sábado, 28 de março de 2009

Crítica do Amer: Contra


Eu sempre digo que os games hoje em dia são muito mais fáceis do que no passado.

Claro, há títulos como Ninja Gaiden que são tão difíceis que podem fazer uma hemorróida brotar na sua testa, mas no geral, os games da atualidade podem ser terminados sem grandes problemas quando jogados com afinco.

A medida que a indústria foi evoluindo, os produtores começaram a trocar a dificuldade por extensão. Os títulos de hoje em dia podem ser dominados com relativa facilidade após algum tempo de jogo, mas em compensação, levam muito mais tempo para serem terminados.

Na época dos 8 bits não havia isso, cada game podia ser completado em uma tarde quando jogado por uma pessoa habilidosa. O garoto sentava em frente ao console, começava a jogar e antes que a noite chegasse, o game estava completo.

Pois é, os games eram curtos e portanto precisavam compensar na dificulade.

Claro, alguns deles eram difíceis ao extremo e transformavam crianças felizes e pululantes em seres grotescos e revoltados, que ficavam em casa lendo Batman e Mad, escutando Ramones e Motorhead.

Contra era um desses títulos.

Louvado seja.


A história de Contra é bastante simplória, mas satisfatória.


Uau, rimou!

Um exército alienígena chamado Red Falcon resolve dominar a Terra e constrói uma base militar na América Central para isso.

Os militares da Terra resolvem então agir e criam um plano que não tinha nenhuma chance de dar errado: escolher seus soldados mais parecidos com o Arnold e o Rambo e mandá-los enfrentar os alienígenas, armados apenas com metralhadoras de munição infinita e sem camiseta.

Pronto! Quem precisa de roteiros dignos do Oscar para sair por aí mandando bala em invasores do espaço? Gears of War tem tanto roteiro quanto as instruções em uma embalagem de Miojo e ninguém reclamou. Por que com Contra deveria ser diferente?

Aliás, há diferenças entre as histórias das versões Americana e Japonesa. Na Japonesa, os heróis enfrentam os alienígenas em uma ilha fictícia próxima a Nova Zelândia no ano 2633.

Não que isso faça diferença no final, você vai ter que matar tudo que se mexe de qualquer forma.

Aliás, como pode ver pela capa do jogo, os heróis Bill Rizer e Lance Bean sem dúvida se parecem com os dois machos Hollywoodianos que mencionei, o que prova que os produtores de Contra gostavam muito de cinema.

Bom cinema, diga-se de passagem!

E aliás, os invasores parecem o... Alien...

Bom cinema? Eu quis dizer ÓTIMO cinema, isso sim!

Minha nossa! Bons tempos em que os estúdios de cinema não tinham fetiche por sair processando os outros e todo mundo podia "homenagear" seus heróis a vontade!


Contra é uma conversão de um jogo de arcade e como tal, perdeu um bocado quando foi transposto para o NES. Não que isso tenha feito dele um título ruim, pelo contrário.


O visual é simples, mas muito eficiente. Os cenários são bem construídos e fazem bom uso das cores disponíveis no sistema. Os inimigos são bastante variados e os chefes são um bocado impressionantes para um game de 8 Bits, uma vez que muitos ocupam quase metade da tela.

Característica essa que se manteria nos jogos posteriores da série.

O áudio é fantástico. Como todos os games a Konami na época, a trilha sonora é simplesmente sensacional, extremamente bem composta e executada, fazendo muito bom uso dos arquivos de MIDI disponíveis na época.

De fato, todos os jogos da Konami na época tinham trilhas sonoras sensacionais, se tem algo de que ninguém pode reclamar dos jogos antigos da Konami é de seu audio. Tanto que as músicas de Contra ficarão em suas cabecinhas pelo resto de suas vidinhas, eu lhes garantozinho.

O mais importante de tudo é que praticamente não há slowdowns, mesmo quando muitos inimigos e tiros se acumulam na tela, coisa muito frequente ao longo do jogo.

E graças a Deus por isso, pois Contra já é difícil demais com as coisas rodando em boa velocidade.


A jogabilidade é simples: corra e mate tudo.


Só isso.

Mas na prática, é muito mais difícil do que parece.

Pra começo de conversa, seu personagem morre com um único hit. Qualquer coisa que o toque o manda para junto de John Kennedy.

Se levar um tiro, morre, se um inimigo encostar em você, morre, se cair num buraco, morre, se você olhar pra tela e fizer cara feia, morre... enfim, tudo te mata.

