quarta-feira, 18 de março de 2020

Crítica do Amer: Death Stranding


Você já jogou Skyrim, Fallout: New Vegas, ou qualquer outro game com um mapa gigantesco que te obriga a andar por minutos a fio até chegar a seu objetivo?

Caso não saiba do que estou falando, o que porras está fazendo aqui? Games em mundo aberto com mapas mandiocantemente grandes são praticamente a norma hoje em dia, se nunca jogou um deles, por que está gastando seu tempo em um blog que passa 77% do seu tempo falando de games e o resto babando em gostosas de desenho animado?

E clicando aqui você encontra minha resenha do primeiro episódio de Prison School, confirmando que 33% do meu tempo é gasto com a admiração de peitos animados.

De qualquer forma, se já jogou qualquer game da Bethesda, acho que a descrição a seguir será muito familiar para você.

Seu personagem (que na maioria das vezes será só um amontoado de escolhas randômicas feitas na tentativa de se criar a Dilma) está em um bar/base/puteiro e recebe uma nova missão, por exemplo, matar o Dragão Tubular de Guarulhos. Eis que você precisa caminhar por uns bons dez minutos em tempo real até chegar ao seu objetivo, o que prova ser tão excitante quanto a caminhada que você faz até a escola/trabalho/puteiro todos os dias.

E lá está você, andando por quilômetros de mapa vazio, com o saco mais cheio do que alguém sofrendo de elefantíase testicular, imaginando que existem formas mais construtivas de se passar o tempo como contar a quantidades de pelos que você possui em cada narina ou imaginando como seria sua vida hoje se na quinta série você tivesse tido a coragem de chamar a Paloma pra fumar crack atrás da caçamba de lixo que ficava no beco ao lado da escola.

Bem, essa é uma maneira maçante de se desperdiçar 150 horas da sua vida, mas pelo menos você sabia que ao final de cada caminhada havia um encontro emocionante, um confronto eletrizante, uma NPC picante, ou pelo menos uma nova arma mágica que se tornaria sua favorita pelas próximas duas horas e que seria jogada no baú de casa após esse tempo, para nunca mais ser mencionada.

Death Stranding tem muito em comum com este tipo de gameplay, com exceção de que não há nada de interessante te esperando no final de sua caminhada.

Pois é, Hideo Kojima pegou a parte mais maçante de jogos com mundo aberto e gastou milhões fazendo um game inteiro apenas com ela.

APLAUSOS!!!


Então, qual a história dessa bosta?

Uma hecatombe aconteceu, misturando o mundo dos vivos ao mundo dos mortos, o que aparentemente dizimou grande parte da humanidade e das construções modernas, uma vez que a maior parte dos cenários consiste de planícies vazias. O que sobrou da humanidade agora vive em abrigos subterrâneos espalhados pelo território norte-americano, e a única linha de vida entre eles são os courriers que viajam de uma base até a outra, carregando quilos de medicamentos, comidas e DVD’s da Ana maria Braga nas costas, enquanto mantém bebês acoplados a seus mamilos.

Há também fantasmas que mais parecem torsos voadores cobertos de piche, exceto que vez ou outra você vai parar em um oceano de piche, com baleias de piche tentando te matar, e a única arma a sua disposição são granadas de mijo, pois o protagonista é um cara muito especial, capaz de mijar uma substância que é letal para fantasmas.

Agora, este é o ponto em que se eu estivesse falando de qualquer outro game, vocês dariam uma risadinha e diriam: “Oh, esse Amber mandrião e virgem! Pare com as piadas e conte-nos sobre o enredo deste game com seriedade.”

Mas como estou falando de um jogo de Hideo Kojima, vocês sabem que eu estou falando sério.

Claro, tem muito mais história por trás de Death Stranding, digo muito... MUITO mais. Em uma partida de duas horas, acho que tive o controle do jogo por aproximadamente 22 minutos, o resto do tempo passei assistindo os intermináveis cinemáticos com as quais somos brindados sempre que botamos este game para rodar.

