quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Crítica do Amer: Fallout 3


Não me lembro de esperar tanto por um game quanto este. Desde o momento que Fallout 3 foi anunciado, eu fiquei ansioso feito uma colegial antes do baile da escola, contando os minutos para tê-lo em mãos.

Sinceramente não sei explicar a razão disso. Normalmente espero em respeitoso silêncio e meditação por um game, mas neste caso eu estava contando os dias para poder criar minha ruiva durona (claro, que outro tipo de personagem eu faria?) e guiá-la pela América pós holocausto nuclear.

Claro, hype e ansiedade são os maiores inimigos de um produto esperado. Seja filme, livro ou game, dificilmente um poduto consegue satisfazer todas as expectativas de alguém que esperou seu lançamento por meses.

Mas é com muita satisfação que anuncio que Fallout 3 conseguiu sobreviver ao hype e mais! Nos deu muito mais do que podíamos esperar!!!

De fato, joguei vinte e duas horas quase seguidas, com um espaço de quatro horas de sono entre uma sessão de jogatina e a outra.

Eu não fazia isso desde Phantasy Star IV em 1994...

Ok, vamos ao game!


A história começa no Vault 101, um dos inúmeros abrigos nucleares subterrâneos que existem no mundo.


Uma bela noite seu pai desaparece do lugar e se aventura do lado de fora e é aí que você entra, guiando seu personagem pela capital Estadunidense após uma guerra nuclear que a transformou em um lugar inóspito e inabitável.

Muito bem, vou dizer desde já: o mundo de Fallout 3 é grande.

Não meramente grande, é ENOOOOOOOOOOOORME!!!!!

Se fizer somente as missões necessárias para o avanço da história, você vai terminar o game em poucas horas.Mas se decidir fazer também todas as quests opcionais de Fallout 3, então vai perder dias em frente ao televisor.

Pois como eu disse, o mundo aqui é ENOOOOOOOOOOOOOOORME!!!!!

De fato, no momento que sair do Vault pela primeira vez, você literalmente não vai saber pra onde ir. Vai seguir a esmo pelo lugar até ser morto por um grupo de Raiders.

Após morrer pela primeira vez, você provavelmente vai seguir em outra direção e vai acabar sendo morto novamente, mas desta vez por escorpiões gigantes.

Enfim, você vai acumular um bom número de mortes até finalmente encontrar um caminho seguro pra seguir e chegar na primeira cidade do jogo.

Quero esclarecer este assunto desde já. Apesar destas mortes constantes, Fallout 3 não é frustrante.

A terra devastada pela guerra nuclear é um lugar perigoso e você pode morrer a qualquer momento se não ficar esperto. Claro, uma premissa dessas te obriga a ficar de olho em absolutamente tudo que está ao seu redor, o que faz com que a imersão no jogo seja total.

Claro, as coisas ficam mais fáceis conforme você evolui seu personagem, mas a sensação de insegurança no começo é muito necessária para estabelecer o mundo em que Fallout 3 toma parte.

Fallout 3 permite que você jogue em primeira pessoa ou terceira. Caso não aguente mais First Person Shooters (e sinceramente, quem é que aguenta hoje em dia?) basta um toque no botão para que você possa passar o resto do game encarando as costas de seu personagem.

Mas eu pessoalmente achei mais fácil alvejar os inimigos jogando em primeira pessoas, então alternei entre os dois modos de visão o tempo inteiro.

É bom saber que existe essa opção.


Mas Fallout 3 não vive apenas de tiroteios e desmembramentos, há um bocado de interação social também.


Durante suas viagens pela Wasteland (como é conhecida a terra devastada pela guerra) você vai encontrar muita gente disposta a fazer negócios com você, lhe oferecer ajuda, ou mais provavelmente, lhe pedir ajuda.

Sua gama de escolhas é bem grande aqui. Você pode aceitar ajudar a pessoa de graça, cobrar por seus servicos, ignorar completamente ou simplesmente meter uma bala na cabeça do indivíduo e lhe estourar os miolos.

Sim, você pode!

Se quiser bancar o jason pós-guerra nuclear e matar todo mundo que encontrar quando chegar a uma cidade, você pode! E as pessoas ficam mortas e você não mais poderá interagir com ela!

Todas as mortes de pessoas corretas tem um impacto. Por exemplo, você pode matar o DJ da Galaxy News radio quando o encontrar. Se o fizer, não mais irá ouvir suas chamadas entre as músicas da rádio ou suas notícias, mas sim uma garota dizendo que o sujeito morreu e que devemos seguir com nossas vidas.

Mas como aprendemos ao assistir "My Name is Earl", existe o karma. Seja bom que coisas boas virão em sua direção, seja mau... e o destino vai chutar sua bunda na primeira oportunidade.

Há um medidor de karma no jogo, que computa todas as suas boas e más ações. Se você for o super-sangue-bom e ajudar todo mundo, será bem recebido nas cidades e ganhará presentes das pessoas quando menos esperar.

Se você sair por aí atirando na cabeça de velhinhas (e você PODE fazer isso), será recebido a bala quando chegar em algum lugar.

Você pode inverter o karma quando quiser, deixando de ser bom e resolvendo descarregar sua frustração nas cidades, ou cansando de sua maldade e buscando redenção. Dá trabalho inverter o karma mas isso só aumenta a longevidade do game.

Seu karma também influi em seus seguidores.

Há personagens que podem ajudá-lo ao longo do game e cuja decisão de seguí-lo depende apenas de seu karma. Alguns o ajudarão se você for um cara legal e outros só se tornarão parte de seu grupo caso você seja um fascínora de marca maior.

Há pelo menos um que não se importa com isso e que só precisa ser contratado.

