quarta-feira, 7 de julho de 2010

Crítica do Amer: Transformers - War for Cybertron


Se já leu uma palavra sequer do que escrevo, então você sabe que sou um fã obsessivo de Transformers desde os quatro anos de idade.

De fato, gasto boa parte de meu tempo com animações, livros e sites que envolvam os robozinhos e logicamente, coleciono os brinquedos. Já cheguei a gastar mais de 600 Reais em um único mês comprando figuras para engordar minha já farta coleção.

Eu... não me orgulho disso...

Estando nesse estágio tão terminal de fanatismo, logicamente eu aguardei de forma desesperada por este game. Do momento que foi anunciado até finalmente tê-lo em mãos, devorei todos os artigos que encontrei sobre ele e me tornei cada vez mais delirante com as imagens que eram liberadas dele.

Então, a espera e as noites em claro valeram à pena? Este game é um tesouro inestimável como a Matriz da Liderança ou deveria ser jogado no planeta Junkion e esquecido por todas as gerações futuras? É o que vamos descobrir!

Transformar e rodar!!!


A história se passa em Cybertron, no auge da Grande Guerra entre Autobots e Decepticons.


Megatron descobre uma nova forma de energia, o qual ele usa para virar a guerra a seu favor. Os Autobots aos poucos são massacrados e não tem outra alternativa exceto planejar um êxodo em massa de seu planeta natal. Ao longo desta aventura, veremos o líder Decepticon afundar cada vez mais em sua ambição e se tornar um tirano enlouquecido, enquanto Optimus se erguerá entre seus companheiros e aceitará o manto da liderança, iniciando a jornada que fará dele o herói que sempre esteve destinado a ser.

A Hasbro (dona dos Transformers, para quem não sabe) adorou tanto a história do game que decidiu fazer dela o início oficial da G1, a franquia de Transformers que engloba a série animada de 1984, Beast Wars e... argh... Beast Machines.

O game também está cheio de referências à G1, como o momento que Ironhide faz a saudação universal, Soundwave gerando cubos de Energon, diversas falas do cultuado longa metragem de 1986 e o clássico relacionamento traiçoeiro entre Megatron e Starscream.

Infelizmente, nem tudo são rosas, existem poucas cenas que contam a história e elas são um bocado curtas. Boa parte do enredo é narrado ao longo das missões mesmo, com diálogos que mostram a interação dos personagens com o qual você estiver jogando. Como resultado, a história não se torna muito cativante para quem já não tiver um pré-conhecimento da mitologia de Transformers.

Mesmo assim, o enredo é muito mais proveitoso que Revenge of the Fallen e a ausência de Megan Fox significa apenas uma coisa: VITÓRIA!!!

Quem precisa de Megan Fox quando se tem a Blackarachnia?


A apresentação do game é muito boa, mesmo com alguns problemas.


O design dos personagens é espetacular, os robôs possuem um visual semelhante (embora não igual) ao que víamos na série original. Megatron é enorme e ameaçador, Bumblebee é pequeno, amarelo e adorável e por aí vai. Ao mesmo tempo que são novos, os robôs são muito familiares aos fãs, o que sem dúvida é um ponto a favor do jogo.

Infelizmente, as texturas do game não são grande coisa. De longe, os personagens são muito bonitos, mas aproxime-os demais da câmera e verá que os detalhes neles poderiam ter sido muito mais bem cuidados.

As transformações são bastante sutis, mal podemos ver as peças se encaixando neles quando mudam de forma. Isso pode irritar os fãs mais obcecados que insistem em saber para onde cada parte vai quando os robôs mudam de forma, mas não incomodará aos demais.

Quando estão no modo robô, é possível perceber peças se movendo e se realinhando neles, o que fortalece a impressão de que os Transformers são máquinas vivas. É um detalhe pequeno, mas que acrescenta muito ao universo do game.

Embora sejam ágeis, os personagens passam uma sensação bastante clara de peso, o que funciona muito bem, pois todos são máquinas gigantes de metal, que com certeza pesam muitas toneladas.

