domingo, 21 de junho de 2009

Crítica do Amer: Teenage Mutant Ninja Turtles (Arcade)


Não tenho lá grandes lembranças de minha época do ginásio. Eu não tinha muitos amigos, não praticava esportes, não era popular com as garotas, tinha perdido totalmente o interesse nos estudos e já tinha deciido dedicar minha vida a busca de uma carreira profissional com com games, o que me gerava um sem número de aloprações.

Mas se tem algo que minha mente geriátrica se lembra com grande clareza, é e meus debates com dois amigos que viviam no fliperama e se acabavam de jogar o game dos Tartarugas que estava disponível em tais lugares.

Eu não frequentava fliperamas, pois minha mãe achava que os mesmos eram infestados de drogados, assassinos e comunistas e que bastava eu colocar os pés em uma dessas instalações para ser sequestrado, sodomizado ou sacrificado ao demônio.

Mas isso não me impedia de mentir para meus amigos e dizer que eu me acabava de jogar este game, como qualquer criança saudável da época o fazia.

Sim, eu era patético.

Falem o que quiserem de mim (como se vocês já não o fizessem) mas nunca levantem a voz contra este jogo! Foi um dos marcos de minha geração!

E permanece até hoje como um dos games de pancadaria mais divertidos de todos os tempos!

FORÇA DE TARTARUGA!!!


A história começa quando os Tartarugas estavam no alto de um prédio fazendo sabe lá Deus o quê, e percebem que outro prédio vizinho está em chamas.


Mas não é um prédio qualquer, é onde mora April!

OH!!!

Mais do que depressa, nossos heróis resolvem enfrentar as chamas infernais e um pelotão inteiro de soldados do clã Foot para salvar sua maravilhosa amiga ruiva. Quando finalmente a encontram, o Destruidor a agarra (HU-HU) e pula pela janela, resta aos Tartarugas atravessarem a cidade espancando os ninjas do Destruidor e seus asseclas assalariados para resgatar April.

Claro, porque nossos heróis não estão dispostos a abrir mão da única companhia feminina que eles tem que não entra em pânico quano os vê ou vomita com o cheiro de esgoto que eles exalam.

Nem bem eles resgatam a April, o Mestre Splinter é sequestrado e lá vão os rapazes verdes e skatistas resgatar seu pai ratão.

Pois é, o Destruidor precisava desesperadamente e um hobbie nesta época.

O jogo não ganha nenhuma competição em Berlim por roteiro mais elaborado, mas sinceramente, quem se importa? São os Tartarugas Ninjas, cacete! E nos anos 90, isso era tudo que bastava para nos fazer gastar uma fortuna em fichas de fliperama!

Santa Tartaruga!


Na parte técnica, permanece bastante impressionante até os dias de hoje.


Os gráficos são tremendamente coloridos e detalhados, cada personagem é uma recriação perfeita de sua contra parte no desenho animado. Os Tartarugas são muito bem animados, com movimentos bastante fluidos, os vilões não ficam devendo nada aos quatro protagonistas e também são muito bem desenhados e animados.

E o mais legal é que a Konami não se prendeu apenas aos personagens que apareciam em todos os episódios da série e trouxe alguns vilões que faziam quase que apenas figuração na série animada, como é o caso de Baxter Stockman (em versão humana, veja bem) e do General Tragg.

Aposto que você nem lembra quem é o General Tragg.

Foi o que eu pensei.

A trilha sonora é composta quase que totalmente por versões remixadas do tema do desenho animado. Embora dê a impressão de que a música possa se tornar repetitiva em algum ponto, é exatamente o contrário, e temos músicas entremamente cativantes que ficam em nossa cabeça muito depois de termos desligado o jogo.

Uma em especial que não desgruda de minha mente é a da fase do Tecnódromo. É uma versão mais sombria e belicosa do tema do desenho, e só pelo compositor ter transformado aquela música em algo tão vilanesco já demonstra a competência do som deste jogo.

Não há muitas vozes digitalizadas além do clássico “Shell Shock” quando se perde uma vida, “Who put the lights out?” quando se cai num bueiro e dos gritos de April e de alguns chefes quando são derrotados.

Mas para um game lançado há vinte anos, já tá muito bom.

Ah sim, claro, tem o Cowabunga também. O que seria de Tartarugas Ninja sem Cowabunga?

COWABUNGA, cara!

Viu só? Clássico!


Os quatro Tartarugas possuem exatamente os mesmos golpes. Sequências de golpes, ataques aéreos e especiais, são os mesmos para os quatro personagens.


Isso não quer dizer que eles tenham pouca variedade de movimentos, pelo contrário. Os tartarugas tem tantos golpes diferentes que você vai acabar não usando uma boa parte deles até o final do jogo.

Claro, isso pode ser uma qualidade ou um defeito, depende do ponto de vista de cada um.
Para ser sincero, Raphael é o único que possui um golpe diferente dos demais. Ele possui uma cambalhota com ataque, enquanto os outros usam de um giro com a arma ao se usar o exato mesmo comando.

Sinceramente, sempre achei a cambalhota do Raphael muito pouco útil durante o combate, mas esse golpe fazia com que ele fosse o personagem favorito da garotada na época, algo que nunca entendi e que não perco mais noites de sono pensando a respeito.

