sábado, 28 de março de 2020

Os Melhores Games do Playstation 2


E o Playstation 2 fez vinte anos este ano!

Mais precisamente, no dia 4 de março, o que significa que estou quase um mês atrasado com o lançamento deste artigo.

Mas é assim que eu rolo. Nunca celebro aniversários na data certa, eu espero passarem seis meses, então me aproximo sorrateiramente do aniversariante e grito SURPRESA em seu ouvido, enquanto lhe ofereço uma caixa de mariolas como presente.

Em seguida sou processado por assédio, pois em minha empolgação, agarrei uma bunda que não me pertencia.

Mas o Playstation 2... Aaaah, o Playstation 2, que console saudoso! Quem não se lembra da emoção de extorquir vinte paus da avó, ir correndo até seu pirateiro de confiança, comprar três dos jogos mais badalados da temporada, voltar pra casa e imediatamente após chegar, arremessar os três games novos no canto e ir jogar GTA Vice City mais uma vez?

Ah sim, não eramos diferentes dos filhos da puta modernos que compram Ps4 e jogam só FreeFire e FIFA.

Mas bem, vocês não estão aqui pra me ver xingar os malditos jovens, ou pra saberem sobre todos os aniversariantes que molestei, vocês querem ver quais jogos eu considero os melhores do Playstation 2, pra depois irem aos comentários reclamar que Bully não está na lista, correto?

Então, sem mais Melonas, vamos ao que interessa.


Def Jam: Fight for NY

Você é um negão de 180 quilos que acabou de vencer uma luta. No vestiário, você tira a camisa e todas as suas dobras de banha começam a expelir suor enquanto fazem o barulho de uma bexiga de festa de aniversário se esvaziando. Subitamente, Carmem Electra e Lil Kim aparecem na sua frente, aparentemente excitadas pela visão Chtulhiana a frente delas, e lutam pra ver quem terá o direito de remover as cracas de suas costas com uma pá. Ao fim do embate, Lil Kim jaz em uma poça de suor, sangue e urina (que não necessariamente vieram dela) e Carmem Electra está de braços dados com você, disposta a destruir seu pingolinho até sua grande batalha com Danny Trejo na noite seguinte.

Parece uma cena saída da pior fanfic de todos os tempos, mas é apenas uma cena em Def Jam: Fight for NY, que é um game muito menos valorizado do que deveria.

O que temos aqui é um Pit-Fighter dos anos 2000, estrelado por praticamente todos os rappers que eram parte do selo Def Jam em 2004 como Snoop Dogg, Redman, Busta Rhymes, e eu tenho certeza que o Ludacris está perdido aí em algum lugar. Tem um modo história que envolve duas gangues disputando território a base de lutas de rua, o que é muito pouco realista, considerando que rappers trocam tiros com a mesma frequência que uma quarentona solitária beija seus gatos.

Agora, o motivo pelo qual escolhi este game ao invés de outros títulos de luta como Tekken 4, Tekken 5 ou Tekken Tag Tournament, é porque Def Jam Fight for NY é RIDICULAMENTE DIVERTIDO!

Não que os outros jogos mencionados não sejam, mas é que eles... Não são.

A jogabilidade é extremamente simples e acomoda desde jogadores abilolados que contam frames até aquele seu primo com dano cerebral que tem espasmos e só consegue metralhar botões. Você pode arremessar o oponente em objetos do cenário como carros, paredes e cercas, estourar garrafas e outros objetos na cabeça dele, arremessá-lo na linha do metrô e ver o trem expresso reduzi-lo a recheio de nuggets, é glorioso!

Além disso, o game possui um dos melhores sistemas de progressão que eu já vi. Quanto mais lutas vencer, mais grana você acumula, e mais ouro e joias pode comprar. Quanto mais emperequetado for seu lutador, mais respeito ele ganha, pois você sabe como a galera do hip-hop adora ostentação. Quando você começa como um pobretão com macacão da Adidas e termina com colares de diamante que ainda tem o cheiro dos escravos de Serra Leoa que os escavaram, não tem como afastar a sensação de vencer na vida.

Isso e o fato de que o jogo te deixa comer a Carmem Electra.

O mais perto que a maioria de nós chegará de fazer sexo nesta vida.


Katamary Damacy

Uma vez que o Playstation 2 foi lar de 2501 jogos, não é surpresa que uma imensa quantidade deles seja puro e completo chorume.

Katamari Damacy não é o resto liquefeito de uma sacola de lixo, mas se encaixa na outra definição que podia ser aplicada a muitos títulos da plataforma: Estranho.

Aqui, o universo é destruído pelo REI DE TODO O COSMOS, em um momento de estupor alcoólico. Nossa cilíndrica divindade reconhece a cagada de seus atos e recruta seu filho, o Príncipe, para a tarefa de restaurar toda a existência, e como ele fará isso? Com um "Katamari", uma bolota capaz de absorver qualquer objeto menor que ela e assim aumentar de tamanho. Ao jogador cabe a tarefa de engordar o dito Katamari até o tamanho exigido pelo REI DE TODO O COSMOS, para que a entidade possa então transformá-lo em um novo corpo celeste.

Cada fase começa tímida, com o minúsculo Príncipe rolando seu Katamari e engolindo feijões, botões e pregos com ele, até que o objeto ganha tamanho suficiente para absorver chinelos, tapates, o gato da casa, uma coleção inteira de gibis do Spawn, a vizinha adolescente gótica, a brasília permanentemente estacionada em frente a casa do seu vizinho e que você tem certeza de que foi usada em algum assalto a banco nos anos 1970 e por aí vai. Eventualmente seu Katamari se torna grande suficiente para engolir continentes e você questiona todas as decisões de sua vida que o levaram até este game.

O caso é que Katamary Damacy é estranhamente viciante. O jogador sempre está pensando em engolir um objeto específico com sua esfera, seja uma pessoa, carro ou o ego do Felipe Neto, e afim de atingir esta meta, ele traça uma estratégia específica para engordar sua esfera e cumprir seu objetivo. As fases também possuem um limite de tempo, o que força o jogador a ser eficiente na forma que joga. De nada vai adiantar absorver aquele lutador de sumô, se isso é feito segundos antes do seu tempo se esgotar.

Acabei de passar cinco parágrafos tentando descrever de forma positiva um jogo onde um alien de cinco centímetros rola uma bola sobre as coisas pra criar novas estrelas. Se isso não deixa claro o quão bom esse jogo é, não sei o que poderá fazê-lo.

Aliás, consegui falar de um game onde se rola uma bola sem fazer trocadilhos com testículos.

Acho que estou amadurecendo.


SoulCalibur III

SoulCalibur II foi incrivelmente “meh”. Não era um game ruim, mas também não foi revolucionário como o primeiro SoulCalibur, que era tão bom que fez muitas pessoas acharem que comprar um Dreamcast era um bom negócio. De fato, a coisa mais memorável em SoulCalibur II eram seus personagens convidados, que motivaram meses de discussões sobre quem era melhor: Heihachi ou Link.

Porque ninguém se importava com Spawn.

SoulCalibur III foi um retorno da franquia a velha forma, ainda não tão fantabuloso quanto SC, mas bom o suficiente para render muitas madrugadas insones regadas a Doritos e Fanta Uva.

E a Namco pareceu ter aprendido com os erros do game anterior. Ao invés de fazer um título multi-plataforma, focou todos os seus esforços no Playstation 2, podendo assim extrair o máximo da potência do console. Em seguida, adicionou um modo história que era interessante o suficiente para nos fazer achar que estávamos jogando um Final Fantasy da porrada (e que só anos depois perceberíamos que haviamos sido tapeados) e como a a joia da coroa, adicionaram um modo de criação de personagens.

Agora, não estou desmerecendo as qualidades óbvis deste game, mas sem a capacidade de criar seus próprios lutadores, acredito que não teria ficado gravado a ferro em brasa na mente de tantos jogadores. Nada supera a diversão de se criar uma peituda de biquini, e vê-la defenestrar os oponentes com uma espada tão grande e pesada que faria até o Conan ter encolhimento escrotal.