Death Stranding é talvez a mais Kojimesca das obras de Hideo Kojima, pois aqui podemos encontrar tudo aquilo que se tornou uma marca registrada do produtor ao longo de sua carreira, só que elevado a enésima potência, uma vez que não há ninguém acima dele na escada corporativa que possa botar um freio em suas loucuras.

Lembra como cada jogo da saga Metal Gear Solid tinha uma história ridiculamente elaborada que só fazia sentido para quem prestasse uma atenção doentia a todas as cutscenes, conversas no CODEC e lesse qualquer arquivo que caísse em suas mãos? Pois aqui isso é dez vezes pior!

Lembra como cada jogo da saga Metal Gear Solid tinha personagens com nomes incrivelmente redundantes que descreviam seus poderes, traumas ou motivos de viver, como “Quiet” para a Sniper muda, ou “Paz” para a loli que pretendia erradicar as guerras? Pois o herói de Death Stranding se chama “Bridges” pois ele é a “ponte que liga os agrupamentos de humanos”.

Lembra como cada jogo da saga Metal Gear Solid Apresentava uma personagem feminina que conseguia ser gostosa e deformada/traumatizada/bizarra em quantidades iguais? Pois a primeira personagem feminina que aqui encontramos se chama “Fragile” e possui o rosto de uma jovem, mas o corpo de uma velha... Porque ela se molhou na chuva misteriosa que causa envelhecimento precoce de tudo que toca.

Sim, tem isso também: Chuva Geriatrizadora.

Agora, não estou dizendo que o enredo do game não faz sentido. Se tem uma coisa que Kojima faz muito bem, é arrumar explicações para tudo que é mostrado em suas histórias, e Death Stranding não é diferente nesse aspecto.

Se as explicações são imbecis ou não, aí vai de cada um.


Death Stranding é a coisa mais bonita que você já viu, desde o dia em que a Paloma topou te mostrar as calcinhas atrás da caçamba de lixo que ficava no beco ao lado da escola.

Sem brincadeira, este game é o apogeu dos gráficos fotorrealistas, e eu quase escrevi “epítome” ao invés de “apogeu”, acreditando que ambas as palavras tinham o mesmo significado, algo que o dicionário desmistificou. Agora penso em quantas vezes usei a palavra “epítome” da forma errada ao longo de mais de dez anos de blog, mas como sou preguiçoso demais para corrigir uma década de cagadas, vamos apenas ficar satisfeitos que finalmente aprendia  usar o termo correto.

Mas enfim, os gráficos de Death Stranding justificam cada centavo utilizado para contratar Norman Reedus, Lia Sedoux e Mads Mikkelsen. Se bem que eu tenho certeza que Reedus está nessa mais como um dedo do meio para a Konami pelo cancelamento de Silent Hills do que qualquer coisa.

Aliás, este jogo inteiro é um enorme dedo do meio para a Konami. Death Stranding é basicamente o Kojima dizendo: “Não vai me deixar fazer meu jogo de terror, Konami? Pois fundarei minha própria produtora, com jogos, prostitutas e um roteiro de sete mil páginas que questiona a forma como as relações humanas são conduzidas hoje, usando para isso uma alegoria de que ao mesmo tempo que a morte pode nos afastar, ela também pode nos unir, contanto que tenhamos o brio de enfrentar a solidão emocional que o vazio da perda pode trazer e... Pensando bem, esqueçam os jogos e as prostitutas.”

Mas estou divagando.

Death Stranding é possivelmente um dos games mais bonitos do Playstation 4, com um nível de detalhes que beira a esquizofrenia. Tenho pena do programador que foi encarregado de desenhar cada fibra do tecido que compõe a camiseta de Norman Reedus, mas não pode ter sido um trabalho pior que o do cara encarregado de dar a coloração e textura perfeitas ao mijo de nosso herói.

