Muito bem, seu bando de gatos polares, prestem atenção!!!
A menos que morem em cavernas, todos vocês já devem estar cientes que Street Fighter IV será lançado este mês, mais precisamente no dia 16 de Fevereiro e que todos poderemos voltar aos bons tempos de 1992, onde varavamos as madrugadas jogando SF II no Super Nintendo.
E como graças a isso estou empolgado feito um sujeito cheio de anfetaminas, resolvi compartilhar um pouco de minha vasta sabedoria de Street Fighter com vocês.
Sim sim! Joguei muito Street Fighter em minha juventude e como bom nerd que sou, me aprofundei um bocado em sua história e em tudo que foi lançado com o nome da franquia!
Então estava eu um dia pensando: "E se eu aproveitasse o mês de lançamento de SF IV para encher o rabo de meus leitores com informações sobre a franquia?"
E bem... é exatamente isso que farei! Contarei a história da série neste e no próximo artigo e no último post do mês (Fevereiro é mais curto, assim sendo, postarei menos) um belo review do longa metragem animado de Street Fighter II!!!
HOORAY!!!
Se você não gosta de Street Fighter, volte no mês que vem e não me encha o saco mandando comentários dizendo que não gostou da idéia.
Sério, não faça isso! O blog é meu e você não manda porra nenhuma aqui!
Seu imaturo!
E aliás, não pretendo fazer um manifesto dissertativo, mas divagar a respeito da série e tudo que já passou por minhas mãos no tocante a ela. Não venha me encher o saco dizendo que postei algum detalhe errado.
De verdade, você também não manda nada aqui!
Seu cretino que adora dar tiros!
Enfim, vamos lá!
E antes que eu me esqueça: TIGER ROBOCOP!!!
Em 1987, o mundo era um lugar muito diferente.
As crianças começavam a perder o interesse em Transformers, Rick Astley lançava uma música que só atingiria todo seu potencial destrutivo vinte anos depois e os filmes pornôs de Traci Lords se tornavam mais raros que o Cálice Sagrado, pois não importa o quanto era gostosa, ela tinha meros dezesseis aninhos ao fazer aquelas coisas sujas, nada cristãs e incrivelmente excitantes.
...
Hã...
Enfim!!!
Haviam poucos games de luta mano a mano (ou como dizia o Baby Betinho, games de "kick and punch") nos arcades, a garotada ainda preferia jogar beat'em ups e passar horas socando meliantes. A Capcom então decidiu que era hora de acabar com essa putaria e inserir um outro tipo de game de porrada nos arcades!
E assim nasceu Street Fighter!
...
Que hoje chamamos de Street Fighter UM, pois ao dizermos simplesmente "Street Fighter" estamos atualmente nos referindo à toda uma franquia e naquela época não havia franquia, apenas um jogo, portanto...
...
Caralho, mas por que picas eu estou divagando assim?
Enfim, Street Fighter!
...
UM!
Como eu já disse, SFI não foi o primeiro game no estilo. Já tinhamos Karateka, Gladiator, Trojan, Pit Fighter, Barbarian e muitos outros títulos que colocavam os jogadores para porradearem um ao outro.
Todos estes games tinham um problema no entanto: eram uma diarréia relâmpago universal.
A maioria deles pelo menos.
Claro, Pit Fighter era bem legal e Barbarian tinha Maria Whittaker na capa, mas a maioria devastadora dos jogos no estilo era terrível! Era mais divertido comer vômito de uma super modelo bulímica a jogar essas bostas!
Uau, que analogia nojenta! Peço desculpas por ela.
Prosseguindo, então... surgiu Street Fighter UM!!!
... que também era uma merda em seu próprio direito.
Claro, o jogo era bastante inovador para a época. Foi nele que introduziram o conceito de botões de ataque com intensidades diferentes de força, além de comandos especificos para ataques especiais...
... e fases de bônus.
Street Fighter I era muito superior tecnicamente a outros games no mesmo estilo. Visualmente, no áudio e até mesmo no tocante à criatividade injetada nos personagens.
Aqui conhecemos Ryu (que era inexplicavelmente ruivo, o que me faz imaginar que ele perdeu uma aposta) e Ken, dois alunos de karatê que resolveram viajar o mundo porradeando os outros só pra mostrarem que eram bons.
Pode rir, mas eu afirmo que muitos jogos hoje em ia tem uma história tão ridiculamente vaga quanto esta. Não vou citar nomes... *COF COF * Gears of War *COF COF* mas vocês sabem a que títulos me refiro.
