sábado, 24 de outubro de 2009

Crítica do Amer: Splatterhouse 3


Mês de Outubro acabando, tantos games de terror sobre os quais eu gostaria de falar, mas simplesmente não há tempo.

Mas não temam, falarei destes games ao longo do ano mesmo e sempre haverá um outro mês de Outubro. Por hora, quero terminar de falar da série com o qual comecei o mês.

Splatterhouse 3 foi o último game a ser lançado da série. Seu enredo fechava a história de Rick e Jennifer sem deixar nenhum gancho para continuações, o que de certa forma explica porque nunca vimos um Splatterhouse no PsOne ou Ps2.

Claro, também tem o fato da Namco estar faturando milhões com Tekken e SoulCalibur para se importar em ressucitar uma série antiga que talvez não rendesse tanto nos dias atuais.

Seja como for, Splatterhouse 3 é totalmente diferente dos seus antecessores. Enquanto os dois títulos que vieram antes eram praticamente clones um do outro, este aqui tem uma jogabilidade completamente nova, além de ser o título com maiores valores de produção da série.

Sem mais delongas, vamos a ele!


A história acontece anos após a aventura de Splatterhouse 2 e Rick se aposentou das violências desferidas contras monstros inocentes. O rapaz se casou com Jennifer e os dois tiveram um filho, David.


Não apenas ele fez de sua namorada uma mulher com honra, como aparentemente começou a trabalhar com algo que rende muita grana, pois comprou uma bela mansão para a família viver.

Uma mansão para três pessoas me parece um pouco demais, mas eu não sou rico, o que eu sei?

Mas como Rick não é necessariamente um sujeito de sorte, a mansão acaba invadida por forças do mal controladas pelo “Evil One” ser que seqüestra Jennifer e David.

OH!!! A INFÂMIA!!!

Felizmente, a Máscara vai até Rick e empresta seu poder a ele mais uma vez. Rick se transforma no careca anabolizado dos games anteriores e sai massacrando monstros para salvar seu amoreco e seu pimpolho, e viver feliz para sempre... possivelmente em um apartamento.

A maior evolução que o game mostra a contar sua história são as cenas que surgem entre as fases. Ao invés de um interlúdio rápido que mostra apenas como será o estágio em questão, vemos fotos digitalizadas com Rick e sua família. Mesmo hoje em que temos gráficos foto realistas nos games, estas imagens combinam bem com a história de Splatterhouse 3 e impressionam pelo clima de terror que conseguem passar.

Rick também conversa com a Máscara, que pela primeira vez na série demonstra possuir consciência própria... além de ter planos pessoais que só serão revelados na última fase.

Mas a maior inovação aqui é que as fases possuem um relógio e se Rick não for rápido o suficiente para derrotar os chefes e completar os estágios, Jennifer e David morrem. O jogo tem ao todo quatro finais, que dependem se o jogador salvou Jennifer e David, só um dos dois ou nenhum deles.

No fim das contas, é bastante bagagem no roteiro de um beat’em up.


Splatterhouse 3 é disparado o game mais visualmente competente da série.


Os cenários não são tão sujos quanto nos games anteriores, o que acaba sendo muito adequado após uma segunda olhada. Enquanto nos outros dois games da série Rick investia por locações abandonadas e dilapidadas, aqui foram os elementos diabólicos que tornam a nova casa da família uma duplicata das anteriores. O mal ainda não possuiu totalmente o lugar, o que justifica os cenários relativamente limpos.

Os personagens são muito bem desenhados e tem uma ótima animação, Rick está mais ágil que antes, assim como seus oponentes. Alguns personagens são especialmente impressionantes, como o ursinho de pelúcia possuído que aparece na terceira fase (que é tão bem feito que parece uma figura digitalizada) e o Evil One, que parece ser feito de vidro.

Splatterhouse 3 mostra que o Mega Drive podia chutar muitas bundas no departamento gráfico, contanto que ficasse nas mãos de bons programadores.

