quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Crítica do Amer: WWE Smackdown vs. Raw 2009


Smackdown é a franquia de luta livre mais duradoura da história dos consoles. A versão deste ano é a décima da série.

A décima!!!

A única outra série de esportes que consigo me lembrar que chegou a tantos jogos foi Winning Eleven.

Mas mantenho que o Batista pode dar uma surra em qualquer seleção de futebolistas sozinho e sem pestanejar. Mesmo Pelé não sobrevive a um encontro com o Animal!

Mas estou divagando, falemos do jogo em questão!


A primeira coisa que vai perceber é que não há mais lendas no Roster de lutadores, o que faz deste o primeiro game da série a não ter The Rock como opção selecionável.


Tampouco há Stone Cold Steve Austin, Eddie Guerrero, Hulk Hogan ou André o Gigante e a primeira vista, é uma grande perda para o jogo em si.

Ok, as lendas foram removidas pois a THQ pretende lançar WWE - Legends of Wrestlemania no ano que vem, um game de luta livre composto unicamente pelas lendas do passado. Desta forma, não havia mais necessidade ou sentido em ficar entupindo a série anual de Smackdown com lutadores da velha guarda.

E verdade seja dita, sem as lendas, há espaço para colocar um roster de lutadores atuais mais completo. Não há o risco de ficarmos sem o Big Show porque quiseram colocar Brutus Beefcake na versão deste ano.

Roster que aliás, está muito bem montado. Temos desde as presenças obrigatórias como Undertaker, Triple H e Shawn Michaels até o pessoal mais jobber como Chuck Palumbo, Jimmy Wang Yang e Santino Marella.

Claro, como sempre acontece na série, o roster já está desatualizado. Lutadores novos como Ted Dibiase não foram acrescentados no game a tempo para seu lançamento e outros que já não estão mais na empresa, como Mr Kennedy e Ric Flair continuam a fazer parte do jogo.

O problema dos lutadores que ficaram faltando pode ser resolvido facilmente como conteúdo de download da Xbox Live e PSN, quanto aos excessivos, creio que ninguém vai reclamar de poder jogar com Ric Flair mais uma vez! WOOOOOOOO!!!

Mas considerando tudo, a versão deste ano possui um dos rosters mais equilibrados da série. Não é completo e volumoso como o de Smackdown 2: Know your role ou Here comes the Pain, mas faz um excelente trabalho em nos dar um bom número de lutadores e diversificar esta gente toda entre os peixes pequenos e os grandões do esporte.

Os controles permanecem os mesmos do ano passado. Analógico esquerdo para se mover e direito para agarrar, além dos botões do controle para complementar a jogabilidade.

Como jogador da fase antiga da série, relutei por anos em aprender o esquema de usar o analógico para os agarrões. Embora eu ainda prefira o esquema de Here Comes the Pain, devo admitir que jogar nos analógicos não é tão ruim.

Não sei se a jogabilidade foi refinada da versão do ano passado para esta, mas agora senti muito mais facilidade em executar os agarrões dos lutadores.

Mas nem tudo se resume a rosters e jogabilidade! E quanto aos modos de jogo?


Bom, o modo Season genérico das versões passadas se foi. Agora existe o modo Road to Wrestlemania, onde você guia um lutador por 90 dias de shows até chegar ao maior evento de todos.


...

Wrestlemania! É o nome do modo de jogo, como você pode não ligar o nome ao evento?

Enfim, a maior diferença do Road to Wrestlemania para o modo Season antigo, é que não é possível escolher qualquer lutador para jogar nele. Suas escolhas se resumem a Undertaker, John Cena, Triple H, CM Punk, Chris Jericho e a dupla de Batista e Rey Mysterio.

Pode parecer uma escolha limitada, mas acredite quando eu digo que funciona bem melhor do que parece. As histórias envolvendo os lutadores se encaixam perfeitamente com as personalidades deles e fluem muito bem.

Undertaker por exemplo, acaba envolvido em uma guerra de monstros com o Boogeyman. Triple H se vê numa briga entre Evolution e Degeneration X, pois ambos os grupos o querem como seu líder.

...

Enredo esse que sem dúvida combina com o fato e Triple H achar que é o centro o universo...

Mas enfim, tais histórias tem tudo a ver com os lutadores e são uma benção, considerando os enredos limitados dos modos Season de antigamente, que colocavam todos os lutadores nas mesmas situações.

Quando foi a última vez que você viu o Undertaker entrando no chuveiro com uma Diva?

Pois é, não falo mais nada!

Claro, há o modo Career, onde você pode escolher o lutador que quiser e sair porradeando os outros para se tornar campeão de todos os títulos que quiser. Mas este modo se limita a lutas e avaliação de qualidade das mesmas, não tem história.

O modo Career diga-se de passagem, é fundamental para o pessoal que gosta de construir seus próprios lutadores.

Quando cria um personagem aqui, ele vem com atributos baixos e bastante fraco. Através do modo Career e conforme vencer lutas, seus atributos aumentarão e ele ganhará novas habilidades.

Isso é legal pois lhe permite customizar seu personagem como bem entender. Com o tempo, seu lutador pode virar um tanque de guerra capaz de peitar o Kane numa boa.