E inimigos, muitos deles existem. Em alguns momentos a tela fica tão entupida de tiros e inimigos que não há opção a não ser morrer ou rezar o Pai-Nosso e esperar que um milagre aconteça.

Mas como eu já mencionei, não há slowdown no jogo e mesmo com uma saraivada frenética de tiros e inimigos, é possível esquivar de tudo e sair vivo ao final de uma sinuca de bico. Tudo acaba dependendo de seu posicionamento, reflexos e capacidade para decorar os padrões de ataques inimigos.

Assim sendo, Contra é um game que faz uso da tentativa e erro, um bocado ela. Será preciso jogar muitas e muitas vezes a mesma fase até aprender todo seu layout, de onde os inimigos aparecem e como eles atacarão.

Diga-se de passagem, as fases possuem um design muito bom. Algumas simplesmente envolvem ir da direita para a esquerda atirando em tudo, mas outras são subidas em plataformas e também existem fases em "3D", onde a visão da tela é pelas costas de seu personagem.

Toda esta variação e ação frenética fazem de Contra um título difícil de se enjoar.

E claro, você não vai encarar alienígenas do mal usando uma simples metralhadora. Ao longo do game, há uma tonelada de power ups com os quais é possível turbinar suas armas, como o Spread, que espalha seus disparos e atinge uma área muito maior ou o Laser, que...

... que...

Diabos, o Laser não serve pra nada! Verdade seja dita, a única arma que o sujeito precisa pra terminar o game é o Spread!

E tenho dito! Discorde de mim se puder!


Contra permanece como um dos mais divertidos games já feitos.


E como um dos mais absurdamente difíceis.

Qualquer pessoa que termine este game merece um harém de ruivas fogosas à sua disposição como recompensa, pois é mais fácil dar um golpe na previdência e escapar ileso do que terminar Contra.

Ainda mais sem o código de trinta vidas.

Aliás, algum de vocês lembra qual era esse código? Quem responder corretamente nos comentários ganhará... absolutamente nada, exceto o prazer de saber que é um nerd com memória melhor que a dos outros.

Cheers!!!

23 comentários:

Sergio disse...

cima cima esquerda direita esquerda direta b a

fui o primeiro haha

Paulo_HT disse...

finalmente um review de contra!
joguinho muito foda.
e realmente a dificuldade nem se compara aos gamnes atuais, esses dias eu baixei Megaman X Collection pra ps2 que tem megaman X até o X6, e eu nao consegui matar nenhum chefe ainda!
eu jogava isso de olhos fechados a uns 3, 4 anos atras e agora simplesmente os chefes pisam na minha cabeça e depois mijam em cima.
acho que é porque eu nao estou mais acostumado a decorar padroes de ataques e etc, ja que nos jogos atuais os inimigos tem uma A.I maior.
enfim, eu precisava desabafar isso com alguem.

fabricio disse...

cima, cima, baixo, baixo, esquerda, direita, esquerda, direita, B, A e start!!!

funciona em quase todos os jogos da Konami da época!!!

Amer H. disse...

Parabéns! Você ganha ABSOLUTAMENTE NADA de brinde!!!

Victor Yuji disse...

muito foda mesmo xD(tanto o jogo quanto o review)
mais um otimo review do grande amer =p
parabens ae
agora eu queria uma coisa...da pra fazer um review de metal gear solid?
nao sei se eh pedir muito mas tb eh uma serie muito fodastica aieuhiueahuieaha

abraços =D

Lhama Films disse...

HA
Duplo HA

Mai um jogo que nunca terminei e nunca irei terminar mas mesmo assim não deixa de ser bom, brigado pelo review Amer.
Gostaria de Pedir um review do primeiro Digimom Para playstation 1 aquele que você treina seu digimon loucamente sem a mínima noção de inglês, favoverecendo a froça que faz ele sempre virar um Tyranomon >_<
È égraçado quando você joga os mesmo jogos depois de aprender Imglês e o mundo fica todo mais colorido e a hostória realmente faz sentido, e você não precisa visitar todos os lugares que o personagem cita durante as conversas, bons tempos andando de um lado pro outro do game sem rumo.

Tenho dito

Lucas

fabricio disse...

Oba!!! Acabei de ganhar mais ABSOLUTAMENTE NADA!!! Vou juntar a minha coleção!!!

Avalanche(Lance) disse...

