segunda-feira, 8 de julho de 2013

Coisas que os Videogames fazem melhor que o Cinema


Alô queridos! Como estão?

Eu vou bem, obrigado. Passei os últimos meses em intercâmbio, trabalhando com produção cinematográfica e encontrei o amor de minha vida neste meio tempo. Uma ruiva franco canadense chamada Hilde, dona de um adorável sotaque francês. Ela adora Mass Effect, Transformers e estamos esperando o nascimento de nossa primeira filha no momento, ao qual batizaremos de Diana Shepard Kamen Rider de Alcântara.

...

Não, nada disso é verdade. O fato é que passei os últimos dois anos trabalhando como redator e crítico de cinema e estou mais solitário, odioso e fedido do que nunca. Especialmente agora que saí da empresa após divergências com meus chefes. Aparentemente, eles não gostavam do fato deu usar o ambiente de trabalho para desmembrar japonesas e vender suas partes no Mercado Livre.

Seja como for, aprendi muitas coisas neste período em que trabalhei com a 7ª Arte. Por exemplo, o fato de que Hollywood é comandada por completos retardados, que a indústria do cinema está em claro declínio e que muitos dos mais fervorosos cinéfilos tem um ódio total e absoluto por videogames.

Roger Ebert tinha uma clara aversão ao meio. E olha que ele era um dos poucos críticos de cinema que eu genuinamente respeitava.

Não faço ideia de onde vem este sentimento. Talvez preconceito puro e simples para com algo que não conhecem, talvez os cinéfilos não aceitem comparações entre os games e aquilo que consideram uma “forma superior de arte”, ou talvez eles simplesmente estejam sem cagar a meses. Nada que um suco de ameixa e meia dúzia de paçoquinhas não resolvam.

Não me entendam mal, eu amo cinema com cada átomo de meu ser. Minha personalidade foi em grande parte moldada por obras como Conta Comigo, Os Goonies, Gremlins, Os Caça Fantasmas, Corra que a Polícia Vem Aí, Rocky, De Volta Para o Futuro, Indiana Jones, Star Wars e tantas outras pérolas que eu poderia ficar citando aqui até morrer seco e arreganhado.

O negócio é que a indústria do cinema está, em minha opinião, completamente estagnada, enquanto os games se tornam um terreno cada vez mais fértil para mentes criativas.

Assim, decidi escrever um breve (até parece) artigo explicando por quais motivos acredito que os games são um veículo midiático superior ao cinema e ao James Franco.

Droga de James Franco e seu cabeção de mini craque! Você destruiu Harry Osborn pra mim, seu mágico fracassado que molesta bonecas de porcelana! 


Games são uma excelente ferramenta de interação social

Se você cresceu neste planeta e não é um Gamer, é bem capaz de que já tenha uma ideia pré-concebida de como são as pessoas que desfrutam deste hobbie.

Se você não cresceu neste planeta... e é uma sexy mulher azul que veio das estrelas, me manda um e-mail... Vamos conversar.

Enfim, a ideia pré-concebida em questão, consiste em imaginar que todos os apaixonados por games são sujeitos obesos, virginais, totalmente descuidados de sua higiene pessoal, que moram com a mãe mesmo depois de passar dos 40 anos, que deixam uma trilha viscosa por onde passam e que colecionam pornografia da Moranguinho.

Ou seja, alguém assim:


Agora, eu garanto, com 100% de certeza que este não é o caso de todos os gamers. Eu mesmo sou um exemplo claro disso! Parei de colecionar pornografia da Moranguinho tem duas semanas!

...

Que foi? A Moranguinho e as amigas tem cheirinho de fruta! É sexy!

Agora, existe sim uma parcela de pessoas que sofre de insegurança e/ou baixa autoestima, que encontrou nos games uma forma de entretenimento onde não é necessário interagir com outras pessoas. Mas elas não são a totalidade do público gamer, definitivamente.

E verdade seja dita, isso pode ocorrer com todas as formas de entretenimento.

O ponto é, videogames são uma das melhores formas que existem de se interagir com os amigos. Se você está na casa dos trinta anos, tente se lembrar do que você e seus amigos faziam na infância.

Não, não me refiro ao troca-troca. E sim a possibilidade de vocês terem passado horas nos fliperamas da vida, jogando Tartarugas Ninja, Final Fight e Double Dragon! Então, vieram os consoles domésticos e com eles, a chance de se jogar obras totalmente novas, como Tartarugas Ninja IV, Final Fight Revenge e Double Dragon V.

Pois é.

Hoje, esta interação se mantém. Graças a conectividade online, você pode encontrar seus camaradas na rede e se divertir com partidas de Call of Duty: Modern Warfare 2, Call Of Duty: Modern Warfare 3, Call of Duty: Black Ops e Borderlands.

Ahhh, a variedade.

Ao longo dos anos, videogames se tornaram uma das maneiras oficiais de se relacionar com os amigos. Ao invés de ir até a casa de seu camarada, reunir seus bonecos do He-Man com os Thundercats dele e fazer uma grande suruba de plástico com as Barbies “emprestadas” da coleção da irmãzinha, vocês se encontravam pra espancar pessoas virtuais em um jogo eletrônico. E se quisessem sobreviver a um game, vocês PRECISAVAM trabalhar juntos e interagir de forma mais ou menos saudável.

Claro, você pode ir ao cinema com um amigo ou juntar a galera para ver um filme em seu novo televisor em HD de 90 polegadas. Mas a menos que tenham se reunido para caçoar da produção, a experiência do grupo se limitará, na maioria dos casos, a cada um sentar em sua poltrona e assistir em silêncio. Não existe nenhuma interação, exceto o eventual bate papo sobre a história depois da sessão e que irá durar exatamente até o momento em que alguém decidir pedir uma pizza.

Você pode decidir passar o resto da vida estudando e ponderando sobre tudo que um filme pode representar, mas conversas sobre cinema normalmente englobarão diversos filmes e longas interações a respeito só poderão ocorrer com pessoas tão cinéfilas quanto você. Não dá pra debater Stanley Kubrick com alguém que só assiste Michael Bay.

Por outro lado, se tiver um amigo que jogue apenas Mass Effect ou Fallout, você poderá ter horas de conversa ininterrupta com ele, unicamente sobre estes dois jogos. E isso porque...


Games permitem um enorme desenvolvimento de seus personagens e do mundo em que eles vivem

Um filme costuma ter entre uma hora e meia e três horas de duração, aproximadamente. Este é o período de tempo que o diretor tem de apresentar os personagens, estabelecê-los, definir suas características e desenvolvê-lo, antes que os créditos comecem a subir.

Acredito que em um bom filme, o protagonista começa a história de um jeito e a termina de outro. Por exemplo, Michael Corleone inicialmente não queria nada com os negócios da família, mas ao fim de sua história, tomou o lugar do pai como chefão da Máfia e tornou-se tão impiedoso e violento quanto ele. Luke Skywalker começa como um caipira incestuoso que atira em ratazanas do deserto e torna-se o maior Jedi da galáxia, enquanto Tony Stark é um bilionário mimado e arrogante que aos poucos torna-se um herói genuíno, capaz de se sacrificar para salvar inocentes.

Mas... Vocês perceberam um padrão aqui? Todos estes personagens tiveram séries de filmes para serem desenvolvidos. Michael e Luke foram peças centrais em suas próprias trilogias e Stark participou de quatro filmes... pelo menos por enquanto.

Quando o roteiro é comprimido em um filme só, muitas vezes não existe tempo de nos aprofundarmos tanto quanto gostaríamos na mente do personagem principal. Em Scarface, Tony Montana começa a história como um imigrante cubano ultra violento e disposto a tudo para ter dinheiro e poder, o vemos crescer "profissionalmente" no mundo do crime, mas sua personalidade permanece a mesma até o último minuto da história. A mesma cabeça quente que nos foi mostrada como característica principal do gangster é o que causa sua queda no fim do longa.

Quanto a seus coadjuvantes, eles pouco tem tempo de brilhar e acabam sendo meras ferramentas para que a história Tony seja contada. Manny é seu melhor amigo mulherengo, Gina é sua irmã caçula ao qual o "herói" protege de forma doentia e Elvira é o troféu que comprova a ascensão do traficante ao topo de sua carreira. Embora nos cativem com sua presença, nenhum deles tem espaço de tela para nos mostrar seus próprios conflitos e dilemas.

Este não é um problema pelo qual os games passam.

Vou tomar como exemplo Grand Theft Auto IV. Na história, controlamos Niko Bellic, um imigrante europeu que vai morar nos Estados Unidos com seu primo e que acaba envolvendo-se com o crime organizado. Inicialmente Niko parece um mero bandido incapaz de demonstrar remorso, mas com o tempo descobrimos que ele é um homem traumatizado, que teve seu espírito quebrado pela guerra civil e fechou-se para o mundo. A única forma como conseguiu lidar com a dor que sentia.

E embora tenha surtos psicóticos de extrema brutalidade (sem dúvida causados por seu transtorno de stress pós traumático), Niko é extremamente protetor para com seus amigos e família e está disposto a qualquer coisa para mantê-los seguros. Em uma das missões, ele encara um armazém cheio de mafiosos russos armados com rifles de assalto apenas para salvar seu primo.

