sábado, 23 de maio de 2009

Crítica do Amer: Alien Storm


O que você faria se alienígenas do espaço aparecessem em seu bairro e resolvessem comer seus camaradas, transformar seu carro em privada e no geral, serem mais intragáveis que aquele seu vizinho que faz festas de videokê até as quatro da manhã do Domingo?

Você provavelmente não faria nada, admita. Você joga videogame, duvido muito que seja um tri atleta com músculos nas orelhas disposto a chutar a bunda de alienígenas daqui até Alfa Centauri.

Felizmente, a Sega nunca se baseou em seu público alvo na hora de criar os personagens de seus games de ação e assim sendo, temos em mãos um excelente título de pancadaria contra seres comunistas dos espaço.

Alien Storm, como quase tudo que a Sega lançava nos áureos tempos do Mega Drive, era a conversão de um de seus títulos para fliperama. Como eu não me canso de dizer, a empresa ainda mandava bem na época e conseguia extrair muito de seu console de 16 bits.

Por isso que eu faço tantos reviews de Mega Drive.

Mas em uma olhada inicial, Alien Storm parece simplesmente mais um Beat'em up sem maiores atrativos. O que o diferencia do resto do gênero, além do fato de espancarmos alienígenas ao invés de bárbaros ou punks?

É o que vamos descobrir!


Pois bem, como acima eu disse, uma raça de alienígenas DO MAL resolve descer em nosso planetinha azul e devastá-lo, simplesmente porque eles tem o poder de fogo necessário e tempo livre o suficiente para fazer isso.


Veja bem, humanos são muito lentos para destruir o planeta. Décadas e décadas tentando e ainda temos um longo caminho pela frente se quisermos transformar nosso mundo em uma pilha de lixo que nem o Wall-E conseguiria limpar.

Não é a toa que os aliens cansaram de esperar e resolveram colocar a mão na massa eles mesmos.

Enfim, como sempre acontece em casos de invasão, apenas três pessoas possuem os equipamentos, a destreza e a fortitude intestinal para encarar os invasores: Garth, o herói bonitão impecavelmente penteado que usa uma arma de raios, Karen, a garota de lança chamas que usa collant e não expõe nada de seu corpo ao contrário de Blaze e Tyris Flare, e Scooter, o robô que carrega armas o suficiente para impressionar até mesmo o Megatron.

E é isso.

Verdade seja dita, os três personagens eram muito mais interessantes na versão arcade. Lá, eles cuidavam de uma barraquinha de hamburgueres, até que presenciaram a invasão e decidiram enfrentar os aliens para não terem a clientela comida.

Tudo bem, é burlesco, mas é uma história. Quero ver você fazer melhor.


Os gráficos são muito agradáveis. Como era de praxe no Mega Drive, os personagens e cenários são bem trabalhados e extremamente coloridos, pois fazem o máximo uso possível das limitadas cores do console.


Mesmo assim, o aparelho faz bem seu trabalho e entrega um visual muito próximo do original para arcade, guardadas as devidas proporções, claro.

Os três protagonistas tem um bocado de animações de ataque diferentes. É especialmente divertido usar Scooter e ver a infinidade de transformações, golpes e armas que ele utiliza para despachar os inimigos.

Algo digno de nota é o design dos alienígenas. Eles parecem uma mistura das criaturas de H.R Giger com monstros de filmes B de ficção científica da década de 1950 e quem quer que tenha sido o responsável pela criação dos mesmos, deve ter se divertido um bocado no processo.

O som é basicamente techno, com batidas que fazem um ótimo uso das capacidades sonoras do console da Sega.

Devo admitir que não sou fã de Techno... na verdade, eu odeio Techno! Deus do céu, como eu odeio Techno! Não chega a ser um ódio tão visceral quanto o que sinto por axé, pagode e sertanejo, mas se eu estiver andando na rua e passar um carro tocando Techno, eu salto no veículo e dizimo seu motorista a dentadas.

Eu juro!

