sábado, 8 de outubro de 2011

Crítica do Amer: Deathsmiles


E aqui começa a o mês de Outubro, época tão feliz onde monstros, diabos e cruz-credos saem por aí em busca de abraços... ou do fígado de uma virgem, o que vier primeiro. E nada melhor para iniciar a temporada do que falar de Deathsmiles, Shooter sensacional que é protagonizado por quatro bruxinhas!

“O QUÊ? AHHHH NÃO, PERDEU A NOÇÃO, MANO! FALAR DE BRUXINHAS??? CÊ É MÓ OTAKO!!! NÃO MANJA NADA!!! FALA TAMBÉM DE PEQUENO PÔNEI QUE EU SEI QUE CÊ GOSTA!!! PÔNEIZINHO COLORIDO PULULANTE É O QUE O ABNEY CURTE!!! HU-HU!!!

Em primeiro lugar, se escreve “Otaku”, seu Otaku!

Em segundo, sim, gosto do desenho novo de “Meu Pequeno Pônei”. Todos deveriam gostar.

Em terceiro, vou falar de um game com bruxinhas... no mês das bruxas. QUE PARTE DISSO VOCÊ NÃO ENTENDEU???

Se bem que algumas fontes referem-se as heroínas do game como “anjos” e pra ser sincero, elas parecem muito mais com fadas que bruxas. Exceto por Sakura, que é a única que realmente se veste como uma bruxa.

...

DEATHSMILES!!! HOORAY!!!


Aqui, descobrimos a existência do mundo de Gilverado, uma terra mágica paralela a nossa. Sempre que uma criança desaparece em nossa realidade, devido a algum acontecimento trágico (um acidente de carro, por exemplo) ela na verdade foi “transportada” para o mundo de Gilverado.

E o que acontece com estas crianças por lá? Bem, um senhor conhecido como Conde Dion as encontra e as cria como se fossem suas. Ele também treina aquelas que tem habilidade com mágica, para que possam proteger Gilverado.

E por motivo nenhum que faça sentido, todas as crianças que ele resgatou são garotas... menores de idade... que ele prontamente veste de Gothic Lolitas.

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Existe algum velho que não seja tarado?

As protagonistas do game são as quatro filha de Dion. Rosa, a mais velha, Americana que sofreu um acidente de carro, Fowlett, Francesa que caiu em um rio congelado, Windia, Inglesa que foi sequestrada quando ia para a escola e Casper, caçula da Alemanha, que não lembra as circunstâncias que a fizeram acabar em Gilverado.

Nossa história começa de fato com a chegada de Sakura, outra menina Inglesa que sofreu um acidente de carro e foi parar em Gilverado com seus pais. Antes que Dior pudesse encontrá-los, eles foram expulsos da cidade pelas pessoas amedrontadas e tiveram de refugiar-se no pântano. Revoltado e enlouquecido de fúria, Jitterbug, pai de Sakura, a abandonou com sua mãe ferida e partiu em busca de um feitiço para voltar para casa, libertando inúmeros horrores em seu caminho. É aí que as filhas de Dior entram.

O enredo não ganha nenhum Oscar (e que se dane, o Oscar é uma papagaiada), mas é muito fácil criar apego pelas carismáticas personagens. Você vai criar um xodó por uma das cinco irmãs, isso eu garanto.
E cada personagem ainda possui dois finais, que dependem de uma escolha feita após a batalha final. Isso duplica o tempo de jogo, é meio difícil abandonar Deathsmiles antes de sabermos tudo que aguarda nossas bruxinhas.

Ou serão anjinhas mesmo?

...

Lolitas voadoras?


Deathsmiles não tenta ser grandioso em sua parte técnica, mas faz um excelente trabalho em sua simplicidade.

A primeira vista, os gráficos parecem Sprites em 2D, mas na verdade são modelos poligonais trabalhados para darem essa impressão. Diga-se de passagem, todos são muito bem feitos e detalhados.

Cada uma das meninas possui uma identidade visual própria; Rosa é mais sensual e exibe bastante o corpo, Fowlett é mais discreta embora ainda arrisque um decote, Windia é toda comportadinha e Casper usa roupas mais pesadas e agressivas. Tais detalhes ajudam a distinguir melhor a personalidade de cada uma e facilitam na hora de escolhermos nossa favorita.