A mesma profundidade pode ser encontrada em Johnny Klebitz (da expansão “The Lost and Damned”), um motociclista brutal que vive se metendo em enrascadas para ajudar sua ex-namorada viciada em crack e que demonstra genuína pena por um picareta que é forçado a sequestrar.

E os coadjuvantes de Liberty City não estão lá só pra deixar o ambiente mais colorido. Todos tem suas histórias, dramas, inseguranças e problemas, que nos são apresentados quanto mais passamos tempo com eles. Ao longo das inúmeras horas de duração do jogo, Niko (e Johnny, e Luis nas expansões) terão longos diálogos com aqueles que os cercam, o que os torna cada vez mais familiares para o público. Com o tempo, passamos a apreciar a presença destes indivíduos, ao ponto de criarmos uma ligação genuína com eles.

Então, quando somos apresentados com uma escolha que pode causar a morte de um destes personagens, torna-se muito difícil tomar uma decisão. A Bioware adora nos colocar no meio desses dilemas.

E este é um apego emocional que os filmes andam com uma dificuldade incrível de gerar.


Os Games estão passando por um momento criativo muito melhor que o cinema

Neste exato momento, Hollywood está planejando um remake de Mulher Nota Mil.

MULHER.

NOTA.

MIL.

Se existe um filme que não precisa ser recriado, é Mulher Nota Mil. Ele é um tesouro dos anos 1980 e um eterno atestado de como comédias adolescentes eram bem pensadas na época. Quando mais que uma história com conceito tão incrivelmente sexista quanto este poderia se tornar uma divertida e sincera película sobre amadurecimento e evolução pessoal?

Sério, dois nerds criam a mulher perfeita em seu laboratório. E quando ela se mostra mais do que disposta a satisfazer todas as necessidades sexuais dos dois... a coisa mais picante que um dos rapazes consegue pensar é em ter seu primeiro beijo com ela.

E depois querem me convencer que Diário de uma Paixão é romântico! Ryan Gosling ameaça se jogar de uma roda gigante até a mocinha da história aceitar sair com ele. Isso não é romance... É COAÇÃO!!! VÁ SE FODER, RYAN GOSLING!!!

E VÁ SE FODER, MARGOT KIDDER!!!

Agora, além deste remake, temos também o de RoboCop e um possível reboot de Gremlins, sem contar que existiu um projeto, até o momento cancelado, de Fuga de Nova York.

Agora, vejamos quais os filmes mais esperados do próximo ano. De cabeça, posso citar Capitão América 2, Thor: O Mundo Sombrio, Jogos Vorazes: Em Chamas, Círculo de Fogo, O Hobbit – A Desolação de Smaug e O Espetacular Homem-Aranha 2.

Olhemos mais no futuro ainda e teremos Os Vingadores 2, Mais dois Jogos Vorazes, mais um Hobbit e a nova saga de Star Wars, que promete colocar um filme novo nos cinemas todo ano.

De tudo isso que citei, temos apenas Círculo de Fogo como uma produção totalmente “original”. E uso as aspas porque é um filme sobre robôs gigantes enfrentando monstros, não é nada novo para quem assiste ficção científica japonesa ou Anime.

Hollywood hoje tem de competir com outras formas de entretenimento. Sair de casa a noite, enfrentar trânsito e pagar uma fortuna no ingresso de um filme (mais estacionamento, combustível e comida), não parece mais tão atraente quanto encomendar uma pizza e assistir a alguma coisa no Netflix. Desta forma, muitos estúdios preferem investir apenas nas propriedades intelectuais que eles sabem que darão retorno.

Graças a isso, temos mais continuações e remakes do que precisamos... E muitos filmes em 3D, que não tem a menor necessidade desta tecnologia, mas que são feitos assim para que gastemos o dobro no preço do ingresso.

Agora, sei muito bem que a indústria dos games não vive unicamente de títulos inéditos. Enquanto escrevo este artigo, posso ver na minha estante QUATRO jogos da série Gears of War, CINCO Assassin’s Creed e SEIS God of War.

E nem vou começar a falar de Call of Duty e Street Fighter, ou todos entraremos em depressão aqui.

Mas mesmo com este excesso de continuações, a indústria dos games se permite arriscar mais e ser mais original do que qualquer estúdio de cinema tem feito nos últimos anos. Eu poderia citar uma dezena de jogos, mas me aterei a apenas um no momento: Catherine.


Aqui, estamos no controle de Vincent, um sujeito de trinta e poucos anos que não fez muita coisa da vida e está em um relacionamento não totalmente feliz com sua namorada de longa data, Katherine. A moça coloca nele muita pressão para que se endireite, pare de perder tempo com os amigos e case com ela de uma vez, o que como todos sabemos, tem o efeito totalmente oposto em qualquer homem.

Eis que surge Catherine, uma loirinha deliciosa de 21 anos que é praticamente a manifestação física de todas as fantasias de Vincent. Os dois dormem juntos e a partir daí, o “herói” passa a ter pesadelos diários, nos quais precisa decidir qual rumo irá seguir na vida, se vai largar a namorada e cair de cabeça em um mundo de prazer sem culpa com Catherine, ou se irá resistir a tentação, criar juízo e aceitar as responsabilidades da vida adulta junto da outra Katherine.

UAU!

Catherine (o game, não a loirinha) é um produto totalmente original e por que não dizer, experimental? Dilemas morais e desenvolvimento de personagem nos são apresentados juntamente da solução de puzzles, o que rende uma experiência única. Não é um título para todos os gostos e com certeza não chamou a atenção dos machinhos belicistas obcecados por Gears of War, mas atingiu a um público bem maior que o esperado.

Hollywood não se arrisca muito mais com este tipo de projeto, pois seu retorno financeiro não é garantido, pelo menos no nível em que eles esperam. Mesmo as produções independentes dos anos 1990 (que nos renderam diretores como Kevin Smith e Quentin Tarantino) foram parte de uma bolha sustentada pela indústria apenas porque rendia MUITA GRANA. Algo que não se repete mais.

Da mesma forma, investidores fogem de roteiros mais maduros, que não possam cativar a famílias inteiras, simplesmente porque um Segredos de Sangue não vai render a mesma quantidade de cifrões que um Homem de Ferro 3.

O mercado de games permite liberdade criativa maior. Claro que os donos das grandes desenvolvedoras querem encher o rabo de grana, mas a indústria é mais flexível e tem lugar para jogos sanguinolentos e cheios de sexo, ou para aventuras inocentes com fadinhas. Desta forma, mesmo em um oceano de continuações, ainda há bastante espaço para produções variadas e diferentes.

E por falar em games para adultos...


Games tratam temas adultos com mais maturidade que o cinema

Um dos últimos filmes “para adultos” que assisti foi Em Transe, do diretor Danny Boyle. Nele, um grupo de criminosos recruta a ajuda de uma hipnoterapeuta para que ela faça com que um dos bandidos lembre onde escondeu uma obra de arte valiosíssima que ele se seus colegas roubaram.

O filme é bom, embora eu tenha algumas ressalvas, como o fato de que não acredito em hipnose.

Mas se estou disposto a aceitar um cientista franzino que se transforma em um monstro verde gigante toda vez que se irrita, acho que não tenho muito direito de criticar o quanto este longa é verossímil.

Enfim, tenho grandes problemas com uma cena que mostra a atriz Rosario Dawson em um nu frontal completo.

Que fique claro que eu jamais reclamaria se Rosario Dawson aparecesse peladinha na porta do meu quarto, desejosa de fazer coisas imorais comigo... Antes de perceber minha coleção de Transformers e decidir ir trepar com meu vizinho, que é um homem de verdade e tem um carro de verdade ao invés de robôs de plástico que se transformam em tiranossauros, empilhadeiras e caramelos.

... onde eu estava... Ah sim, o filme de Danny Boyle.

No ocidente, onde até hoje sofremos muito com o conservadorismo, nudez ainda é um tabu, especialmente se for nudez feminina. Fazer uma atriz tirar a roupa em um filme é considerado algo arriscado, pois irá aumentar brutalmente sua classificação etária. O beneficio adquirido é que a academia e os "especialistas" em cinema passarão a levar a produção muito mais a sério e ela tem grandes chances de entrar para o circuito de premiações da indústria.

De fato, muitas atrizes usam esta alavanca como forma de impulsionar suas carreiras. E que fique claro que eu não as culpo nem por um segundo, afinal, este é o mundo em que elas tem de viver.

É um fato conhecido que Julianne Moore só começou a ser respeitada como atriz por causa do filme Short Cuts – Cenas da Vida, onde ela faz um longo monólogo em uma cena em que não veste nada da cintura para baixo. E Angelina Jolie só começou a chamar a atenção depois de trabalhar em Gia - Fama e Destruição, onde passa metade do filme pelada.

Desta forma, tenho a permanente impressão de que muitos diretores usam nudez como uma forma de tentar dar mais prestígio a seus trabalhos. Em Transe coloca Rosario Dawson totalmente nua não uma, mas DUAS vezes. E diga-se de passagem, totalmente depilada, o que nos permitiu ver TUDO que a atriz tem a oferecer.

Após muito pensar no assunto, concluí que estas cenas eram totalmente desnecessárias na narrativa. O que Danny Boyle queria passar ficou claro de outras formas ao longo do enredo. A impressão que tive foi a de que o diretor incluiu estes momentos apenas como uma maneira de delimitar sua narrativa como algo "maduro" e "adulto".