Mas em Alien Storm, o tema Techno combina um bocado com a ação na tela, especialmente porque a música parece inteiramente composta por efeitos sonoros. Alguns temas parecem ter sido feitos com o barulho de câmeras fotográficas milimetricamente ordenados para soarem como uma trilha sonora.

É difícil explicar, mas no momento que jogar você vai entender.


Quanto a jogabilidade, é aqui que Alien Storm brilha mais. Há três tipos de ação no jogo: side scroller, tiro e corrida.


As fases em side scroller funcionam como em qualquer beat'em up do gênero. O jogador guia o personagem de sua escolha pelo cenário e espanca o máximo de inimigos que puder até avançar de fase ou chegar em um chefe.

Os três personagens possuem diferentes tipos de ataques, mas tais mudanças são meramente estéticas. Todos tem a mesma força e velocidade, e a escolha do personagem principal acaba caindo apenas no gosto pessoal de cada jogador.

É possível usar dois tipos de ataques nestas fases: golpes físicos como corridas com socos ou cambalhotas com coronhadas (sim, "coronhadas"), ou é possível usar as armas específicas de cada personagem, que por sua vez gastam munição.

Cada personagem também possui um ataque especial que dizima tudo na tela (no caso de Garth por exemplo, uma nave passa pela tela fazendo um "drive by" nos inimigos), mas tais especiais consomem muito mais da munição do que os ataques normais com a arma.

Claro, há itens de recarga de energia das armas, mas não são tão abundantes quanto gostariamos, portanto o jogador é obrigado a bolar estratégias de combate para não desperdiçar toda sua munição antes de chegar ao chefe da fase.

Em alguns momentos, seu personagem entra em alguma loja no cenário e a visão do jogo passa a ser em primeira pessoa. Nestas fases, é preciso guiar uma mira pela tela e mandar chumbo em todos os (MUITOS) inimigos que aparecem e querem arrancar um bife de sua pessoa.

É nestas etapas que se encontra muitos itens para restaurar a munição e a energia do personagem e jogando bem, é possível sair delas com ambos os medidores quase que em capacidade total. Tais fases também são incrivelmente divertidas, pois venhamos e convenhamos, quem nunca quis entrar em uma loja e devastar todas as estantes do lugar à bala?

Jogando em dupla, as fases de tiro se tornam ainda melhores, pois você e seu amigo podem disputar a posse dos itens do lugar. Mesmo que seu amigo já tenha clamado alguma caixa de primeiros socorros ou munição para sí, você pode atirar nela antes que chegue até ele e roubar o item para você.

Claro, seu amigo pode não gostar disso, mas todos sabemos que videogame nunca foi uma boa ferramente para se conservar uma amizade. Ele sabia dos riscos quando aceitou jogar uma partida com você.

Por fim, existem as fases de corrida que geralmente acontecem ao final de um dos outros estágios. Nelas seu personagem simplesmente corre através de um trajeto pré-determinado e precisa metralhar todos os inimigos que aparecem ao mesmo tempo que desvia de obstáculos pelo percurso.

Não são velozes como um F-Zero, mas as etapas de corrida sem dúvida mostram todo o poder do BLAST PROCESSING do Mega Drive.

Seja lá o que isso for.


Alien Storm é um game que possui um charme único.


Sua capacidade de oferecer boa ação, jogabilidade variada e uma história impossível de ser levada a sério consegue ser uma combinação muito mais eficiente do que qualquer um de nós poderia prever.

E você pode aproveitar tudo isso hoje mesmo se quiser e sem tirar seu Mega Drive do porão, pois o game está na coletânea Sonic's Ultimate Genesis Collection, lançada recentemente para Xbox 360 e Ps3. Dê uma conferida, nunca é tarde para se chutar bundas extraterrenas de volta para o lugar de onde vieram.

E onde mais você pode atirar em um cérebro alienígena gigante com um lança chamas?

Cheers!!!

13 comentários:

E.D.I disse...

sempre preferi meu mega drive ao supernes exatamente pela criatividade em alguns jogos, excelente artigo amer; Apropósito eu sou uma das 3 pessoas que acreditam no michael jackson!!

