sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Crítica do Amer: Transformers - Devastation


Ok, eu quero que vocês imaginem uma cena agora.

E sim, irei descrever um ato sexual repulsivo e tentarei usá-lo como analogia para aquilo que estou prestes a dizer. É o que eu sempre faço quando peço para que imaginem algo.

Bumblebee: Você vai me colocar em uma situação humilhante, não é? Ah, qualé?
Humilhe o Wheeljack! Ele é um cientista recluso e virgem, já tá acostumado!

Ok, imaginem que o Bumblebee entrou em um bar e sentou no balcão. Não o Bumblebee porcaria do Michael Bay, que parece uma escultura feita de batata frita e papel alumínio, me refiro ao clássico, aquele que se transforma em fusquinha e parece um completo inútil cercado de robôs que viram caminhões, tanques e a Xuxa.

Bumblebee está deprimido, pois descobriu que o já mencionado Michael Bay irá dirigir mais sete filmes dos Transformers. Ao ver que seu povo e cultura continuarão a ser transformados em piada pelas mãos de um cineasta belicista de pinto pequeno, nosso herói decidiu que o melhor curso de ação era tomar um porre e esquecer dos problemas.

Assim, ele pediu uma garrafa de José Cuervo para o barman, que o atendeu sem titubear. Afinal, quando você trabalha a noite vendendo bebidas alcoólicas, um robô gigante de quatro mil toneladas é uma das coisas menos estranhas que irá entrar em seu estabelecimento.

Bee vira três copos de José Cuervo seguidos, e rapidamente percebe que não possui um sistema digestivo e que esta decisão foi uma perda de tempo. Quando se prepara para levantar e ir embora, uma morena pernuda e com uma bunda grande suficiente para sufocar um pitbull, senta ao seu lado. É ninguém menos que a Bayonetta.

A moça pergunta ao amarelinho o motivo de sua tristeza, e ele decide se abrir com ela. Após algumas horas de conversa, Bee e Netta percebem que tem muito em comum. Ambos são pelo menos dois metros mais altos que todo mundo ao redor, costumam lutar com seres ridiculamente mais poderosos que eles, e precisam lidar com a dificuldade que é se comunicar apenas através de diálogos mal escritos.

Em outras notícias, “Bee e Netta” parece nome daquelas duplas musicais cristãs do interior estadunidense. Aqueles que cantam músicas do tipo “Os negros de marte vão roubar nossas filhas” e coisas assim.

Exceto que eles não usam a palavra “negros”. Eu estava tentando ter alguma classe.

Pois bem, Bee e Netta continuam conversando e entornando tequila, quando uma segunda pirigótica entra na conversa: A Caçadora de Demônios de Diablo III... Porque é a única personagem feminina realmente atraente daquele game.

Os três então seguem madrugada adentro com uma conversa gostosa, regada a lacool, quando a Caçadora convida Bee e Netta para voltarem com ela até seu quarto no hotel, e assim eles o fazem. Bee quer aproveitar a chance de experimentar a cultura humana e Netta simplesmente é lasciva, e transaria com a Enterprise se tivesse a chance.

No quarto, Bayonetta e a Caçadora arrancam as roupas uma da outra e entrelaçam línguas da forma mais molhada e barulhenta que podem, gerando mais saliva que um Xenomorfo que bebeu muita água. Quando cansam de experimentar o cuspe uma da outra, as duas pulam no colo de Bee, doidas por penetração cibernética que faria Isaac Asimov corar!

É quando percebem que Bumblebee não tem genitais humanas.

Uau! Bee descobriu duas coisas a respeito de si mesmo esta noite!

E os três ficam sentados na cama, olhando um para o outro com cara de bobos e extremamente constrangidos.

...

Transformers: Devastation é o que sairia caso Bumblebee, Bayonetta e Diablo conseguissem ter uma relação sexual.

...

Meu Deus, eu nem sei mais o que é real...

Bumblebee: E agora você me coloca pra brigar com o Devastador!?!?!?
O QUE EU TE FIZ???