E tem seu fiel cachorro, Dogmeat, que ao ser adotado nas ruas devastadas de Washington, se torna seu mais leal companheiro.

Diferente de outros games, você tem de ficar de olho em seus companheiros, pois eles morrem.

Isso aí! Se um vilão com boa pontaria acertar muitos tiros em seu au-au, ele já era e sem chance de retorno!

A boa notícia é que diferente de outros games, você não precisa bancar a babá dos companheiros. Eles sabem se virar muito bem e vão salvar sua pele mais de uma vez.

Claro, você não pode largá-los no meio de um conflito com seis Super Mutantes e esperar que sobrevivam. Basta se preocupar com eles como se preocupa com seus amigos na vida real, checando ocasionalmente pra ver se está tudo bem e tá limpo.


Uma das maiores inovações de Fallout 3 é o sistema V.A.T.S.


Trocando em miúdos, é um tipo de mira automática que focaliza parte específicas do corpo do inimigo. Ao acioná-la, é possível executar disparos com muito mais precisão do que se usasse a mira normal.

Claro, você não pode usar o V.A.T.S sem restrição e é preciso esperá-lo recarregar entre uma sessão de uso e outra, o que impede que o jogador se torne dependente demais dele.

O V.A.T.S também não é garantia de tiros certeiros, mas é uma excelente ajuda em momentos de desespero.

E se alvejar a cabeça de alguém usando este sistema, poderá vê-la voando longe e rolando pelo chão enquanto esguicha sangue pelo chão, ou pode simplesmente estourá-la e ver pedaços de crânio, cérebro e olhos voando pelo ar em um grotesco balé de sangue.

...

Desculpem, me empolguei.


Eu dei uma geral aqui, mas Fallout 3 é o tipo de game que só descobrimos a real extensão quando sentamos pra jogar.


Portanto, isole-se do mundo por um fim de semana, desligue o telefone e não se aproxime de nenhuma forma de interação social neste tempo.

Super Mutantes, canibais e água infestada de radiação são as melhores companhias que você poderá ter!

Cheers!!!

9 comentários:

Bruno disse...

Olá Amer, beleza?

Ainda não li porque estou com pressa, então farei a perguntinha mágica:

Tem pra PS2?

Bruno disse...

Ok, acabei de ler sua analise, e o jogo parece ser muito mais do que um simples game de tiro, e quando eu tiver um console da nova geração irei me lembrar desse game.

Thyago disse...

tenho.. que... jogar... isso...
sério, gametrailers, o site q deve ter o reviewer com mais areia na vagina da história, deu 9.4! 8D

nao q eu leve em conta a opinião deles ou as notas q eles dão, mas é bom saber que um game como este realmente sobreviveu ao hype, diferente de force unleashed

Róód disse...

Jogo fooooda *-*

Preciso comprar esse jogo pro meu 360 :D

Marcio disse...

cara post meio atrasado, mas como um fan da série fallout que já jogou o 1 eo 2, eu realmente achei MUITO BOA a continuação dada a franquia! fiquei meio apreensivo antes do lançamento com as noticias e a galera criticando nos foruns, dizendo que tinham mudado muito, cortado dialogose tals... o que eu vi(jogo a versão de PC) foi algo muito bem gtrabalhado e preocupado em manter o jogo fiel a essencia, procurando tornar popular um jogo que era bem cult, pra não dizer nerd mesmo.

o jogo ficou com uma visão um pouco mais seria e os V.A.T.S ajundam muito. o tamanho do mundo e a liberdade dada ao jogador conta muitos pontos tambem!

foi um viciado em fallout 1, 2 e agora no 3 durante o tempo que tnho pra jogar, não finalizei ainda pq to fazendo algumas side-quests o jogo ta muito bom mesmo, na minha opinião, botando até o Mass Effect no chinelo!

Unknown disse...

Vou voltar a jogar Fallout 3, e me lembrei que foi esse review que me fez comprá-lo! Li ele de novo, e assino embaixo. Excelente jogo, Não vejo á hora de jogar Fallout 4!

Shadow Geisel disse...

Primeira vez que eu leio este review. Uma coisa complicada é analisar um jogo dessa série. Por mais que você escrava muito, como o Ammer ou eu, sempre fica faltando falar alguma coisa. Fallout 3 é um jogo excelente mesmo. Fiz um review dele no meu blog também. O Fallout 4, infelizmente, é um ótimo jogo mas levou demais essa coisa de popularizar uma série lado B, para que ela seja mais atrativa a um público maior. A Bethesda faz excelentes jogos, mas ela vem descaracterizando a franquia de um jeito que não vai sobrar mais nada aos jogadores antigos. As escolhas, por exemplo, vêm gerando cada vez menos impacto no enredo principal dos games (Skyrim mesmo chega ao cúmulo de ter diálogos com apenas uma opção de resposta). A Bethesda está muito acomodada, tanto na parte técnica (o que raios foi aquilo de usar o Creation Engine pra fazer o FO4?) quanto na relação com os fãs. Ela lança jogos bugados e cada vez mais rasos, sem dar a mínima ao que os jogadores querem. E o pior é que seus jogos são tão imersivos e viciantes que não tem como deixar de jogar. Um problema sério pra essa franquia. Espero que a Obsidian tome as rédeas dessa série algum dia, para vermos mais jogos como o New Vegas.

Cleirthom disse...

Esse Review também me fez comprar esse jogo. E após mais de 100 horas de jogo. Voltei a jogar por causa das doca, e ficaram ótimas. Destaque para the Pitt que tem uma ambientação muito legal. Primeiro da série que joguei e amei.

Cleirthom disse...

Verdade. Eles tem uma série com potencial imenso e não sabem, ou não querem utilizar esse potencial para criar um jogo que concerteza vai ser um março no mundo dos games