quarta-feira, 29 de julho de 2009

Crítica do Amer: Ghostbusters: The Video Game (Ps2)


Sei que é chover no molhado, mas a era do Ps2 está chegando ao final.

A época de ouro do console passou e novos lançamentos se tornam cada vez mais escassos. Jogos bons então estão praticamente desaparecendo do mercado e os proprietários do aparelho que ainda não puderam saltar para a nova geração tem que se contentar com títulos antigos que deixaram passar em épocas de vacas gordas.

Claro, vez ou outra recebemos um bom game para o console da geração anterior, mas boa parte das vezes os donos do console antigo recebem uma versão requentada e pobretona do game badalado que saiu para o console mais moderno.

Curiosamente, Ghostbusters: The Videogame consegue ser tanto um bom jogo para o Ps2 como também uma versão menos temperada do game que foi lançado para a nova geração.

E isso lá é possível?

Bem, por um momento eu vou fingir que você não estudou engenharia, metalurgia ou física elhe direi o que diabos esperar deste game.

Acompanhe-me.


Pois muito bem, eis os Caça Fantasmas em toda a sua glória cartunesca.


A história deste game é exatamente a mesma da versão para 360 e Ps3: um grande mal está assombrando Nova York, nossos heróis se deparam com fantasmas do passado (literamente) e você contola um estagiário que tem o ingrato trabalho de testar todo o equipamento novo e potencialmente perigoso que nossos heróis criaram.

A única diferença realmente notável de uma versão para outra é que ao invés de jogar com um adolescente com cara de nada, é possível escolher entre ou loiro mas canastrão que o Peter Venkman, ou uma morena gatinha.

Claro, se estivessemos em 1991, haveria uma grande diferença de atributos entre os dois, mas estamos em 2009 e ambos os personagens são exatamente iguais. Você joga com quem achar mais interessante.

Logicamente, eu joguei com a menina, porque sou muito macho (tá, falou) e não gosto de jogar com homens.

...

Exceto em Street Fighter.

Ou Final Fantasy.

Ou Transformers.

...

... ahhh, eu não engano ninguém, viu...

Pois bem, apesar do enredo ser o mesmo, as versões da geração atual tratam a história em maiores detalhes. Ainda é perfeitamente possível entender o roteiro com a versão de Ps2, mas ela omite alguns detalhes que embora não sejam vitais, acrescentam à experiência de se tomar parte no universo dos personagens.


Logicamente, você já deve ter reparado que os gráficos parecem mais com um desenho da Pixar do que com os filmes dos Caça Fantasmas.


Pois bem, o Ps2 (e o Wii, já que esta é a versão que roda na torradeira da Nintendo) não tem capacidade para reproduzir o visual foto realista das versões da nova geração, optou-se por gráficos que se assemelhassem a um desenho animado e por incrível que pareça, funciona muito bem.

Os personagens, apesar de caricatos, mantem muitos traços em comum com os atores que os inspiraram. Claro, o modelo de Dan Aykroyd não lembra tanto o ator quanto poderia, mas no geral, o visual cartunesco não faz feio.

Claro, os produtores poderiam ter usado o desenho animado dos anos 80 como base para criar os personagens do jogo, mas do que eu sei, né?

Apesar do visual ser agradável, há muitas falhas desagadáveis nos gráficos. Caso a câmera se aproxime demais dos personagens, é muito fácil perceber diversas imperfeições neles, além de texturas simplórias.

E não são apenas os personagens que sofrem deste mal, os cenários estão muito abaixo da média do que podemos esperar com o Ps2. Mesmo os efeitos das armas nos cenários, apesar de causarem boa destruição, não são tão impressionantes quanto poderiam ser.

O audio compensa em parte as falhas dos gráficos, contando com a mesma dublagem estupenda que as versões da geração atual receberam, além da trilha sonora clássica dos filmes e os inconfundíveis efeitos sonoros dos apetrechos dos heróis.

Por que um feixe de prótons deve soar como um feixe de prótons e não como um indistinto ruído branco.

Bons tempos que ruído branco era usado em excesso nos jogos de 16 bits...

Apesar da boa apresentação, os videos entre as fases sofrem de uma compressão horrível e possuem uma resolução muito estourada. Não chega a ser algo gritante como na época do Sega CD, mas quem tiver uma televisão de alta resolução com certeza vai cair em prantos quando os assistir.


A jogabilidade faz bonito em alguns momentos, mas erra feio em outros.


Por exemplo, os controles respondem muito bem e de forma bastante ágil. Não é difícil aprender a manusear as diferentes armas do jogo (três ao todo, uma a menos que na versão para a geração atual) e caçar os fatasmas também não é uma atividade complicada.

Basicamente, diminua a energia do inimigo, prenda-o com o feixe de protons, bata-o nas paredes (o jogo indica para qual direção mover o direcional) e leve-o até a armadilha aberta.

Não é necessariamente ciência espacial.

