Recentemente, foi lançado para Playstation 2 o game de luta 2D de Hokuto No Ken.
Eu poderia ficar horas aqui divagando sobre Hokuto No Ken. Quem me conhece sabe da minha obsessão por esse anime, mas terei outras oportunidades de divagar sobre como Kenshiro é o cara mais macho do universo, e de como você deveria parar tudo que está fazendo agora para ir assistir a um dos animes ou ler o mangá da série.
Vou falar apenas do game, que é tremendamente impressionante e tem uma das jogabilidades mais rápidas e tresloucadas que eu já vi!
Hokuto tem sprites enormes em alta resolução, e uma animação tão incrível que realmente parece que estamos jogando um anime, de fato, o jogo passa esta sensação de forma mais eficaz do que jogos poligonais que usam cel-shading.
Você deve estar pensando: "Sprites grandes em alta resolução em um jogo 2D que parece um grande anime? Já ví isso antes!"
Se não estava, agora deve estar.
Mas sim Padawan, você já viu isso antes, pois a equipe que criou este game é nada mais nada menos que a Arc System Works, que é nada mais nada menos que a criadora de:
Pra quem não conhece, um breve histórico: Guilty Gear é uma série de luta 2D que nasceu no PsOne, que era na época o pior console para se lançar jogos 2D dada sua limitada memória RAM.
Um exemplo disso era sua versão de X-Men vs Street Fighter, onde não era possível trocar de personagem durante a luta, o que era a marca registrada da série e que fez esta versão ser vergonhosa quando comparada com a de Sega Saturn, que era idêntica ao arcade (e diga-se de passagem, uma das maiores provas de como a capacidade do Saturn para 2D era mal aproveitada).
Guilty Gear provou que bons programadores definem o que um console é capaz de fazer, visto que o jogo tinha sprites 2D grandes e animação muito acima do esperado para um título não poligonal do console.
Deixe-me frisar que BONS PROGRAMADORES fazem a diferença, e não um joystick em forma de nunchaku.
Avancemos dois anos, e em 2000 recebemos Guilty Gear X, que rodava na placa de arcade Naomi, sendo assim totalmente compatível com o Dreamcast, e tivemos um game com Sprites ainda maiores, animação muito melhor e uma trilha sonora fodástica.
Já ví muita gente falar que a trilha sonora de Guilty Gear é um dos seus maiores trunfos, e sou forçado a concordar. Com uma dose bem saudável de rock e metal tocando enquanto o pau come solto.Nada que desbanque Jimi Hendrix, mas uma trilha muito adequada a um jogo de luta, que realmente ajuda muito no clima.
E tão importante quanto isso, é que ela se sustenta muito bem sozinha. Dá para ouvi-la numa boa durante a jornada para o trabalho, escola ou padaria.
O problema com Guilty Gear é que a série estacionou na versão "X", que tecnicamente é a segunda. De lá pra cá só tivemos upgrades do jogo, onde o máximo de inovação é a adição de um personagem novo (para ser justo, Guilty Gear X2 teve cinco personagens novos, mas foi a única exceção) que na maioria das vezes é só uma versão diferente de algum dos membros já existentes do elenco.
É triste ver que Guilty Gear parou no tempo, pois a Arc Systems provou com Hokuto no Ken que ainda é capaz de fazer excelentes jogos de luta 2D, algo muito necessário neste mundo obcecado por polígonos em que vivemos.
Aliás, o próximo game da saga (se é que podemos chamar assim) já foi anunciado...e novamente é só um upgrade, o que mostra que eles não fazem mais a menor idéia do que estão fazendo com a série.
Antes de encerrar este post, aqui vão as duas personagens mais legais de GG na minha humilde opinião:
A primeira é Baiken, a garota samurai de um braço só!!!
...ela também não tem um olho...
Em um jogo que claramente tinha como um de seus alvos o público otaku, devo dizer que os criadores tiveram muita coragem em colocar uma garota que não se encaixa no padrões "kawaii", "vadia sexy" ou "durona com coração ferido que só busca amor", tão comuns em animes ou em jogos no estilo.