Nossa história começa com um dia normal em Guarulhos. As pessoas estão em seus carros, indo para o trabalho e amaldiçoando suas vidas, quando subitamente... TENTÁCULOS MECÂNICOS GIGANTES ATACAM E COMEÇAM A VIOLAR A CIDADE COMO SE ELA FOSSE UMA COLEGIAL EM ANIME HENTAI!!! GAAAAAAAHHHHH!!!

Optimus e seus Autobots chegam antes que as coisas saiam demais do controle e encontram Megatron e os Decepticons, juntos a uma gigantesca torre, que simplesmente brotou no meio da cidade.

Após evacuarem todos os humanos... Em uma ação que ninguém viu ou sequer questionou... Os Autobots decidem enfiar a porrada em seus rivais. Optimus diz: “Você pare de abusar de Guarulhos, seu mequetrefe!” ao que Megatron responde: “Nah, nah, nah!” e o pau come solto!

Eventualmente, nossos heróis descobrem que a “torre” é nada mais nada menos que a Proudstar, a nave do lendário Transformer Nova Prime, que viajou pelo universo em uma missão de expansão do território Cybertroniano... E que caiu na Terra, porque todo lixo do espaço vem parar aqui. No controle da Proudstar, Megatron pretende “Cyberformar” nosso planeta, ou seja, fazer dele um novo Cybertron.

Os humanos vão todos morrer no processo, mas vamos concordar que eles sempre são os personagens mais fracos de qualquer série de Transformers, não se perde muito.

Seja como for, Optimus não pode permitir uma lazarência dessas, então ele e seus Autobots tentam impedir Megatron antes que a cagada torne-se grande demais e minha nossa senhora, É GLORIOSO!!!

O game é obviamente baseado na G1, a continuidade original de Transformers iniciada em 1984. A história foi escrita por Andy Schmidt, editor e roteirista da IDW, que possui grande experiência com a franquia. O enredo do game consegue mesclar com perfeição a narrativa mais séria presente nas publicações da editora, e a deliciosa breguice do desenho animado clássico. Um deleite sem tamanho para os fãs antigos de Optimus e seus amigos alegres.


A apresentação do game também pega a nostalgia dos fãs pelas bolas, PELAS BOLAS!!! O visual é todo em Cel-Shading, ou seja, usa texturas que lembram animação tradicional. Os personagens são extremamente fieis a seus designs originais, mas bem mais detalhados.

Eu queria fazer uma piada aqui sobre isso ser um benefício óbvio do game não usar mão de obra escrava em sua produção, diferente do desenho de 1984... Mas não consegui formular a frase como gostaria.

Façamos um momento de silêncio pela piada perdida.

...

Ok, vamos em frente.

Não apenas o visual e o roteiro pegam os fãs pelas bolas (PELAS BOLAS), como também a trilha sonora, que traz contribuições de VINCE DICOLA!!! O vagabundo que também compôs as faixas épicas de Transformers: O Filme!!!

Três outros japoneses também trabalharam na trilha do game, mas eles não são VINCE DICOLA!!! Então eu quero que eles morram. Em um incêndio. Cercados por suas famílias. Só para vê-los morrerem queimados também. Gritando.

E não apenas isso, mas os atores que trabalharam na série de 1984 e que conseguiram a façanha de continuarem vivos nos últimos trinta anos, repetem seus respectivos papéis no game! Peter Weller empresta sua voz de veterano do Vietnã para Optimus Prime, enquanto Frank Welker faz de Megatron o Mussolini intergaláctico que tanto amamos!

Ainda tem mais! Dan Gilvezan volta a interpretar Bumblebee, Michael Bell dá vida a Sideswipe novamente e Gregg Berger nos presenteia com os maneirismos de Grimlock uma última ve... Oh, o que importa? Nenhum de vocês dá a mínima, não é verdade? Só eu, como fã abilolado que sou, com meus lençóis do Starscream, que fico empolgado em saber que um bando de velhos vai receber mais um contra-cheque para dublarem personagens de trinta anos de idade para o qual eles não poderiam ligar menos!

MARDIÇÃO!!!

Então Falemos da jogabilidade, porque é tudo que me resta.

Jogabilidade: Quando você aperta botões pra matar coisas

Como eu disse, Transformers: Devastation é o resultado de uma grande orgia entre... Meu Deus, por que eu estou voltando nessa piada? Ela não deu certo da primeira vez!