Não apenas isso, haviam lojas in-game, com inúmeras roupas, acessórios, armas e tralhas que podiam ser comprados para decorar sua criação. O melhor de tudo? Como este game foi lançado antes do advento dos DLC’s, não era preciso desembolsar grana real para ter acesso a um guarda-roupa que faria inveja as Kardashians.

Tempos gloriosos.

A tradição se manteve, e o modo de criação está presente na série até hoje, com a diferença de que agora ele não é um bem vindo acréscimo, mas uma forma da Namco-Bandai disfarçar o quanto o seu jogo é magro.

Trágico.


Rumble Roses

Sim. Eu vou me atrever. Porque considero este jogo genuinamente bom.

A primeira vista, Rumble Roses parece um game criado para vender unicamente pelo fanservice, com seu elenco de lutadoras tão impossivelmente gostosas que fariam o maior dos gays considerar a ideia de se tornar bissexual, mas após jogar por algum tempo, é fácil perceber um game de wrestling incrivelmente competente escondido debaixo de todas as rabas aqui apresentadas.

Veja bem, Rumble Roses não possui uma jogabilidade complexa como o próximo game dessa lista, não senhor, afinal, ele foi criado para apetecer ao máximo de pessoas possíveis, como suas peitudas minuciosamente construídas indicam. A jogabilidade de Rumble Roses é bastante simples, quase de Arcade, possibilitando que qualquer pessoa tenha a chance de se divertir, sem sentir o moleque idiota que o irmão sempre deixa ganhar no videogame.

Os valores de produção de Rumble Roses também são altíssimos. Seus gráficos são quase Next-Gen e podem bater fácil alguns títulos do Xbox 360, e seus produtores claramente tem um carinho muito grande pelo espetáculo da luta-livre profissional, algo demonstrado pelo cuidado com o qual eles reproduziram este aspecto do esporte no jogo.

Quanto ao elenco, ele não se resume a um pelotão de peitudas de personalidades de esponja como acontece com as integrantes femininas do BBB. Aqui, cada lutadora tem sua própria história e motivação, o que faz com que elas transbordem individualidade e presença.

Você escolhe a Evil Rose por causa de seus magumbos planetários, mas continua jogando com ela pois quer que ela encontre a redenção ao final de sua jornada.

Caso ache o elenco de lutadoras pequeno, sem problemas, é só transformar as Faces em Heels e vice-ver--- Faces são os lutadores “mocinhos” e Heels são os “vilões, eu preciso explicar tudo aqui, seu analfabeto da AEW?

Enfim, as versões Heel e Face de cada menina são tão diferentes que são praticamente personagens novas. Basta mudar o alinhamento das guerreiras que o elenco dobra de tamanho.

Isso pra não falar do modo história, que é imbecil ridículo e te coloca pra lutar com uma MILF ciborgue na batalha final.

É quase como uma novela da Record interativa.

Se quiser mais, ainda é possível botar as moças pra lutarem no Nescau... Escuta, não é lama. Lama gruda na pele e aqui, o que quer que seja esse líquido, escorre das lutadoras como se elas estivessem cobertas daquela cera mágica do Tele Shop que deixa líquido nenhum pregar na superfície do seu carro. É Nescau, ok?

Ademais, mulheres achocolatadas são muito sensuais.

...

Eu nem sei mais o que estou falando.


WWE Smackdown: Here Comes The Pain

Apesar de minha pirraça para com fãs de futebol, entendo a paixão que jogadores de FIFA sentem pela série, uma vez que nutro o mesmo tipo de carinho por jogos de Wrestling. Ainda digo mais, WWE Smackdown: HCTP foi o meu Winning Eleven durante a geração do Playstation 2. O tempo que outros gastavam com futebol, eu usava no ringue, me atracando com chadões cobertos de suor e que cheiravam a testosterona.

... Que?

Primeiro de tudo, HCTP possui um dos melhores, quiçá o melhor sistema de jogo já apresentado em um game de Wrestling, simples de aprender, mas tão profundo quanto a vala em que Jimmy Snuka jogou sua ex-namorada depois que a matou, e que requer muita dedicação para ser dominado.

Depois, cada lutador é sua própria entidade. Monstros como Brock Lesnar podem atropelar um oponente em segundos, lutadores mais técnicos como Chris Benoit devem usar de chaves e submissões para desgastarem seu adversário aos poucos, e indivíduos ágeis como Rey Misterio podem fazer uso de sua velocidade e de contra ataques para levarem a vantagem no duelo. Para quem decidir testar as possibilidades de cada lutador, a diversão é quase infinita.

Isso sem mencionar que este foi o primeiro game da WWE moderna a inserir lendas da luta-livre no seu elenco... Embora as escolhas não sejam as melhores. Digo, Hillbilly Jim? HILLBILLY JIM??? NINGUÉM GOSTA DO HILLBILLY JIM, NEM HILLBILLY JIM GOSTA DO HILLBILLY JIM!!! Mas bem, se hoje podemos fazer lutas dos sonhos entre três versões diferentes do Sting, devemos agradecer a este game.

Não ao Hillbilly Jim! Ele que se foda!

E é impressionante como um game com quase vinte anos de idade consegue dar um show na sua contraparte moderna. A jogabilidade de HCTP consegue estar anos luz a frente de qualquer título da série WWE 2K, e mesmo seus gráficos são melhores em muitos aspectos. Hoje eles usam tecnologia de escaneamento facial pra criar os lutadores dentro do jogo, e a maioria deles saem parecendo Youtubers de Anime, ou com aquele cara da sua rua que mora sozinho, não fala com ninguém e que você tem certeza que molesta gatos.

Finalizando, HCTP possui um dos melhores sistemas de criação de lutadores, e como SoulCalibur III nos mostrou, esta é uma ferramenta que aumenta muito a longevidade de um game. De fato, HCTP possui tantas opções de customização, que se quiser, você pode criar um trio de lésbicas sadomasoquistas mascaras e vestidas de couro, com mais de dois metros de altura cada.

Foi o que eu fiz.

Aposto que é exatamente o que vocês esperavam de mim.


Onimusha 3: Demon Siege

É óbvio pra mim que a Capcom não tinha ideia do que fazer com a série Onimusha durante seu auge.

O primeiro game era direto e reto: Controle uma versão digital de Takeshi Kaneshiro, mate demônios, beba suas almas, aumente seus poderes e no fim, enfie uma espada no cu de Nobunaga e transforme-o em um Shish-Kebab do Japão Feudal.

O segundo game ainda era um título de ação, mas inseria uma dezena de coadjuvantes na história, que precisavam ser apetecidos com presentes. Dependendo de qual companheiro você mais agradasse, o final do game mudava. Me lembro de como os camaradas da locadora em frente à minha casa escreveram uma lista minuciosa sobre quais presentes davam os melhores resultados com cada coadjuvante, feita a base de muita tentativa e erro ao longo de muitas horas de partida.

Sim, sou velho suficiente para me lembrar de um tempo em que precisávamos anotar nossas descobertas em cadernos escolares, ao invés de simplesmente buscar no Google. Tempos gloriosos.

Onimusha 3 retorna a série a suas origens, sem sistema complicado de amigos que devem ser presenteados, apenas o bom e velho extermínio de demônios e o eventual empalamento anal de Nobunaga, aquele filho da puta.

E Jean Reno.

Porque por algum motivo, demônios da era dos samurais decidiram que aparecer na França moderna fazia sentido, então... Jean Reno.

Falando sério, na época de lançamento deste game, Jean Reno estava quase que perseguindo uma carreira como ator de filmes de ação, estrelando produções como Wasabi, Rios Vermelhos 2 e Rollerball, o que deve ter bastado para os chefões da Capcom o colocarem em seu jogo sobre matar demônios.

Isso e o fato de que ele provavelmente era mais barato que um ator de Hollywood.

Deus abençoe os atores franceses que trabalham por um queijo e a chance de molestar uma loli.