Enfim, Street Fighter inovou em muitos aspectos, mas havia um pequeno problema.
A jogabilidade era uma bosta!
Sério, era terrível!
Tinhamos a possibilidade de soltar Hadoukens e Shoryukens pela primeira vez na vida, mas os controles eram tão ruins que só fazendo um pacto com Lúcifer os golpes especiais saiam.
Sim, existiu uma época que "meia lua pra frente e soco" exigia o máximo de sua capacidade como jogador e lhe tirava muitos anos de vida.
Verdade seja dita, a capacidade de dano de um golpe desses era imbecil. Um Hadouken arrancava 1/4 da energia do adversário caso o atingisse e um Shoryuken causava tanto dano que causava pane no fliperama, então é compreensível que a Capcom tenha feito os comandos quase impossíveis de se soltar.
De fato, reza a lenda que estes comandos eram também secretos. Não havia lista de golpes impressa na máquina, então os jogadores precisavam descobrir na sorte como fazê-los.
E aparentemente, os jogadores que descobriam não revelavam tais truques para novatos. Guardavam para si mesmos, como os grandes mestres de artes marciais faziam com os segredos milenares das artes marciais.
...
Exceto que os mestres guardam os segredos para que nenhum cuzão os descubra e saia por aí usando para o mal! No caso dos jogadores de Street Fighter I, eles eram UM BANDO DE NERDS CIUMENTOS DA PORRA QUE GUARDAVAM SEGREDO PRA SENTIREM UM POUCO DE IMPORTÂNCIA EM SUAS VIDAS DE PUNHETEIROS DE MERDA!!!
Puff... puff...
Enfim, o jogo era difícil pra cacete.
Quão difícil?
O computador te fazia de putinha a maior parte das vezes.
Combinar controles ruins com dificuldade extrema nunca é uma boa idéia e assim sendo, Street Fighter I não fez o sucesso que a Capcom esperava.
Avancemos para 1989!
Yoshiki Okamoto viu uma máquina de Double Dragon II e mandou sua equipe fazer um game no mesmo estilo, assim nasceu Final Fight.
"E o que picas isso tem a ver com Street Fighter, seu mandrião?"
Você sabia que em um determinado momento de sua produção, Final Fight foi batizado de "Street Fighter 1989"?
O povo do marketing da Capcom achou que seria uma boa, pois chamaria a atenção do público que havia gostado e Street Fighter e seria um sucesso imediato.
Só haviam dois problemas com essa lógica: Os dois jogos eram totalmente diferentes e NINGUÉM no mundo gostava de Street Fighter I!
Os chefões da Capcom perceberam isso, executaram os imbecis da publicidade com facadas na cabeça e rebatizaram o beat'em up de Final Fight, o resto é história.
Não veriamos um novo Street Fighter até o ano seguinte.
Pois é, Street Fighter 2010.
O setor de marketing da Capcom não tinha desistido de lançar um game batizado Street Fighter, mesmo que não tivesse porra nenhuma a ver com o jogo anterior homônimo e o fez com esta abominação.
Aqui, a humanidade começou a explorar outros planetas, mas existem criminosos espaciais e blá blá blá, cuecas, lucros, um cyborg chamado Ken porradeando bandidos, enfim.
Na versão japa o herói se chama Kevin Striker, mas na americana se chama Ken. Aparentemente, a Capcom gringa achou que seria uma boa idéia cibernetizar o amigo do Ryu.
Jesus...
Bom, o jogo foi um fiasco, os responsáveis por ele também foram mortos e já que os funcionários da Capcom continuariam batizando jogos aleatórios de Street Fighter, a empresa decidiu fazer uma continuação de uma vez.
Que foi lançada um ano depois.
E cá estamos nós! 1991!
Fresh Prince of Bel Air e Blossom estavam começando suas vidas como seriados de sucesso e ALF havia encerrado seu ciclo um ano antes.
Aliás, sabia que o elenco de ALF odiava trabalhar na série? Pois é, o Willie odiava seu papel no programa, pois era um saco ser coadjuvante de uma porra de um boneco.
Mas outro dia conto essa história.
Enfim, a Capcom aprendeu com seu erro e produziu um game muito melhor desta vez, a começar pela arte da divulgação. Karatecas em chamas que dão voadoras nunca são um bom chamariz.
E não foi só nisso que as coisas melhoraram.
Hooray!!! Mais opções de personagens!!!