Não que não hajam esses esteriótipos em GG, tem todos esses e mais alguns (incluindo o "menininha kawaii que na verdade é um cara"), só que a samurai é um caso a parte.
Baiken é uma garota durona de verdade, uma máquina de chutar bundas!!! Do tipo que fatiaria Kenshin Himura se trombasse com ele em um dia ruim (especialmente naqueles dias do mês em que toda mulher se torna uma Xena em potencial).
Disparado, é minha personagem favorita, amo garotas duronas e o decotão dela com certeza ajuda.
Não minta, que eu sei que você deu uma boa olhada também, tenha vergonha na cara e admita.
E diabos, garotas samurais com um braço só também precisam de amor!
A outra personagem seria I-No, a chefe final suprema e incrivelmente apelona de GGX.
Ela se encaixa perfeitamente no padrão "vadia sexy", e é uma espécie de "Bruxinha vestida em roupa de couro e carregando uma guitarra". Imagine a Hermione caso resolvesse virar uma vadia e montar uma banda de punk rock depois de se formar em Hogwarts, o resultado poderia ser mais ou menos esse.
Preste atenção na imagem acima e vai notar que ela não usa nada por baixo da jaqueta.
E em uma de suas poses de vitória, ela arranca a jaqueta (virando de costas em seguida), para a alegria de muitos geeks solitários e/ou desocupados que até hoje se esforçam para ver os faróis da moça durante a cena.
...não que eu tenha tentado...
E quando se fala de fan-service, vejo que temos muito que aprender com os japoneses ainda.
Gosto muito de Millia Rage também, que se encaixa no padrão "garota fria como gelo e que perdeu um grande amor", outro clássico esteriótipo feminino que os japoneses usam muito, só que não tem mais espaço pra fotos aqui, portanto falarei dela outro dia.
Enquanto isso, joguemos Hokuto No Ken, já que não teremos um GG inédito tão cedo. Kenshiro sempre faz bem!
Cheers!!!
4 comentários:
Oras!! Precisamos marcar um contra de HnK, pra brincarmos com Kenshiro...
UATCHAAAA!!
Uma vez me falaram pra fazer cosplay de I-No. Eu até me empolguei com a idéia, mas aí uma menina foi lá e fez antes de mim (e fez muit bem). Aí eu brochei de fazer.
...Até hoje procuro uma personagem de GG que eu pudesse fazer, mas simplesmente não encontro.
Hokuto no Ken ruleia, embora goste do Guilty Gear.
Jam Kuradoberi...garçonete dos meus sonhos, NHAM,NHAM. queria que ela servisse meu leitinho a noite e me colocasse para dormir...
AH ZIIIIIIIIIIIIMMMMMMMMMMM....
...
...
sonhar é de graça.
mas gosto mais do game como antes...
pois como você falou, parece que o game parou no GG X. e também pelo enredo que ficou meio meh, para mim.
quando vi Guilty Gear no PS1 pela primeira vez, vi Ky Kyske e Sol Badguy e pensei...cara, o loirinho parece um anjo e o Sol lembra o capeta...
pensava que o enredo do game era uma batalha entre anjos e demônios, e boa parte dos personagens me fez acreditar nisso. Ky lembrava um serafim ou um anjo pronto para acabar com o mal, Sol parecia um demônio rebelde, Millia parecia uma anjo também. Johnny lembrava um padre apocaliptico e por aí vai, Zato me lembrava outro demônio e até Justice me fazia imaginar que era algo divino.
e quando joguei o GGX e vi Dizzy aí tive certeza...até ver na net e descobrir o enredo...
era uma simples guerra de Gear..ou androídes...Sol,Dizzy,Justice são parentes do Arnold e N.18...o que me broxou para jogar o resto dos seus jogos. e que ironia, os unicos que lembram robôs são Potenkim e Robo Ky. que triste...
e esse I-no, ela ser uma chefe final nao tem lógica. Justice e Dizzy são praticamente forças da Natureza, mas uma Bruxa Punk? e o pior que ela apela pra diabos....já perdi o gosto de jogar essa franquia a tempos
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