Tenho essa opinião a respeito da maioria das cenas de nudez que vejo no cinema. Acredito que poderiam ser removidas e não fariam a menor diferença para suas películas de origem.

E não, não sou um puritano. Os artigos que crio com o pretexto de mostrar cosplayers boazudas deixa bem claro que eu sou um tarado, machista e imundo.

Como usei sexo para minha crítica à maturidade do cinema, farei o mesmo com os games. E serei justo, nem sempre esta mídia usa a exposição do corpo humano da forma mais adulta possível (é de você mesmo que estou falando, God of War), mas no geral, consigo me lembrar de mais momentos de bom gosto aqui do que em películas.

Dois deles me surgem a mente agora, o primeiro é em Heavy Rain, que conseguiu certa notoriedade por causa da cena de banho de sua protagonista feminina, Madison.

Assim que somos apresentados a ela, descobrimos que a moça sofre de insônia. No meio da madrugada, acordada, exausta e incapaz de dormir, o jogo nos oferece uma dezena de opções para tentar fazê-la relaxar, como beber chá quente, tentar se manter ocupada, escutar rádio, ou tomar um bom banho.

A forma como Madison usa o chuveiro não é nem um pouco sensual. Ela não se toca, geme e eventualmente se masturba usando seu chinelo como um consolo improvisado, nada disso. Seus movimentos são rápidos, curtos e nervosos, ela age como se tentasse espalhar melhor o calor da água pelo corpo, para forçar-se a livrar-se da tensão que a ausência de sono lhe causa. Ela transparece angústia, não sexualidade.

A cena não foi criada como auxílio masturbatório, mas como uma forma de mostrar melhor o tipo de vida que Madison leva. Podemos entender com mais clareza o que se passa em sua mente e o que a motiva ao longo da narrativa. Isso gera uma experiência mais completa para o jogador.

Claro que este momento gerou um bocado de notoriedade para Heavy Rain, mas havia muito mais conteúdo no game para impedir que este momento fosse sua única maneira de se destacar em seu meio.

Querem mais um exemplo? Ok, que tal Red Dead Redemption?

"Com minha piroca, salvarei El Mexico, señor Marston! Venha comigo e verá!"
"Não quero ver nada não. Vá pro diabo."

Há um capítulo em que o protagonista John Marston está no México, ajudando os rebeldes do país a derrubarem um governo ditatorial. O líder deste movimento é Abraham Reyes, reverenciado de forma quase religiosa por seus seguidores.

Em uma cena, Marston entra na casa de Reyes e o encontra encaixando o burrito com uma camponesa. Aqui, vislumbramos mais que um par de peitinhos, pois o castor da moça também está visível.

Depois disso, Marston confronta Reyes sobre o que acabou de presenciar e menciona Luisa, uma professora que está completamente apaixonada pelo revolucionário. O sujeito simplesmente deixa claro que se considera superior aos mexicanos que o seguem na guerra e que Luisa não passa de uma bela trepada para ele.

A cena de sexo demonstra que Reyes não tem escrúpulos em usar a população para realizar seus objetivos, seja fornicando com todas as mulheres que deseja, ou mandando os homens para a morte a fim de assegurar para si um lugar de poder no governo.

Assim, tivemos um momento extremamente adulto que não foi inserido de forma gratuita. A cena ajudou a dar profundidade a um coadjuvante e tornar ainda mais questionável a moral das missões que John Marston tem de realizar. Surgem tons de cinza ainda mais difíceis de discernir e a história torna-se mais envolvente.

Estes acontecimentos ainda são relativamente raros no meio dos games, mas já demonstram que a indústria adquiriu uma maturidade que muitas vezes parece escapar ao cinema, onde os diretores e atores parecem muitas vezes interessados apenas em gerar polêmica para não saírem da luz dos holofotes.

E isso me leva a...


Videogames não se tratam do culto da celebridade

Existe uma coisa em Hollywood chamada “Star Power”. Não significa que um ator vai pegar uma estrelinha, ficar invencível e sair pulando feito um orangotango mongoloide no sofá da Oprah, mas sim, que os estúdios estão dispostos a injetar uma quantidade insana de dinheiro em qualquer filme que tenha um grande astro ou estrela atrelado a ele.

Centenas de roteiros são comprados pelas produtoras todos os anos e ficam trancados até que algum nome famoso se interesse por ele. O projeto é mantido vivo enquanto o ator (ou atriz) de renome mantiver-se ligado a ele e volta para o sono criogênico se o artista em questão resolver partir para outra.

Assim, muitos filmes acabam tornando-se meros projetos de vaidade, sejam de seus atores ou diretores. E não consigo pensar em um exemplo melhor disso do que Prometheus.

130 milhões de Dólares e as únicas coisas memoráveis deste filme são
um aborto e uma versão bombada do Lula Molusco

Para aqueles que não assistiram (e Deus os abençoe por isso), este filme não passa da forma que Ridley Scott encontrou para cagar em toda mitologia da série Aliens, apenas para satisfazer seu ego de velho farelento.

Prometheus é infestado de clichês de ficção científica, tem um roteiro mais cheio de furos que o tórax do Kenshiro e alguns dos personagens mais coxinha que eu já vi em minha longa existência. Claro, os efeitos visuais são excelentes, mas isso não justifica sua existência, que deveria ser vista como uma violação as Convenções de Genebra.

Mesmo assim, todos estávamos dispostos a dar o benefício da dúvida para Prometheus, pois um elenco composto por Charlize Theron, Michael Fassbender, Idris Elba e Noomi Rapace supostamente não se reuniria pra fazer merda. E embora esteja hoje mais gagá que o vovô Simpson, Ridley Scott já criou coisas legais suficientes para não ser internado em um asilo sempre que idealiza algo novo.

Graças ao “Star Power” envolvido na história, milhões de pessoas entregaram seus suados dinheiros nas bilheterias do mundo e sofreram de desilusão galopante com essa desgraça.

Eis é um ciclo que se repete diariamente em Hollywood. Neste momento, Robert Downey Jr. vale ouro para os estúdios, como consequência, seu nome será atrelado a algumas bombas nos próximos anos, o que fará com que sejam assistidas por todas as pessoas do mundo e suas avós. Ficaremos desgostosos com o senhor Downey por algum tempo, mas não será nada que ele não consiga consertar participando de Os Vingadores 2.

Este não é um mal do qual a indústria dos games está totalmente livre. Existem muitos produtores que se tornaram bastante famosos no meio e alguns deles possuem egos tão massivos que fariam Liam e Noel Gallagher parecerem ícones da humildade. Caras como Cliff Bleszinski, que critica seu público por comprar jogos usados, ou Tomonobu Itagaki, que criou toda uma carreira ao objetificar mulheres de uma forma que não parecia possível para alguém nascido depois do século XV.

Devido as calças e botas, Itagaki acredita que esta imagem representa uma líder feminista


Claro que existem produtores famosos, como Hideo Kojima e Shigeru Miyamoto, mas eles só chegaram a este patamar porque criam EXCELENTES JOGOS. E mesmo isso não é uma garantia de que eles sempre estarão no topo da indústria. Tim Schafer e Ron Gilbert criaram juntos verdadeiras obras primas como The Secret of Monkey Island, Maniac Mansion e Full Throttle, mas eles precisaram recorrer ao público para poderem bancar seu próximo projeto.

No fim das contas, não se trata destas pessoas, mas de seu trabalho. Corremos menos risco de comprar uma bomba por esta ter um nome famoso estampado na sua capa, que foi exatamente o que aconteceu com metade dos filmes de M. Night Shayamalan.
Pode não ser totalmente justo com os designers e artistas que permanecem no anonimato grande parte das vezes. Mas infelizmente, nenhum sistema é perfeito.



Games são mais inclusivos que o cinema

Não existe uma forma delicada de colocar, então eu vou ser direto: HOLLYWOOD É PRECONCEITUOSA!

Em pleno século 21, grande parte dos filmes ainda conta com atores brancos no papel principal. Hollywood acredita que se o protagonista for negro (ou asiático, ou latino), o público se negará a entrar nos cinemas e ateará fogo em cruzes nas portas da Warner Bros.

Na maioria esmagadora das vezes, papéis principais são entregues a atores de etnias variadas quando a história se trata especificamente disso, um drama racial ou coisa assim. De outra forma, se os estúdios tiverem a chance de “embranquecer” um elenco, eles assim o farão.

Como por exemplo...


Pois é. O Último Mestre no Ar é uma adaptação de Avatar: A Lenda de Aang, uma série animada completamente inspirada na cultura e folclore dos países da Ásia. Todos os personagens da série são claramente asiáticos (ou no caso do povo de Katara e Sokka, inuítes), mas os estúdios se negaram a financiar um filme que não tivesse heróis brancos.

Claro, os membros da Nação do Fogo são indianos. Mas eles são os vilões, então não precisam atender a exigência ariana dos chefões.

E esse não é um mal exclusivo dos blockbusters. O filme Stuck conta a história de uma mulher negra que é acusada de homicídio. Nenhum estúdio queria bancar a produção... ATÉ QUE ESCALARAM UMA ATRIZ BRANCA PARA INTERPRETAR A PROTAGONISTA!!!