Aliás, este game me fez perceber que Norman Reedus é feio feito um pau circuncidado com garfo. Deus do céu, como esse cara pode ser galã? Qualquer merda que aparece na televisão é considerado sex-symbol hoje?

Bom, isso explica todas as ex-BBB’s que apareceram na Playboy.

Lembra quando posar pra Playboy era um símbolo de status?

Lembra quando a Playboy significava algo, porque não tínhamos a internet, tampouco acesso a pornografia infinita, incluindo vídeos vazados de famosas?

Claro que você não lembra. Desde o início deste blog meus leitores são todos adolescentes! Fico falando dos velhos tempos feito um Abe Simpson do Cecap e a molecada rindo das minhas velhices e tascando comida em mim. Que vida lazarenta essa que eu escolhi.


Pois bem, os cenários também são lindos... Digo, é só grama, montanha e riacho a maior parte do tempo... Mas ainda é bonito de se olhar. Se você tem vontade de fazer trilha pela montanha, mas é um aglomerado de preguiça e fobias sociais que te impedem de sair de casa, Death Stranding é sua segunda melhor opção. O jogo duplica com precisão impecável o tédio absoluto de se caminhar pela natureza, com a vantagem que você pode fazer isso enquanto inala uma pizza.

O áudio do jogo é bom, com todos os atores dando seu melhor para fazer o roteiro incompreensível de Hideo Kojima funcionar. Reedus mostra ser um homem versátil, interpretando um sujeito solitário que parece se comunicar unicamente por arrotos, bem diferente de seu personagem em The Walking Dead.

Aliás, sabiam que Reedus tem um novo show? Se chama “Ride With Norman Reedus”, onde ele e algum outro milionário que coleciona motos e que portanto, é totalmente conectado com o homem trabalhador comum, viajam de moto pelos Estados Unidos, de novo, algo que toda pessoa comum pode fazer diariamente.

E querem saber como descobri a existência deste show sobre um tema que claramente não me interessa? Foi graças a este game! Mais especificamente, o momento em que mandei Norman Reedus tomar um banho, e uma propaganda imensa da série apareceu no box do herói.

QUE BELA MANEIRA DE QUEBRAR A IMERSÃO DO JOGO EM KOJIMA??? NÃO BASTAM AS LATAS DE MONSTER ETERNAMENTE PRESENTES NO QUARTO DO REEDUS???

Sim, é um game sobre um mundo pós-apocalipse, onde toda a humanidade precisa viver debaixo da terra pra não ser comida por fantasmas, e de alguma forma a produção de Monster ou de séries de TV’s que só tem apelo perante homens que já chegaram à meia idade continua firme e forte.

Bom, todos os atores trabalham muito bem, o bebê permanentemente conectado ao protagonista faz barulhos adequados de ranhento, e o som ambiente é bastante adequado, exceto quando o silêncio da caminhada é interrompido por alguma música de uma banda que você nunca ouviu na vida, e que com certeza ocupa o MP3 que o Kojima escuta enquanto faz esteira pela manhã.

Kojima é aquela cara que senta no fundo da classe, escuta bandas folk-independente norueguesas e enche o saco de todo mundo tentando se passar pelo maior erudito musical que já existiu.

Algo me diz que a Paloma nunca toparia ir atrás da caçamba de lixo que ficava no beco ao lado da escola com ele.


Falemos agora da jogabilidade.

Tem quase nenhuma jogabilidade aqui.

Tudo que você tem de fazer é andar.

E andar e andar, e depois andar mais um pouco, até chegar ao seu objetivo.

Não, sério. O jogo inteiro consiste de andar do ponto A até o ponto B, fazer sua entrega, depois voltar ao ponto A e começar tudo de novo. A emoção máxima presente aqui é usar os botões L1 e R1 para manter o equilíbrio de Reedus, que começa a pender para os lados de acordo com o peso que carrega nas costas.