Aqui eu havia feito uma piada sobre a localização das bandeiras e sobre a Capcom precisar de aulas de geografia, mas achei melhor remover para que não venha um pelotão de Jabronis me corrigir dizendo "Mimimi, a bandeira indica o pontinho que mostra a localização correta do país, não percebeu isso? Lálálá."
Pelo amor de Benji, tem cada jabroni que aparece nos comentários...
Mas que se dane, falemos dos personagens.
Em Street Fighter I, só podiamos jogar com Ryu e Ken e como os dois são iguais, era um exercício de redundância.
Aqui, recebemos seis camaradas novos, totalmente diferentes e com seus próprios estilos!!!
E não vou descrever quem eram ou o que lutavam porque sinceramente, se a essa altura do campeonato você não conhece o elenco de Street Fighter II, você é um cabaço de marca maior e deveria ser amarrado em praça pública para ter a bunda comida por quem passasse.
Enfim, os lutadores eram bem diferentes um do outro: Zangief era forte pra porra, Dhalsim se esticava todo, Chun Li era uma chinesa coxuda e gostosa, Guile era um apelão lazarento e por aí vai. Jogadores do mundo injteiro fizeram filas e mais filas nos fliperamas e torraram milhões de dólares em fichas para poder jogar: nascia a modalidade de se jogar "contra" nos arcades!
Não a porra de jogo de ação da Konami, "contra" de ficar jogando contra os amigos e detonando todo mundo.
Seu inguinorante!
Bom, um ano depois, a Capcom portou Street Fighter II para Super Nintendo e eu acredito que não preciso dizer como isso funcionou.
Até 2008, SFII do Super Nintendo havia sido o jogo mais vendido na história da Capcom.
Sim! Pois é, pois é, pois é!!!
Pense que nem Resident Evil, nem Devil May Cry, nem porra nenhuma que a Capcom fez vendeu mais que um cartucho lançado há dezessete anos atrás.
Impressionante, não?
Enfim, em Street Fighter I, você escolhia um país e enfrentava dois lutadores do local antes de poder avançar para a próxima etapa. Em SF II, após escolher seu personagem, você dava a volta ao mundo em um aviãozinho bonitinho e enfrentava um caboclo por país, fazendo pausas ocasionais para destruir um carro sem nenhum motivo aparente.
Viu?
Após derrotar os oito... ou melhor, sete guerreiros iniciais (sim, porque você não lutava contra si mesmo... ainda) você ganhava o direito de enfrentar aos quatro chefes finais que só podiam ser controlados pela máquina.
Tinha o Balrog, que era a homenagem da Capcom ao pugilista/estuprador/comedor de orelhas favorito da América. Reza a lenda que ele é uma atualização do pugilista Mike do primeiro SF, mas jamais saberemos se é verdade...
Vega, o espanhol-ninja-toureiro-lindo-bichademerda, que escalava uma grade, saltava lá do alto e fodia com a tarde de muita gente que não ainda sabia usar Shoryukens ou Flash Kicks.
Aliás, muita gente achava que o Vega era mulher, por causa de sua voz de vocalista do Massacration e seu cabelo comprido.
O fato dele lutar sem camisa passou despercebido pelos orangotangos que acreditavam nesta teoria.
Sagat, o chefe final do game anterior e que era o único a retornar além de Ryu e Ken.
E aqui vai um fato curioso: De acordo com o manual de instruções do jogo, Sagat pesava 76 quilos apesar de seus 2,26 de altura.
Isso que fazia dele o lutador de Muay Thai mais anêmico do mundo.
E finalmente Bison, chefão da Shadaloo e patrocinador desse torneio, que na época era um oponente tão fudido que chutava sua bunda até você sair do fliperama e chegar em casa e depois disso, ele a chutava a bunda da sua mãe pelo resto da noite.
E eu sei que não coloquei foto do Balrog. Tive preguiça de achar uma, ok?
Aliás, os nomes dos chefes foram trocados da versão Japonesa para a Americana. Por incrível que possa parecer, muita gente ainda não conhece essa história direito, então vou esclarecer de uma vez por todas:
No Japão, o pugilista se chamava M. Bison, o Espanhol é Balrog e o chefe final é o Vega; o "M" de Bison significa Mike e como eu disse, ele é uma homenagem ao Mike Tyson.
Pois bem, o jogo chegou aos EUA no mesmo ano em que Tyson estava sendo julgado por estupro. A Capcom decidiu inverter os nomes dos chefes pra evitar controvérsias desnecessárias.