As paisagens de Cybertron são um espetáculo a parte. Não é apenas um amontoado de plataformas e planícies de metal, mas um mundo totalmente alienígena, com túneis, cavernas, pontes e fortalezas que se interligam e se transformam conforme personagens passam por elas. Os cenários estão em variados níveis de devastação, muitos locais não passam de pilhas de entulho, o que retrata muito bem a brutalidade da guerra em curso.

O áudio do game é bom, mas não espere uma grande trilha sonora. Boa parte das músicas do game são bastante genéricas e praticamente desaparecem em meio aos tiros, explosões e gritos que ocupam quase todo o tempo de jogo.

Claro que este caos sonoro faz sentido, pois você está em meio a uma guerra, mas uma trilha sonora mais bem composta teria sido uma boa. Este problema pode ser perdoado no entantto, pois durante os créditos do game temos o privilégio de escutar a música Till’ All Are One, composta e cantada pelo primeiro e único Stan Bush, músico favorito de Optimus Prime!

Nada como um pouco de metal farofa dos Anos 80 para fazer o sangue fluir!

A dublagem é fantástica e todos os personagens soam exatamente como deveriam, Megatron é ameaçador, Starscream tem uma voz aguda e irritante, Warpath acrescenta onomatopéias a tudo que diz, Bumblebee é jovem e empolgado e Optimus... é simplesmente Peter Cullen.

Hãããã, Peter Cullen, o cara que dublou Optimus Prime há mais de 25 anos atrás na série original e nos filmes de Michael Bay! YEAH BABY, YEAH!!!

Claro, a presença de Peter Cullen levanta uma pergunta: se a equipe de produção se deu ao trabalho de contratar a voz original de Optimus Prime para o game, por que não fizeram o mesmo com Frank Welker, a voz original de Megatron?

Pois é.

Talvez eu esteja sonhando alto demais quando espero que contratem Leonard Nimoy para dublar Galvatron caso ele apareça eventualmente nos próximos games... mas um robô pode ter esperanças, não?


A jogabilidade de Transformers: War for Cybertron é o ponto forte do game, embora pudesse ter sido bem mais refinada.


No modo Single Player, é possível jogar as campanhas Decepticon e Autobot, na ordem que preferir. Em cada capítulo você assume o controle de um trio de robôs, pré-determinado para cada fase. Você pode escolher um dos personagens e os demais o auxiliarão ao longo da missão.

Os Transformers são divididos em classes diferentes: Leader, Scientist, Scout e Soldier. Os robôs da classe Scout são menores e mais ágeis e se transformam em carros velozes, já os Soldiers são mais resistentes e normalmente se transformam em veículos blindados, ideais para colisões com oponentes.

Cada classe também possui uma habilidade especial única. Personagens do tipo Leader podem aumentar suas capacidades ofensivas e defensivas e a de seus colegas, enquanto um Scientist pode projetar um campo de força que lhe fornece a proteção necessária enquanto estiver realizando reparos em outro personagem.

Os personagens começam cada etapa com armas próprias, mas caso não fique satisfeito com elas, você pode trocá-las por outros equipamentos disponíveis ao longo da fase. Cada robô pode carregar duas armas e um tipo de granada, o que é mais do que o suficiente para sua sobrevivência na maior parte do tempo.

Infelizmente, as armas tem limite de munição e a mesma acaba muito rápido na maioria das vezes. Em muitas ocasiões, você se verá em meio a um tiroteio insano, sem condições de se defender e procurando repor as balas que gastou. Isso quebra o ritmo da ação e poderia ter sido evitado caso os armamentos usassem um sistema de resfriamento, o que faria bem mais sentido dado o universo em que a história se passa.

O game não tem um sistema de cobertura ao estilo de Gears of War, você pode se posicionar atrás de uma pedra mas não encostar nela, o que permite que oponentes bem posicionados possam alvejá-lo sem problemas.

Dito isso, TF: WfC é desnecessariamente difícil e frustrante em alguns pontos, o game não permite erros e um mero deslize é mais que o suficiente para custar sua vida, especialmente nas batalhas contra os chefes. Há muitos checkpoints no jogo e você nunca terá de voltar demais na fase... mas ter de refazer o mesmo trecho dez vezes seguidas enche o saco.