Thyago disse...

Ótimo review Amer.
Aliás, falando em Aliens, eu tenho que comentar o que joguei este fim de semana.
Gears of War 2.

Antes que você comece a me chamar de putinha, deixa eu me explicar.
O primeiro Gears eu sei sim, é um jogo bem genérico, não tem história, não tem nada de realmente interessante e apenas ficamos com a "suposta pose de foda do protagonista".

Mas as coisas mudam no segundo game meu caro. Agora temos uma história, aliás, poucas foram as vezes que vi momentos tão dramáticos numa cutscene. Temos cenários ainda melhor trabalhados e tantos momentos fodas durante o jogo que eu o terminei duas vezes seguidas.

E antes que você fale da dificuldade do jogo, ela foi beeem amenizada em comparação ao anterior. Na dificuldade Casual, por exemplo, não morri nenhuma vez! Enfim, é um game que eu gostaria muito que você pegasse e fizesse um review, eu mesmo não gostei do primeiro gears tanto assim, mas o segundo game da série me surpreendeu em todos os sentidos.

Amer H. disse...

Gears of War 2 tá na minha lista, mas quero jogar Assassins Creed primeiro.

Plus, ainda nem terminei Oblivion, então meu reencontro com Marcus Fenix e sua voz de arroto vai demorar um pouco.

Avalanche(Lance) disse...

O Super Nes era infinitamente superior, tanto que jogos como esse do Mega eram tudo da primeira geração...depois decaiu de vez[:P]


MAs a versão do Fliperama era melhor:P

Avalanche(Lance) disse...

Ahh falando na sessão non-sense...você esqueceu de comentar o final do jogo, quando o personagem do nada aparecia numa arena espacial(parecia mais o final de Liga de Mutantes)

Mas era foda que na ultima faser era um labirinto¬¬
E la se iam as vidas.

Caio C. Kapps disse...

Muito bom, eu ja vi jogarem esse jogo no fliperama quando era menor, mais nunca joguei...

deve ser legal, pena q n tenho nem x-box nem mega-drive...

Abraço...

Thyago disse...

Olha... eu tenho Assassin's Creed e bem... não recomendo vc fazer TUDO do game, já que ele não te dá nenhuma recompensa real por isso XD

E ele é tão repetitivo que apenas no final dele temos alguma variação. Espero que no 2 corrijam isto

Paulo_HT disse...

parece bom, mas esse eu nunca joguei por já ter uns 15 beat'em ups pra SNES e mais uns 10 pra Mega Drive.

Amer, vc pode responder as minhas perguntas do post do Moonwalker?
acredito que vc nao tenha mais voltado pra ler os comentarios de lá.

Matheus Vitorino disse...

Eu posso atirar em um cerebro gigante usando um lança chamas em metroid, amer.

sirilo disse...

surpreendentemente eu não lembro de ter jogado esse jogo, estranho pois eu fazia a rapa nas locadoras , cada semana era um jogo diferente independente do genero cor grau sexualidade do jogo

enfim , valeu vou conferir !

(Amer, alguém andou lhe dando os putos que você pediu hein hahha..pois a eficiência está ótima, eu nem estava esperando por uma atualização e ela veio !)

JEFERSON disse...

Show ame a versão pra xbox e dificil de encontrar ein?
eol recebi um mega drive e estava vasculhando atras de jogos fodas e encontrei alien storm mas acho que a versão pra 2 sai melhor e ajuda muito o jogador porque a dificuldade cai pra um pouco menos da metade(claro se o seu parceiro no jogo for bom)se nao você vira a putinha dos aliens

Jonathan Ribeiro disse...

Jogava esse game no Mega,mas não sabia que a história do Arcade era tão besta,sempre achei que eles eram agentes do governo ou algo parecido.

Bruno Mattes disse...

"E onde mais você pode atirar em um cérebro alienígena gigante com um lança chamas?"

CONTRA 3

AW YEAAAHH :D