Aliás, sabia que o elenco de Street Fighter II passou por uma reformulação completa desde os estágios iniciais de produção?
Dá só uma olhada!
Aparentemente, era pra termos um policial, um luchador, um chefe tribal, um mendigo com a arma do Billy Kane e um clone do Kenshiro entre os lutadores.
Mas calma que a cereja do sundae vem agora. O Vega originalmente não era um ninja Espanhol, mas sim...
... UM NOBRE CAVALEIRO MEDIEVAL!!!
*Insira uma referência a Monthy Python e o Cálice Sagrado aqui*
A Capcom eventualmente desistiu da idéia, pois faria mais sentido usar guerreiros vindos de diferentes locais do mundo ao invés de diferentes épocas.
E também... porque esses personagens eram uma merda.
Mas tudo bem, porque os conceitos dos mesmos acabaram sendo reaproveitados (involuntariamente ou não) por praticamente todos os clones de Street Fighter que sairam na época, de World Heroes a Power Athlete.
Viu? Nada foi desperdiçado! Swan ficaria orgulhoso!
Enfim, o jogo vendeu milhões de unidades ao redor do mundo e todos estavam varando noites a base de pizza fria e Coca Cola quente enquanto espancavam seus amigos, riam deles e os faziam se sentar emburrados em um canto do quarto folheando revistas de mulher pelada enquanto esperavam amanhecer para poderem ir pra casa.
Sem contar os "pauses" estratégicos que todos davam durante a giratória da Chun Li... você sabe pra quê...
Todos se divertiam, mas faltava alguma coisa.
E a Capcom sabia exatamente o quê:
CHEFES!!!
Em 1992, recebemos a primeira atualização do jogo: SF II Champion Edition!
E devo dizer que, chamar um game de "atualização" naquela época era algo tão futurista! Fazia os mesmos parecerem coisa de adultos responsáveis que tinham computadores de última geração e coisas do gênero!
Pois bem, o que este game tinha de diferente e por que ele era a edição dos campeões?
Como eu já disse: CHEFES!!!
Não ouviu não? Tá com porra no ouvido, é?
A Capcom não aprendeu catzo nenhum de geografia desde o jogo anterior, mas disponibilizou o uso dos quatro chefes para os jogadores, abrindo um leque quase infinito de possibilidades espancatórias.
Enfim, não apenas os chefes nos foram liberados, como a jogabilidade foi mais equilibrada. Guile não era mais um apelão tão lazarento, Chun Li perdeu um pouco de sua velocidade ultra sônica e Ryu e Ken começaram a se tornar mais diferentes, entre outras coisas.
E finalmente, era possível que dois jogadores usassem um mesmo personagem durante as lutas! Acabaram as disputas para ver que ia jogar com o Blanka ou com Zangief. É interessante notar no entanto, que alguns dementes usavam esta vantagem para fazer lutas de Ryu contra Ryu ou de Ken contra Ken... mas eram uns animais de teta mesmo, viu...
De qualquer forma, a Capcom entupiu ainda mais o cu de grana e Street Fighter II se fixou como um fenômeno cultural mundial de vez e todos sabemos o que isso significa!
YO-HO E UMA GARRAFA DE RUM!
... nossa, essa foi péssima...
Foi nessa época que nasceu o famigerado Street Fighter de Rodoviária! Uma versão hackeada do jogo que desafiava completamente as leis da física!
...
Digo, ainda mais do que o jogo normal já fazia.
Com uma simples meia lua pra frente e soco, você podia deixar uma trilha de Hadoukens pela tela e causar a morte prematura de seu oponente, ou fazer o mesmo que que todo mundo...
... escolher o Zangief, apertar os três botões de soco, começar a girar no ar e de repente cair lá do espaço com um pilão giratório que não poderia acontecer exceto por interferência divina.
Por mais absurdo que possa parecer, estas versões hackeadas fizeram um sucesso burlesco entre a garotada. Eu sinceramente não consigo entender o porque, uma vez que a jogabilidade ficava mais quebrada que Superman caindo do cavalo, mas acredito que pilões giratórios que só podem ser explicados por Stephen Hawking devem ter um certo apelo.
Mas esta não foi a única pirataria lançada com Ryu e seu bando de amigos felizes!
Em algum ponto indistinto do tempo, uma empresa chamada Yoko (Ono?) lançou uma versão totalmente não autorizada de SF II para o NES.