Os inimigos também são muito bem cuidados e vem em todos os tamanhos e formatos, alguns chegam a ocupar um quarto da tela e sequer são chefes de fase. Os cenários por sua vez, são extremamente belos e foram construidois de modo a assemelharem-se a uma pintura feita a mão. O game inteiro pode ser descrito desta forma, mas é na ambientação das fases que esta qualidade mais se destaca.

O maior triunfo de Deathsmiles no aspecto gráfico, é sua velocidade. Como vocês sabem, quedas de frames em Shooters costumam ser letais para o jogador, pois dificultam a tentativa de esquivar dos ataques e tiros inimigos. Como todo bom “Bullet Hell” (explicarei o termo logo mais), a tela está constantemente tomada por tiros e inimigos, centenas, as vezes milhares de coisas movem-se na tela ao mesmo tempo, sem queda alguma na velocidade.

Saber que os produtores tomaram cuidado e optimizaram o game para que as limitações técnicas não tornassem o jogo injusto, é uma atitude digna de aplausos. Mas a Cave já tem grande experiência em games do estilo, é de se esperar que tenham feito tão bom trabalho.

As músicas são muito bem compostas e executadas. Normalmente, é difícil prestar atenção ao som em um Shooter, devido a infinidade de tiros e explosões na tela, mas apesar de todo ruído, os temas de fundo não passam despercebidos aqui, eles se adequam muito bem à fase e sua ambientação.

Não existem muitas vozes, só alguns gritos e frases de auto incentivo por parte das meninas, todos em Japonês, o que já se tornou uma tradição com certos games Nipônicos que vem para o Ocidente. Claro, todos os demais efeitos sonoros mais do que compensam pela quase inexistente dublagem.


Muito bem, para aqueles que não estão familiarizados com o termo “Bullet Hell”, vamos por partes.
Deathsmiles é um Shooter de movimentação lateral na tela, como Parodius, Sengoku Blade ou Steam Hearts.

Claro, é parecido com Gradius também, mas este é um game do qual nunca falei, preferi citar alguns sobre os quais já escrevi. Conforme-se!

A diferença é que um “Bullet Hell” é inacreditavelmente mais dicfícil que um Shooter normal. Os inimigos vem em maior número, são mais agressivos e disparam TONELADAS de tiros o tempo todo, que lhe dão muito pouco espaço para se esquivar. Sua única chance de sobrevivência é decorar os padrões de movimento das balas e usar de destreza absurda para desviar.

Para aqueles que não querem perder noites de sono, cabelo e amizades passando meses em frente ao console para aprender tudo isso, a versão doméstica de Deathsmiles tem Continues infinitos. VIVA!!!

Agora que este empecilho foi removido, falemos dos demais aspectos da jogabilidade.

Cada uma das meninas funciona de um jeito diferente. Windia é mais simples de controlar e portanto indicada para iniciantes, Casper causa mais dano com seus ataques, mas é um pouco mais lenta e por aí vai. Escolher uma delas vai além da estética e também do que você espera do jogo.

Existem dois botões de tiro, um que dispara pra esquerda e o outro pra direita. Além disso, você possui o tiro normal (mais potente, mas que diminui sua velocidade) e o rápido (mais fraco, mas que o deixa mover-se livremente). Além de se preocupar com a direção de onde os inimigos estão vindo, é preciso prestar atenção para qual tipo de ataque é o mais eficaz. O disparo mais forte nem sempre é a melhor saída.

Cada menina ainda possui um “familiar”, uma criatura que a acompanha e fornece fogo auxiliar, além de um muito necessário escudo que as protege de certos tipos de ataques. A movimentação deles é independente da sua, saber posicioná-los é mais um detalhe tático da aventura.

Diferente de outros games do gênero, você não possui um número de vidas, mas uma barra de energia, que determina quanto castigo sua personagem é capaz de aguentar. Elas são fracionadas, sempre que uma delas esvaziar por completo, seu estoque de bombas serão renovadas, o que é uma benção. Muitas vezes, os explosivos são sua única saída de uma situação cabeluda.