Afinal de contas, trança enraizada automaticamente transformou Mena Suvari em afro americana.

A seguir, teremos Leonardo DiCaprio como Martin Luther King

E eu nem vou começar a falar de Histórias Cruzadas, que é basicamente um filme sobre como uma jovem branca e privilegiada trouxe a salvação para as empregadas domésticas que sofriam com o preconceito nos Estados Unidos da década 1960.

Não importa que tipo de carreira dramática alguém quer seguir em Hollywood, ser homem e branco ainda é muito melhor. Claro, existem exceções como Will Smith e Denzel Washington, mas mesmo eles sofrem com os velhos hábitos do negócio.

Aliás, eu preciso falar alguma coisa sobre a forma como Hollywood trata as mulheres? Onde mesmo atrizes lindas como Kat Dennings e Jennifer Lawrence são consideradas obesas? Pois é.

Agora, eu adoraria dizer que o mundo dos games é uma utopia fantástica em que homens, mulheres, brancos, negros, asiáticos, gays, Du, Dudu e Edu são tratados com total e inquestionável igualdade. Mas não é bem assim.

Ainda hoje, personagens femininas são extremamente objetificadas e produtores tem de lutar para que suas heroínas apareçam na capa de seus jogos ou em revistas, algo que eles nem sempre conseguem. E se procurarmos com afinco, poderemos encontrar acepipes de velhos preconceitos até mesmo em títulos inocentes como Scribblenauts.

Mesmo assim, existem ótimos exemplos de personagens negros ou de diferentes etnias que não são tratados como meros elencos de apoios em seus jogos de origem.

Por exemplo, Barret Wallace (de Final Fantasy VII) parece o estereotípico "negão brutamontes de temperamento explosivo" quando nos é apresentado. E embora possua bastante em comum com este arquétipo, ele também tem uma história bastante elaborada e sensível, que envolve perda pessoal, culpa de sobrevivente e a responsabilidade de criar sua filha adotiva, Marlene.

E se quiserem ir ainda mais longe, vamos nos lembrar de Carl Johnson, o CJ de Grand Theft Auto San Andreas. Como todos os "heróis" da série, ele vive a margem da lei e não hesita em usar da violência para atingir seus objetivos. Mesmo assim, ele demonstra preocupação genuína e disposição para realizar absurdos, se for para proteger aqueles que lhe são queridos. Até hoje, ele permanece como o mais amado protagonista de toda a franquia GTA.

Quanto ao sexo feminino, apesar de toda a sexualização exagerada, quantas mulheres fortes tornaram-se famosas nos games? Samus Aran, Chun Li, Chell, Jill Valentine, Ada Wong, Joanna Dark, Aya Brea, Terra Branford, Alis Landale, Boss, Alyx Vance, Lara Croft e mesmo personagens que não se tornaram conhecidas do grande público como Jade (Beyonf Good and Evil) e Faith (Mirror's Edge) provam que há mais espaço aqui para papéis femininos de destaque.

Aliás, eu poderia falar de Ellie, de The Last of Us, mas acho que um vídeo será mais apropriado:


As únicas personagens femininas do cinema com este tipo de atitude e de que me lembro agora, são Ellen Ripley e Katniss... E houve um espaço de mais de duas décadas entre as duas... e Katniss nasceu em um livro.

E antes que alguém toque no assunto, um espaço cada vez maior vem sido dedicado a personagens homossexuais em nossos jogos. Não vou elaborar sobre o tema porque já escrevi um artigo inteiro a respeito.

O ponto é que o cinema é em sua esmagadora maioria, composto de mentes velhas. As pessoas que mandam no ramo acreditam que são responsáveis pelo maior pilar cultural do mundo e que seus valores retrógrados ainda são os que regem a sociedade. Se eles não querem ver um homem negro namorar uma mulher branca em um de seus filmes, então ninguém mais vai querer.

Sim, eles pensam assim. Cameron Diaz estava escalada para ser o par romântico de Will Smith em Hitch - Conselheiro Amoroso, mas as forças por detrás da produção preferiram trocá-la por Eva Mendez, por ela ser mais "étnica".

Não estou brincando.

Embora ainda tenha sua dose de preconceitos, os games estão se livrando deles com mais velocidade que os cinema jamais conseguiu. Acredito que isso se deve ao fato de que as pessoas que os criam são em geral, muito mais jovens que os cineastas e como tal, cresceram em um mundo mais tolerante e possuem uma ideia diferente de como retratar igualdade.

E acho que a atitude deles, em parte reflete o público.

Claro, existem milhares de machinhos inseguros pela internet, que atacarão uma feminista de forma irracional, unicamente porque ela resolveu criar um jogo que reflita um ponto de vista particular seu. Apesar da existência destes neandertais, creio que em geral, os Gamers tem mais facilidade em aceitar aquiles que são diferentes.

Ainda não é a regra, mas tudo começa de algum lugar.



Games são sobre a SUA experiência e o aprendizado que ela lhe trará

Uma vez, eu estava tentando explicar para uma amiga os motivos que me faziam gostar mais dos games do que de outras formas de mídia. Em meio aos meus argumentos, ela olhou bem pra mim e soltou: “você prefere os games porque é você quem controla a ação.”

Depois de arremessá-la em uma jaula cheia de otakus pedófilos, como castigo por OUSAR me interromper, pensei no que ela disse. E apesar dela ter simplificado bastante as coisas, percebi que não estava totalmente errada em seu raciocínio.

Em um filme, vemos apenas aquilo que o diretor nos quer mostrar e estamos limitados às emoções que ele quer que seu público sinta. Um drama nos fará chorar, uma comédia nos fará rir e um filme de terror nos fará questionar porque tantos adolescentes acham que fumar maconha e transar é a coisa mais adequada a se fazer quando há um monstro indestrutível por perto.

Da mesma forma, um filme é a história de outra pessoa, no caso, seu protagonista. E grande parte de seu sucesso depende do público se identificar com o herói/heroína, ou pelo menos, simpatizar o suficiente com ele para não desejar esfaqueá-lo na cabeça.

Nos games, nós assumimos a função do protagonista. A aventura na tela passa a ser a nossa, e muitas vezes, somos obrigados a confrontar emoções dos quais normalmente tentamos nos manter distantes.

Um exemplo muito claro que tenho disso é a versão para consoles de The Walking Dead, que se passa no mesmo mundo da série de TV (e dos quadrinhos, que todos deveríamos ler) mas que nos apresenta um novo grupo de personagens.

No controle de Lee Everett, o jogador se torna responsável pela guarda de Clementine, uma garotinha de nove anos que desafia todas as leis da fofura e cujo bem estar se torna a força motriz por trás de tudo que fazemos aqui.

Perto do meio do jogo, o filho de um dos personagens é mordido por um zumbi e um lento e agonizante processo de transformação se inicia. Quando chega a hora, Lee e seu amigo levam o garoto para o meio da floresta e resolvem acabar com seu sofrimento.

Neste momento, decidi que seria eu a dar o tiro de misericórdia no menino. No meu jogo, Lee e o pai do guri não se davam muito bem, pois eu sempre o questionava quanto a suas decisões e apontava seus erros ao longo da história. Mesmo assim, eu acreditava que nenhum pai deveria ser forçado a passar por algo tão terrível assim.

Mas a coisa se tornou muito pior quando voltamos para junto do resto do grupo e eu pude rever Clementine. Fiquei aliviado por não ter sido ela a ser mordida e fiquei com um vazio imenso no peito pelo que havia acabado de fazer. Que diabo de mundo é esse em que um adulto precisa ter forças matar uma criança se for necessário? Qual o sentido de viver assim?

Então, tive uma longa conversa com Clementine e decidi que precisava seguir em frente por ela. Ela não tinha mais ninguém no mundo e eu estava disposto a fazer qualquer coisa para mantê-la segura e relativamente feliz. A sensação de vazio não diminuiu (pelo contrário), mas eu tinha algo que me fazia seguir em frente apesar disso.

Agora, eu sou um otimista na vida real. Esse indivíduo miserável, ranheta, onanista e amargurado que mostro pra vocês, é apenas um personagem que considero engraçado. Não há humor em alguém que sai por aí declarando o quanto ama a vida e quer abraçar filhotes de panda.

Ria desta imagem! Vamos, eu o desafio!

Mas The Walking Dead me mostrou que eu não sou de ferro e mesmo meu otimismo aparentemente inquebrável pode ser colocado em dúvida se eu tiver de enfrentar escolhas difíceis o suficiente.

E este não é o único game a trazer este tipo de dilema. Fallout 3 apresenta um momento extremamente cinza com a expansão “The Pitt”. Nela, somos apresentados a um grupo de escravos que sofre de uma forma nova e terrível de câncer, e nosso personagem é contratado por eles para adentrar na base do tirano que rege o lugar e tomar a cura a força dele.

Mas no meio da missão, descobrimos que “a cura” que ele estava pesquisando, na verdade encontrava-se em sua filha recém-nascida, que veio a mundo totalmente imune ao tipo de doença causada pela radiação do lugar. Mais ainda, ele usa a mão de obra escrava para tentar criar um território autossuficiente, algo que deixou de existir após a guerra nuclear retratada na série. Assim que atingir seu objetivo, ele libertará todos os escravos e tornará a cura disponível para quem precisar dela.