Kingdom Hearts II

Kingdom Hearts conta a história de monstrinhos chamados Heartless se espalhando pelo universo e causando o caos, de acordo com as maquinações de vilões clássicos da Disney, como Bafo de Onça e Malévola (GOSTOSA). Somente o rei Mickey, com sua espada em forma de chave, podia detê-los, mas ele não podia fazê-lo sozinho e precisava da ajuda de um moleque de pés enormes chamado Sora, que viajaria através dos mundos e combateria os Heartles através do cosmo, trazendo a paz de volta ao universo.

E no meio disso tudo, ele brigava com o Sephiroth.

Este é o enredo básico do primeiro jogo da série. Kingdom Hearts II pega esse cânone pré-estabelecido, mistura mais uma dúzia de personagens originais e propriedades da Disney, acrescenta uma organização do mal vinda de um Anime existencialista dos anos 1990, e bate tudo até a história perder todo o seu sentido.

Nah, estou sendo injusto ao dizer isso. O enredo de Kingdom Hearts II faz sentido nas duas últimas horas de jogo. Claro que isso basta para alguém que passou dias de sua existência viajando entre mundos, grindando e jogando aquele maldito mini game musical da fase da Pequena Sereia.

Correto?

Apesar de ter um enredo que o fará coçar tanto a cabeça que é capaz de encontrar o corpo de Jimmy Hoffa enterrado em seu couro cabeludo, KH II ainda consegue ser uma das maiores façanhas técnicas do Playstation 2. É visualmente esplendoroso, possui uma dublagem incrível, e uma jogabilidade estupenda, que faz com que o ato de passar horas ganhando level seja incrivelmente prazeroso.

Digo, se você é um louco como eu, que adora fazer o embate com qualquer chefe final de JRPG ser uma dramatização da luta do Vegeta contra o Androide N°19.

E também, parabéns a Square-Enix por colocar o Setzer de Final Fantasy VI como um coadjuvante deste game.

Sim crianças, houve uma época em que os chefões da Square-Enix se importavam com os games da série Final Fantasy que foram lançados antes do VII. Eram tempos gloriosos.


Dragon Quest VIII: Journey of the Cursed King

Este é o primeiro e único título da série Dragon Quest que joguei. Nada pessoal contra, mas eu sempre fui um cara de Final Fantasy, e Dragon Quest sempre me passou a impressão de ser um JRPG extremamente difícil e que demandava horas demais para se ter progresso na história.

E Dragon Quest VIII confirmou todas estas suspeitas quando precisei grindar por CINCO HORAS para ganhar Level suficiente e vencer o primeiro chefe do game.

O primeiro chefe. Aquele que só existe pra testar se o jogador aprendeu a usar as mecânicas mais básicas do jogo.

Assim, Dragon Quest VIII é um game em que tenho orgulho de ter trapaceado. Usei Game Shark, deixei todos os personagens em Level 99 nos primeiros dez minutos de partida, depois comprei todas as suas Skills, algo que só deveria ser possível com um investimento de mais de 100 horas na aventura. Após isso, concluir a jornada foi tão fácil quanto tomar sorvete na barriga da Vanusa Spindler em um dia de verão.

Vocês acham que a Vanusa Spindler busca pelo próprio nome na internet? E se encontrasse este blog e minha obsessão juvenil de 30 anos por ela, será que ficaria lisonjeada ou arranjaria uma ordem de restrição contra mim?

Perguntas para o futuro.

Seja como for, terminei Dragon Quest VIII e vi que por detrás da dificuldade absurda, havia um joguinho delicioso, que mais parecia um conto de fadas interativo. O herói sem nome, único sobrevivente do ataque ao seu reino, que viaja incansavelmente com o rei e a princesa, na busca de uma cura para a maldição que recaiu sobre eles.

Aliás, a princesa foi transformada em cavalo e sem cerimônia alguma, foi colocada pra puxar a carroça da equipe.

VITÓRIA DO PATRIARCADO!!!

Ao longo da viagem, nosso herói faz amizade com um gordo australiano, uma tetuda de maria chiquinhas que usa biquínis e lingeries como armaduras (OUTRA VITÓRIA DO PATRIARCADO) e o Trunks versão padre, porque a série Dragon Quest sempre teve personagens criados por Akira Toriyama, que parou de se importar há anos, e hoje só desenha variações dos personagens de Dragon Ball com ainda menos senso de ridículo.

Decididamente, eu amo o visual deste game. DQ VIII foi produzido pela Level 5, que era capaz de criar gráficos tão bons com a arquitetura do Playstation 2, que nos fazia questionar se um Playstation 3 era realmente algo necessário para o progresso da cultura humana.

Recomendo fortemente... Se você tiver um Game Shark ou um fetiche incontrolável por passar horas matando os mesmos monstros em busca de XP.


Okami

Okami é o que acontece quando alguém decide lançar The Legend of Zelda para um console da Sony e acrescenta 50% mais cachorro.

A história aqui é que o Orochi, entidade maléfica do folclore japonês que segue o mesmo cronograma de maldades semanais de um vilão de desenho animado dos anos 1980, desperta de um longo sono e começa e lançar sua pestilência sobre o Japão. A tarefa de detê-lo recai sobre Amaterasu, loba mágica que carrega consigo o PINCEL CELESTIAL, que lhe dá o poder de tratar o mundo da mesma forma que uma criança de quatro anos com tinta guache costuma tratar as roupas caras da mãe.

Na época de seu lançamento, Okami foi aclamado pela crítica e apenas por ela, pois vendeu menos que camisinhas em um evento de Anime. Não ajudou que quando a aventura de Amaterasu chegou ao mercado, o Playstation 3 já estava na esquina, rodopiando bolsinha feito A SUA MÃE AQUELA MUNDANA, e todos estavam mais interessados em jogos de tiro em primeira pessoa com gráficos cor de diarreia do que em um game de ação altamente estilizado e bom de verdade.

A Capcom percebeu isso, e fez questão de enfiar Amaterasu goela abaixo do público em toda oportunidade que teve, como relançando o jogo em HD para as duas gerações de consoles seguintes e tascando a loba em Marvel Vs. Capcom 3, onde é a favorita de três daqueles mamelucos que aprendem a jogar com personagens que ninguém usa e que ninguém quer enfrentar quando joga online.

Okami é um daqueles jogos que começa extremamente devagar, mas que uma vez que pega tração, não a perde mais, como A SUA MÃE AQUELA GORDA QUANDO ROLA RIBANCEIRA ABAIXO. Os gráficos ultra estilizados do jogo lhe dão um ar de livro infantil, o que ajuda a quebrar a mesmice do “mal ancestral tenta dominar o mundo” que encontramos em nove dentre cada oito jogos do gênero, e o PINCEL CELESTIAL é uma mecânica de jogo bem legal, que dá um ar único ao jogo.

Acima de tudo, Okami mostra que apenas a Nintendo sabe explorar todo potencial de marketing de suas mascotes, pois não existe motivo para Amaterasu estar estampada em menos produtos que o Link.

Bom... É da Capcom que estamos falando... A mesma empresa que abandonou Devil May Cry pois acreditou que as pessoas não se interessavam mais por ela...

E falando nisso...


Devil May Cry 3: Special Edition

Sendo completamente honesto, eu não gostei de DMC 3 a primeira vez que joguei. Queria poder colocar a culpa disso em DMC 2, que era tão “meh” que me fez perder o gosto pela vida, mas isso não seria verdade. O fato é que DMC 3 era tão difícil que me broxou mais do que A SUA MÃE AQUELA GORDA, quando me manda nudes.

O problema maior aqui é que DMC 3 tinha o tipo errado de dificuldade. Não era como Dark Souls, que recompensa perseverança e estratégia, era mais do tipo “ESTOU BATENDO NESSE CHEFE FAZEM CINCO MINUTOS E A ENERGIA DELE NÃO BAIXA, MAS QUE PORRA”!

Uma coisa é um game que te força a aprender a jogar, outra é um que te castiga mesmo quando você faz isso.

Eventualmente a Capcom percebeu a cagada de suas ações e lançou Devil May Cry 3 Special Edition, que balanceava a dificuldade e nos dava uma caralhada de bonificações, como a possibilidade de jogar com Vergil, além de nos apresentar ao Blood Palace, desafiador modo de jogo que tornou-se presença obrigatória em todos os games da série desde então, mesmo que absolutamente ninguém o jogue.