Por outro lado, caso você curta criar toneladas de lutadores vai penar um pouco, pois precisará refazer o modo Career com todos eles para deixá-los jogáveis.

Ah sim, eu mencionei habilidades!

Na versão do ano passado, cada lutador possuia um estilo como Brawler ou High-Flier. Cada estilo dava vantagens específicas para os lutadores e os tornava mais próximos de suas contrapartes da vida real.

Embora tenha sido uma boa idéia, não acrescentou muito em termos de jogo. Desta forma, tais estilos foram removidos este ano e cada lutador simplesmente ganhou habilidades específicas que reflitam suas atitudes no ringue.

Undertaker é um sujeito muito difícil de finalizar, Shawn Michaels despiroca e levanta com todo gás quando toma um Finisher e Triple H pode quebrar uma submissão quando bem entender.

Se me perguntar, tais habilidades funcionam muito melhor que os estilos diferentes do ano passado e conseguem realizar sua missão de tornar o game o mais similar possível ao show da televisão.


A inteligência artificial do game deu uma melhorada também.


No geral, o jogo não é difícil (se bem que eu jogo há dez anos, sou suspeito pra falar isso), mas isso pode ser facilmente resolvido indo-se até as opções e mexendo na inteligência artificial da máquina. Não falo de colocar a dificuldade no "Hard", mas de aumentar a facilidade que o computador terá para quebrar submissões, contra atacar seus golpes e no geral, ser um pé no saco.

E por falar em inteligência artificial, seu parceiro nas lutas de dupla finalmente pensa!

Nos games anteriores, você podia estar tomando a maior surra de sua vida que o lazarento ficava fazendo cruzadinhas no canto do ringue, sem esboçar nenhuma reação. Este ano, embora não vá ganhar nenhum prêmio Nobel de Excelência, o sujeito se mostra mais ativo e vai lhe ajudar caso sofra um fechamento, ou vai impedir que você seja atrapalhado quando finalizar seu oponente.

Ainda não está tão bom quanto o sistema de duplas de TNA Impact, onde nove vezes em dez, seu colega te salva, mas já deu uma boa melhorada.

E agora você pode executar um Hot Tag! Você sabe, quando o lutador no canto do ringue começa a agitar a platéia e quando o que está no ringue apanhando finalmente faz o "tag", o parceiro já entra arregaçando todo mundo.

É um acréscimo muito divertido e que pode virar uma luta!

Quanto aos tipos de luta, a única novidade é o modo Inferno, onde você precisa espancar seu oponente até a temperatura do ringue chegar a 300 graus e então arrastar o miserável até as cordas em chamas e acender a bunda dele.

Não é genial, mas é bem divertido. Especialmente quando lutar com alguem que só veste sunga, pois nestes casos você vai literalmente acender a bunda dele.


Como fã de longa data da série, eu sempre achei que ela ficou estagnada quando se tornou "Smackdown vs Raw."

Haviam poucas mudanças de um ano para o outro. Um acréscimo aqui, outro alí, um modo Season sem graça e um Roster que parecia menor a cada ano.

Smackdown vs Raw 2009 não é perfeito, mas finalmente se liberta desse estigma que assombrava a franquia desde 2004 e se mostra capaz de seguir em um caminho que pode gerar um game tão brilhante quanto Here Comes the Pain acabou sendo.

Caso curta luta livre, pode jogar sem medo! Há coisas da vida que nunca perdem a graça e brucutus de sunga se espancando é uma delas!

E caso você não curta luta livre, eu tenho DUAS PALAVRINHAS PRA VOCÊ!!!

SUCK IT!!!!!!!!!!!

Cheers!!!

6 comentários:

Bruno disse...

Amer meu blogueiro predileto.

Como faço para pedir ao meu parceiro de luta ajuda?

Smile Time disse...

"e outros que já não estão mais na empresa, como Mr Kennedy e Ric Flair continuam a fazer parte do jogo."

O Mr. Kennedy ainda tá WWE, só tá afastado devido a uma lesão que ele sofreu

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E o Taker entra no chuveiro com a McCool!

Rafael disse...

JA finalizei o modo RTW com Jericho e Punk

Achei ambas as historias Boas

Você se esqueceudo modo de criar Finisher presente ate na versão de PS2

EU comecei a jogar pelo RvsS 2008
E achei ele facil mas esse no normal é ridiculo de facil

Pedindo de novo pq sou chato
Review de FFTatics o injustiçado

Sergio disse...

se for fazer um review de fftactics, é melhor fazer a da versão psx. os slowdowns presentes na versão psp podem afastar os novatos interessados...

ou não!

David disse...

Eu tô ansioso pra comprar esse jogo para o PS2, Amer!
Eu tenho o 2008 e já me diverti pacas!
Espero que essa nova versão tenha a Beth Phoenix.
abraços

Marco Antonio disse...

O jogo me decepcionou um pouco, achei o modo história bem inferior ao do 2008, que estava repleto das tretas de bastidores tão divertidas da WWE.

Agora (ao menos na versão de PS2) é ir lutando contra um monte de caras e subindo num rank.

Mas ainda assim, É UM BAITA JOGO.

Ah, só uma coisa: a série FIFA e a série Madden são as esportivas mais longas salvo engando, a Madden completou 20 anos.