quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Crítica do Amer: Gun Nac


Um gênero que eu gosto muito é shoot'em up.

Guiar uma nave através de hordas de inimigos, apanhando power ups, atirando para todos os lados e ângulos possíveis, fazendo uma pontuação obscenamente alta, apanhando a arma errada por engano e sendo obliterado por meus inimigos em seguida, perdendo todos os bilhões de pontos que havia acumulado.

Vez ou outra eu de fato prefiro um game que não tenha uma história longa e cativante e cheia de reviravoltas. Explodir um monte de coisas sempre é uma boa opção nestes momentos.

Isso e sair espancando meliantes aleatórios pelas ruas de uma cidade infestada de crime, mas isso é uma outra história.

O maior problema com shoot'em ups na minha opinião, é a dificuldade bíblica que a maioria dos games do estilo possuem. R-Type e Gradius são clássicos atemporais, mas também são difíceis o suficiente para causar esterilidade precoce em um homem e eu tenho certeza que Ikaruga já fez algumas pessoas entrarem em combustão espontânea em um momento ou outro.

Entendo que este gênero nasceu nos fliperamas e como tal, era programado para ser mais difícil que aturar visita de parente no Domingo, pois sua função era comer o máximo de fichas possíveis dos jogadores, mas não há a necessidade disso quando o título é convertido para um console doméstico.

Falem o que quiserem, mas eu jogo games pra me divertir, não pra me estressar. Quando um título fica muito difícil e começa a me irritar, eu deixo ele de lado e parto pra outra.

E esse foi o motivo pelo qual eu só terminei Contra no ano passado.

Mas estou divagando.

Enfim, vamos ao game de hoje.


Lá estavam os humanos, trabalhando e levando seu dia-a-dia numa boa, quando as coisas se revoltaram e iniciaram uma revolução.


E quando eu digo "as coisas", quero dizer "absolutamente tudo."

Coelhos, legumes, biscoitos, peixes, biscoitos em forma de peixe, frutas, móveis... diabos, tudo que existe no mundo criou consciência própria e decidiu matar a raça humana.

E é aí que você entra, pois aparentemente, a única coisa que não pirou foi sua nave espacial e lhe é dada a missão de sair por aí explodindo tudo que encontrar pelo caminho para que a paz volte a reinar na galáxia.

Digo, uma medida meio extrema essa de causar genocídio em massa para retomar a ordem, mas bem, o que eu sei?

Já deu pra perceber que Gun Nac, assim como Parodius, não se leva a muito a sério e este é seu maior trunfo.

De fato, os jogos cômicos geralmente tem mais enredo que os jogos sérios. Digo, Life Force é um clássico, mas contra que diabos estamos lutando? Tá, é um império alienígena, mas o que eles querem?

Nos dominar, roubar nossos recursos ou nos sodomizar? O que eles estão planejando de tão terrível que nossa única chance de sobrevivência é um piloto misterioso, sua nave espacial e sua disposição para cometer genocídio?

Mas estou divagando novamente.


Gun Nac não reinventa a roda, é um game de nave bem simples e com todas as convenções comuns ao gênero.


Você tem a sua disposição cinco tipos de armas diferentes, que vão de um tiro normal a um lança chamas e pode adquirir power ups para aumentar a capacidade destrutiva das mesmas.

As armas são identificadas por power ups em forma de círculos com números pela tela, então, a primeira vez que jogar você vai precisar apanhar todas e decorar qual é qual. Você sabe, para evitar de pegar a arma ruim quando estiver chegando perto de um chefe.

Verdade seja dita, para se dar bem neste game, você só precisa pegar o tiro multi direcional e aumentar seu pode ao máximo. Sua nave vai despejar disparos para todos os lados e dificilmente algum inimigo vai se aproximar. É mel na chupeta.

Também é possível equipar a nave com bombas, de um tipo similar às encontradas em Giga Wing e usar as mesmas para limpar a tela nos momentos de desespero.

Claro, sem ter de aguentar um Japonês maluco gritando "SPAAAAAAAAAAARK BOMBAAAAAAAAAA" toda vez que fizer isso.

Fãs de Giga Wing, vocês do que estou falando e o quanto isso enche o saco.

Aqui é possível aumentar a potencia das bombas também, mas elas passam a gastar mais munição quando se tornam mais poderosas, aí cabe ao jogador decidir se quer ter um monte de bombas mais fracas, ou uma única bomba capaz de fazer um belo machucado no Galactus.

Se morrer durante o jogo, você perde todos os seus power ups como é de costume, mas nada tema...


... entre uma fase e outra, é possível parar em uma loja e comprar tudo de novo, partindo para a batalha tão bem equipado quanto John Rambo.


E tenho certeza que você nunca vai encontrar outra menina de mangá tão feliz quanto essa em outro game.

