quinta-feira, 17 de março de 2011

Crítica do Amer: Hatsune Miku: Project Diva 2nd


Pois é, também não tou acreditando!!! Como um macho supremo como eu (ha ha, até parece) vai e joga um game como Project Diva? É uma história engraçada na verdade.


Um belo dia eu estava viajando pelo Twitter, quando ví que uma amiga estava falando muito de uma tal Hatsune Miku. Fiquei curioso para saber mais a respeito e minha amiga me apontou o jogo Hatsune Miku: Project Diva 2nd... e o resto é história.

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Ok, é uma péssima história. Parecia muito melhor na minha cabeça. Mas Hatsune Miku: Project Diva 2nd é um game muito bom! Sem sombra de dúvida!

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Eu juro!!!


Pois bem, quem é Hatsune Miku? Basicamente, é uma menina virtual que faz uso do programa Vocaloid para cantar.

Vocaloid é um programa onde uma atriz gravou todos os fonemas da língua Japonesa com sua voz, graças a isso, os usuários deste software podem reunir os sons para montarem quaisquer música que queiram. Em teoria, o sujeito pode recriar desde uma música do Johnny Cash até o tema de abertura dos Jovens Titãs.

Não surpreende ninguém, o programa foi um fracasso. Por mais abertos que os Japoneses sejam a esquisitices, nem mesmo eles viram graça em ficarem trancados em casa, na frente de um PC, recriando músicas.

Mas eis que alguém um dia pensou: “E se colocassemos uma menina adorável pra cantar as músicas reconstruídas com o Vocaloid?”

E então nasceu Hatsune Miku, que com sua fofura, somada a eterna paixão dos Japoneses por meninas pululantes, fez do Vocaloid um sucesso absoluto. A menina se tornou ídolo em seu país, passou a se apresentar em concertos lotados, fez aparições especiais em Animes e chamou atenção o bastante internacionalmente para acabar em uma péssima reportagem sobre próteses na televisão Brasileira.

É.

Mas claro, o maior sucesso da pequenina são seus jogos, senão eu não estaria escrevendo este review.

“E por que diabos você nos enrolou com essa história, Abner?”

Porque Project Diva 2nd não tem enredo, só garotas lindas e empolgadas que cantam, dançam e cantam mais um pouco... e eu não queria deixar este parágrafo muito curto.

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Vamos em frente então.


A apresentação do game é seu maior chamariz e claramente, os produtores de Project Diva 2nd não mediram esforços para fazer um bom serviço.

Os gráficos são muito bons, os personagens são bonitos e possuem ótima animação. Isso faz toda a diferença, uma vez que o elenco passa todo seu tempo dançando e movimentação ruim nestes momentos afundaria o título.

Os personagens são todos desenhados em estilo Moe. Para quem não sabe, é um tipo de traço de Manga onde todos são representados com olhos ENORMES (mesmo para os padrões Japoneses) e traços que lhe garantam um aspecto “adorável”. Esse estilo é a atual febre do Japão e diversos Animes (Lucky Star, K-On e Haruhi Suzumiya) fazem uso dele. Se garotinhas animadas ultra fofinhas não fazem seu estilo, talvez você prefira ficar longe deste game.

Dito isso, não existe diferença real entre as personagens, o máximo de personalidade que veremos em cada uma é durante a tela de seleção dos mesmos: Miku é animada, Rin é dengosa, Luka é séria e por aí vai. A escolha de personagem apoia-se apenas em qual deles o jogador gostar mais.

A interface do jogo está totalmente em Japonês, sem opções para outros idiomas. Embora isso possa parecer um empecilho no começo, após algum tempo de jogo (e fuçando bem as opções) é fácil identificar o que é cada coisa. Boa parte das vezes há ainda um auxílio visual para quebrar seu galho, então não tem choro.

Os vídeos com as músicas são tratados como videoclipes e possuem uma ótima direção. A câmera nunca fica estática e os personagens interagem de forma convincente com os cenários. Vale a pena se lascar em algumas músicas apenas para se concentrar nos vídeos que as acompanham.

O áudio é definitivamente o ponto mais importante do título, o programa Vocaloid faz toda a diferença, pois dá um aspecto “robotizado” as canções, o que combina totalmente com a proposta do game já que estamos jogando com meninas artificiais.

Agora, uma coisa deve ficar clara: a trilha sonora de Project Diva 2nd é composta unicamente de J-Pop ultra sacarino. Se você só curte METAL e a única coisa vinda do Japão que consegue escutar é Detroit Metal City, este game talvez não seja o que você procura.

Mas se não ligar para canções tão açucaradas que o farão perder um dedão por causa de diabétes, pode jogar sem medo.


Muito bem, o que estou prestes a dizer provavelmente me tornará uma pessoa muito odiada por certos fanboys, mas aceitarei este risco pois sou um jornalista profissional.

Hatsune Miku: Project Diva 2nd é um game de ritmo. Agora, não sou um ultra expert neste gênero, mas já passei tardes inteiras tentando acertar notas virtuais em um video game. Já joguei Parappa the Rapper, Pop n’ Music, Guitar Hero, Rock Band e afirmo sem nenhum problema que, não importa o quanto esteja acostumado a estes games, Hatsune Miku vai chutar sua bunda.
Ah sim!

Em todos os demais games, as notas que precisam ser apertadas correm em um eixo fixo, seja no alto da tela ou embaixo, o jogador só precisa manter-se atento a um único ponto e deixar que seus dedos e reflexos façam o resto do trabalho.