Aliás, este Splatterhouse é o menos violento da série. Os monstros ainda sofrem danos específicos quandogolpeados por certos tipos de arma, mas nada tão gráfico quanto serem espatifados em uma parede, decapitações gratuitas ou as dezenas de mortes violentas e grotescas dos games anteriores.

Não se pode ter tudo, não é?

O som combina muito com o jogo, Rick tem uma voz mais agressiva e não “muge” mais como fazia em Splatterhouse 2. Os chefes de fase também possuem rosnados e guinchos bastante únicos, o que dá bastante individualidade a cada um deles.

O segundo chefe possui uma risada inacreditavelmente irritante, devo dizer.

A música é bem menos sombria que a do game anterior. Embora ainda possua um certo ar de tema de terror, as canções de Splatterhouse 3 são um pouco mais heróicas, o que surpreendentemente faz sentido no contexto do jogo, onde Rick está lutando contra tudo e todos para tirar sua família do perigo.

As canções são muito mais bem compostas também e embora não cheguem ao patamar de um Streets of Rage 2, fazem um serviço mais do que eficiente.


Como eu disse anteriormente, a jogabilidade de Splatterhouse 3 é nova. Enquanto os games anteriores eram side scrollers, este aqui é um beat’em up ao melhor estilo Final Fight.


Diferente dos Beat’em ups tradicionais no entanto, Splatterhouse 3 não possui linearidade nas fases. Cada andar da mansão é dividido em diversos cômodos, nos quais Rick fica preso até matar todos os inimigos presentes neles. Assim que faz isso, portas se abrem e é possível consultar um mapa para ver qual o melhor caminho para se chegar ao chefe (marcado com um enorme “X”).

Não é necessariamente difícil se guiar pelo mapa, mas é necessário fazê-lo com atenção. Se não o fizer, vai acabar dando de cara com becos sem saída e voltando a salas por onde passou muitas vezes. E como eu disse anteriormente, é preciso terminar as fases em um tempo determinado se o jogador quiser fazer o melhor final.

Outra motivação para se aprender a fazer o caminho mais curto para o chefe, é que terminando as fases especialmente rápido, o jogador pode participar de uma fase de bônus onde pode matar inimigos bastante fracos para acumular vidas extras.

Vidas essas que serão muito necessárias próximo ao fim do game.

Para um beat’em up, Rick possui um bom arsenal de movimentos, ainda que meio limitado. É possível usar sequências de socos, voadoras, agarrões (com cabeçadas e arremessos, que são bem menos eficazes do que parecem) e um chute giratório que serve como os típicos ataques de controle de multidões em games do gênero.

Uma novidade no game é que Rick pode se transformar e ficar ainda mais forte, para isso, basta coletar esferas espalhadas pelas fases, o que acumulará poder em um medidor extra. A qualquer momento é possível acionar o poder de tais esferas e transformar Rick no camarada imenso e bombado de Rastafari que aparece na capa do game.

O personagem não apenas causa mais dano com seus golpes, como ganha ataques diferentes e mais eficazes, como uma voadora quase invencível (ao contrário da voadora normal, que é praticamente inútil) e um suplex que causa dano bastante elevado nos inimigos.

Há muitas esferas espalhadas pelas fases, mas mesmo assim é recomendado usar tal poder com certa sabedoria. Assim que eliminar todos os inimigos do cômodo em que está ou se perder uma vida, Rick regride ao estado normal e perde todo o poder que acumulou em sua barra de especial. Isso impede que o jogador abuse de tal poder e o força a economizá-lo para usar com chefes de fase.

Embora não seja tão vital quanto nos games anteriores, um bom posicionamento ainda é importante aqui. Não basta ficar parado socando o ar e esperando os inimigos virem até você para prosseguir pelo cenário, é preciso se aproximar deles pelo ângulo mais adequado e só então atacar.