As fases finais da campanha Autobot são especialmente irritantes, espere chegar o trecho em que Ratchet tenta consertar Omega Supreme e você precisa dar cobertura a ele... garanto que estará careca ao fim desta cena.

Quanto as transformações, com exceção das etapas onde se controla os jatos (onde existem longos trechos por onde só é possível passar voando), o modo veículo só é verdadeiramente útil em pontos específicos que precisam ser atravessados rapidamente, ou nas lutas contra os chefes, onde é necessário velocidade para evitar alguns de seus ataques. É uma pena, pois o sistema de transformação funciona de forma eficaz e seria bom vê-lo ser mais bem utilizado.

O modo Single Player é relativamente curto e pode ser terminado em torno de dez horas, então faça um favor a si mesmo e jogue o Multiplayer. É possível escolher um dos vários personagens disponíveis no jogo, ou selecionar a “carroceria” de um deles, pintar de outra cor e fingir que é um personagem novo.
As robozinhas Arcee e Slipstream são liberadas para este modo assim que se termina o modo campanha das duas facções e Shockwave, Jazz e Demolishor podem ser comprados como DLC, o que sem duvida aumenta as possibilidades de se criar personagens.

No Multiplayer, o modo de maior destaque é o Escalation, onde é preciso enfrentar uma horda sem fim de inimigos que querem arrancar seu couro. É caótico e você vai morrer em dois segundos nas primeiras vezes que experimentar, mas o modo online deste game vale muito a pena.

E olha que eu odeio Multiplayer! Só Optimus Prime pra me fazer repensar minha intolerância a “BUM! HEADSHOT!”, “teabagging” e gente me chamando de NOOB.

Um NOOB teria um boneco do Unicron???

...

É melhor que esta pergunta permaneça sem resposta.


Então, qual é o veredicto? Valeu a espera de 25 anos?


Sim! Transformers: War for Cybertron é o melhor game já feito com os robôs disfarçados. Não é perfeito e com certeza poderia ter passado mais algum tempo na produção para que suas arestas fossem aparadas, mas é bastante divertido mesmo assim.

Logicamente, é muito mais recomendado para aqueles que cresceram adorando os titãs de metal da Hasbro, mas pode divertir bastante até aqueles que não sabem a diferença entre Thundercracker e Skywarp.

E que este game marque o primeiro passo de uma longa série de jogos, quando eventualmente veremos estes heróis e vilões tão queridos de nossa infância guerreando no planeta Terra... ATÉ TODOS SEREM UM!!!

Bah-weep-Graaaaagnah wheep ni ni bong

Cheers!!!

18 comentários:

Rodrigo disse...

TAH DECIDIDO! VOU PEGAR ESSE PRO MEU DS! TRANSFORMERS RULEZ!

evil monkey disse...

O game é ótimo, mas pra mim os dois maiores problemas são a IA doa seus aliados e a sua barra de vida.
Como a barra de vida é dividia em 4 caso você se descuide e tome muito dano do nada você vais estar com apenas UM MALDITO QUARTO DA SUA VIDA!!!!!!!
imagine isso em uma bossfight.
A ia dos inimigos não faz feio, mas a dos seus aliados é ridícula, eles não matam ninguém, seria melhor se eles nem estivesse lá, pois a presença deles lhe dá esperança de que eles venham a ajudar.
NOT!!!!!!
Mas mesmo assim se redime em muitos outros pontos.
Eu daria uns 8.5.
Ah, se esqueceu de mencionar que o jogo mostra como Bumblebee e Optimus se conheceram.

Blog do Sybão! disse...

Vai sair pro DS?

Se sair, eu jogarei. Espero que seja melhor que o Revenge of Fallen.

Rodrigo disse...

Já Saiu pra DS! Dividido em duas partes, Decepticons ou Autobots em jogos separados!

Rael XX disse...

A AI dos seus aliados é assim pra obrigar a jogar no modo multiplayer. Basicamente se paga pra jogar na Live e pra PC só com o jogo original. Então é uma forma de combater a pirataria sim!