As fases podem ser escolhidas na ordem que o jogador quiser no mapa (com certas limitações) e a dificuldade pode ser ajustada individualmente para cada uma delas, exceto nas duas últimas etapas do game.

Finalmente, existem toneladas de modos diferentes de jogo na versão doméstica. É possível escolher entre a versão original para fliperamas (ligeiramente diferente da criada para consoles domésticos), a “1.1”, que lhe permite controlar o Familiar independentemente de sua personagem e o famigerado “Mega Black Label”, que possui uma fase a mais, um nível de dificuldade extra (Level 999) e lhe permite jogar com Sakura.

Ou seja, algum modo de jogo vai te agradar aqui, não tem do que reclamar.


Estou plenamente ciente de que este game foi criado para vender com base em suas bruxinhas (anjinhas, fadinhas, pizzaiolos, tanto faz) adolescentes lindinhas. Também sei que este não é o tipo de coisa que agrada a todos.

Mas se puder destorcer o nariz por um momento e der uma chance a Deathsmiles, verá que este é um Shooter bastante sólido e intenso, capaz de render horas de entretenimento.

Aliás, este game tem alguns Achievements bastante fáceis de serem destravados. Perfeitos para engordar seu Gamerscore em um bom fim de semana de jogatina. Uma belezoca!

Cheers!!!

12 comentários:

john albert disse...

ai cara bom artigo se puder já que é mes das bruxas tu podia fazer a analise de twisted metal black,meu jogo favorito

Matheus White disse...

Achei interessante... talvez eu dê uma chance.

Mas ler o review me cria uma dúvida óbvia: Você já jogou algum Touhou, Amer? Acredito ser no mesmo estilo desse jogo, só que a visão é "vertical", ao invés de "horizontal".

Mas a idéia parece ser a mesma.

JEFERSON disse...

Show amer sempre com ótimos textos ja joguei o jogo,muito legal vc poderia fazer um review do God of war?

tcho disse...

Parece ser bacana esse jogo! Isso só aumenta minha vontade de comprar um 360 rs! Ai Amer já que é mes das bruxas vc poderia falar de algum Silent Hill!

Avalanche(Lance) disse...

Me permita discordar Amer, mas um SHooter tem que ter a opção de destrur o cenário junto, senão não importa a qualidade gráfica, vc nãos e sente inserido nele.

Keiju disse...

Já estava um pouco interessado nesse jogo, depois de ler seu post acho que comprarei mês que vem

M.V.M disse...

Fico me perguntando, porque você nunca fez nenhuma analise de nenhum jogo da série Halo Amer?

Gustavo disse...

Esse jogo me lembrou a serie Twinkle Star Sprites,eu tava jogando o ultimo do PS2 ontem

Não tem nada ver com o review mas queria comentar isso saushausha

Ammer,é muito bom ler teu blog porque você fala de jogos mais "undergrounds" poderia dizer,isso traz qualidade.

Não não gosto de Gears of War,Nem God of War,nem Call of Duty,que se foda o mundo.

Enfim,eu não tenho 360,só jogo na casa dos amigos,mas tenho um wii e to jogando Go Vacation,que apesar de esdruxulo a primeira vista é uma das melhores experiencias que um ser humano pode ter com videogames,se tivesse versão de 360,iria até recomendar um review dele hsauhsuash

No mais otimo review como sempre \o

Leandro" Leon Belmont" Alves the devil summoner disse...

um game de "navinha" com bruxinhas carismaticas? gostei o/

mutanty disse...

otimo game amer, mas eu queria que vc fizesse um review de 007 russia with love que é um otimo game e sobre a serie de games hitman e fatal frame, vlw...

JEFERSON disse...

Mutany Hitman cara??E um jogo e tanto mais as vezes qualquer um que tentar fazer um texto sobre o jogo vai acabar com a cabeça pegando fogo

Igor PhOeNiX_H disse...

Antes de terminar de ler o review:

"Em segundo, sim, gosto do desenho novo de “Meu Pequeno Pônei”. Todos deveriam gostar."

Amer é um brony.

Garantiu minha semana.

Brohoof! o/)