Claro, DMC 3 tinha uma jogabilidade insana e incrivelmente complexa, que só podia ser dominada pelos mais astutos e perseverantes autistas, mas sua maior contribuição para a série foi o quanto este jogo engordou seu lore. Foi aqui que aprendemos os motivos da rivalidade entre Dante e Nero, conhecemos Lady e vimos as fundações de todo o cânone da franquia serem devidamente estabelecidas.

Eu poderia falar muito mais sobre DMC 3 e sua importância, mas prefiro gastar o resto desse parágrafo xingando o reboot de 2013.

O QUE A CAPCOM ESTAVA PENSANDO??? Substituíram o Dante roqueiro farofa dos anos 1980 por um emozinho de bosta do início dos 2010 e mudaram o tom da série de uma comédia de ação alucinada, pra um drama teen pesudointelectual que vai do nada a lugar nenhum??? MA QUE PORCA MISERIA!!!

Pior de tudo, trocaram o combate frenético dos jogos de Playstation 2 por batalhas tão morosas que deixariam o Vovô Simpson entediado!

E ACHARAM QUE ISSO SUBSTITUIRIA O DANTE CLÁSSICO??? CHUPA UM CAMELO, CAPCOM!!!

...

Obrigado por me ouvirem, eu precisava tirar isso do peito há muito tempo.


Resident Evil 4

William Shakespeare disse uma vez: “No momento que você pega a Rocket Launcher, o jogo deixa de ser Survival Horror".

Devo concordar com ele. Qualquer suspense presente em um game de terror se dissolve mais rápido do que prisão de ventre após um coquetel de ameixa com Yakult depois que você pega artilharia desenvolvida pra parar o Superman, e passa a usá-la em seres que oferecem tanta resistência quanto o Tião Macalé.

A Capcom parece ter criado Resident Evil 4 com essa lição em mente, pois aqui o estilo Survival Horror foi completamente abandonado em prol de ação, violência e tiroteio que fariam Clint Eastwood derramar uma lágrima, que então cairia no chão, se transformaria em uma águia e voaria em direção ao horizonte, abençoando a todos com magnums e espingardas.

Aqui, Leão Canadense, herói do segundo título da série, é recrutado pelo presidente Trump, para resgatar sua filha loli que foi sequestrada por espanhóis imundos. Como todo americano de sangue quente que é forçado a lidar com latinos, Leão se arma até os dentes e decide que decorar o cenário com cérebros é a melhor forma de atingir seu objetivo. Em sua aventura, ele aprende sobre uma nova conspiração virótica ligada a Umbrella Corporation e é enrolado/ajudado inúmeras vezes por Ada Wong, seu equivalente asiático da Mulher-Gato.

Os produtores deste game decidiram satisfazer o jagunço que existe dentro de todo homem e deu a Leão um arsenal tão vasto que chega a ser ridículo. Tem pistolas, espingardas, rifles sniper, granadas, revólveres de caçar sogra, e tudo isso pode ser customizado ao seu bel prazer. Com dinheiro suficiente, você pode transformar um revólver de espoleta num canhão capaz de mudar o eixo do planeta. E diferente de outros jogos da série, que regulam munição mais do que sua ex-namorada regulava boquetes nas noites de sábado, aqui parece que cada cenário foi visitado pelo Coelhinho da Páscoa da Munição, que deixou balas de todos os calibres para Leon se esbaldar em sua aventura.

Claro, não posso deixar de falar do sistema de inventário, que é o melhor de toda a série. Ao invés de poder carregar um número fixo de itens, nosso herói conta com uma valise, que pode ser organizada a vontade pelo jogador. Qualquer um que tenha passado algum tempo com Tetris pode encontrar a forma mais eficiente de guardar seus itens, sem nunca ficar sem espaço.

Honestamente, este é o game em que a Capcom mais acertou em toda a sua história. De fato eles acertaram tanto, que levaram quatro jogos pra fazer um outro Resident Evil que fosse tão decente quanto este.

Aliás, não posso esquecer de WHAT ARE YA BUYING? WHAT ARE YA SELLING? WHAT ARE YA BUYING? WHAT ARE YA SELLING? WHAT ARE YA BUYING? WHAT ARE YA SELLING? Que estão gravados em brasa no cérebro de qualquer um que tenha jogado mais de dez minutos deste título.

E que agora ficarão em sua mente pelo resto do dia.


Silent Hill 2

Lembra daquela vez que você encontrou o grande amor de sua vida? Ahhh sim, aquela moça linda, parecida com a Vanusa Spindler, com um sorriso que brilhava mais que Hiroshima na Segunda Guerra, que era capaz de conversar sobre qualquer assunto, que sempre fazia seu prato favorito para o jantar, que não ligava de te assistir jogando Call of Duty e que sempre te fazia um boquete matinal no domingo.

Para as duas meninas que estão lendo isso, substituam “Vanusa Spindler” por “Chris Evans” e “Call of Duty” por “C.S.I: Special Victims Unit”.

Oh sim, aquele amor delicioso, maravilhoso, quentinho e infinito... Exceto que um dia acabou. Sabe-se lá o motivo, talvez a pessoa especial tenha descoberto que você é secretamente um fã de Steven Universe, não sei, tudo que sei é que ela arrumou as malas e desapareceu de sua vida, para nunca mais voltar.

E aí está você, sozinho, esquecido, há tanto tempo sem tomar banho que seu corpo tem cheiro de tundra, se perdendo em relações sexuais sem sentido encontradas no Tinder, eternamente tentando reencontrar a relação perfeita, que tanto acrescentava a sua existência. Sim! Cada nova menina (ou mameluco) encontrada naqueles apps de namoro cheios de vírus representam uma nova oportunidade de duplicar a coisa maravilhosa que um dia você teve, e cada novo fracasso só te faz perseguir este sonho de forma mais obcecada.

Bem, Silent Hill 2 foi o relacionamento perfeito para a Konami, e algo que ela tentou replicar de novo e de novo com seus jogos novos.

Aqui, controlamos James Sunderland, que recebe uma carta de sua esposa morta, que pede a ele para que a encontrasse na cidade de Silent Hill. Devemos admirar a ingenuidade de James, que fez a viagem até a cidade sem pensar duas vezes, tampouco questionar como sua esposa presunta estava a lhe mandar correspondências. Nunca passou pela cabeça dele que isso podia ser uma artimanha do bully da 8° série, que nunca parou de persegui-lo?

Seja como for, aqui temos uma história extremamente madura e perturbadora, que mergulha fundo nos traumas de James e em toda culpa que ele sente pela morte de sua esposa. A jornada pode servir como uma redenção para James ou como sua derradeira punição... Ou você pode descobrir que um cachorro estava controlando tudo no fim das contas.

Videogames podem ser estúpidos.

Silent Hill 2 tão icônico, que criou personagens que tornariam-se figuras recorrentes na franquia, o que não faz o menor sentido, uma vez que cada monstro apresentado neste game representa algum aspecto da psiquê de James. Por exemplo, as enfermeiras disformes e tetudas, são a representação física da sexualidade reprimida do protagonista. Por que diabos elas estão em Silent Hill: Homecoming, jogo onde o objetivo do herói é resgatar o irmão caçula? Elas representam o desejo oculto do cara de implantar um par de peitos tamanho 90 em seu irmãozinho?

Tenho certeza que o Yahtzee já fez essa piada, mas que se dane. Grandes mentes pensam igual.

Enfim, Silent Hill 2 é glorioso, fantabuloso e agora que P.T está morto, não há nenhum risco iminente para sua coroa como melhor Survival Horror de todos os tempos.

CHUPA KOJIMA!!!



Final Fantasy XII

A história da produção de FF XII é quase mais interessante do que o próprio jogo. O game surgiu em um período turbulento para a Squaresoft, que havia levado um chute no pinto graças a bomba cinematográfica chamada Final Fantasy: The Spirits Within, que custou cerca de US$ 135 milhões a empresa, e a deixou tão encalacrada que ela precisou se fundir a sua velha rival, Enix, apenas para continuar funcionando.