E o PS3? Bom, precisa pagar pra jogar online? Não. Precisa comprar original pra jogar online? Precisa comprar original só pra poder JOGAR. Então, faz sentindo sim a AI ser ruim pra combater a pirataria.

Detalhe, tenho um 360 e um PC. Não vou pagar Live Gold e prefiro gastar meu dinheiro comprando um jogo online em que se possa conversar entre os seus jogaderes e que venha com o framerate liberado de fábrica.

Achei Quake Wars por R$50,00 ... vale a pena?

evil monkey disse...

NÃO, FUJA PARA AS COLINAS!!!!!

se bem que por 50 pratas...

Kyo disse...

Realmente esse me parece o melhor Game dos Transformers, talvez se eu tivesse um console da geração atual... Principalmente por conta do trauma que a versão ps2 de revenge of fallen me causou. Eu usei o disquinho como frisbee (o que foi? Ainda não tinha começado a comprar originais, viu? ) do meu cachorro

Amer H. disse...

A A.I é ruim pra estimular o Multiplayer sim, mas não é uma forma de se combater a pirataria. As distribuidoras não tem nenhum prejuizo real com a pirataria, pois o número de pessoas que jogam cópias ilegais dos games ainda é muito pequena.

Sim, é.

Quando uma empresa quer combater a pirataria online, ela colocar um DRM, que só permite que o jogo rode caso o jogador esteja conectado em rede, mesmo que só jogue o Single Player.

Eddie disse...

Eu fiz preorder desse jogo há meses e estava esperando ansiosamente pelo lançamento (o jogo seria entregue com um brinde: um Starscream legends). Mas quando o game chegou, descobri que minha TV (tubo) não suporta o jogo, por não ter a resolução mínima de 720p e pelo fato do jogo ter um esquema de cores diferente (por ser europeu).

Provavelmente, só vou ter condições de comprar uma TV nova no ano que vem e até lá o game vai ter que ficar encostado. Mas pelo menos sei que a espera irá valer a pena.

Sakashima, O Impostor disse...

YEAH legal, eu vi esse game nesse fim de semana quando tava trabalahndo no Anime Friends =D achei muitoloko, mas não pude jogar direito pq tinha que cuidar do play 3 com god of war. Mas vou jogar ele sim, com ctz! \o/

TheMarcelim disse...

Esse game foi lançado pro PSP? Adorei ele, mas eu PS3 ainda está longe...

Zuko disse...

Ja estou a meio da campanha Decepticon! Nunca fui fã de tranformers, talvez por nao tentar sequer entender a historia. Vá....nunca me atraiu. Vi os filmes mais recentes e embora a acçao seja boa, sempre faltou qualquer coisa. Quando comecei a jogar nao tinha grandes expectativas, pensei até que ia detestar. Mas estou a adorar o jogo, esta muito bem feito, e mesmo para "nao fãs" a historia é muito boa e compele o jogador para continuar.
Uma optima review como sempre Amer!

Uris disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

Rael XX disse...

Amer, talvez você não leia isso, mas que tal fazer de setembro um mês temático de Hokuto no Ken? Gostaria que fosse nos dois blogs (o normal e o de games), mas o blog é seu você que sabe.

Como você já fez um post sobre o Fighting do PS2 & Arcade, poderia fazer só no blog principal, o que acha? Não que não há jogos de HNK suficientes, só que os bons são poucos.

Sugeri Setembro por causa da previsão de lançamente de Hokuto Musou pra 360 e PS3. Mas os pulhas não confirmaram.

hugs

Franci23 disse...

Vixe sou fansão dos robôs oitentistas porém os games anteriores não representaram mas fiquei curioso para ver este, será que tem uma versão para PSP, sabe como é né, a grana ta curta para comprar um PS3.

Leandro" Leon Belmont" Alves the devil summoner disse...

tenho que pegar esse game para o meu Xbox. espero que tenha o Grimlock por lá.

e pera lá, tem esse game para o DS? espero que seja verdade.

ATÉ TODOS SEREM UM!


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Gabriel // zGABRIELz disse...

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