, apertar o botão de ataque uma vez, e ele causaria um dano massivo e indefensável. Um jogador que aprendesse a usar Max medianamente bem, poderia terminar o game sem maiores complicações.

Aqui não tem dessa, os personagens são diferentes entre si e possuem habilidades únicas, mas nenhum foi programado de forma a ser uma força da natureza.

Aliás, este game tem TRÊS personagens secretos. Victy (Roo no Ocidente), um canguru pugilista, Ash, o já mencionado gay brutamontes (na versão Japonesa apenas) e Shiva, primeiro chefe do jogo e penúltimo do título anterior. Cada um pode ser acessado por um truque específico e mesmo o status de personagens secretos não lhes garante vantagens especiais. Eles também são equilibrados e jogar com eles é algo baseado apenas no gosto pessoal.

Os ataques especiais receberam uma turbinada. Agora há um medidor ao lado de sua barra de energia, que carrega com o tempo. Quando estiver cheio, é possível usar um ataque especial sem gastar sua vida, mas se utilizar o dito movimento antes que o medidor encha, perderá uma quantidade considerável de energia.

Isso adiciona alguma estratégia a brincadeira. Você guarda o medidor de especial para usá-lo em momentos de emergência, ou o gasta logo de cara pra obter uma vantagem na briga?

Os heróis também ganharam uma corrida com ataque. Digo, ela já existia no game anterior, mas aqui foi melhorada e tornou-se mais eficiente. Agora, quando pressionar o direcional duas vezes na mesma direção, seu personagem vai correr (o que ele não fazia antes) e sua janela de tempo para atacar se torna muito maior.

Estes mesmos ataques com corrida podem receber Upgrades. Sempre que fizer uma certa quantia de pontos receberá uma estrela, a cada uma delas, a animação do golpe muda e ele causa mais dano, até se tornar capaz de destruir hordas de vilões de um só ataque. Infelizmente, sempre que perder uma vida, perderá também uma estrela, então é difícil maximizar o potencial destes ataques e mantê-los assim por muito tempo.

As armas encontradas ao longo do jogo também estão diferentes. Agora, cada uma possui uma barra de energia, que diminui a cada golpe e quando esvaziada, sua arma se vai. É um sistema muito pouco eficiente para o uso destes equipamentos e tira um pouco da graça de se brincar com eles.

Os personagens também podem utilizar ataques especiais específicos com certas armas, mas tais movimentos gastam muita energia delas e não chegam nem perto de serem tão devastadores quanto parecem.

Agora, embora Bare Knuckle III seja muito mais fácil que Streets of Rage 3, isso não significa que ele é mel na chupeta. O desafio é em sua maior parte, equilibrado e justo, mas alguns chefes tem padrões de ataque que lhe dão muito pouco espaço para revidar, o que pode tornar certas lutas um pouco cansativas.

Algumas fases possuem obstáculos chatos, como buracos, carrinhos de mineração e armadilhas, que podem ser uma dor de cabeça em certas ocasiões. Mas se jogar de forma inteligente, é possível utilizar todos estes perigos contra seus inimigos.

Finalmente, Bare Knuckle III tem QUATRO finais! Que variam de acordo com a dificuldade em que se termina (o modo Easy libera um, os demais podem ser acessados do Normal em diante) e com sua capacidade de terminar as duas últimas fases em um tempo pré-determinado.

Isso aumenta razoavelmente o valor de replay de Bare Knuckle III... ou o diminui. Se não conseguiu matar o último chefe a tempo por causa de UM GOLPE aplicado na hora errada, acho mais provável você dilacerar o controle a dentadas do que começar uma nova partida.


E esta foi a última vez que ouvimos falar de Axel, Blaze ou do tranqueira do Sammy. A Sega trancou os personagens em uma gaveta e nunca mais produziu nada novo com eles, dedicando-se apenas a lançar mais games da série Yakuza do que alguém é capaz de jogar e em bolar novas maneiras de destruir o que resta de credibilidade ao Sonic.


Mas eis que um grupo de fãs apaixonados entrou em cena e produziu Streets of Rage Remake, um trabalho de pura devoção que levou OITO ANOS para ser completado e que trazia o melhor da série, com novas fases, novos gráficos e extras o suficiente para fazerem o Andoré sorrir.

...

E que a Sega mandou ser tirado do ar, mesmo com o título sendo distribuído gratuitamente e após não se opôr a sua criação quando foi contatada por seus criadores.

Com ciúmes Sega? Sério?

Cheers!!!

12 comentários:

Tiago R. Lima "Mad Max" Andrade disse...

Baixei o fan-remake de Streets of Rage assim que vi as notícias de que estava pronto, e viciei nessa bodega :) Fiz questão de repassar para vários colegas de empresa - que, claro, também perdem várias horas de trabalho com o jogo.

Incrível como um fã conseguiu fazer o que a Sega parece ter desaprendido a fazer.

Blog do Sybão! disse...

Nunca finalizei esse game! Que saco!

Mas to com o remake aqui, deixa só eu melhorar da minha LER.

Nota justa até onde eu joguei, e é isso!

The Sandman disse...

Pensei em Streets of Rage Remake assim que li a introdução, imaginei que você tinha ouvido falar.

Não consegui pegar minha cópia a tempo mas estou jogando graças à "contatos", hehehe.

Enfim, isso não importa. Bela review Amer, e eu queria ter jogado os video-games dos anos 90 pra poder comentar melhor.

Sabat disse...