Em meio a esse oceano de dinheiro jogado fora, a companhia iniciou a produção do décimo segundo título de sua franquia principal, trabalho que levou cinco anos para ficar pronto e que custou cerca de US$ 35 milhões, porque se tem uma coisa que grandes corporações fazem ao perder grana, é jogar ainda mais grana no incinerador, na esperança de que isso de alguma forma resolva seus problemas.

O trabalho de renovar a glória de Final Fantasy recaiu sobre os ombros de Yasumi Mitsuno, responsável por Final Fantasy Tactics e Vagrant Story. Isso aconteceu não porque a Square-Enix tinha confiança absoluta em seu talento, mas porque Hironobu Sakaguchi, pai da série, havia “se retirado” da empresa após o fracasso de Final Fantasy: The Spirits Within, que ele dirigira e produzira.

“Se retirado” sendo eufemismo para “foi demitido antes que fosse assado e comido pela direção da Square-Enix”, claro.

Pior ainda, todos os demais picas grodas da companhia estavam ocupados com outros projetos, como Yoshinare Kitase, que estava com as mãos cheias fazendo a série Kingdom Hearts ser a coisa mais incompreensível e aberta a interpretações já feita desde o Velho Testamento. Ao ser incumbido de criar FF XII, Mitsuno meio que ganhou um sanduíche de merda após participar da loteria mais bosta que poderia ter encontrado numa caixa de diarreia.

Mas indiferente as péssimas estrelas que guiavam seu destino, Mitsuno mergulhou de cabeça no projeto, deu tudo de si, doou cada gota de seu sangue, suor e sêmen para a Square-Enix e teve um colapso nervoso.

Não sério, o cara teve um colapso, deu dois dedos do meio para a companhia e nunca mais retornou ao projeto.

Apesar de todos estes problemas, Final Fantasy XII saiu e sinceramente, é um dos títulos mais impressionantes do Playstation 2, com gráficos que não deveriam ser possíveis na plataforma, e um mundo tão gigante e cheio de coisas que somente games da geração seguinte seriam capaz de rivalizá-lo.

A história é extremamente simples: Temos Ashe, princesa do reino de Ivalice que perdeu seu trono após uma complicada série de tretas políticas e que agora almeja retomá-lo, não usando favores políticos ou organizando um exército e iniciando uma guerra, mas juntando um grupo de amigos bariloches e derrotando um grande vilão em um espetáculo de shows e luzes que deixaria qualquer protagonista de Tokusatsu orgulhoso.

Um ponto muito interessante de FF XII, é que ele possui o pior protagonista da franquia. Vahn, o jovem otimista e corajoso que estampa a capa do jogo (pelo menos na versão de Ps2) é relegado ao posto de coadjuvante terciário assim que Basch e a Balthier entram para o grupo. De fato, o game foi desenvolvido tendo Basch como herói, um soldado leal determinado a cumprir seu trabalho e auxiliar a princesa a voltar ao poder. Infelizmente, os executivos da Square-Enix acharam que o público alvo do jogo (os malditos JOVENS) não se identificariam com um protagonista de 36 anos.

Por isso temos o Vahn.

E nem vou falar da Penelo, amiga de infância de Vahn que consegue ser ainda mais imprestável que ele.

Pelo menos ela é loli.

Deus abençoe.

De qualquer forma, Final Fantasy XII é um excelente game, e graças a ele, a Square-Enix aprendeu a nunca mais gastar milhões de dólares em um projetos inflados que levariam anos pra ficar prontos.

...

Que? Final Fantasy XV levou sete anos pra ficar pronto? E embora não haja um número concreto para seu orçamento, é especulado que custou mais de US$ 100 milhões?

OH, SQUARE-ENIX!!!

**Coloca as mãos na cintura e bate o pé no chão enquanto faz olhar maroto**


Suikoden III

A memória mais viva que tenho de minha experiência com Suikoden III é das discussões que eu tinha com meu pirateiro de confiança sobre a qualidade do jogo. Ele odiava este game de tal forma, que pingou ácido em sua cópia quando terminou de jogá-lo. Isso levantou todo tipo de pergunta como por exemplo, por que ele simplesmente não levou seu Suikoden III de volta para a loja e tentou revendê-lo para alguém, e que tipo de maníaco tinha ácido em casa em pleno século 21?

O mais provável é que ele queria me irritar, vendo como eu adorava Suikoden III e tinha um rosto que não havia sido marcado pela acne como o dele. Obrigado genética.

De qualquer forma, Suikoden III conta a história das tensões iminentes entre as tribos da região de Grasslands e o reino de Zexen, que deseja expandir seu território e tomar as terras tribais a força se necessário. Em meio a treta iminente, também encontra-se Luc e seus asseclas, grupo com interesses próprios que visam botar ainda mais pimenta no angu em que se encontra a situação política da região.

O que distingue Suikoden III de outros JRPG’s do estilo é que aqui temos não um, não dois, mas TRÊS protagonistas: Hugo, filho da chefe de uma das tribos, Chris, cavaleira condecorada do reino de Zexen, e Geddoe, líder de um pelotão de mercenários. Cada um possui sua própria jornada, que permanece boa parte do tempo separada das dos demais, o que apenas faz com que os momentos onde os três heróis se encontram sejam ainda mais saborosos para o jogador.

Além disso, sabe como a maioria dos JRPG’s possuem grupos de cinco, seis ou sete personagens e a maioria das pessoas já acha isso um exagero? Aqui podemos recrutar 108 heróis para o nosso exército.

Eu não escrevi errado, são 108 personagens. Cada um representa uma estrela do destino, como os Espectros do Hades, mas muito mais úteis que aquelas buchas de canhão que eram tão filler que fariam Naruto corar.

Claro, nem todos os personagens podem fazer parte ativa do grupo principal, alguns apenas montam comércios em sua cidade e SIM, é possível montar e organizar sua própria cidade. Na verdade, o game tem uma storyline própria pra isso, graças a Thomas, que representa o quarto protagonista com seu próprio ponto de vista sobre a história.

Ainda digo mais, se conseguir recrutar as 108 Estrelas do Destino (que não é uma tarefa tão difícil quanto parece a primeira vista) Suikoden III libera um modo história extra, onde jogamos com o antagonista Luc e seus puxa-sacos e podemos acompanhar a forma como suas maquinações se desenvolveram ao longo da história.

Já está suando de ansiedade para jogar este game? Pois calma, tem mais! A cereja do bolo de Suikoden III é que você pode carregar o save de Suikoden II do Playstation original, e tudo que você fez nele (e em Suikoden I, cujo save pode ser carregado no começo de Suikoden II) terá impacto em sua partida do terceiro game da série.

Suikoden III pode ser jogado sozinho sem grandes problemas, mas ele adquire proporções verdadeiramente épicas para aqueles que se deram ao trabalho de jogar os dois games anteriores da série. É fascinante ver personagens que eram crianças no primeiro Suikoden aparecerem adultas no desfecho da trilogia, fora que temos a rara chance de ver o que certos antagonistas da série fizeram da vida após serem derrotados nos jogos anteriores. A mãe de Hugo, por exemplo, era uma das vilãs mais ferozes de Suikoden II.

Então sim, você deveria jogar Suikoden III. E sim, aquilo é um pato militar, e ele é foda demais para este mundo.


Shadow of the Colossus

Se tem uma coisa que eu amo com relação aos estúdios japoneses, é que quando eles decidem produzir um game “diferente de tudo que já se viu”, eles sempre cumprem essa promessa.

Quando um estúdio ocidental resolve lançar um game “diferente de tudo que já se viu” o resultado costuma ser um Detroit: Become Human ou Life is Strange, que são coisas que todo mundo já viu antes, só que feitas com muito menos competência do que no passado.

Aqui, um rapaz leva o corpo de sua companheira até um templo antigo e conversa com as vozes desencarnadas que lá residem sobre uma forma de trazê-la de volta a vida, ignorando totalmente que vozes desencarnadas que moram em um templo abandonado nunca podem significar coisa boa.