Vejam, todo a tensão de Death Stranding reside no fato de que Norman Reedus pode rolar ribanceira abaixo caso pise em falso e não consiga corrigir o passo. É! Chegamos ao ponto em que andar sem levar um tombaço é uma aventura que merece se tornar videogame!

Mas devido crédito a quem merece: Death Stranding é o melhor simulador de caminhada já criado. É perceptível o esforço da equipe de produção em captar todas as variantes que podem fazer um homem perder a estabilidade. Uma caixa  a mais nas costas de Reedus pode tornar sua viagem muito mais difícil, então a decisão de apanhar aquele pacote extra no meio do caminho acaba por se tornar uma escolha muito mais difícil do que tem o direito de ser.

Aliás, transportar cadáveres é um jogo totalmente diferente de transportar caixotes, e não quero nem saber o que os produtores do game tiveram de fazer para reproduzir esta experiência na aventura.

Agora, tem combates aqui. Vez ou outra pipoca um chefe abissal-satânico que precisa ser derrotado com granadas de mijo, e sempre tem a chance de Reedus esbarrar em um acampamento terrorista em suas viagens, porque é claro que este game tem terroristas... Que querem algo... Porque terror.

Embora o combate não seja necessariamente ruim, ele simplesmente é inadequado para este tipo de jogo, uma vez que passamos a maior parte do tempo simplesmente caminhando.

Bom, passamos a maior parte do tempo assistindo cutscenes com mais diálogo que toda a obra de Dostoievsky, mas você me entendeu.

Se não entendeu, farei uma analogia.

Imagine que você está jogando Gran Turismo. Suas últimas 60 horas de jogo consistiram de corridas e mais corridas, dominando todos os tipos de transmissão e tração e doguinho e seja lá mais o que games desse tipo oferecem. Você é um demônio sobre rodas, tão foda que seu irmão mais velho deveria se chamar “Rex” e usar uma máscara com um “X” estampado. Subitamente, após tantas horas de jogo, seu boneco desce do carro, saca uma katana e corre para lutar contra um demônio-vampiro-loli-travesti que apareceu no meio da pista. É uma jogabilidade totalmente diferente daquela que você encarou desde que começou a jogar, e o choque dessa mudança é suficiente para lhe causar uma embolia peniana.

Essa é basicamente a experiência de combate em Death Stranding. Após horas simplesmente segurando a alavanca analógica para frente, é esperado que você consiga dominar o arremesso das suas granadas de mijo enquanto esquiva dos ataques do chefe e dos demais horrores que se espalham pelo cenário, o que pode tornar as batalhas do jogo em enormes exercícios de frustração.

Para finalizar, eventualmente você pode construir tirolesas, que cortam o tempo de jogo em três quartos. Em outras palavras, quanto mais você jogar, menos precisará jogar.

... Kojima, por que não foi pra Hollywood e produziu uma série para a Netflix de uma vez? Você claramente quer manter os jogadores tão separados do joystick quanto puder!


Então, permitam-me terminar com este comentário: Death Stranding não é ruim.

É um jogo estranho, com jogabilidade esquizofrênica e uma história que é uma carta de amor a megalomania de Hideo Kojima... Mas não é um jogo ruim. De fato, acho que é uma experiência válida para qualquer um que puder colocar as mãos nele, mesmo que seja apenas pela sua bizarrice.

E ainda digo mais, é um game 100% original.

Sim, eu sei... Dá pra encontrar coisa original entre os indies, mas me refiro a algo produzido com um orçamento tão grande que precisa colocar propagandas de séries de TV e latas de Monster em 1080p de resolução pra poder se pagar. Em meio a mesmice que se tornou a fatia AAA do mercado de games, Death Stranding consegue ser uma lufada de ar fresco muito bem vinda.