Aqui, as notas aparecem espalhadas pela tela. Não apenas o jogador precisa ter os reflexos para apertar os botões certos na hora certa, como deve ficar eternamente atento, para poder ver onde as notas surgirão em seguida. Isso torna este título bem mais difícil do que os demais do gênero.

Para complicar mais, Project Diva 2nd registra sua precisão ao acertar as notas. Se quiser atingir a melhor pontuação, é necessária precisão cirúrgica na hora de apertar os botões, algo adquirido apenas com horas e horas de jogatina. O sistema de nota aqui presente também é um bocado implacável e lhe retira pontos por qualquer erro, mas só os adiciona após vários acertos, não é incomum falhar em uma canção onde você achou que estava arrasando.

Project Diva 2nd tem também uma tonelada de itens para serem destravados, que vão de músicas e personagens novos, até dezenas de roupas para o elenco e itens variados para decorar o quartinho virtual de seu personagem.

Chame de exagero. Eu chamo uma Luka vestida de Sarah Bryant de arte. ARTE!!!

Claro, destravar tudo isso requer que o jogador complete todas as canções em todos os níveis de dificuldade, o que leva um tempo considerável e provavelmente fará seus olhos caírem. Poucas coisas conseguem ser mais brutais que certas canções deste game jogadas no modo Extreme.

Não, nem Freebird vai te fazer suar tanto. Encolha-se numa bolinha e chore, pois chegou o dia em que uma menina virtual japonesa conseguiu ser mais hardcore que o Lynyrd Skynyrd.


Hatsune Miku: Project Diva 2nd é um game extremamente simples... como você deve ter notado pelo pequeno tamanho deste review. Mas é muito cativante, mesmo para quem não é fã de Anime ou um grande conhecedor de J-Pop.

Mas caso odeie música Japonesa ou lolitas saltitantes, fique longe, muito longe. Diabos, jogue Brutal Legend, que eu acho que será mais a sua praia.

Cheers!!!

13 comentários:

Robozinho disse...

Interessante, não é muito meu estilo de jogo mais talvez eu baixe, meu psp anda meio morto ultimamente.

O interessante sobre a Hatsune Miku é esse Show holográfico que tem la no Japão, essa tecnologia é impressionante.

Fafah Katsu disse...

Ótimo post Amer. Pra mim também foi uma surpresa ver a sua pessoa jogando um game desse. Na boa, nem sabia que existia esse jogo. Sei o suficiente sobre a Miku

E sobre a reportagem dela que passou na Globo, você já viu a que fizeram (antes) na RedeTV? Eu achei bem mais... imbecil

Sala de Leitura disse...

Amer, me choca saber que você foi além de citar esse jogo em seu blog principal, e ainda fez um review dele aqui...

Mas é um jogo que sempre retorna ao meu psp quando acabo/desisto de um jogo no mesmo. É incrivel como ele vicia.

E uma pessoa que conseguir completar uma música mo extreme tirando excelent ou perfect deve olhar pra Guitar Hero com um desprezo depois...

No mais, ótima análise, como sempre!

PS: Dá um pouco mais de atenção ao pobre PSP. Um review de MGS: Peace Walker ou Maveric Hunter X iriam bem.

Blog do Sybão! disse...

Humm! Um jogo que parece interessante. E me lembrou muito Elite Beat Agents do DS!!

Geralmente não costumo levar esse gênero de jogo a sério, pra mim só tem graça disputando com alguém!!

Mas, quem sabe...

Rodrigo disse...

Don't like Vocaloid, sorry... Mas o Review foi otimo, se eu ignorar meu odio pelos personagens acho que fica jogavel...

Rafael Sampaio disse...

Pareçe um jogo bom...Mas esse tipo de jogo só presta mesmo jogando com outra pessoa,e eu odeio mutiplayer.

Mas vou dar uma chance,até por que eu adoro J-Pop

HappyGleek93 disse...

Se eu tivesse um PSP, jogaria. :3 Adoro jogos assim.

Keiju disse...

Jogava bastante esse jogo quando meu PSP ainda funcionava.

É realmente muito bom, especialmente quando se gosta das musicas de Vocaloid.

enfim, otimo post

Caio Jorge disse...

acho que vou baixar hein Amer :R

http://lanternadojuizo.blogspot.com/

Hikaruon Dekabase disse...

E na mesma matéria em que apareceu a Hatsune Miku no fantástico apareceu um carro com um desenho da personagem Tsubomi de Heartcatch Pretty Cure.
Grande Matéria Amer

Nome: LoioDG disse...

Sim, mas o jogo em si não supera os outros do mesmo genero da Bemani ou nem sequer chega aos pés. Falo que outos possuem mais notas uma velocidade maior e melhor gameplay/ gameplay um pouquinho mais "complexo". Sem falar de músicas beeem melhores xD. Para mim Project diva parece apenas uma jogada de marketing. Bom para passar o tempo mas não troco um beatmania ou pop'n music por isso, só porque é vocaloid.

Coioskem lima de aguiar Coioskem disse...

Ei quero saber se tem jogo da miku hatsine para celular android

Tiago Hideki Asakura disse...

O legal desse game é que sempre pode ter alguma nota que te faz perder seu perfect (em extreme VESH)
mas depois de algumas horas de treino voçe passa um extreme em perfect rapidin (depende...)