Logo, ele recebe a missão de matar os dezesseis colossos que existem nesta terra misteriosa, e assim que o fizer, a menina terá sua vida restaurada.

Este é o momento em que um jogo menos criativo o faria enfrentar legiões de inimigos menores, lhe permitiria acumular armas, equipamentos e pontos de experiência, que poderiam ser conferidos em uma complicada tela de status que só começaria a fazer sentido após as primeiras dez horas de jogo, além de um mapa que contribuiria mais para lhe deixar perdido do que ajudá-lo a avançar na história.

Não Shadow of the Colossus! Não senhor! Nunca! Aqui você tem uma espada, um cavalo, e quilômetros de terreno vazio sem nada para guiá-lo até o próximo inimigo, exceto o reflexo do sol em sua espada e seu senso de direção ou falta de.

Agora, sabe aquele game de ação que tem uma batalha épica contra um chefe de fase. Aquela que é tão boa que você deixou um save antes dela, só pra poder voltar a este trecho do jogo quando quiser, embora nunca tenha feito e nunca virá a fazer no futuro? Pois TODAS as batalhas aqui são nesse estilo: Épicas, gloriosas, que te fazem sentir um verdadeiro chadão quando seu inimigo finalmente tomba inerte. Sim, gloriosa, gloriosa violência!

A maior fonte de diversão aqui, é descobrir como ferir os Colossos. Cada criatura é única, tem sua própria forma de agir e necessita de uma estratégia específica para ser derrotada. Nada supera a emoção de confrontar um dos gigantes pela primeira vez e tentar decifrar seus movimentos, até finalmente descobrir como acessar seus pontos fracos.

E como muitos jogos dessa lista, Shadow of the Colossus é um daqueles games que hoje é difícil de acreditar que foram lançados para o Playstation 2, pois estava muito a frente de sua época e forçava muito os limites do console.

Ademais, Adam Sandler jogou demais este game após sua família morrer no 11 de setembro.

É.


God of War II

Vocês jogaram God of War do Playstation 4? Meu Deus, deve ser um dos piores jogos que eu já joguei!

Ok, Kratos tá velho e foi parar nas terras nórdicas onde ele tem um filho ruivo e chato chamado Atreus. A esposa de Kratos morre e incumbe o marido e o estorvo de suas entranhas de levarem suas cinzas para serem despejadas em algum ponto do mapa que é comicamente difícil de alcançar. Assim, pai e filho se envolvem em muitas aventuras, onde viajam por diversos dos reinos da mitologia nórdica (exceto aqueles que iam ser vendidos depois como DLC, mas que acabaram não sendo, porque o jogo obviamente não vendeu o esperado), matam os mesmos inimigos repetidas vezes usando um combate lento e chato que estaria mais a vontade em um game do Saturn, e atravessam um gigantesco mundo aberto com pouquíssimo para se ver, mas muito para se colecionar, como manda a regra dos games do estilo moderno, que te botam pra juntar 289 penas de galinha pra preencher o tempo e disfarçar que a história do game tem menos profundidade que um gibi da Luluzinha Teen.

E a história? Santo deus, que coisa rasa feita pra agradar Millenial. Kratos como um pai distante que odeia o fato de ser um deus, e por ter passado a divindade para seu pimpolho, por tabela, tem aversão a ele. A ideia é mostrar pai e filho se aproximando aos poucos, ao descobrirem tudo que tem em comum e amadurecerem como pessoas.

Parece bom, não? Exceto que o jogo ignora que Kratos já foi pai. É! Lembram da Calliope? Lembram como ao se encontrar com ela, Kratos demonstrou um carinho que jamais vimos vindo dele? Agora ele é um pai frio e distante?

“Mas Amber, quando um pai perde um filho de forma trágica, é normal ele se tornar frio com o resto da prole e...”

PARE DE DEFECAR PELA BOCA, SEU DESGRAÇADO!!! ISSO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO NÃO TEM BASE ALGUMA!!!

De fato, converse com um psicólogo e ele irá lhe explicar que quando um pai (ou mãe) perde uma criança, ele (ou ela) torna-se super protetor para com qualquer outro rebento que já tenha ou venha a ter. Kratos deveria ser o melhor pai do mundo para Atreus, MAS QUERER DESENVOLVIMENTO SENSATO DO PERSONAGEM PARECE SER UMA EXIGÊNCIA ABSURDA DEMAIS PARA SE FAZER DOS CRIADORES DESSE JOGO!!!

Aliás, eu mencionei o combate do jogo e como ele é chato.

Eu estava errado, ele não é chato. Ele é menos empolgante do que ver duas lesmas pilotando um par de tartarugas em uma corrida da morte.

É possível comprar uma dezena de habilidades novas para Kratos, mas a maioria delas é imprestável em uma batalha. Se simplesmente metralhar botões, você terá um desempenho igual ao de alguém que decida usar todo o arsenal de movimentos do herói.

Ok, sim... Os gráficos são bonitos. Mas a Brie Larson também é e nem por isso você gosta dela.

Enfim, God of War “IV” é um lixo morfético que foi cagado pelo mais horrendo dentre os grande antigos de Lovecraft, e nenhuma pessoa com sanidade ou bom gosto deveria jogá-lo.

Hum? Que foi? God of War II? É o oposto de tudo isso que eu falei e um dos melhores games de todos os tempos.

Jogue.


Metal Gear Solid 3: Snake Eater

Eu sei, eu sei. Eu faço muita piada com Hideo Kojima e seus roteiros mirabolantes e redundantes, mas isso é só pra irritar seus fãs paquitas, porque fodam-se eles. A verdade é que eu gosto do trabalho de Kojima, ainda que com algumas ressalvas.

Verdade seja dita, Hideo Kojima é um autor extremamente talentoso, mas ele precisa de alguém acima dele hierarquicamente, para enxugar todo o suco criativo que vaza de sua cabeça no dia-a-dia, pois se Kojima for deixado sem controle, temos Death Stranding como resultado.

Metal Gear Solid 3 é, em minha opinião, o melhor resultado da coalizão entre Kojima e Konami. A história do jogo é simples e fechada, focada no relacionamento entre Snake e Boss, e como a mesma precisa ser sacrificada em nome do dever. É drama da melhor qualidade, sem deixar centenas de pontas soltas que serão respondidas apenas dois jogos depois, como é de praxe com as produções de Kojima.

Ademais, o produtor aproveitou o fato deste game se passar nos anos 1960 e fez dele a mais descarada homenagem aos filmes de James Bond de que se tem notícia, com direito a fêmea fatal, um pelotão de vilões coloridos que estaria em casa lutando com George Lazenby, e uma trama tão dependente do cenário da Guerra Fria que podemos imaginar Rocky Balboa e Ivan Drago desfrutando dele e passando o controle um para o outro enquanto ignoram os pedidos de socorro da Adrian, que o Paulie derrubou da escada.

Não sei por que, mas estou rindo com a imagem mental da Adrian virada do avesso ao lado da escada tombada.

Mas voltando a MGS 3, o game tem tanto conteúdo que se você quiser só sair zoando pelo cenário, você pode zoar por dias a fio. Há toneladas de armas pra se colecionar, inimigos para exterminar, Kerotans para encontrar e tralhas que podem ser usadas para consertar Snake, que aqui sofre dano real e precisa reparar ossos quebrados, feridas de balas, envenenamento e muitas outras coisas que seu cu sedentário enfurnado em casa jamais conhecerá. Você não corre riscos. Nunca sai de perto da mamãe. Não é, tampouco jamais será um homem. Você me dá nojo.

Aliás, nem falei da fauna local, que não passa de um enorme Buffet Coma o Quanto Quiser para o nosso heroi, que pode massacrar espécies animais inteiras para manter seu bucho cheio. Depois de se entupir, você ainda pode telefonar pra Para-Medic e vê-la comentar sobre as propriedades nutricionais de cada bichinho. Crocodilo é bom pra você, mas morcego pode causar doenças, por exemplo.

Ninguém na China jogou Metal Gear Solid 3? Diabos!