As fases são um espetáculo a parte. Beat’em ups normalmente o fazem simplesmente andar de um lado para o outro, espancando too muno e destruindo barris para encontrar comida e restaurar suas forças.

Aqui, existem diversas armadilhas pelo cenário, desde bolas de aço gigantes despencando de escadas, a armas congelantes que brotam do chão, canhões lasers que disparam ininterruptamente, estacas descendo do teto, mísseis saindo da água e mais uma tonelada de coisas feitas para te matar. Ou seja, era preciso ficar muito atento aos arredores caso não quisesse ter uma morte prematura, algo muito raro na época.

E aliás, morrer é algo que acontece muito nste game. Como bom título de fliperama, a dificuldade é bastante imperdoável, justamente para fazer o jogador gastar o máximo possível de fichas com ele.

Algumas fases são especialmente cruéis e pilham toneladas de inimigos sobre os Tartarugas e os chefes finais do jogo chegam a beirar o desesperador em termos de dificuldade.

Mas claro, você não precisa aguentar essa provação sozinho, chame três amigos para jogarem com você e participará de uma esbórnia tão grande que não saberá quem está batendo e quem está apanhando.

Se você nunca jogou este game com quatro jogadores, então nunca viveu.

NUNCA VIVEU!!!

Santa pizza!


Beat’em ups são um estilo de game que as vezes envelhecem muito mal.


Alguns títulos hoje em dia são extremamente monótonos e cansativos e não conseguem mais evocar a emoção que sentiamos quando os jogávamos no início dos ano 90.

Teenage Mutant Ninja Turtles é uma exceção a regra e mostra que certas coisas permanecem infinitamente divertidas, mesmo duas décadas depois de terem saído de moda e daqueles que o jogavam muitas vezes esconderem com vergonha este fato.

Este game saiu como um bônus destravável no título Teenage Mutant Ninja Turtles II – Battle Nexus do Playstation 2 e Xbox (em uma emulação terrível, diga-se de passagem) e também como título para Download na Xbox Live.

Se tiver um 360 e anda querendo um bom game para jogar em rede com outros três amigos, não tem como errar com este aqui.

E como acabaram as frases de efeito tartarugais, irei improvisar antes de encerrar este artigo.

BOSSA NOVA!!!

...

Não funcionou quando o Donatello disse isso no primeiro longa metragem, por que funcionaria comigo?

Cheers!!!

10 comentários:

sirilo disse...

fichas caindo no chão, berros e porradas na mesa definem facinho esse incrivel jogo

outro que adorava do gênero era o dos simpsons

amer , se voce jogar comigo eu compro na live

Amer H. disse...

Preciso comprar um 360 novo antes, porque o meu morreu...

Eduardo Terceiro disse...

q merda nunca joguei esse game com 4 jogadores ó.ò
ae faça um review desse aqui

Teenage Mutant Ninja Turtles - Tournament Fighters

joguei muito esse jogo.

BAH disse...

Bendito seja o M.A.M.E. que me permite jogar novamente esses jogos que marcaram minha adolescência.

disse...

caro amer eu sou filho de uma psicóloga e parente de um 360 morto e sei como você se sente mas acredite a vida ira continuar e como minha querida mãe dizia: e só um video geme porra cala a boca e vai fazer exercícios.é trágico mas o que você sempre deve se lembrar e que se ele não tiver concerto você sempre terá seu ps2 para te fazer companhia nas horas de saudade ate juntar seu dinheiro suado para comprar um xbox novo.funcionou comigo e funcionara com você.
meus pêsames.

Felipe disse...

Saudosismo... bem baixei o jogo pela live, e que porcaria dificil, creio que ficamos moles com a idade(verdade incontestavel) mas eu acho que jogava melhor na infancia...

Eu ja estou no segundo Xbox, e uma praga, maldita microsoft e suas soldas paraguaias

Avalanche(Lance) disse...

Cara lembro do lançamento disso no Iguatemi, tinha segurança e cordão de isolamento e vc era "encaixado" em grupos pra todos jogarem...

ChuckNoia disse...

Carai lembro q tinha esse jogo instalado no meu 1º PC (sou novo meu primeiro PC era um Win 2000)

cara qraiva q a PSN nun solta classicos assim, no max jogos do PS1 e o Wolfeinstein 3D (escrevi certo?) q irei comprar esse FDS


BTW, meus pesames pelo seu 360

foi do nada ou super aquecimento??

Tiago disse...

Acompanho seus blogs faz pouco Amer, mas uma coisa não deixei de notar: você precisa de um teclado novo com urgência, ou dar um jeito de abrir o seu e consertar a tecla "d".

A propósito, também me internei nesse jogo, na mesma época em que me internava em outros como Cadillac Dinosaurs e Captain Commando. Abraço!

Guidcs disse...

Como jogava d+ quando era criança , logo que vi disponível na live comprei sem pensar e porra como é difícil .Como felipe citou , realmente ficamos moles com o tempo , mas foi uma boa desculpa pra chamar 2 amigos na tentiva em vão de ganhar os achievement.Valeu a pena os MS points gastos , demos boas risadas.Ótimo post Amer.