Então, suas escolhas são: deixar que as coisas continuem como estão, onde escravos trabalham até morrer de exaustão e sem a previsão de uma chance de cura para suas enfermidades, ou matar os pais de um bebê inocente, sequestrá-lo e entregar para aqueles que o contrataram... Que não terão a tecnologia necessária para estudar o que torna a bebê imune e podem nunca chegar a uma cura.

E aí? O que você faz?

Na dúvida, vista-se de maníaco e mate todo mundo com uma serra elétrica.
Quem nunca?

Muitos games nos apresentam questões que nos fazem descobrir algo novo sobre nós mesmos. Como lidaríamos com uma situação extrema ou a quem ajudaríamos em um momento de necessidade.

Por mais que possamos nos identificar com o protagonista de um filme, no fim das contas sairemos do cinema pensando nele e em sua história, e na maioria esmagadora das vezes, não poderemos tirar uma descoberta pessoal disso.

E se me perguntarem, qualquer evolução pessoal surgida de um game é infinitamente superior a se perguntar POR QUE O CEDRICO NÃO COME A BELLA DE UMA VEZ PRA VER SE ELA PARA DE ENCHER O SACO?

E por hoje é só, meus lindos e minhas lindas. Sabem onde deixar seus comentários, opiniões, declarações de amor e ameaças de morte.

Volto em breve.

...

Não, dessa vez é sério.

Cheers!!!

98 comentários:

Fabricio K. disse...

Amer! Amer! Ameeeeeeeeer!
*sucumbe de felicidades*

Monna R. R. C. disse...

MAH CAWD!!! POSTAGEM!!!

agora eu vou ler...

OBRIGADA AMER!!!!! XD

Taty chan disse...

Amer, não vá mais embora! *abraça*

Eu acho Histórias Cruzadas um belíssimo filme, vou ter que discordar de você nessa! Claro que o filme é racista, e muito, e tanto que dá vontade de dar um murro na tv, mas era a realidade da época, com a segregação racial... Quem salvou as empregadas não foi a Emma Stone linda. Foram elas mesmas. :~~ Quem escreveu o livro foram elas. E no fim da história, a empregada principal termina dizendo que "vai ser a primeira escritora na família".

Anyway, é um ótimo filme, não deem ouvidos para o Amer bobo e assistam! xD

De resto, amei o post! Muita força e batata pra você!

Cheers !! ;*

Monna R. R. C. disse...

Aliás, antes de eu ler.

Amer, por que você não posta os seus antigos artigos do finado "Outro Blob do Amer" aqui? (isso é, se você ainda possuir eles aí no seu pc)

Você não possui tempo de formular artigos novos e muitos aqui nem conheciam aquele blog, tirando o pessoal interessado em uma releitura daqueles excelentes artigos ^^

Anônimo disse...

Nossa cara, ver um novo post seu, me deixa muito alegre. Você é o cara!!!
Ainda não li o post, mas tenho certeza que é espetacular.
Amer a um tempo atras eu te adicionei na live, gostaria de saber se um dia a gente puderia jogar um Gears of War(eu sei que você não gosta muito mas), seria um honra para mim, você topa? A minha gamertag é Berzagui

Amer H. disse...

Meus artigos do "Outro Blog" tão aqui em algum lugar. Preciso revirar o PC pra encontrá-los, mas pretendo republicá-los aqui quando tiver chance.

Leonardo Marques disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Leonardo Marques disse...

Caramba, quanto tempo hein, rapaz?

Saudade dessa veia humorística que você tem.

E eu sabia que você ia logo pôr a Arlequina no plano de fundo. Eu te entendo, ela é irresistível.

Mas bem, eu fiquei bastante impressionado com o filme da Rosario Dawson. O diretor pareceu não ter pudores mesmo.

E considerando que alguns diretores não aprendem nada com nada (Quentin Tarantino e Christopher Nolan são exceções), acho que a Hollywood vai logo perder seu espaço na mídia. Destaque para os horrendos filmes do Motoqueiro Fantasma.

Alvaro F. disse...

Chorando lágrimas másculas de alegria pelo seu retorno, mestre.

Bruno He disse...

O AMER VOLTOU

E ainda melhor, com um artigo sobre VIDEOGAMES, o meu assunto predileto.

Amer, não sei se vc viu, mas o cracked tbm fez um artigo com esse tema

http://www.cracked.com/blog/5-things-video-games-do-better-than-any-other-forms-art/

O meu ponto preferido é q nós vemos mais do universo da história, no cinema o diretor escolhe o q nos vemos, enquanto nos games podemos bisbilhotar em td.

Pena q vc saiu do Cine Blog Pop, matar saudades da sua escrita era o único motivo pelo qual entrava naquela bagaça

Amer H. disse...

Esse artigo do Cracked foi o que me inspirou a fazer o meu. Espero ter conseguido me diferenciar o suficiente dele, embora minhas opiniões e experiências sejam bastante parecidas com as do autor do texto original.

Heder disse...

Legal! Seus posts faziam falta. Um palpite sobre os motivos da indústria do cinema ser tão mais lenta para aceitar mudanças que a indústria dos games: os games são uma forma bem mais nova, eles ainda não tiveram o tempo de se calcificarem com essas ideias de "se não for assim, não é game".

Monna R. R. C. disse...

Cara, genial. Você merece cada pingo da admiração que recebe dos seus fãs.

Eu considero os Games superiores ao cinema desde os meus 14 anos, e para ser franca, eu só entendi o cinema quando assisti "Up", "Toy Story 3", "Kung Fu Panda" e as demais animações geniais que temos, principalmente as da Pixar.

Tirando essa experiência com animações, eu sempre me emocionei e me cativei mais pelos Games do que pelos filmes.

De um modo geral, eles permitem uma imersão e experiência ímpar, que nos marcam por cada cenário ou atitude com as quais lidamos ao decorrer da história. E tirando essas vantagens típicas do veículo, os games estão mais livres de diversos taboos e regras que ainda hoje castram o cinema, como você bem falou.

Enfim, obrigada por esse ótimo artigo, boa sorte ao vosso mestre e estarei no aguardo para reler os seus antigos artigos do Outro Blog do Amer xD

Beijundas!!!

A disse...

Tava com saudade desses posts, pra mim esse é o melhor blog de todos cara.

Scariel disse...

Amer voltando! Voltando mesmo firme e forte?
Muito bom ver você por aqui. Espero que esteja tudo bem por ai ^_^

Raphael disse...

Só comentando mesmo pra dizer que fico feliz que tenha voltado. =D

john albert disse...

Ssssiiimmm vc voltou!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Velho..benvindo de volta !! Òtima postagem..como vc disse o cinema anda estagnado..e um terreno fertil de criatividade são os games..e mesmo qdo Hollywood coloca a mão nos direitos dos games..dificilmente acertam. Preocupados com lucros, censura..e outras coisas que descaraterizam a obra. Ficando sempre no meio termo.entre o jogo e um filme.

PJ Tôrres disse...

Oh Meo deos! Amer esta de volta! Oremos!
Ótimo texto!
Porra tu quase me fez chorar no trecho sobre TWD e o que você aprendeu sobre ele!
Mas como homem machinho num chora, foi apenas um aerólito que caiu no meu olho.

Um brinde com Hidromel! o/

Evil Monkey disse...

Excelente cara! Back in full form!

The walking dead é a síntese de tudo que você falou. Lida com temas maduros de uma forma inteligente, tem personagem variados em gênero, etnicidade e comportamento, fugindo completamente de esteriótipos e que, maisque qualquer filme, ajuda o jogador a entender mais sobre si mesmo.

Melhor que os quadrinhos e a série. Por muito.Sem mencionar que inova mais em todos os fronts, um SALTO que os jogos "point and click" estavam merecendo a muito tempo, e uma inovação muito maior que qualquer filme recente.

Evil Monkey disse...

Ah, sim, sem mencionar que a indústria do cinema não só é o único lugar aonde um personagem tão racista quanto quanto o do Johnny Depp em "Lone Ranger" ("Mas eu sou 1/13 índio" Arram Johnny, senta lá) pode existir sem represálias significativas como ele aindaé A ÚNICA PESSOA A APARECER EM TODAS AS PROPAGANDAS! Inclusive na porra do poster do filme!

Sinto genuína pena do Armie Hammer.

Sem falar dessa ser uma indústria aonde fazem um remake do Lone Ranger pra começar. Eles pegam qualquer coisa retrô, cospem em cima do material original e escrevem um roteiro de bosta em duas semanas que no final só leva os nomes dos personagens em que se basearam.

Gustavo disse...

Mantivemos o trono aquecido aguardando vosso retorno, ó Sire Amer.

Há javalis assando e os bardos chegam cantando alegrias.

Ah, tem hidromel na geladeira.

Welcome back :DD

Kahlil disse...

Bem vindo,Amer.
Espero que você não fique tanto tempo ausente novamente. No mais, excelente artigo,com um humor e dedicação que só você tem. E para finalizar só uma pergunta. O que você está achando de "The Last of Us". Abraço Mestre.

Juninho! disse...

Mega épico o post, pena que as piadas sobre cinema eu não entendi mais de 90% delas por não ter muito hábito de ver filmes...

Mas é triste ver o cinema com tanto preconceito em plenos dias atuais... Realmente nojento isso!