Diga-se de passagem o jogo era tenebroso! Gráficos ruins, som ruim, jogabilidade pior que ser estuprado pelo belo Ursinho Fritz e muitas outras coisas.... mas o pior de tudo é saber que aqueles dentre nós que não possuiam um Super Nes, se acabavam de jogar esta bomba.
...
Eu tenho o cartucho até hoje.
...
Pois é...
Mas tudo bem, pois em 1993, Jackie Chan se vestiu de Chun Li.
Foi quando lançaram o filme City Hunter, que era "baseado" em um mangá de grande sucesso no Japão.
Diga-se de passagem, o filme se parece tanto com o mangá quanto eu me pareço com o Pelé.
Bom, tem uma cena que Jackie Chan tá tretando com Gary Daniels em um fliperama e o Americano joga nosso herói em uma máquina de Street Fighter II. Quando Jackie volta a si, Gary Daniels se tornou o Ken e...
Deus do céu... é melhor vocês verem por si mesmos!!!
Aliás, Jackie Chan odeia esse filme.
Por que será, não?
Bom, a essa altura, a Capcom já tinha dinheiro o suficiente para ter uma caixa forte igual à do Tio Patinhas. Os executivos da empresa se encontravam todas as manhãs para dar mergulhos nela e defendê-la dos Irmãos Metralha... mas dinheiro nunca é demais e assim sendo...
... lançaram Street Fighter II Turbo, que tinha um artwork animal para os personagens!!!
DAMN! Olha só pra esse Ken! Isso que é arte!!!
E o que o jogo trazia de novo? Por que xavascas deveríamos comprá-lo novamente?
Bom, a versão Champion Edition não havia sido lançada para consoles (a menos que você considere o PC Engine um console) e se quisesse jogar com os chefes em casa, esta era sua única maneira.
Plus, o jogo era bem mais veloz que o Champion Edition e equilibrava ainda mais os personagens, diminuindo a força e a velocidade de alguns e dando golpes novos para outros.
Veja você, a Chun Li ganhou um ataque de projétil! Viva!!!
...
Na verdade é uma patifaria, pois simplesmente sobrepuseram dois Yoga Fires do Dhalsim e pintaram de azul!
Mas tudo bem, funcionava.
Dhalsim por sinal, ganhou seu famigerado teletransporte, Blanka ganhou uma "bolinha" que subia e servia de anti aéreo e Honda ganhou um ataque estranho onde ele flutuava (???) e depois descia com uma bundada.
Ataque este que não é mostrado na foto a seguir.
E aliás, todos os personagens ganharam uma terceira cor, tinha esquecido de mencionar isso.
Interessante reparar que as cicatrizes do Zangief mudam de cor de acordo com seu calção, o que me faz pensar que talvez ele as pinte em casa antes de sair pro trabalho e toda essa história dele porradear ursos pardos seja pura balela.
E vocês sabiam que Zangief foi inspirado em um lutador real chamado Victor Zangiev?
E você sabiam também que eu tinha um professor na faculdade que parecia o Zangief? Ele não se chamava Zangief, mas todo o curso de Jornalismo se referia a ele de tal maneira, o que levou uma colega minha muito pouco esperta a escrever o nome dele como Zangief em um de seus trabalhos.
Pois é...
Ah sim, a fase de bônus de quebrar barris fez sua estréia nas versões domésticas exatamente neste game.
E os fãs ficaram felizes... e depois reclamaram...
Fã é tudo um bando de putinha mesmo, vou te contar.
Mas enfim, Street Fighter II Turbo era um sucesso! A Capcom estava construindo mulheres de dinheiro com o lucro que tinha, mas resolveu arrancar um pouco mais de leite da sua vaca dos ovos de ouro.
Como?
Pegando Street Fighter II e adicionando açúcar, temperos e tudo que há de bom, acidentalmente adicionando um componente extra à mistura: o Elemento X!
E assim nasceu:
SUPER STREET FIGHTER II
Pan-pan-panpanpanparan!!!
Nossa, essa foi terrível também! Eu merecia uma surra!
... sim... eu merecia apanhar de uma ruiva de um metro e oitenta, com magumbos imensos, vestida de couro e com sotaque alemão dizendo que mau garoto eu fui... é... e então...
...
Eu falei isso em voz alta ou só pensei?
...
DO'H...
Enfim... 1993, Super Street Fighter II.
A Capcom refez toda a arte do jogo, deu novas animações para alguns personagens e golpes novos para quase todo mundo. Não apenas isso, mas o audio foi todo retrabalhado, embora o sucesso disso seja questionável.
