terça-feira, 19 de abril de 2011

Crítica do Amer: Sengoku Blade - Sengoku Ace Episode II

A história sobre como conheci a série Sengoku Ace é bastante interessante e cheia de poesia. Vejam só.

Um belo dia, eu navegava sites sobre cultura pop japonesa e descobri que estatuetas acima mostrada tinham sido colocadas a venda. Após algumas horas, o estoque com alguns milhares de figuras ESGOTOU COMPLETAMENTE.

Fiquei intrigado com isso e fui atrás da identidade da garota. Descobri que ela se chama Koyori e faz parte da série de Shooters Sengoku Ace, onde é disparada a personagem mais popular da franquia, por motivos extremamente óbvios.

Mas mesmo no Japão, Sengoku Ace não é um mega hit. O que motivou a venda recorde da estatueta foi o fato de que as roupas de Koyori podem ser removidas.

Em outras palavras, neste exato momento existem milhares de Otakus com a estátua de uma peituda de games PELADA sobre seu aparelho de televisão ou ao lado do PC, sonhando em como seria bom ter uma moça dessas para lhes fazer cafunés à noite e ignorando o fato de que é por espalharem miniaturas de garotas nuas pela casa, que mulheres de carne e osso jamais manifestam interesse por eles.

Enfim, foi graças a isso que me tornei fã desta franquia.

...

Ok, é uma história idiota. Que posso fazer?

Seja como for, o segundo game da série foi lançado para o Saturn. Como adoro Shooters e aproveito qualquer chance que tenha de tirar o console do armário... acho que todos já sabem como acaba esta frase.

Então? Vale a pena? Nem mesmo o maior par de peitos do mundo pode salvar um game ruim, certo?

Pois é o que veremos!

Aqui, um mal ancestral invadiu a terra e sequestrou a princesa regente! OH!!! Cabe a um grupo de destemidos guerreiros a missão de lutarem contra os vilões responsáveis por esta atrocidade e devolverem a herdeira do trono ao seu lar, sã e salva.

E eles aparentemente farão isso voando em linha reta e atirando na cara de tudo que se colocar em seu caminho.

...

É... é isso. O enredo é todo em Japonês e mesmo com meu domínio do idioma não sendo grande coisa, já pude perceber que os produtores de Sengoku Blade não se importaram em lhe dar um enredo muito elaborado. Verdade seja dita, como um game que nasceu nos Arcades, isso já é esperado.

Mesmo assim, o game possui um dos elencos mais fascinantes já apresentados, especialmente se considerarmos que este é um shooter, gênero que não é conhecido pelo carisma de seus protagonistas.

Aqui temos Tengai, o monge eternamente carrancudo e que pretende EXPURGAR o mal que invadiu sua terra, Shoumaru, um ninja bishonen que é apaixonado pela princesa e planeja salvá-la, Junis, a ninja fofinha e chave de cadeia que CLARO, mostra a calcinha pro jogador em um de seus ataques, Hagane, um robô samurai que fala muito pouco e que busca recuperar seu corpo humano, e Koyori... para quem vocês já foram apresentados.

Existem ainda dois personagens secretos, Ayin, um arqueiro caolho que procura por sua irmã e Marion, uma bruxinha Européia vinda do game Gunbird e que destoa totalmente da ambientação de Japão Feudal presente no game.

O charme do elenco se deve em grande parte ao traço de Jun Tsukasa, artista de Pin-Ups e Character Designer do título. Jun é conhecido por suas mulheres voluptuosas e sensuais, mas dedicou igual atenção a todos os membros do elenco e lhes conferiu identidades visuais bastante únicas.

Há ainda pequenos intervalos entre as fases, onde os personagens comentam sobre os inimigos que acabaram de enfrentar ou sobre sua missão atual. Não acrescenta nenhuma profundidade ao roteiro, mas é bem divertido, especialmente para aqueles que entendem Japonês.

Para finalizar, cada personagem possui dois finais, que variam de acordo com qual fase foi escolhida como a final. Novamente, isso conta mais como um acréscimo divertido do que como uma vontade genuína de gerar uma história, especialmente para quem se apegar aos elenco colorido do game.

Sengoku Blade faz um excelente trabalho em se afastar dos clichês tecnológicos e científicos que abarrotam o gênero Shooter.

Temos aqui um mundo baseado no Japão Feudal, com uma grande dose de Steampunk. Os inimigos incluem andróides no formato de monges Budistas, tanques inspirados em criaturas folclóricas Japonesas, uma tartaruga marinha robotizada e mesmo Mechs baseados em samurais e ninjas.

Embora não seja algo 100% original, sua ótima execução ajuda muito em destacar Sengoku Blade em seu meio.

A velocidade do game sempre se mantém estável. Mesmo com dezenas de inimigos, tiros, explosões e bombas na tela, o Framerate nunca chega a cair, algo de importância vital neste tipo de game.

Os personagens a nossa disposição por outro lado são bastante pequenos e não chegam a chamar a atenção, o que é uma pena, considerando o belo design que cada um possui. O visual de suas “bombas” (os ataques especiais) também são pouco impressionantes e não passam o impacto que algo do tipo deve ter.

As músicas são bastante discretas e na maioria das vezes, ficarão escondidas atrás do caos presente na tela. A canção que mais lhe chamará a atenção será a dos chefes, pelo simples fato de que é a que toca com mais frequência. Os demais efeitos sonoros são competentes e fluem bem com a ação.

Há um bom número de diálogos também, presentes entre as fases e nos finais de cada personagem. Embora a história do jogo não seja grandiosa, sempre é bom ouvir boa dublagem, especialmente quando vinda de atores competentes como Norio Wakamoto e Daisuke Gouri.