E a experiência que um game pode trazer é infinitamente melhor que a maioria dos filmes, principalmente jogos com liberdade de escolhas como Mass Effect, Fallout e o The Walking Dead: The Game, sem falar a série Persona...

O povo do cinema que tem esse preconceito, provavelmente nunca pegou uma controle na mão pra jogar algo e sentir que boas histórias podem vir de qualquer lugar!

Juninho! disse...

E parabéns, voltou à ativa com grande estilo! Espero que permaneça postando tanto aqui quando no Gamer Blog!

Unknown disse...

UM VIVA PARA O AMER!!!!!
Cara, minhas vistas se umedeceram quando eu vi essa nova postagem. Estava com uma saudade enorme dos seus textos e desse seu humor peculiar.

Grande abraço.

Anônimo disse...

Um retorno em grande estilo, com um texto bem trabalhado e incrível sobre games e cinema.

E Deus sabe como não aguentamos mais remakes dos clássicos dos anos 80. Quando anunciarem um novo Feitiço de Aquila promoverei atos terroristas.

Abraços e bem vindo de volta :)

Unknown disse...

http://www.collegehumor.com/video/6895146/yay-or-nay-are-videogames-art

aqu sua resposta pra "se video games é arte".

Alan Djayce disse...

Caramba velho, muito bom \o/

Não tenho tanto dinheiro para poder emergir melhor nos games, mas os poucos que joguei se mantêm na minha memória desde então...

...Não posso dizer o mesmo de filmes.

(Ótimo retorno do retorno)

Jonathan Nascimento disse...

Cara ainda bem que o Blog voltou,eu descobri ele por acaso e não parei de ler mais.
Ele é muito bom.

eu até cheguei a ficar preocupado,achando que o Blog tinha morrido,mas é bom ver que não.

Eu também tenho um blog,mas ele não chega nem perto da qualidade do seu.

Se você puder dá uma olhada e umas dicas,eu agradeço.

http://culturajovemdoplaneta.blogspot.com.br/

Jonathan Nascimento disse...

Ah,o Game blog do Amer,também será atualizado?

Isa disse...

Dia mais feliz da semana!(mesmo sendo só terça até agora)Que venham mais artigos! :D

Coletivo Poesia Marginal disse...

Santo Artigo e sua capacidade de alegrar um péssimo dia, batman!


Eu acho que você levantou pontos mega importantes e, sobre o videogame ser algo mais pessoal que o filme, vale salientar que a experiencia de jogar também é mais pessoal. Ta, você pode ver o filme na sua casa, assim como jogar videogame, da forma que bem entender, mas quando decide ir a um cinema não é a mesma coisa. Além de muitas vezes passar nervoso para chegar a sala, com problemas que você ja citou, não é qualquer coisa que pode comer la, nem pode gritar, e etc, por ser educado, mas terá de aguentar se houverem pessoas se beijando, umas contando o filme para outras, e se for animação, prepare-se para ouvir choro.

A chance de haver problemas durante uma sessãod e jogatina é muito menos do que durante uma sessão de cinema.

Unknown disse...

AH meu deus!!!! Amer vc voltou!!!!!! Estávamos morrendo de saudades (ou pelo menos eu estava) !!!!!!

lucas disse...

É impressão minha ou o Amer tá mais tolerante "socialmente consciente" do que nunca antes?

(Não que não fosse, mas eu pelo menos senti uma evolução perceptível nesse aspecto, principalmente na questão do Feminismo)

Unknown disse...

Meio off-topic, mas ja que você mencionou The Last of Us no artigo fiquei curioso sobre sua opinião geral sobre o jogo.

É possível um review do jogo um dia?

Que bom que você voltou, aliás.

Amer H. disse...

Muitas coisas aconteceram e mais coisas ainda mudaram, Lucas.

Tenho um ponto de vista novo sobre muita coisa, mas meu humor permanecerá tão grosseiro quanto sempre foi.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...
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Sir Asura disse...

Aqui estava, em plena madrugada, em momento de ócio no computador. Resolvo então ler o Blog do Amer. Quando entro na matéria que parei em minha leitura das matérias de 2009, vejo que o fundo do blog está mudado. Teria o grande Amer voltado? vou a página inicial e vejo que meu desejo foi atendido.

Bem vindo de volta Amer!!!

Fico muito feliz que você tenha voltado. Ainda mais com uma matéria tão boa. Parabéns! Concordo com o que você diz. É engraçado ver como me emocionei com mais jogos do que com filmes.Talvez pelo fato de que controlar o que acontece me proporciona maior imersão na história e no drama dos personagens.

De qualquer jeito, é bom ter você de volta. Tente não ficar tanto tempo sem postar nada novamente, por favor.

Ah, tiver problema, poderia pelo menos olhar a mensagem que te mandei no facebook? Te mandei a um tempo e nada kkkk (meu nome é Erick, se for te ajudar)

Abraços!

Frodo disse...

Tá, foi difícil achar esse bendito login, mas vamos nessa:

Primeiramente, feliz com a nova postagem, um assunto excelente e bem escrito, como é de costume, e se minha opinião valer algo, peço que sempre escreva os seus posts sem pensar no tamanho do texto, você é um dos poucos que escreve posts grandes em um mundo que o pessoal tem preguiça de ler mais de 4 linhas...

Sobre o post, o que eu mais me identifiquei foi quando disse que é um excelente meio de interação social. Não tenho como concordar mais! Um das minhas melhores amizades(que por sinal é meu irmão) nasceu das tardes jogando futebol no snes nos domingos. Até hoje compro jogos com campanha conjunta para continuarmos jogando, e eu duvido muito que seria tão amigo dele se nao existisse esse ponto em comum na época.

Muitos jogos eu apenas compro e termino pela história, que me faz pensar, que me diverte, considero muito estranho as pessoas criarem esse "hate" por uma forma de arte... vajam filmes, leiam livros, joguem videogame, se divirtam cacete, só respeito o proximo que tem outras preferencias e ja era!

Abraços Amer, até breve!

PS: Evil Monkey, seu maldito, não pare de escrever o seu blog! ele é excelente tambem!

Luis "Duff" Paulo disse...

Bem vindo de volta a vida, Amer!!

Indo direto ao assunto, gostaria que visitasse meu blog Portal LPSM e fizesse um artigo sobre o melhor anime de nossos tempos : Fullmetal Alchemist.

Sério, você tem que assistir esse anime.

Dracule Mihawk disse...

O AMEEEEEEEEEEEEER VOLTOUUUUUU!!!!!
AGORA VOU SOLTAR TODOS OS FOGOS AQUI DE CASA

Já pensou em fazer um review de Fist of the North Star Kens Rage 2?

sarahcastanha disse...

ta na hora de subir eu blog na lista de favoritos de novo <3

ah, outro exemplo de não só Hollywood é racista, os atores também são. No novo filme do Will Smith, o par dele deveria ser a Kristen Stewart (sim, a Bella), mas ela recusou pq " ele era muito velho".
Mas dar pra um diretor branco, casado, com filhos e praticamente a mesma idade do Will ela quis né?

Leonardo Marques disse...

É por isso que adoro seu blog! O humor todo cheio de ironia e grosseria é o que o Brasil precisa, coisa que nem Rafinha Bastos faz por que ele é um "comediante" correto.

E pensar que perdia meu tempo achando graça na nova série da Nickelodeon "Sam & Cat"... Esse blog tem realmente humor de verdade.

Aproveitando a ocasião de videogames, estou no ramo há uns anos e desde tenho jogado tanta coisa que nem notei tantos detalhes. Mas agora seu artigo novo me fez abrir os olhos.

pseudo disse...

O Amer não morreu? ERMAHGERD!

Anônimo disse...

Seja bem-vindo de volta Amer! Apesar de não me cansar de ler as postagens antigas, é bom ver algo novo por aqui!

:D

Pando disse...

Você fez falta Amer =T
Vinha aqui todo dia pra saber se tinha post novo. E quando desisto de olhar, tu volta.
Acompanho teu blog há anos, mesmo nunca tendo comentado. Não suma de novo =/

juubi o primeiro de dez disse...

ALELUIA IRMÃOS!
Bem, eu acho que a superioridade dos videogames sobre o cinema é óbvia. Principalmente porque os videogames conseguiram juntar a narrativa visual com a verbal.

Mas eu tenho que lembrar que o que ajudou nisso foi que uma classificação de M pros videogames o que PG-13 é pro cinema. Com isso, os desenvolvedores não estão com o mesmo medo dos produtores de Hollywood de escrever sobre temas maduros. Provavelmente porque os pais ainda vêem os videogames como "coisa de criança."

PS: E algumas vezes o jogo não indica como maduro é até você jogar(Blazblue que o diga).

Unknown disse...

Maldito seja Amer...

Quando finalmente me vejo livre de uma persona fugaz e sem futuro, abandono os velhos costumes que apenas limitavam minha capacidade de ser alguém de mais relevante presença neste mundo e se livrar de vícios da ociosidade que nada mais faziam do que me atrasar...

Você retorna...

Jogo fora os livros de Filosofia e Reflexão de minha estante para retornar com minha coleção de "Bonecas para Meninos"(http://i677.photobucket.com/albums/vv140/R-san/Kosaka_Tamaki_-Provocative--1.jpg), largar compromissos sociais para rejogar toda série de Final Fantasy e Legend of Zelda e é claro abandonar as tarefas só para poder rever os episódios de Transformers Prime...