E claro, colocaram uma abertura animal do Ryu soltando um Hadouken no jogador, para substituir a velha abertura racista do loiro socando o mano no meio da platéia.
Aliás, a empresa definitivamente não não sabe porra nenhuma de geografia. De acordo com eles, o Brasil está no Uruguai e parte dos Estados Unidos dominou o Canadá.
Mas que se dane, a verdadeira inovação aqui foi a inclusão de quatro novos lutadores, dos quais dois não trouxeram absolutamente nada de inédito à jogabilidade!!!
De fato, dos novos lutadores, dois eram versões pioradas de lutadores que já existiam. Thunder Hawk e Dee Jay pareciam meras reciclagens de bosta do Zangief e Guile respectivamente.
Já Fei Long e Cammy eram totalmente novos e agradaram muito ao público. Fei Long, como bom clone do Bruce Lee, é animal por si só e Cammy é simplesmente uma das maiores gostosas dos games.
Mas mesmo tendo em seu elenco uma das mais belas bundas digitais de todos os tempos, o game não rendeu tanto quanto deveria. Verdade seja dita, Street Fighter II estava começando a estagnar e os fãs ao redor do mundo se perguntavam quando a empresa finalmente lançaria Street Fighter III.
E a Capcom decidiu responder ao público... com mais uma atualização de Street Fighter II.
...
Filhos da puta!!!
E em 1994, recebemos Super Street Fighter II X Grand Master Challenge.
Ou como foi conhecido na América, Super Street Fighter II Turbo.
Pois é, a Capcom reciclou seu game mais uma vez e deixou milhares de jogadores ao redor do mundo putos. Digo, muita gente ficou feliz, mas ao jogarem, perceberam que era exatamente o mesmo game do ano anterior com um mínimo de novidades.
Por exemplo, acrescentaram uma inexplicável animação com Chun Li fazendo cara de quem não caga há um mês e Cammy mostrando a língua na apresentação o game, cortando a cena do Hadouken de Ryu.
Fora isso, acrescentaram aos lutadores novos golpes que não fazem a menor diferença e novas animações de quem ninguém precisava.
Claro, foi neste game que surgiram os "Super Combos" e acredito que esta foi a única inovação que prestou.
Aliás, os Super Combos e...
... AKUMA!!!
Já contei essa história antes, mas vale dar uma relembrada rápida.
Em 1992, a Egm Americana publicou que havia um chefe secreto em Street Fighter II: Sheng Long, o suposto mestre de Ryu e Ken.
De acordo com a revista, era preciso conseguir dez time outs com Bison sem que nenhum dos dois lutadores acertasse um golpe sequer no outro ou algo assim e só então, Sheng Long apareceria.
A revista depois revelou que era tudo uma piada de 1° de Abril, o que deve ter deixado muitos jogadores semi retardados putos, pois ficaram tentando atingir as condições burlescas para fazer o chefe secreto aparecer.
Aliás, aqui está a página da revista com a "dica".
Enfim, a Capcom achou genial a idéia de um chefe secreto e resolveu adicionar Akuma ao roster de Street Fighter II.
As condições para enfrentá-lo não eram tão burlescas, mas era preciso jogar bem para ganhar o direito de se enfrentar o sujeito e ter a bunda violentamente chutada por ele.
Fora os Super Combos e Akuma, não haviam mudanças notáveis em Super Street Fighter II Turbo Foxtrot Sex in the City on the Rocks.
Havia um novo fundo para a tela de Versus...
... e... é só.
O saco é que Super Street Fighter II Turbo é o game que deveríamos ter recebido no game anterior. Comparado a ele, Super SFII parece um maldito protótipo!
Maldita seja, Capcom!!! Maldita seja você e o cavalo que a trouxe!!!
Enfim, a empresa percebeu a mancada e ficou alguns anos sem lançar novos games de Street Fighter, se focando em outras franquias neste meio tempo, como Darkstalkers.
Mas a saga de Ryu e seus adoráveis amigos já havia se tornado um fenômeno cultural e assim sendo, desencadeou um sem número de produtos em outras mídias.
Em 1994, foram lançados dois longa metragens para o cinema com o nome da franquia.
Ok, pare de olhar pros peitos da Chun Li por um instante. Sei que são lindos... e enormes... e firmes... e redondos... e deliciosos... e hipnóticos...
...
...
...
... onde eu estava?
Ah sim! Pare de olhar pras mazongas da menina e preste atenção em mim por um instante.