Mas bem, este jogo possui uma jogabilidade bastante similar a de outros títulos da Platinum Games, como Metal Gear Rising: Revengence, e Bayonetta... Caso não tenha ficado claro com a introdução enorme e em retrospecto, completamente desnecessária deste artigo.

E como funciona? Bom, o jogador controla o robô de sua preferência e avança pelo cenário, enfiando a porrada em todos os Decepticons que encontrar pelo caminho. Para isso ele conta com uma enorme variedade de armas, tanto de contato direto quanto de fogo.

Mas simplesmente metralhar botões e atacar cegamente não é o melhor caminho para a vitória. Mesmo nas dificuldades mais baixas, os inimigos possuem uma ofensiva muito boa, então é preciso aprender a dominar a habilidade Focus, que desacelera o tempo e permite que o jogador encaixe alguns bons combos em seus adversários. Tal poder é ativado sempre que o personagem esquiva de um ataque inimigo no momento certo, como a Bayonetta e o Raiden já cansaram de fazer em seus respectivos jogos...

Sinceramente? Se você já brincou com os outros games da Platinum, não encontrará nada de novo aqui. É ação rápida e cheia de violência satisfatória, mas com robôs gigantes, ao invés de uma morena pernuda ou um boy-magia cibernético. Não há o que não gostar aqui.

As transformações também foram incorporadas de forma excelente no game. Todos os personagens podem assumir seus modos alternativos a vontade, o que lhes dá maior velocidade e mobilidade, e ainda permite que utilizem qualquer arma de fogo que tragam consigo. Não apenas isso, mas a forma veicular pode ser usada em combate, sendo um elemento chave na criação de combos e a habilidade mais eficiente para se combater inimigos que usem escudos.

De fato, acredito que este é o game de Transformers que melhor utiliza o modo veículo dos personagens. A integração é tão orgânica que antes que perceba, você instintivamente alternará entre as duas formas, de acordo com o que julgar adequado para avançar na aventura.
o
O único personagem que foge a regra neste aspecto é Grimlock, líder dos Dinobots e que apropriadamente transforma-se em um tiranossauro. Em seu caso, o modo alternativo funciona como um segundo personagem, com um funcionamento bastante diferente do original. Se isso é bom ou ruim, vai do gosto de cada jogador.

Mas e quanto a Diablo? Onde entra nesta equação?

No grinding infinito que Transformers: Devastation é capaz de proporcionar.

Não sei como representar "grinding" com uma imagem, então aqui está o Shockwave.
Não é bem melhor que aquele intestino metálico do filme do Michael Bay?


Jogadores de Diablo, respondam rápido: Qual foi o máximo de tempo que vocês passaram grindando até conseguirem os melhores equipamentos para seu personagem?

...

Dois di... MÍSEROS DOIS DIAS??? VOCÊ ME DÁ NOJO! EU TE DESPREZO E ESPERO QUE MORRA QUEIMADO JUNTO DOS JAPONESES COMPOSITORES DA TRILHA DESTE GAME E SUAS RESPECTIVAS FAMÍLIAS!!!

Ma bene, Transformers: Devastation lhe fornece toneladas de equipamentos que você pode distribuir entre seus personagens. Assim como em Diablo, estas armas possuem níveis e melhorias diferentes. E se quiser equipar seu robô com aquilo que há de mais avançado na arte de assassinar seus semelhantes, você vai gastar alguns bons dias de sua vida.

E ainda existe a opção “Synthesis”, onde você pode fundir duas armas para aumentar muito o poder de uma delas, com o sacrifício da outra. Nem todas as fusões saem iguais e é muito fácil fazer uma burrada e perder um equipamento incrível, então prepare-se para passar muitas horas no laboratório, brincando de Bismuth, em busca da arma perfeita.

Viu o que eu fiz? Uma referência a Steven Universe. O que é apropriado, porque eu acho que Steven é a melhor série de Transformers já feita... O que ´irônico, porque ela não é Transformers... E eu estou divagando e outro dia volto neste assunto.