Splatterhouse 3 não é um game especialmente difícil, mas alguns inimigos podem ser bastante sacanas e lhe causam danos absurdos se você não tomar cuidado.

Existem algumas armas espalhadas pelo game, mas ainda menos que em Splatterhouse 2.

Aqui é possível encontrar um pedação de pau, um cutelo, um bloco de concreto e um bastão de baseball. As armas são menos letais que nos jogos anteriores e não causam morte instantânea em nenhum monstro, mas são bastante eficientes para aqueles momentos em que é preciso colocar todos os inimigos no mesmo lado da tela ou quando queremos prensá-los em um canto.

Considerando tudo, Splatterhouse 3 possui uma jogabilidade bem mais refinada e atraente que os outros dois títulos da série.


Seria este o fim da saga de Rick, da Máscara e de todo este universo fascinante e tão cheio de vísceras que aprendemos a amar?


Talvez, talvez não.

A Namco mostrou imagens de um novo game de Splatterhouse que estaria em produção para X360 e Ps3. Até o momento não foi dada nenhuma informação nova a respeito, exceto por um teaser que foi mostrado já tem um bom tempo e que não deixa claro se será um game com enredo novo ou uma releitura do original.

Uma vez que hoje em dia as empresas adoram relançar monstros no cinema (por exemplo, as novas versões de Halloween, A Hora do Pesadelo e Sexta Feira 13), eu não duvido muito que seja a mesma história do game original, mas com uma nova roupagem.

Mas tudo bem, enquanto tiver os três games da série original, nada mais me importa!

Exceto talvez... a versão de NES de Splatterhouse.

...

Que vai ficar pra outro dia.

Cheers!!!

22 comentários:

Loira disse...

Slatterhouse...
Pro NES ?

Você está blefando né ?

Mais uma vez foi um ótimo Review !!

Avalanche(Lance) disse...

o marcador de tempo do terceiro andar¬¬

evil monkey disse...

confesso que esse foi o único que me deu realmente vontade de baixar.

e eu achei bem interessante o fato de ter vários caminhos possíveis, te obriga a tomar algumas decisões.

talvez os muitos finais sejam meio ruinzinhos mais pelomenos aumenta o fator replay do jogo.

Avalanche(Lance) disse...

ahhh sobre os finais eles são bem curtinhos e variam quase nada Monkey.

Aliás Amer, todos os finais fora o final bom dão noção de sequeência.

Rael XX disse...

Amer não sei se você sabe, mas transformado, Rick solta "tentáculos" do corpo. Pra isso na versão americana faça frente, trás, frente e ataque (ou ataque mais pulo, não lembro)

Na versão japonesa, é só apertar ataque+pulo. Além dessa diferença, o chute giratório, versão japonesa só gira uma vez.

Vlw, abraços!

Rael XX disse...

Uol sempre falando merda. Uma pesquisa rápida no google me mostrou que esse é um remake do Splatterhouse 2 feito por fãs. Falar que Jason arrumou namorada e que ela se chama Jennifer é ignorância pura.

A má notícia é que todas as páginas que achei apontam pro mesmo link de download que não existe mais.

Lezard valeth disse...

Gostava desse jogo mas infelizmente nunca conseguia ganahr da cabeça gigante ou era a mascara aquilo bom o certo que ela limpava o chao com a minha cara eu lembro tmabem da fase que o inimigo era o ursinho do guri dele a musica era bem sombria bom eu achava que era abraçao ai

Spore disse...

Acho que SplatterHouse 3 merecia um 9.0... Pelo simples fato de que a Máscara nos tenta dar um susto na abertura do game. Aquilo é épico.

Aliás, teriam a Máscara do Rick e a do Máscara alguma relação?

The Sandman disse...

Pior é eles terem botado uma foto de SMT: NOCTURNE num artigo sobre IMAGINE.

Amer H. disse...

Prova de que os grandes veículos ainda acham que não é preciso entender de games para escrever sobre os mesmos.