Sério, olha o tamanho do sorriso! O que raios aconteceu para ela ficar tão feliz? Há uma revolta generalizada no mundo, onde absolutamente tudo quer matar a humanidade e ela fica aí sorrindo?

Eu sei lá, ela deve estar drogada.


Gun Nac tem ótimos gráficos para a época. Não são detalhados como o que acostumamos a ver em títulos da Konami, mas são boonitos e bem coloridos, combinando bastante com o tema bem humorado do game.


O som é igualmente competente. As músicas ficam ecoando na cabeça muito depois de desligarmos o jogo e você vai se pegar cantarolando o tema da primeira fase nos momentos mais aleatórios.

O game roda a uma boa velocidade também. Apesar de em muitos momentos haverem dezenas de coisas na tela, slow-downs são raros, o que sem dúvida é uma benção em um shoot'em up.

Mas o maior atrativo de Gun Nac é sem dúvida sua dificuldade moderada. Qualquer pessoa pode jogar este game e se divertir um bocado, sem aquele inconveniente de perder quase todas as vidas na primeira fase e ficar em pânico com o Game Over inevitável que virá na etapa a seguir.

De fato, a única fase em que tive uma real dificuldade para avançar foi a última, mas isso já era esperado. A última fase PRECISA SER DIFÍCIL!

Ser dizimado logo nos primeiros minutos de jogo que é um problema.

Enfim, Gun Nac é um título pouco conhecido e que eu acredito, pouca gente teve a oportunidade de jogar. Se você ainda tiver seu Nintendo 8 bits e for daqueles caras que sai por aí caçando cartuchos antigos, esta é uma boa aquisição para sua coleção.

Gun Nac não vai mudar sua vida, mas é uma boa variação pra todo esse fotorealismo e seriedade dos games de hoje em dia.

Cheers!!!

13 comentários:

Nando disse...

Nossa, esse nem eu conhecia.
Shoot em up não é meu estilo favorito....
mas acho que gastei toda minha paciência no r-type pra master system

Amer, lembra aquele shoot em up hentai???
Man, aquile jogo era cool... mas absurdamente dificil...

Amer H disse...

Claro que lembro! Sentimental Shooting! Era uma beleza!

Arrancar a roupa de uma moça a laser? Isso é arte!!!!

E sim, era difícil! Lembro que só consegui tirar as meias da menina, parecia até a vida real...

Thyago disse...

R-Type costumava achar que eu era uma puta, pq sempre queria fuder comigo

Nando disse...

Sentimental Shooting!!!!!
putz não tava lembrando o nome.....

coloque este na sua lista de review :)

Bruno disse...

Eu já devo ter jogado esse game.

Marcelo disse...

se for aqui que eu peço games pra review:

KID CHAMELEON PELAMORDIDEEEEEEEEEEEEEUS

espero ter sido suficientemente enfático, e embora eu imagine que não vá parecer mais gent epra pedir o mesmo jogo, vou dar a minha contribuição de votos para o kid chameleon uma vez por atualização do blog até ler um: "ok mala sem alça, vou fazer uma review dessa m*rda de jogo" ou um "para de encher o saco desgraçado, eu não vou fazer a maldita review desse maldito jogo"

abraço cara, blogs geniais os teus

Amer H disse...

Não precisa reclamar toda semana, eu falo de Kid Chameleon.

Só não reclame da nota depois...

Amer H disse...

Sério... você me ofende com essa pergunta!

Bruno disse...

Porque?

É por que o jogo é muito legal e todo mundo conhece?

Ou é por que esse jogo é tão ruim que se alguem jogasse esse mesmo alguem morreria 10 segundos depois?

PS: nem repare se o meu por que estiver escrito errado, sempre fui péssimo em português.

Amer H. disse...

Porque todo mundo conhece Onimusha. Se você nunca jogou é porque esteve em coma na última década.

E não reparo, mas erros de gramática são sinal de falta de leitura. Vai pegar uns livros bacanas pra ler, vai te fazer muito bem.

Bruno disse...

O único game que eu joguei da serie foi o 3, aquele em que o Jack parece o Jean Reno.

Ha sim, eu não fazia idéia de que esse jogo era tão famoso assim.

Leandro" Leon Belmont" Alves the devil summoner disse...

acabei de zera-lo Amer. é realmente um clássico perdido do NES, valeu por falar dele. e Bruno, vá jogar clássicos de verdade. nenhum game do PS2 vai te fazer homem feito Contra ou battletoads. Onimusha se zera com memory card.

ora bolas

Leandro"ODST Belmont Kingsglaive" Alves the devil summoner disse...

Esqueça o Battletoads nesses clássicos. Um game que é a ponto de ser "inzeravel " não é um game, mas um aborto do satã.