Persona 4

Se estiver próximo da minha idade, talvez você se lembre de um tempo em que a série Persona se resumia a jogos não particularmente espetaculares do Playstation, onde eventos sobrenaturais aconteciam em um cenário urbano, o que colocava o jogador em rota de colisão com criaturas mitológicas como Vishnu, Odin e Hitler.


Considerando tudo, Persona não passava de uma extensão da série principal da franquia Shin Megami Tensei, por isso que eu acredito que transformá-la em um misto de Dungeon Crawler e Simulador de Encontros foi a decisão mais acertada que a Atlus tomou na vida. Pois se existem duas coisas que japoneses amam em igual proporção, é a chance de estraçalhar demônios abissais cheios de tentáculos e enfiar a cara nas calcinhas de meninas do colegial.

Aqui, controlamos um protagonista sem nome (exceto que ele tem um nome canônico: Yu Narukami) que vai passar um ano na cidadezinha de Inaba, morando com seu tio. Lá chegando, um misterioso homicídio acontece, a polícia não pode fazer nada, e nosso herói e nossos amigos, todos detentores de poderes sobrenaturais, decidem investigar o ocorrido e descobrir o que realmente aconteceu.

Entre as investigações, nosso herói tem de viver o dia-a-dia de um jovem normal, que é ir a escola, passar tempo com sua priminha, descobrir que todas as meninas da escola estão apaixonadas por ele e querem transformar seu pênis em purê na noite de Natal, experiências pelas quais todos passamos.

Persona 4 também pode ser considerado um Pokémon do Satanás, uma vez que aqui temos a oportunidade de colecionar criaturas vindas das mais diversas culturas e usá-las em batalha. Mesmo que não seja um complecionista, o design fantástico dos demônios do game é motivação mais que suficiente para fazê-lo gastar horas tentando completar seu panteão.

Digo, um dos monstros disponíveis aqui é um pinto andando numa carruagem. Como dizer não pra isso?

E como em todo simulador de encontro desde True Love '95, é possível passar uma quantidade de tempo obscena com cada personagem de seu grupo, além de alguns coadjuvantes, e conhecê-los em detalhes, além de ajudá-los a evoluírem como pessoas. Eu lhe digo, não existe tarefa mais difícil do que escolher uma waifu em Persona 4.

Nem em Persona 5. Lá é uma escolha óbvia entre Futaba, Takemi e Kawakami.

As vezes Hifumi.

Claro, você não precisa jogar Persona 4 para desfrutar de sua história, pode tomar o caminho dos preguiçosos e assistir o Anime, mas será o mesmo que terminar o jogo usando Game Shark.

...

Sim, eu sei que eu uso Game Shark o tempo todo e este é meu ponto... Você quer ser igual a mim?

...

Foi o que eu pensei.


Grand Theft Auto: San Andreas

Lazlow Jones disse uma vez que “quando você termina um game da série GTA, é como se você estivesse se mudando da vizinhança”. E digo que ele está absolutamente certo.

Sempre que um novo Grand Theft Auto chega ao mercado, ele meio que se torna nossa segunda vida, e não o estou comparando a Second Life, aquele jogo que faz sucesso entre adolescentes gordas ou donas de casa sexualmente insatisfeitas, eu tenho mais dignidade que isso. Me refiro ao fato de que ele se torna uma atividade diária em nossa rotina, quando dedicamos algumas horas de nosso dia a fazer missões, espalhar o caos, ou simplesmente bundear pela cidade, respeitando as leis de trânsito enquanto passeamos com um carrão esporte que jamais teremos em vida.

Você ficaria espantado ao descobrir quantas pessoas usam GTA pra simplesmente dar uma volta de carro virtual a fim de relaxar ao fim de um longo dia de trabalho.

Nessa brincadeira, passamos a conhecer cada rua, cada avenida e viela da cidade. Aprendemos o caminho mais rápido até o Pay & Spray, academia, descobrimos onde os chicanos fazem competição de Low-Rider e qual a forma mais rápida de despistar a polícia. Quando encerramos uma cidade e chegamos à outra, toda a brincadeira recomeça, com novas ruas, novos segredos a desvendar, novas propriedades para comprar e oficinas que oferecem oportunidades de customização inéditas.

Isso para não mencionar toda a área do deserto, que por si só pode render dias de exploração, passear de caça a jato e testar os limites do mapa ou brincar com o jetpack, por mais que voar com ele não seja tão divertido quanto inicialmente pensamos.

Serei honesto aqui, sinto que estou sendo um bocado redundante, pois não é necessário enaltecer todas as qualidade de GTA: SA. Diabos, estamos em 2020, tivemos quatro GTA’s novos desde que conhecemos C.J e mesmo assim, as pessoas não para de brincar em San Andreas, e no PC continuam fazendo mods para o jogo, que nos permitem jogar com desde o Superman até a Dilma.

Então sim, aqui é o ponto onde reforço o comentário de Lazlow. Quando terminamos um game da série GTA, é como se mudássemos da vizinhança, pois temos de nos afastar deste lugar onde passamos tanto tempo e o qual conhecemos de forma tão íntima.

Bom, muita gente não conseguiu se afastar. Ainda estão em Los Santos, sem pressa nenhuma de mudar de ares e desfrutando cada minuto que passam nesta cidade, que os acompanha há tanto tempo.

Não posso condená-los.

Cheers!!!

15 comentários:

Andrei 'Ashura' Melo disse...

Mais um ótimo artigo, com o selo Amer Houchaimi de qualidade. Sempre venho voando quando sei que tem coisa nova no blogue, já é uma tradição que mantenho por mais de uma década. O PS2 é um console inesquecível para mim, tanto pela sua biblioteca vasta, diversificada e robusta, quanto pelo fato de ter sido primeiro console que comprei depois que comecei a trabalhar, sem "paitrocínio" dessa vez, he he. Interessante que até mesmo a cena homebrew do console ainda respira, o OPL tem atualizações até hoje, inclusive com gente jogando online!

Leandro"ODST Belmont Kingsglaive" Alves the devil summoner disse...

Esse é um dos seus melhores textos, Hammer. Masterpiece mesmo

Def Jam dizem ser bastante divertido, na locadora do Albérico. Eu via os moleques jogando isso lá pelos anos 2002 ou 2003, mas nunca dei chance ao game e o enredo do game é bem elaborado do que é merecido, para um game de luta com Rappers. Essa franquia rendeu mais 2 jogos, mas esses não foram icônicos como o primeiro Def Jam.


Soul Calibur 3, que na minha opinião, foi o ultimo da franquia que valeu a pena jogar. O quarto game da franquia foi Meh e o quinto jogo foi um chute forte nas bolas de todo mundo com os filhos da Sophitia, que ninguém se importou com eles, assim como os novos personagens. um deles, crente eu que se transformava num lobisomen, não....não...somente recebe um espírito de um lobo. não vou falar nada da aluna da Taki, Natsu. nada contra em trazer novos lutadores a um jogo de luta, mas botar neles mais importância aos veteranos da série? sei que estou com teto de vidro aqui, pois eu apoio terem botado o Alex como protagonista de Street Fighter 3....que a essa altura dos acontecimentos, a Capcom nem deve considerar esse capítulo da série como cânonico, mas não quer espalhar.

Queria ter algo para falar de Rumble Roses, mas assim como os outros mencionados, não o joguei. E pensar que tinha esse para o X360, porém não chegou nas lojas da minha cidade na época onde tinha o console. onde eu não dei a importância devida ao console do Bill Gates, pois queria (e ainda quero) um PS3 para jogar Persona 5 e os game de luta de Jojo Bizarre, mas meu irmão mais novo e jogador de LOL preferia videogame do Master Chief e da vaca da Cortana só para jogar com os miguxos dele... Pelo menos curto as personagens nas minhas muitas noites solitárias de fim de semana pela Net. AH SIIIMMM!!!

Eu tinha começado Onimusha 3 na locadora do Albérico há muitas luas atrás quando eu era mais jovial após ter zerado o quarto game da série, contudo nunca cheguei a termina-lo. ainda vou joga-lo até o fim e quero ter a oportunidade de matar yokais com o Jean Reno.