Bem que podia sair uma coletântia de todos os contras remasterizado pro ps2:P

Wagner disse...

Contra me trouxe muitas lembranças (ruins e boas), automaticamente me lembrei do Super Contra e tbm do Contra de SNES.

Alias sobre o game Predador em minha vida joguei outro de NES que em minha opinião conseguiu ser ainda pior, Bill & Ted's Excellent Video Game Adventure que jogo medonho me causa os mais horríveis pesadelos até hoje, passo mal só de lembrar. Faça um review deste Amer.

Alias faça tbm um review de The Immortal do Mega Drive que foi considerado (na época) o jogo "mais violento" por mostrar os monstros sendo estripados das mais diversas maneiras.

Marcelo Guardsman Green disse...

Ess codigo Funciona Até no Wining eleven 3 de PsOne Pra liberar os Alls-Stars Mundial E Europeu e so trocar o B e A por X e O essa konami num tinha Criatividade pra Cheats!!!!!!!!

Diogo Dornas disse...

Cara, não é falta de criatividade, é que esse é o famoso "código da Konami". TODO jogo da Konami que se tem conhecimento faz uso dele para alguma coisa, eles sempre o mantiveram por questão de tradição.

Esse povo que não respeita a tradição é triste...

The.End disse...

realmente, contra eh um jogo epico, quem nunca jogou merece morrer virgem

Obs: Cheats is for weaks

Sergio disse...

caralho, esqueci do baixo baixo...

fail.

UnderHell86 disse...

Nunca entendi porque não lançaram Contra com o nome "RAMBO: First Blood Part II"...

Afinal, bastava dar uma recauchutada básica e ficaria perfeito! Ao menos bem melhor que os jogos de verdade do Rambo com certeza...

Marcelo disse...

Contra = adoração ao demônio

e temgente que acha God of War difícil... pffff

Amer, volto a sugerir: Castlevania Symphony of the Night

E pro outro blog: Os personagens mais cool dos games.

Amer H. disse...

Simphony of the Night já tá programado.

Personagens mais cool dos games eu vou começar a pesquisar em breve.

Avalanche(Lance) disse...

O cara mais cool estava fora dos games.

E era conhecido apenas como John Cool!
*emoticon com óculos escuros a ser colocado aqui*

Henrique de Matos disse...

Cima
Cima
Baixo
Baixo
Esquerda
Direita
Esquerda
Direita
B
A
Start

Pronto, sou o melhor nerd! \o/

Guilherme disse...

e Devil may cry cara :S

anonimusbrblogger disse...

amer jogo muito legal esse, joguei o 3 aliens atack e gostei muito .O grande problema e que err... me fudi legal.
e... perdi 6 vidas em menos de 2 minutos dei um soco na tela e só joguei no dia seguinte.
mas cara deixa de malhar o gears of war , tá certo que o enredo se resume a 3 capítulos mas o contra se resume em 3 palavras:
MATE OS ALIENS.
mas no fim gostei e e um excelente titulo.
ps. faz um review de rock n'roll Racing vlw

JJElements disse...

Po, Amer, bom review, discordo que seja absurdamente difícil. @_@ Até hoje não consegui zerar o Sunset Riders. Contra eu zero em menos de 20 minutos sem nenhum continue e sem o código de 30 vidas. Não sei se verá esse comentário, mas enfim, né.

Jonathan Ribeiro disse...

Zerei esses games várias vezes sem o código(nem sabia disso),cadê as minhas Ruivas cara?
kkkkkkkkk.

Leo Yuri disse...

Contra chutava bundas e fazia cabelo crescer no peito e ser arrancado da cabeça, devido a testosterona visual exalada e a raiva proporcionada pela dificuldade absurda.
Aliás, eu nunca soube do tal código Konami, mas sabia de um "bug" (sei lá o que era aquilo)bizarro que fazia você começar com 300 VIDAS!!!!!11!1!
Enfim, tirei um dia inteiro (no sentido literal) para jogar, e depois de muito suor e lágrimas, zerei o bastardo! E devo dizer que não lembro de um só momento me divertindo de verdade jogando Contra. Só consigo lembrar do ódio e da frustração de não conseguir passar a penúltima fase.
A verdadeira nostalgia aparece quando lembro da "ending" do jogo e da satisfação de poder ver aquela ilha maldita explodir!
Porque tudo o que você quer quando finaliza o jogo é ver tudo explodir!!!1!!!!
Enfim. Muito bom é nostálgico review!