É bom estar de volta. Seja bem vindo!!!

Unknown disse...

SALVE AMER!!!!!!!!!!!!!!!

Altos Artigo Aliás.
Que você arrume outro trabalho logo em algo que seja ótimo pra ti, vellho!

Unknown disse...

Saudações Amer!!

Vc fez muita falta!

Anônimo disse...

Olá Amer! Ótimo retorno! Dei boas risadas e me divertir muito. Dito isso, gostaria de replicar o comentário central do seu texto, pois não concordei em partes com o que foi dito. Digo em partes, pois separadamente os textos foram ótimos, claro, uma idiossincrasia lá e cá, mas afinal esse é o blog do AMER, e não teria sentido se você não estivesse falando da sua opinião. Todavia, juntando o texto como um todo, é notável a presença de uma falacia, que faz com que toda a logica da mensagem do seu texto se perca de forma crucial. Refiro-me em especial ao fragmento ''games são um veículo midiático superior ao cinema '' Veja bem, ao analisar o texto completo, fica claro que trata-se do seu ponto de vista sobre isso, mas ao encaixar os argumentos que são utilizados para justifica-lo, é possível fazer uma simples logica de raciocino:

---
Games e Cinema tem o mesmo objetivo como formas de arte.

Games são uma forma de arte melhor que o Cinema[Logo, uma evolução] pois consegue apresentar seus mesmos atributos de maneira superior

Super Mario é um grande Game

Super Mario não possuí grandes personagens[no sentido de composição], historia ou moral, focando apenas no entretenimento dinâmico

Filmes não focam no dinamismo

Super Mario, um grande Game, falha como forma de arte superior ao cinema

Games falham como forma de arte superior ao cinema
---

Nota-se então que seu silogismo falha, no presente momento em que Super Mario, um grande game, não pode ser transposto ao posto de grande filme. O motivo é que sua historia não seria atrativa se não pela diversão que o jogo apresenta, as musicas contagiantes e os cenários marcantes..mas todas essas são formas distintas de arte, e o que torna Super Mario tão bom assim, é justamente sua diversão, fator secundário em toda a sétima arte.
E Eu tenho para mim, que os VideoGames são sim uma forma de arte, mas não superior a nenhuma outra, somente diferentes na composição, tal como você não pode dizer que ''musica é melhor que pintura'', não pode-se afirmar que games são superiores a filmes num todo. Pois se forem formas superiores de arte, e não distintas, games devem cedo ou tarde, substituir toda a industria do cinema pela sua própria industria..e talvez esse seja, justamente, o temor dos cineastas e cinéfilos mais fanáticos: A de ter sua arte substituída por outra. Mas eu acredito que este dia jamais chegará. O motivo é que games jamais terão a mesma pretensão dos filmes, o objetivo de um game, como produto midiático é um só: Divertir. Dito isso, é notável que o cinema tem objetivos distintos, por mais que também seja uma forma de entretenimento. A maior prova disso é que você pode jogar horas e horas de Zelda, amor o jogo, e mesmo assim cortar todos os diálogos e Cutscenes que informam a historia. Do mesmo modo que conheço inúmeras pessoas que jamais se deram conta da grandiosidade na história de GTA, o que de certa forma é justificável, já que no começo, GTA não possuía história alguma, algo que não lhe possibilitou de ser um sucesso absoluto.

Ademais, fica claro a minha posição, não acho que seja correto comparar as duas mídias, pois disso deverá sair uma superior, e diferente do que deixou transparecer no seu texto, não acredito que games sejam formas de arte superiores, de entretenimento até é valido num certo ponto, mas será puramente uma opinião, não muito melhor do que ''Porque Guerra dos Tronos é(muito) melhor do que Senhor dos Anéis'' E que argumentos jamais serão capaz de justificar.

Eis o ponto de vista de um fã que lhe admira muito e que, por hoje, não concordou com um de seus pontos de vista. Faz parte, não?
Mesmo assim, parabéns pelo texto! Foi incrivelmente divertido e posso dizer que salvou meu sábado. Fica as congratulações pelo retorno em grande estilo, de seu grande fã, Fábio Apolinário.

Monna R. R. C. disse...

Antes de mais nada: respeito a sua opinião e entendo o que você quis dizer aqui, mas me deixe apontar alguns problemas, ok? Não quero criar Shit Storm, acho que dá para discutir produtivamente ^^
___________

Games e Cinema tem o mesmo objetivo como formas de arte.

Os Games não são uma forma de arte superior ao Cinema, pois grandes Games (como Super Mario) não alcançam o patamar de grandes filmes.

--- "Crepúsculo", goste ou não, foi um dos filmes que mais trouxeram pessoas aos cinemas, gerando toda uma comunidade fora das salas de exibição e marcando o seu momento. Você e eu podem não ter gostado, mas não vai ser a nossa opinião que vai desmentir o impacto que o filme teve sobre o público que ele pretendia atingir. Lembrando: não existem filmes ruins, MAS FILMES COM PÚBLICOS DIFERENTES ---

E como objetivo de um filme é o de cumprir o que ele propõe, portanto, de uma forma ou de outra...

Crepúsculo é um grande filme.

Crepúsculo não possuí grandes personagens[no sentido de composição], historia ou moral, focando apenas no entretenimento de se contar uma narrativa.

Games não focam somente na narrativa.

Crepúsculo, um grande filme, falha como forma de arte superior aos Games.

O Cinema falha como forma de arte superior aos Games

__________


Foi isso o que você quis dizer?



Achou a minha comparação com "Crepúsculo" infeliz? Pois a comparação com "Super Mario" também foi infeliz. (Não estou dizendo que Super Mario está no mesmo nível de Crepúsculo, usei o segundo por caracterização de grandes produtos com grandes públicos, lembrando ainda que não existem filmes ruins, mas filmes com públicos diferentes).

Antes de mais nada:

Se você sustenta que o Cinema é diferente dos Games, então deve lembrar que existem filmes diferentes de filmes, e Games diferentes de Games; com focos e execuções distintas.

Se é para sustentar que Games são uma forma de arte, não é justo utilizar Super Mario como exemplo, mesmo este sendo um grande game, pois ele não pretende e nem se apresenta como um expoente artístico. Da mesma forma, se é para sustentar que o Cinema é arte, também não é justo argumentar Crepúsculo como exemplo, mesmo esse sendo um grande filme (ao seu modo), pelo mesmo motivo (ou com ainda mais motivo).

Se é para avaliar conteúdo artístico, favor argumentar sua teoria em um exemplo que sustente esse conteúdo, caso contrário, ele está fora de questão. E não, um único produto de sucesso não é importante o suficiente para substituir todo o conteúdo de um meio.

Monna R. R. C. disse...

Quando você diz que não se compara pintura com música, ok, eu concordo pois ambos os veículos são inteiramente opostos. No entanto, Cinema e Games não chegam a ser tão opostos assim, e em diversos momentos, ambos batem nas mesmas teclas (com o diferencial da interação, que é única dos Games). portanto, é possível sim tecer comparações.

Concordo que essa comparação não deve ser inquestionável e irrefutavelmente decretativa, pois ainda sim, são gêneros distintos ao seu modo, mas concorde que o legal mesmo desse tipo de constatação é o efeito que ela deve ter nos cinéfilos babões e academistas caracas xD



Enfim, bons pontos ^^

Mas essa é a minha opinião.. pode discordar delas de qualquer forma.

Enfim, abraços ^^

Leandro"ODST Belmont Kingsglaive" Alves the devil summoner disse...

feliz o seu retorno Amer. e rapaz, demorou hein?

mas sobre a parte da etnia, até você percebeu (como se ninguém tivesse notado) que os atores de o Ultimo mestre do Ar não são como os personagens da animação...por isso nem tive a vontade de ver quando passou na Fox

e concordo, nós aprendemos mais nos games, do que vendo algum filme...pelo menos a grande maioria e principalmente os filmes atuais, não nos ensinam nada.

que você consiga a sua Ruiva um dia

Leandro"ODST Belmont Kingsglaive" Alves the devil summoner disse...

feliz o seu retorno Amer. e rapaz, demorou hein?

mas sobre a parte da etnia, até você percebeu (como se ninguém tivesse notado) que os atores de o Ultimo mestre do Ar não são como os personagens da animação...por isso nem tive a vontade de ver quando passou na Fox

e concordo, nós aprendemos mais nos games, do que vendo algum filme...pelo menos a grande maioria e principalmente os filmes atuais, não nos ensinam nada.

que você consiga a sua Ruiva um dia

Unknown disse...

o amer volto \o/\o/

Unknown disse...

Finalmete você voltou, estava sentido saudades de seus artigos! Agora que fiz esse comentário expressando minha saudade irei ler o artigo!

Unknown disse...

Finalmete você voltou, estava sentido saudades de seus artigos! Agora que fiz esse comentário expressando minha saudade irei ler o artigo!

Germano, vulgo Gê disse...

Que saudades Amer! Bem vindo de volta!!

Fabrizio Druida disse...