Leandro"ODST Belmont Kingsglaive" Alves the devil summoner disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Leandro"ODST Belmont Kingsglaive" Alves the devil summoner disse...

Reino dos Corações 2 também não joguei e nem pretendo. dizem ser o mais enche-linguiça dos jogos do Sora e sua trupe e a unica "cena memorável" foi a batalha de Squall e Cloud contra um pandemônio de Heartless em Hollow Bastion na metade do game, o que deixou muitos fãs excitados....eu achei a cena MEH. sério, Kingdom Hearts era para vendido como O CROSSOVER entre DISNEY e FINAL FANTASY. Porém, a cada continuação da estória cada vez mais a Square minguou a participação de seus personagens, relegando a maioria deles a coadjuvantes de luxo do a fazerem simples pontas e as vezes um ou outro personagem.

DIABOS SQUARE!!, FF não se resume apenas em Cloud, Tifa e Aeris. Custava o mundo de algum dos Kingdom Hearts se passar numa fase/dungeon de Final Fantasy? Ou fazer algum os vilões de FF ter importância real no enredo? e VÁ A MERDA quem mencionar Sephirot aqui. Apenas imaginem Sora,Donald e Pateta confrontando Xenohart sendo auxiliado por KEFKA e EX-DEATH??? Cabou!!! Os vilões já teria concretizado seu plano e destruído todos os mundos da Disney e FF antes da metade do game há milênios e seria uma batalha mais épica do a do Kingdom Hearts 3. Ou na batalha de Hollow Bastion em KH2 ao invés dos boy magia de FF7 e 8, fossem Ramza, Agrias,Meliadoul,Rosa, Cecil,Rydia, Princesa Ashe, Fran,Basch, Steiner, Belatrix, Amaranrth,Eiko ou mesmo o protagonista do primeiro FF, juntos com o Sora nessa batalha contra os Heartless? E quando achassem que tudo estivessem perdido, O FUCKING ORLANDU com a Excalibur apareceria e massacraria todos os bichos lá. Seria algo do nível da "batalha de Gondor" em O Retorno do Rei!!!! vocês imaginam O quão épico serio isso??!!!

Tiago: Mas FF Tatics é um Spin off, então seus perso....

Eu: VÁ A MERDA TIAGUINHO!! FF Tatics é tão memorável para aqueles que o jogaram que é o primeiro jogo do gênero táticas onde todo mundo se lembra, então CALE-SE!!! (foi mal pelo desabafo)


Admito que não gostava de Devil May Cry 3, pelo Dante mais jovem e zoera never end, onde estava acostumado com o Dante estóico de Devil May Cry 1 e 2. mas depois daquele DMC com a versão Sid Vicious do herói, passei a valorizar MUITO mais esse jogo. E devo ser um dos poucos gatos pingados a não achar essa versão dificil? Será que todos esquecem de Grindar pontos e Upar o Dante voltando as fases passadas? ou todos vão diretos nas fases direto? vai saber. E outro desabafo, Como estragaram o Vergil em Devil May 5 não? Miséricordia!

Amo como FFXII parece ser um MMO sem parecer algo do tipo. mas confesso que fiquei decepcionado com ele um pouco, eu esperando achar um Easter-Egg de FF Tatics pelo game se passar em Ivalice no meio da aventura e nada. deve ter em algum lugar, mas não encontrei. E sim, Vahn é uma pessíma escolha como protagonista, quando Ashe, Basch ou mesmo Baltier seriam escolhas melhores. E Penelo é uma Loli com uma grande Derrier/retaguarda, então está perdoada, mas o Vahn não...não e não.

Sobre Deus da Guerra IV, por mais que você tenha odiado, ainda prefiro Kratos tentando ser um progenitor responsável para o Atreus do que o porra loca dos jogos anteriores.

Persona 4 foi o jogo que mudou a minha vida, sério. antes de joga-lo eu era completamente travado socialmente e mal saía de casa. ao joga-lo e ver Yu Narukami e seus amiguinhos salvarem o mundo e interagir com todos na cidade, me inspirou a fazer o mesmo. Hoje sou um membro produtivo da sociedade, Chadão, com um Harém na minha porta ansiosas para fazerem coisas sujas comigo....não, não. mas tenho trabalho, saio mais do meu cafofo e ao menos tento puxar assunto com alguém seja com trivias nerds ou mesmo dizer "você viu o jogo ontem?" pode parecer bobagem, mas tenho Persona 4 no coração. Chie,Naoto,Rise e Yukiko S2

E sobre Persona 5 Amer, E a Makoto??? Qualé?

Sobre GTA....repito o que disse em posts anteriores, se não for GTA com visão aerea, não é GTA para mim. bem, é isso.

Eu escreveria sobre MGS3 e Shadow of Colossus, mas já estou exausto. são bom jogos e aproveitei cada momentos com eles. aguardo o próximo post.

julio disse...

A referência ao filme Reine Sobre Mim na citação do Shadows of the Colossus foi o mais inesperado do artigo. Como sempre Amer, 10/10

John Karlos Lillson disse...

Eu tenho meus problemas com Kingdom Hearts 2, eu particularmente prefiro a história do 1 com mais participação dos personagens da Disney e Final Fantasy na drama. Pra mim deveria ter dado mais importância para o universo de Final Fantasy e ter deixado você ter companheiros desse universo, a Square não apenas fez isso como ainda reduziu a relevância dos personagens da Disney. A única coisa legal e bem feita pra mim na história do jogo foi a trama lá com o Roxas.

Bem... Pelo menos a gameplay é muito boa.

O único outro jogo que não sou muito fã nessa lista é o God of War 2, que eu acho até pior que o do primeiro, tanto na gameplay quanto na história, só se salvando o visual e a trilha sonora.

LuisGameseAnimes disse...

Melhor console da história. Perfeito equilíbrio entre tecnologia e criatividade. Os jogos eram realmente jogos, e não filmes interativos. Não tinha DLC.
Saudade dos jogos no estilo do PS2, vc pega um survival horror tipo fatal frame, e compara com um atual tipo Evil Within, não tem nada a ver, pegada totalmente diferente.
E até hoje tem jogo que eu sempre quis jogar mas não tive a oportunidade, tipo Kuon, Sengoku Basara X, Franquia Conflict, onimusha 4, e alguns outros.
Viva o PS2, dono das minhas melhores memórias gamer.

Tulespa disse...

2 coisas

achei que voce amava God of war de ps4


e faltou Rule of rose,Sirem 2,Obscure,Fatal Frame e Haunting ground

e Silent hill 3 e 4 merecem mensões

Ryan Rodrigues disse...

Tai uma boa lista de jogos, Hammer! Fiquei muito feliz por vc incluí o Fabuloso SoulCalibur 3 nessa lista de melhores jogos de playstation 2! Porque a grande maioria dos fãs, costuma colocar o 2 como um dos melhores....Por algum motivo.

Ryan Rodrigues disse...

Silent Hill 3 é riquíssimo em detalhes e um dos poucos que abusou dos recursos do Playstation 2 na época!

Rauldouken disse...

Parabéns, ótimo artigo!E| eu gosto do Persona 2(Mesmo tendoj ogado pouco)^^

Jonas Santos disse...

Finalmente alguém que concorda comigo sobre o quanto o combate do God of War 4 ser chato e repetitivo, muito ao contrário dos anteriores. Na minha opinião, um dos jogos mais superestimados dos últimos anos.

Daniel Lacerda disse...

Por um segundo achei que vc não falaria do MELHOR METAL GEAR DE TODOS, Amerildo!!!

Administrador disse...

Perfeito! Só faltou comentar algum da série Burnout! Melhores jogos do PS2

Abner Willian disse...



"Katamari Damacy ganhou dois prêmios da Academia de Artes e Ciências Interativas por "Outstanding Innovation in Console Gaming" e "Outstanding Achievement in Game Design", além de indicações para "Game of the Year", "Console Game of the Ano "e" Conquista destacada na composição musical original ""

Pelo visto Katamari tá com tudo hein 😁👌
E esse Def Jam é provavelmente o melhor jogo de luta do mundo.