Que maravilha, não é verdade?

Lezard valeth disse...

Por isso os filmes baseados em games sao uma bosta colossal ja que os diretores e produtores nao tem a minima vontad e conhcer mais a fundo os jogos eu pelo menos acho que nenhum filme baseado em game foi bom

evil monkey disse...

é por isso que nunca deveram fazer um filme de mgs, ficará uma bosta.

se fizerem um filme de mgs eu irei com uma 12 em cada cinema do brasil, não, do mundo e depois...

ha, é muito estardalhaço por algo que nunca iria acontecer.

eu espero....

e para os mais confusos, não, não está sendo planejado um filme baseado em mgs

Avalanche(Lance) disse...

auhahuhua o filme do MGS devia ser feito pelo Uwe Boll XP


Falando em adaptações...o Alan Grant ta puto da cara que não o chamaram pra fazer a consultoria do filme do Lobo nem do Juiz Dread(o novo)

Lezard valeth disse...

Nesse caso do filme do Metal Gear eu me pergunto quem seria o solid snake por que eu suponho que eles fazen]m um filme sobre o do play 1 da ilha shadowmoses ou algo assim seria o Kurt Russel? mas mesmo assim tenho medo de filmes baseados em jogos por mais facil que ele possa ser de fazer alguem sempre joga merda no ventilador abraço

evil monkey disse...

sim, mgs é metal gear solid.

na melhor das hipóteses o filme seria feto em animação computadorizada.

só assim teria esperança...
...

Amer H. disse...

Games não devem virar filmes, pois as histórias criadas para os games só funcionam nos games e em nenhum outro meio.

Ponto final.

Lezard valeth disse...

Eu acho que se o diretor e os produtores forem bons e conhcerem o jogo sai algo descente








Ta quem eu to querendo enganar?



hahahhaahha

mas se formos ver o metal gear ate que daria uma otimo enredo pena q sempre vem um produtor ou ate mesmo odiretor e inventa que o solid veiodo espaço ou que tem superforça abraços

evil monkey disse...

mas nenhum diretor iria fazer isso...essa é a triste verdade.

provavelmente (se fosse o naked snake)ele viraria um garoto tímido da escola e a eva viraria a garota popular que no fundo gosta dele mais não sai com ele porque seu amigos populares fúteis não deixam.

se fizeram isso com Dragon Ball eu não vejo porque não fariam com mgs...
...
os produtores poderiam se dar ao trabalho de JOGAR os jogos antes de fazer o filme ...
...

The Sandman disse...

Não dá. É pouco tempo, pouca verba, e geralmente, nenhum respeito á história original.
Vide Resident Evil.

P.S.: Se é que RE tem história. '-'

Scariel disse...

É como o Amer disse, as histórias dos games só funcionam neles mesmo, o que nos podemos esperar são boas adaptções,como a do Silent Hill,por exemplo.
Inclusive nos extras do DVD,os caras falam que jogaram os jogos antes de fazer o filme.Mais ae só não da pra saber se é verdade... xD

Cpt.Guapo disse...

Não conhecia essa parte 3. Beleza de resenha. Um detalhe é que, na resenha da parte 2, você disse que o Rick havia acabado de ganhar o slide kick idiota de se fazer, mas ele tem desde o primeiro jogo esse golpe.

João disse...

Eu já zerei esse jogo, e devo dizer, o chefão final é um filho de uma égua. Falando nisso, o chefão final é a própria máscara. Ela (?) possui os destroços do Evil One, fazendo com que o Evil One tivesse a cara da máscara (??). Depois que você arranca metade do sangue desse chefe, ele se transforma numa versão enorme da máscara (usando o Evil One como "cabeça"). Daí, quando você derrota a máscara, o Evil One se dissolve e a mascara fica flutuando (???). O que eu não entendo é uma coisa... se o Rick tá lutando contra a propria mascara, como é que ele ainda ta usando a mascara???