Rapaz, Streets of Rage 3 é um pé no saco. A dificuldade insana tira grande parte da graça do game, o resto vai em bora quando vemos as garotas todas de calça e jaqueta de motoqueiro... Fala sério... e o pior é que eu terminei o jogo fazendo o final onde não se detona o ultimo lider dentro do tempo determinado. Quando descobri essas diferenças entre as versões, joguei a japa e nossa, como o jogo muda para melhor!

E o Remake joguei ano passado, a versão 4.1 beta, excelente por sinal, dificuldade alta mas justa, não via a hora de lançarem a versão final e de repente PÁ, LÁ ESTÁ ELA! Só que os caras arrebentaram na dificuldade do game denovo... ta estupidamente difícil no modo normal e fácil demais no modo easy, mas beleza, é só baixar na casa do camarada pra jogar em duplas e... cade o jogo?

É Sega, dor de cotovelo é foda.
Excelente texto cara XD

Danaki disse...

A série Streets of Rage/Bare Knuckle era a minha favorita no Mega, e até hoje me trás belas lembranças... Mas o meu favorito sempre foi o primeiro.
Realmente foi uma sacanagem o que a Sega fez, mas pra variar, essa bobagem de mandar tirarem o link do ar não funciona. Você acha fácil SoRR v.5 na net. Até no SuperDownloads e no BaixAki tem, hehehe. No fim a Sega só queimou o próprio filme, e a toa. =P

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Risadas novas todo fim de semana em
http://supercreeps.thecomicseries.com

Hikaruon Dekabase disse...

Eu ainda prefiro Streets Of Rage (1-3) do que Golden Axe (1-3), SOR3 é fodástico perto do GA3, acho que a partir desse jogo (GA3) é que a Sega começou a escorregar nos próprios escrementos que ele fez.

E acho que chegou no cumulo cancelando o remake de SOR, algo de um jogo que ela não faz novas versões há DÉCADAS! só um relançamento para iphone, ipad, virtua console e similares.

Agora cá entre nós, ainda acho que veremos links de downloads do SORR v5.0 por muito tempo, e ainda a SEGA acha que está falando com pessoas que nasceram ontem....

Leandro disse...

Nossa agora fui reconfortado com sua analise Amer, meus amigos tiravam comigo por eu usar dois controles para usar todos os continues a fim de fechar essa bodega, agora que vc comentou que o jogo americano era difícil já não preciso perder meu tempo comentando sobre esse meu fracasso em algumas sessões com meu psicólogo... ainda tenho meu velho console e ainda o ligo para jogar Streets of Rage 2, Ristar e Shinobi III além de outros... é uma pena as novas plataformas não tentarem repaginar coisas como Streets of Rage e Gunstar Heroes (decentemente) para as novas gerações... meu filho não gosta do novo Sonic porque o deixa tonto, mal sabe ele dos dias intermináveis de Sonic 2 e Sonic CD...

Parabéns Amer pelo texto! Fodástico como sempre!

Rael XX disse...

Pô Amer, você só esqueceu de citar que um controle de 6 botões do Mega Drive, dá pra se fazer todos os golpes das estrelinhas, tipo segurando Y e fazendo meia-lua pra cima com a Blaze ou segurando Y e fazendo meia-lua pra frente com o Axel.

Abraços!

Logan disse...

As versões Japonesas sempre foram melhores que as Americanas, pois quando são trazidas pro Ocidente sofrem drásticas censuras, aprendi isso desde a época do Resident Evil 1. E não é diferente no caso de Bare Knuckle III... Muito 10 o Post!
Abraço!

herick disse...

Discordo completamente da sua opinião sobre a dificuldade da versão americana. Veja bem, o ultimo chefe Robot Y/Neo X em ambas versões é muito facil basta apelar na voadora na reta certa e pronto, portanto a dificuldade durante o jogo é até pra compensar isso, pois só chegando lá com poucas vidas ou apenas uma para ter alguma graça enfrenta-lo.
Bare Knuckle III é o mais facil da trilogia o que vai contra o fato de ser o ultimo que deveria ser o mais desafiador. Repare que os adversarios dão menos socos que em Streets of Rage 2 até pelo fato dos herois estarem com defesas mais reforçadas então tornar os ataques dos inimigos mais forte foi uma boa maneira de compensar.
Joguei durante anos Bare Knuckle III e sempre senti algo a desejar na dificuldade comparado a Streets of Rage 2, enjoava, dava tédio saber que iria vencer mesmo jogando com 1 vida por Continue e no Nivel Hardest, só a fase 7 alternativa (Casa Blanca) era digna como sequencia do jogo anterior.
Já Streets of Rage 3 oferece realmente o desafio digno como sequencia do Streets of Rage 2 e final da trilogia, diferente do Bare Knucle III em que eu sempre vencia, dificilmente venço assim como algumas vezes tambem não venço em Streets of Rage 2. E outra, a tão criticada "dificuldade" dessa versão ainda ofereceu uma vantagem, pois para quem é jogador experiente nessa trilogia sabe que em Streets of Rage 2 o real perigo do Game Over e a emoção do medo de perder só começa a aparecer lá pela 5º ou 6º fase, antes o jogador nem se importa de perder vidas. Já em Streets of Rage 3 logo na segunda fase o perigo do Game Over e a emoção do medo de perder aparece, e tudo foi bem equilibrado pois se o jogador perde umas tres ou quatro vidas em uma fase, na fase seguinte a dificuldade é um pouco menor ou oferece recursos pra restaurar suas forças.

Leandro"ODST Belmont Kingsglaive" Alves the devil summoner disse...

Bela análise, mas não gosto do SOR 3, justamente pela última fase. Para que colocar um limite de tempo para completa-la ou Bad Ending? Que ideia idiota!

Lucy disse...

https://youtu.be/KnO9ai1AYYk