O longa animado era um verdadeiro Santo Graal na época de seu lançamento, porque o BOOM do Mangá ainda não havia acontecido e produções Japonesas raramente chegavam ao Brasil.
Fitas VHS com este desenho eram conseguidas só com colecionadores profissionais (normalmente, nerds super obesos de 41 anos que ainda moravam com a mãe) e para quem não conseguisse fazer amizade com um destes seres, restavam as exibições públicas de animes que rolavam na Gibiteca Henfil e em toda São Paulo.
Claro, eventualmente, este longa foi lançado em vídeo com uma dublagem tão ruim que causava dano cerebral e com a ABOMINÁVEL trilha sonora Americana, que colocou METÓL no lugar do excelente áudio Japonês.
Aliás, otaku é a puta que te pariu!
Enfim, o longa é do caralho e falarei dele em maiores detalhes depois. Por hora, direi apenas que seu sucesso gerou uma série animada.
Street Fighter Victory!!!
Por incrível que possa parecer, a série foi exibida aqui com apenas seis meses de espaço de seu lançamento no Japão. Foi exibida no SBT no ridiculo horário de Domingo de manhã e é usada periodicamente como tapa buraco na programação animada da emissora.
A série conta a história da adolescência de Ryu e Ken, que eram dois fanfarrões e saiam arranjando briga só porque podiam.
Ou seja, pit-boys.
Uma bela noite, o Guile apareceu e deu uma surra no Ryu.
No dia seguinte e de ressacão, deu uma surra no Ken também.
E os meninos viram que eram dois merdas e precisavam aprender muito sobre luta ainda. Foi quando resolveram viajar o mundo para treinar com os maiores lutadores o mundo.
Lógico que no meio do caminho, encontram outros personagens, como Fei Long, Dhalsim e Chun Li... que eu acredito que acabou seno comida pelo Ken durante a série.
Enfim, Street Fighter Victory é do caralho e merecia ser lançado em DVD aqui no Brasil!
...
Sonhar é de graça.
Mas enfim, não foi só o Japão que produziu pérolas cinematográficas de Street Fighter...
... a América o fez também!!!
Street Fighter: A Última Batalha permanece como um dos filmes mais divertidos de todos os tempos... pelos motivos errados, claro.
Não vou dissertar a respeito. Já falei muito deste filme em outro artigo que você pode ler aqui.
E aqui.
Durante a produção deste filme, alguém achou que seria uma boa idéia fazer um game digitalizado baseado no mesmo.
E bom... visualmente falando, o resultado final é ridículo.
Colocar atores sem experiência nenhuma para trabalhar na captura de imagens de um jogo digitalizado não foi uma boa idéia, não sei o que a Capcom estava pensando.
Mas verdade seja dita, o game não é ruim. A jogabilidade é a mesma de Super Street Fighter II Turbo, então só sendo muito putinha pra reclamar dela.
E claro... o game nos deu a Kylie Minogue vestindo o uniforme da Cammy e coberta de óleo...
Hmmm... Kylie Minogue...
Mas enfim, você então me pergunta: "As animações japonesas e o filme foram os únicos produtos a serem lançados de Street Fighter?"
Não. Houveram mais produtos com o nome de Street Fighter, mas nem todos causam alegria..
Por exemplo:
Um quadrinho horrendo e abominável de Street Fighter!!!
Nessa história, os lutadores estão aposentados, mas Bison quer botar no rabo de todo mundo de qualquer forma. Assim sendo, ele manda Sagat e Balrog surrarem o Ken e lhe arrancarem o escalpo.
Por quê?
E porque não?
Eles então mandam o escalpo pro Ryu para deixá-lo puto e todos os Street Fighters se reunem para enfiar a porrada no Bison e vingar a morte de Ken.
E no dramático desfecho da série... ela foi cancelada, pois a Capcom ficou puta com a merda de história que estava sendo feita.
Pois é...
E a arte interna era horrenda. As capas até eram passáveis, mas a história parecia desenhada por alguém que prendeu o lápis na bunda e desenhou com ela.
Mas a América compensou depois.
Com o desenho STREET FIGHTER GAME!!!!!!!!!!!!!!!!!
HOORAY!!!!!
Pois bem, este desenho seguia a história do filme, que havia transformado os Street Fighters em um grupo anti-terrorista liderado pelo Guile. Ou seja, uma versão aguada dos G.I Joe.
A animação era horrenda e o roteiro parecia ter sido escrito por um menino hiperativo de doze anos, o que assim como o filme, gerou inúmeros momentos sensacionais de humor involuntário.