Cara, mt bom ler um artigo novo.
Conheci o blog ha uns meses, e desde então o li até do avesso, e pow, me identifiquei mt.
Assim como muitos até pensei que tivesse desertado e deixado esse blog no limbo, mas eis que o blog ressurge das cinzas. Vc poderia fazer um artigo sobre series dos anos 80,90,2000 e 2010?

mr.Poneis disse...

Muito obrigado pelos seus esforços!

E games são uma forma de arte. Ponto.

Agora, se me permitirem uma pergunta idiota...

Pintura -> Escultura -> Literatura -> Música -> Dança -> Teatro ->

Eram as 6 artes conhecidas pelos antigos, e por isso o cinema é chamado de sétima arte...

Isso faria dos quadrinhos a oitava e os videogames a nona? Isso que eu já estou considerando fotografia meio por fora...

Acredito que é semelhante demais com a pintura para considerar uma mídia separada para tal...

Está tudo bem defender quadrinhos como uma forma de arte também, correto?

Até mais ver
mr.poneis

ps.: Agora tem até legendas nas imagens!

Random Dude disse...

Amer, voltou a postar finalmente, cara sou fã do seu blog desde os 12 anos e me identifico muito com suas postagens gostei muito de ter voltado e espero que continue por aqui, a só uma pergunta(não tinha uma regra de não exibir peitos no blog?)Gostei continue seu trabalho que é ótimo li seu artigo e devo admitir você é genial cara muito sucesso pra você ^^

Tamanduá de Marmelo disse...

Aeeeee!!!! A volta do grande mestre Amer! Cara, senti muita falta de ler seus artigos!

Unknown disse...

Aloooou Hammer!
Entro toda semana no seu blog, apesar de saber que você está atualizando menos :/
Não desapareça cara, todos aqui (no caso dos homens, de maneira completamente máscula) amamos você! :DDDD

Unknown disse...

Caraca, Amer, que saudades! Faz uns anos que conheço essa budega, e nos dois últimos você insiste em me torturar com esses períodos sem posts. Não nos abandone!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
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Euclydes disse...

Olá Ammer, é por acaso que procurei seu nome e encontrei este artigo, que como sempre, é muito bom...
também fico feliz em ver alguns nomes comuns que há muito não vejo (lance & evil monkey).
sinto pela saída do Pop (gostei de várias críticas suas que foram feitas lá), mas desejo muito sucesso nas novas empreitadas.
Abraços e Beijos!

Euclydes disse...

lembrando: para lembrar dos velhos tempos escreve uma sobre toranjas...
e lembrando os velhos tempos...
Fui!

Unknown disse...

sddds imeeeeensas lol

Shadow Geisel disse...

belo post, Amer. gosto muito dos seus textos, principalmente quando consigo ler até o fim rsrsrs. o seu senso de humor é imbatível, continue assim.
P.s: discordo de vc, pois o que eu menos gosto em Prometheus é o elenco. e vá pro inferno dos gordos nerds por não ter gostado desse filme rsrsrs. abraços e fico esperando pelo próximo post.

Shadow Geisel disse...

Amer, o teu nick da PSN é esse aí embaixo da postagem? se for, posso te adicionar?

Tom disse...

Ameeeeeeeeeeeeeeeeer o/

Fellipe Igor disse...

Conheci teu blog recentemente. Já havia lido alguns de seus textos na OLD!Gamer e gostado muito. Acabei achando isso aqui ao acaso e desde então já li uns 50% dos artigos postados, hahaha.

Gostei principalmente porque cansei de ver um monte de gente tentando abordar games/filmes/series de forma bem-humorada e morrendo na praia, sendo esse blog uma honrosa exceção. Bacana saber que está de volta!

Henrique de Matos disse...

Wow, Amer! Achei que você não voltaria! Ótimo post, como sempre! Espero que você retorne em breve, como prometido!

E já que você mencionou a Katniss, poderei perguntar qual é a sua opinião sobre Hunger Games?

Lucas disse...

um exemplo pratico disso é que o jogo do the walking dead é muito melhor que a série
e olha que também considero que o formato episódico tem algumas vantagens sobre o cinema (mais tempo de desenvolvimento personagem, uso de plot devices)
Sempre se vê algo novo em games, em filmes só tem acontecido remakes
Dito isso, fiquei curioso em ler o amer falando sobre filmes...o Amer fez esse trabalho em um site ou revista?

JoaoNMatz disse...

ooooooooo O Amer voltoooooooo

Agora só falta um review de Last Of Us.

JoaoNMatz disse...
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Nappa_ disse...

Retorno em grande estilo, muito bom o artigo.

Jon_Hen disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jon_Hen disse...

Yay!!!!!! bem vindo de volta Amer....excelente postagem como sempre.....mas ae eu ñ sei amo tanto filmes qnt jogos realmente acho que não ia conseguir quem eu prefiro mais...mas vc apontou bons argumentos...ei ja estou esperando a proxima postagem vlw mano!!!!!

Old_Nash disse...

É bom te-lo de volta.

Natasha de Castro disse...

Como é ótimo ter o Amer de volta. E poste mais msm viu seu lindo! *_*

Rafael Vilas Boas disse...

Estou realmente feliz de saber que você voltou a escrever aqui no 'maravilhoso mundo da internet'


pode ser meio estranho, mas...cresci lendo seu blog(quando digo que cresci foi dos 16 até 19, foi um período bem escroto da minha vida e fiquei muito aliviado em saber que tinha alguém que compartilhava coisas que eu também gosto de um jeito tão único
HAHA


Não sou bom com palavras, nunca fui.
mas...sou seu fã e sempre vou acompanhar seus trabalhos.

tá...é isso.
HAHA

legendaryshards disse...

Antes de tudo, maravilhosos fogos por voltar ao seu reino, Amer! Não posso dizer que entrava todo dia, mas várias vezes eu entrava aqui e esperava alguma atualização. O comentário é grande, mas acho que você entende como é isso...

Achei seu post muito mais bem construído na argumentação do que o do Cracked, apesar de algumas coisas no texto me chamarem a atenção.

Os games estão em um grande momento de inventividade sim, enquanto Hollywood está em uma certa crise. Em grande questão, isso se dá pelo movimento dos indie games, mas não descarto a produção das majors. No entanto, existe uma dificuldade muito maior em manter o cinema como negócio, principalmente no mundo da pirataria. Obviamente, esta também afeta os jogos, mas existem propostas de evitá-la bem mais dinâmicas. Não só protegendo o jogo de hacks, mas os sistemas de f2p, ou mesmo as comunidades e seus achievements, ou a conectividade com a internet.

Vendo por uma perspectiva histórica, toda época que o cinema passava por crises, ele tentava compensar com algum avanço tecnológico, voltando sempre ao seu caráter de espetáculo (querendo ou não, é esse o pilar do CGI, mesmo quando mal feito é a intenção). Vivemos apenas a era da CGI. É algo comparável com os jogos de kinect, se for ser mais válido.

Sobre o culto à celebridade, é meio verdade. Na questão do autor do jogo, os nomes tem cada vez sido mais ouvidos nos últimos anos. Da mesma maneira, a inclusão de atores para mo-cap também tem um certo apelo. Querendo ou não, tem quem queira jogar Beyond: Two Souls porque tem a Ellen Page. E o futuro não parece tomar outro rumo. Vai levar um tempo pra se tornar algo tão crítico quanto Hollywood mas ok.

A questão da inclusão é complicada também, por uma série de questões históricas que atingiram o cinema exatamente por este ter nascido 100 anos atrás. Mas creio que manter no círculo do cinema é simplificar, já que é um mal que chega ao cúmulo de atingir a telenovela brasileira. Não entrarei na questão do feminismo, pois você tem um post apropriado para isto.

As chamadas Formas de Arte todas são reconhecidas por algum aspecto específico. E no geral a vasta maioria das qualidades atribuidas está em seu nível de interatividade. O jogo só acontece com o jogador. Por isso os detalhes no game são percebidos de uma maneira bem mais natural, ou a experiência deles soa bem menos forçada do que trancar alguém numa sala escura pra ver um filme.

O texto me faz soar pedante, mas só quis contribuir para a discussão. Valeu mesmo por voltar, Amer. Lamento as condições, mas as coisas se acertam. Você deixou minha semana mais feliz.

Rafael Uchida disse...

Amer, por favor, não nos abandone mais. : )

Rafael Uchida disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rubens Leite disse...

Que artigo fodástico. Tenho nem palavras. Tá certo que eu discordo de algumas coisas, mas quem sou eu? Parabéns Amer. Em algumas partes parecia que você lia meu pensamento e escrevia, concordo com tudo que foi dito sobre os games, só discordo mesmo de algumas besteirinhas em relação aos filmes. Mas esse post tá muito foda mesmo. Vlw

Unknown disse...

Excelente post Hammer (tá, tá eu sei que seu nome é Amer, mas fica mais legal te chamar de Hammer). Vc fala muito de animes e filmes, que tal uma lista de séries que você curte ou das piores séries já feitas?

Unknown disse...

Você deve escrever sobre o jogo de vídeo "Guerra dos Tronos", eu adorei! Ninguém pode negar definitivamente o sucesso do GoT. Estou surpreso toda a produção por trás da série. No começo eu não estava convencido de que ela, mas como a história progrediu, eu realmente se tornou um fã. ❤️ Eu acho que todo o elenco tem feito um grande trabalho, é uma das minhas séries favoritas, tem uma grande história!