Pesquise os nomes pra saber o que esses dois já fizeram e quanto tornam grandiosa a dublagem deste game.

Este título é um Shooter horizontal, ou seja, a tela se desloca da esquerda para a direita, seu personagem acompanha esse movimento e precisa destruir tudo e todos que tentarem abatê-lo... o que é muita gente.

Sengoku Blade é um game bastante difícil, capaz de estressar até mesmo o Dalai Lama. Em alguns momentos existem verdadeiras tempestades de disparos inimigos pela tela e em padrões um tanto difíceis de se desviar.

Você pode sofrer dois tipos de danos também. Se for atingido por um inimigo, morrerá instantaneamente e perderá todos os Power-Ups, por outro lado, se um inimigo o tocar, você apenas fica atordoado e perde um nível de Power-Up.

Boa parte do tempo, não há problemas com este sistema, mas em outros ele parece uma piada de mau gosto. Certos inimigos avançarão contra você, o atingirão constantemente e removerão todos os seus Power-Ups... para só então matá-lo.

Felizmente, existem vários níveis de dificuldade no Saturn. Se a normal estiver lhe causando calvície precoce, basta diminuí-la. Alguma delas irá se adequar a seu estilo de jogo e experiência.

Acima mencionei os Power-Ups. Falemos um pouco deles então.

Cada personagem possui um padrão de ataque totalmente diferente do outro. Isso se deve aos “familiares”, seres que acompanham cada um dos heróis e lhe dão habilidades de tiro únicas.

Junis por exemplo, é acompanhada de um lêmure chamado Socrates, enquanto ela dispara Kunais em linha reta, ele atira Shurikens nas diagonais, o que limpa a tela de inimigos que venham nestas direções, mas deixa a menina com guarda aberta para ataques frontais. Já Hagane é acompanhado de lanças que acompanham seus movimentos, mas que são relativamente independentes, graças a isso, ele possui um campo de ataque razoavelmente grande, mas que depende de seu posicionamento na tela.

Sempre que apanhar Power-Ups, não apenas o tiro de seu personagem se tornará mais forte, mas o ataque de seu familiar também. Acho que não preciso dizer que a chave para a sobrevivência é maximizar seu poder de fogo o mais rápido possível.

É possível carregar seu tiro, o que deixará seu personagem vulnerável por algum tempo, mas que pode causar um dano imenso na maioria dos inimigos quando usado adequadamente. No Saturn, há um botão de tiro normal, que pode ser carregado e um botão com Rapid Fire, o que é uma praticidade que não estava presente na versão original de Sengoku Blade.

Cada personagem também possui uma “Bomba”, o obrigatório ataque especial presente em Shooters.

Aqui existem dois tipos de bombas, as que afetam toda a tela e as que possuem um campo de ação específico. Normalmente, o primeiro tipo causa menor dano e é mais recomendado para momentos de desespero, em que hajam inimigos normais por todos os lados, o segundo tipo pode gerar dano massivo e é mais indicada para lutas contra chefes, mas o jogador precisa saber se posicionar, ou acabará gastando uma bomba a toa.

Ambos os tipos de bomba o deixam invulnerável por um breve período e podem ser sua salvação quando houver uma enxurrada de tiros vindo em sua direção. O jogo não economiza nas bombas que você pode encontrar, então na maior parte do tempo não é preciso economizá-las.

Finalmente, o game embaralha a ordem das três primeiras fases aleatoriamente, o que mantém uma certa surpresa na partida. Antes da penúltima fase é possível escolher por qual caminho seguir, o que muda não apenas os cenários e inimigos, mas também o último chefe e o final do personagem usado.

São detalhes simples, mas que aumentam bem o fator replay deste game.

Aliás, a versão do Saturn vem com dois CD’s. Um deles traz o jogo (logicamente) e o segundo vem com QUILOS E QUILOS de artes com os personagens. Nem todas são boas, mas pelo menos elas vêm em quantidade burlesca.

Saudades do tempo em que jogos traziam galerias de arte...

Sengoku Blade é um game bastante raro de achar e que pode custar bem caro também. Especialmente quando consideramos que a maioria das pessoas não tem mais um Saturn dando sopa em casa.

Seu estilo de arte único e a competência com que faz uso das convenções típicas dos Shooters são suas maiores qualidades. Para os fãs do gênero, isso deve ser mais que o suficiente.

Mas sinceramente, mesmo que fosse uma desgraça, todos jogariamos e fingiriamos gostar porque, bem... Koyori.

Não, sério.

Sengoku Blade é a prova definitiva que um par de peitos enormes é mais que o suficiente para fazer um homem se interessar por algo e gastar uma fortuna com ele se necessário for.

Viram, meninas? Homens são idiotas!

Cheers!!!

5 comentários:

sergio disse...

ja to indo baixar (quer dizer, comprar... esse jogo,vlw pela dica,tava a proura de u jogo desconhecido e bom

Sybellyus disse...

Hmm... Saudades de um bom shooter.

Bia Chun-li disse...

Cheguei a jogar esse game e é difícil pacas!!!! O engraçado é que a peitudona nos primeiros games era uma magricela tomboy!!!!! xDDD

E o character design desse game ficou responsável pelo Tsukasa Jun, que também é conhecido por uns doujins hentais.

Leandro" Leon Belmont" Alves the devil summoner disse...

já vou baixar esse agora mesmo.

Leandro" Leon Belmont" Alves the devil summoner disse...

já joguei esse game várias vezes. o game nem é ruim, é bastante viciante. é bom joga-lo naqueles dias onde não se tem o que jogar. tá Koyori é o Chamariz do game, mas os outros são legais também. pena que a continuação desse só é no psp