Por exemplo, Guile resolvia tudo com um Sonic Boom. De fato, em um episódio, ele desarmou uma bomba com um Sonic Boom!!!
Eu juro!
E quem pode esquecer do episódio "Cammy e o Solteirão"? Ou do lema dos Street Fighters: "JUSTIÇA, VERDADE, RESPONSABILIDADE!!!"
Arte, eu juro por Deus! Esse desenho era arte!
E por fim...
... em algum ponto indistinto do tempo, o Japão lançou o filme Street Fucker.
E você achou que eu tava mentindo, né?
Apesar de ter vindo do Japão, o filme é bem normal: sem violação de crianças, nem fetiches extremos, nem nada pelo qual o país se tornou infâme em termos sexuais. Não, aqui só temos uma japinha (que é uma graça por sinal) vestida de Chun Li e sendo comida por diversos caras vestidos de personagens de Street Fighter.
Em outras palavras, uma grande suruba cosplayer! Nada muito diferente do que deve rolar em reuniões de cosplayers que acabam bebendo demais.
MELHOR CENA DO FILME: Ryu acabou de comer a Chun Li e está recuperando o fôlego quando de repente, Vega pula de trás da cortina e corta sua garganta! Chun Li então jura vingá-lo, enquanto descobrimos que o Vega é um voyeur filho da puta!
Claro, pouco depois ela é muito bem comida pelo Vega também, o que mostra que seus métodos de combate ao crime são no mínimo... excêntricos.
Aliás, o Bison é uma mulher que parece ter um olho de vidro.
E antes que alguém peça, NÃO VOU PASSAR LINK DE ONDE SE ENCONTRAR ESTE FILME!
Oras, merda!
E por enquanto é só! Unam-se a mim na semana que vem, quando desvendaremos mais segredos do Hadouko!
Nós vamos ao encontro do mais forte!
Cheers!!!
204 comentários:
«Mais antigas ‹Antigas 201 – 204 de 204Amer, mais acima tinha falado que sua família era de origem árabe ou de uma localide próxima, só agora me lembrei do nome do país: Líbano. confirma uma coisa, você e de descendência libanesa, não é isso?
se não é, qual é então?
(embora eu sei que você queria ser canadense... afinal lá todo mundo é igual né? - vide: south park).
só mais uma coisa, como eu faço para dar uma lida no seu trabalho de TCC? você consegue me mandar uma cópia por e-mail?
abraços para todos e até semana que vem...
nossa, meu post foi o de n° 201, até mudou a página: estou emocionado!
isso é prova da qualidade do trabalho do Amer, que como advogado deu para um ótimo jornalista (sacou o trocadilho?).
Aí Euclydes eu captei o trocadilho.
E realmente o Amer deve ter se impressionado quando viu mais de 100 COMENTÁRIOS e q depois foi pra 200 COMENTÁRIOS.
Será que eu e a galerinha conseguiremos bater o recorde/
E o melhor é que os mais de 200 comentários não tiveram putaria no meio.
Aleluia irmãos.
Belo texto Amer.
Eu devia ter entre 6 ou 7 quando a febre de Street fighter 2 estava no seu auge, em cada lugar onde havia fliperama, tinha dezenas de moleques esperando a sua vez de tirar contra. Eu e meu irmão mais novo no meio daquela muvuca para tentarmos jogar um pouco do game.
Quando jogávamos esse nas locadoras era uma disputa bem meh, pois crianças não sabem soltar hadoukens e Sonic booms a rodo como hoje em dia...
Como hoje, duvido. A geração de hoje só joga Fortnite e MOBA.
Continuando, era mágico para nós quando soltavamos um Yoga Fire ou Psycho Cruscher. Bons tempos quando os games era uma novidade, onde tudo era fora do comum. Sobre Super Street fighter, Eu achava que a Cammy podia ser a irmã do Guile por algum motivo aleatório e só.
O filme animado de Street fighter 2 não me deixou impressionado, prefiro mais o SF Victory onde o desenvolvimento dos personagens era melhor e tenho certeza que nessa versão a Cammy não era Doll (e provavelmente sodomizada) do Bison. Nunca vi por mais de 3 minutos do Cartoon onde o Guile era o protagonista,Quando uma criança fã de games não quer assistir um desenho baseado num jogo, diz muita coisa sobre a qualidade da animação e Street Fucker, bem... um dia assisto.
Postar um comentário