Um ponto divertido do game é completar o Guia Espiritual de Tobin. Durante o jogo, é possível escanear os inimigos com o Rastreador PKE e encontrar cards dos mesmos espalhados pelo cenário. Fazendo as duas coisas, é possível preencher as páginas de um livro (o guia que eu falei, dããã) que pode ser encontrado no porão do QG dos Caça Fantasmas.

Embora não seja algo de necessidade vital, colecionar as páginas do livro é muito divertido e bem mais viciante do que parece. Antes que perceba, você terá perdido um bom tempo tentando completá-lo.

O maior defeito do jogo é que ele é exageradamente longo. Cada capítulo é dividido em etapas e algumas fases acabam se tornando cansativas justamente por demorarem muito para acabar.

Existem diversos puzzles espalhados pelo jogo, alguns razoavelmente criativos e outros tolos. A partir do momento que receber o canhão de gosma, a maior parte dos enigmas do jogo irão se resumir a melecar alguma coisa, prendê-la com o feixe de prótons e carregá-la até um lugar específico. Tais enigmas são interessantes inicialmente, mas se tornam um bocado cansativos depois de um tempo.

Mas o grande insulto deste game é o excesso de bugs que podem ser encontrados nele.

Nas fases mais avançadas, há um problema absurdo de clipping, muitas vezes você irá avançar em direção ao vazio, simplesmente para ver o cenário se montando ao seu redor. Isso é um problema maior do que parece, pois pode dificultar um bocado sua orientação pelas fases.

Outro grave problema é que o jogo muitas vezes simplesmente trava no meio da partida. Eu tive muitos problemas do meio para o final, mas há jogadores que depararam com isso logo nas fases iniciais. Nem preciso dizer o quanto é frustante avançar por um grande trecho da fase, simplesmente para ver o game travar e lhe mostrar um proverbial (e filosófico) dedo do meio durante a partida.

Tais falhas são imperdoáveis a esta altura do campeonato, mas elas apenas provam que os games do Ps2 não são mas a prioridade das produtoras. Uma pena, mas o que se vai fazer?


Apesar das falhas capazes de causar úlceras e embolias, Ghostbusters: The videogame é um título bastante sólido para o Ps2.


A ação flui bem, o visual de desenho animado e muito cativante e os diálogos continuam tão bem escritos e engraçados quanto eram nos filmes. A possibilidade de destruir cenários a vontade e passear no Ecto-1 também nunca devem ser deixadas de lado quando aparecem.

E venhamos e convenhamos, se você é um leal dono de Ps2, não tem muitas novidades para testar em seu console no momento.

Assim sendo, coloque sua mochila protônica, aqueça os motores e mostre que ninguém pisa em uma igreja na sua cidade!!!

Do... Ray...EGON!!!

Cheers!!!

7 comentários:

Scariel disse...

Vlw pela review da versão PS2.
Adimito naum tenho nda pra jogar no PS2 faz quase 2 meses.
Melhor começar a juntar dinheiro pro novos videogames.
xD

Avalanche(Lance) disse...

ahahuauha

Isso me lembra do meu problema com o Batman Lego...que por 3 vezes deu erro na hora de salvar....eu já tinha virado o jogo e só queria virar 100% mas acabou que me estressei demais.

ChuckNoia disse...

dos jogos q estao vindo para o PS2 o unico q esta na minha lista de MUST PLAY eh o Motorstorm, q no intanto tb sera lacado para o PSP, ou seja meu PS2 nao saira da caixa pois da pra joga com os mesmos graficos no PSP (e joga no vaso sempre sera melhor q jogar na sala)

Kallebe disse...

Infelizmente não joguei esse jogo ainda. Não tenho nenhum jogo next-gen e meu PS2 está sem funcionar :(

Mas o principal motivo desse post é perguntar se você tem um perfil no playfire

www.playfire.com

É muito massa, Amer. A pessoa cria o perfil e coloca os jogos que já jogou, etc. Recomendo a todos vocês.

evil monkey disse...

cara eu to adorando o outro jogo dos caça-fantasmas pra xbox360
valeu por indicar pra mim

a e otimo artigo gostei muito =D

ps;não se sinta estranho por escolher a morena todos os meus amigos escolheram(não tenho o jogo mas meu amigo tem e eu e uns amigos fomos la e jogamos) exceto um.
mas foi por nossa pressão.

Henrique de Matos disse...

Resumindo, como diria o Soundwave: XBOX superior, PS2 inferior!

E você não engana ninguém mesmo, em Transformers só tem macho para jogar :P

Thyago disse...

eu tou com ele do 360 aqui e putz, os gráficos sao BELÍSSIMOS, a fisica entao, em q praticamente tudo eh destrutivel e o cenario reage com o q vc destroi...

sem falar q a historia eh CLÁSSICA de caça-fantasmas. uma das coisas q eu mais gostava de fazer era encher o saco do retrato do vilao do segundo filme XD.

arruma logo esse teu 360 amer, a experiencia desse jogo nele eh completamente diferente.