Armas podem ser encontradas normalmente ao longo do game, mas a forma mais fácil de se adquirir um arsenal é brincando no Challenge Mode, que oferece dezenas de desafios (DÃ!) diferentes, como enfrentar pelotões de soldados de infantaria, combater todos os Decepticons de uma vez, sair no braço com o Devastador ou ficar atrás de um canhão laser com munição infinita e mandar chumbo em um enxame de Decepticons.

Os personagens também ganham experiência e evoluem quando em combate. E níveis de dificuldade maiores aumentam o limite de Level que eles podem atingir, além de liberarem armas mais poderosas.

Todas estas opções dão uma vida bastante longa a Transformers: Devastation. O que é bom, porque seu modo de história é curto e pode ser terminado em uma tarde de sábado.

Não se pode ter tudo.

Megatron: EU ODEIO VOCÊ!
Optimus: Eu gosto de você!
Megatron: Bem, isso muda tudo. ACABOU A GUERRA!

Em uma última nota, Transformers: Devastation está disponível para os consoles da geração atual e da passada. E embora tenha uma resolução um pouco mais baixa, ele ainda possui um visual muito bom nos aparelhos antigos.

Um alívio neste mundo com Wolfenstein: The New Order, Dragon Age: Inquisition, The Evil Within e tantos outros títulos que parecem ter passado pelo sistema digestivo do Unicron antes de serem lançados para o Ps3 e o Xbox 360.

... Viram o que eu fiz aí? Foi outra referência!

Eu sou o maior!

Bah Weep Graaaagnah Wheep Ni Ni Bong!!!


Cheers!!!

16 comentários:

C disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Cabral disse...

Platinum Is The New Capcom
Digo, se a Capcom percebesse que em time que tá ganhando não se mexe... e não ficasse inventando moda toda maldita geração... e não destruísse tudo que os fãs gostam.
Até Legend of Korra não é ruim, apesar de ser fraquinho, fraquinho.
Ah, como eu queria ter grana pra comprar Devastation e Mutants In Manhattan...

Galomortalbr disse...

Americano faz review de Steven universo pls

Unknown disse...

Falar de Steven Universo seria legal...

Unknown disse...

Falar de Steven Universo seria legal...

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Éder disse...

Hammer , muitíssimo obrigado pelo retorno a Transformers . Eu não sou um conhecedor da série mas me interessei um bocado pela versão da década de oitenta. Os seus artigos sobre os episódios dela são simplesmente sensacionais. A propósito você pretende mostrar pra gente outros episódios surreais da série ou pra você o assunto já deu no que tinha que dar? Por favor me responda

Bier disse...

Olá, Amer...

Só eu achei difícil de encaixar os combos nesse jogo?

O respeito à saga G1, as vozes, a representação 3D dos personagens, tudo confere.
Dou destaque para os Decepticons genéricos, que coisa boa é detonar uns 3 ao mesmo tempo. (Basta acertar a sequencia... ai ai...

Ah, sim... e o de sempre:
Ótimo artigo, Amer!

henrique santos drumond disse...

eu to ouvindo em luping a abertura dos anos 80s e ´ta muito fd apesar deu saber q o desenho é meio merda(desculpe amer,mas desenhos dos anos 80s dificilmente envelhecem bem),mas adoraria um dia desses ver o filme de 86 pra ter um pouco da esperiencia desse classico

ps: eu gostaria de ver uma review de ginga nagareboshi gin um anime q gosto bastante e pouquissimas pessoas conhecem

Leandro"ODST Belmont Kingsglaive" Alves the devil summoner disse...

Concordo com o Gustavo, faz um post sobre o Steven Universo, Amer.

henrique santos drumond disse...

alguem sabe onde consigo ve o filme de 86 dublado?
n consigo achar

yngonus disse...

assista aqui!!!
http://www.redecanais.com/transformers-o-filme-dublado-1986-1080p_94ad0c1a8.html

Bruno disse...

Eu entendi a referência no final kkkkkkkkk

Unknown disse...

E o jogo ainda saiu de "graça" na PSPLUS de outubro. \o/

Unknown disse...

E o jogo ainda saiu de graça na PSplus de outubro.

MateusSan10 disse...

Desconhecia totalmente esse jogo, não vi ninguém falando, nem nada! Pode ser que eu hoje em dia que esteja muito desligado nisso, de qualquer forma valeu por me apresentar Amer.