Vai te encher o saco as vezes e você irá abandonar o jogo por longos espaços de tempo, mas uma voz no fundo de sua mente sempre o convencerá a dar uma nova chance ao game, até finalmente terminá-lo, assistir o seu final com quase duas horas de duração, e cheio de satisfação, olhar para sua TV e dizer: “MAS QUE PORRA FOI ESSA???”

Cheers!!!

6 comentários:

Leandro"ODST Belmont Kingsglaive" Alves the devil summoner disse...

Bem vinda essa sua critica a obra egolotra do Kojima, Amber

Eu já sabia desse programa do Norman Reedus, passa no canal AMC, geralmente na parte da manhã, acredito eu. vi um episódio aleatório enquanto limpava o cafofo e achei meh.

Sobre o game me lembro como teve gente que ficou puto da vida por Death Stranding não ter ganho o prêmio de melhor game do ano. E você esqueceu de mencionar de como o game desperdiçou o Mads Milkkensen, onde dizem dele aparecer muito menos no enredo do que deveria, sendo o tal do "Cliff" um personagem importante para a estória do jogo.

Mas vou te falar, A atriz que fez a mulher Bionica, Lindsay Wagner que aparece no game velha presidente do país do Trump e no auge da sua juventude como a Amelie, como na série nos anos 70/80? (me lembro de ter visto um ou outro episódio dessa série, acho que passava no SBT ou na Globo após o almoço quando eu era bem novinho, ingenuo e cheio de esperança) rapaz...

QUERO A AMELIE NO MEU QUARTO SENTANDO NA MINHA CARA!!

AGORA!!

NESSE MOMENTO VIRIL!!!!!!

aguardo o proximo post, Ameríndio!

Andrzej Wanoski disse...

Hum. Diferente com certeza é. Só o Kojima teria bolas de fazer um jogo assim, realmente. Um dia eu compro, mas nem hoje nem amanhã. 250 reais por um jogo ainda é muito.

K.I.T.T. disse...

Ei Amer alto lá, nem todos seus leitores são jovens, eu tenho mais de 4 décadas nas costas. hehehe. Quanto ao jogo, vi um pouco de gameplay no youtube e desisti de comprar. Adoro a série Metal Gear, mas nesse jogo ele mandou muito mal. Adoro jogos com longas cutscenes, quando jogava games de 8 e 16 bits ficava frustrado com a final da maioria dos jogos pois era apenas uma foto e a palavra congratulations. Em relação as garotas animadas se quiser aumentar o tempo em que escreve ou fala delas para 40% fique a vontade hehehe. Dois artigos em tão pouco tempo? vou ficar mal-acostumado. Um grande abraço.

Adan disse...

"O que eu estou fazendo aqui?"
Faz mais de dez anos que me pergunto isso, Ameríndio. No entanto gosto de ler o que vc escreve sobre todo tipo de games. Até daqueles que eu não suporto. E como o único sujeito além de você que tem 80 anos aqui, vamos dar as mãos e cantar "Why can't we be friends?"... Boa crítica!

Monali, Monaqui, Monalisa disse...

Excelente crítica, Amer! Vi um bocado de gente com um ódio mortal por esse jogo, então foi ótimo ver alguém falando dele de forma justa e engraçada.

Mas falemos do dito cujo, eu assisti um let's play desse jogo e eu senti uma paz em ver o Samuel Pontes andar por vastos campos sem nada acontecer, foi tipo aquela sensação de se andar pela cidade em um Harvest Moon ou Persona da vida. Depois o jogo colocou os inimigos e tudo mais e perdeu esse charme.

Ainda assim, esses momentos iniciais me encantaram e só por isso, eu quero dar uma chance ao jogo... Quando ele estiver por um preço muito baixo, isto é, hehe.

universo barbaro disse...

Eu realmente gostei de ver esse jogo, não sei quando( e se vou) jogar esse jogo, mas assistilo se acemelha muito à ver um filme ou uma série.
Eu gostei pacas da história.