quinta-feira, 29 de julho de 2010

Crítica do Amer: Taboo - The Sixth Sense


Eu escrevo críticas de games já faz algum tempo. O Game Blog está no ar há pouco mais de um ano, antes dele eu fiz outro blog de reviews (que deletei pois era péssimo) e antes disso eu já estava escrevendo profissionalmente para revistas.

Pra completar a brincadeira, sou um Gamer dedicado há vinte anos. Então tenho uma boab bagagem de conhecimento sobre o assunto que me ajuda a definir se um game é bom ou não.

Dito isso, muita gente me pergunta qual o melhor game que já joguei. Eu simplesmente não tenho uma resposta, pois existe tanta coisa boa, que eu tive, tenho e sempre terei prazer em jogar, que não acho justo escolher UM ÚNICO TÍTULO como representativo supremo de todo uma mídia.

A resposta também seria semelhante caso me perguntassem qual o pior game que já joguei. Tem muita bomba no meio, as vezes fica difícil escolher qual o pior entre Predator e Street Combat.

Ou pelo menos, assim eu pensava há algumas semanas atrás... hoje, eu não mais temo a morte, pois joguei o pior game já produzido em toda a história.

Acompanhem-me.


Ok, neste ponto eu geralmente explico a história do game ou se ela não existe, faço um pouco de graça para animar a vida de todos os presentes.


Pois bem, este game não possui história e me deprime demais para que eu consiga pensar em alguma piada, então apenas direi sobre o que ele se trata.

Taboo: The Sixth Sense é um cartucho que faz leituras de tarô.

...

...

...

Eu não conseguiria inventar isso nem que tivesse fumado um macaco.

Vamos para a próxima parte.


A apresentação do game é um crime contra a humanidade.


Os gráficos são extremamente simples e terríveis. Na maior parte do tempo, a tela é tomada por um fundo preto, com apenas uma ilustração e um quilo de texto para preencher o espaço vazio. Nada de animações, nada de cenários, nada de nada.

E em um game com tão pouca coisa na tela, é de se espantar que os desenhos nela mostrados sejam tão feios. Toda a memória do cartucho foi gasta com as ilustrações que representam os Arcanos do Tarô e mesmo assim eles se parecem com coisas feitas de massinha, criadas por uma criança com pouquíssima imaginação durante a aula de educação artística.

Há um efeito estroboscópico excelente pra se causar ataques epiléticos na tela em que as cartas são embaralhadas, mas é o máximo de animação que este game permite.

Quanto ao som, ele sem dúvida ajuda na tentativa que o jogo faz de causar convulsões em seu público. Não passa de um amontoado de BLEEPS e BLOOPS horrivelmente irritantes que foram misturados de forma a parecerem a melodia do Inferno.

Argh, vamos em frente.

...

Já deu pra reparar que este vai ser um review curto.


E como se joga isso?


Bom, o jogador escreve seu nome, sua data de nascimento e seu sexo, depois escreve uma pergunta, que pode ser qualquer coisa, desde “Setembro Chove?” até “Por que as meninas do Leblon não olham mais pra mim?"

Então, o game embaralha cartas de Tarô e começa a tirá-las para o jogador, cada uma é acompanhada de um texto que explica simploriamente seu significado. Após todas as cartas serem mostradas, o game dá os números da sorte da pessoa.

E é isso.

...

Toda essa pataquada dura menos de cinco minutos.

...

A pergunta feita pelo jogador não é respondida, tampouco é dado um sentido para a sequência de cartas que foi tirada.

...

É.

Pra ser honesto, a Tradewest não produziu Taboo: The Sixth Sense como um game propriamente dito, mas como uma atividade grupal direcionada a adultos.

É, sabe aquelas reuniões imbecis com os amigos que nossos pais adoravam fazer? Com biscoito Cream & Cracker ou bolacha Maria como únicas opções de comida e cafezinho como a maneira imposta para se ajudar as bolachas a descerem? Pois é, os produtores do game acharam que estas pessoas se interessariam por ligar um NES na sala para ficarem brincando de leitura de Tarô.

Não preciso nem dizer que a idéia fracassou miseravelmente e Taboo: The Sixth Sense foi rapidamente esquecido por todos. Logo, ele se tornou aquele cartucho que comprávamos por uma mixaria sempre que uma locadora falia.

Eventualmente, aprendíamos que qualquer dinheiro gasto com ele era demais.


Uma coisa curiosa sobre este game, é que ele traz a primeira (talvez única) nudez feminina existente em um game licensiado do NES. Como pode notar nas imagens acima, há uma moça com os peitinhos de fora representando uma das cartas.


Considerando que os censores da Nintendo eram extremamente rígidos com qualquer material que achassem questionável e o quanto censuraram coisas em Vice: Project Doom e Maniac Mansion, é de se espantar que tenham deixado passar uma cena tão clara de nudez feminina.

Talvez isso demonstre que nem mesmo os responsáveis pela aprovação de games para o NES queriam passar mais tempo que o necessário com essa monstruosidade. E quando um cara que é pago para avaliar games se recusa a fazê-lo... bem... nada mais precisa ser dito.

Cheers!!!

21 comentários:

Lance Sonovavish disse...

manda pro Until we win!

E amer....esse não valhe...ele sequer é um jogo.

Matt Harrison disse...

EAHUAEHAUAHEUAEHAUHAUEH RI MUITO DO "PEITINHO" EHUAEHAEUHAUAEH

"Ótima" análise, Amer.

Me pergunto onde acha essas pérolas.

malignus00 disse...

E OS NÚMEROS DA MINHA RESPOSTA SÃO:

02-11-24-69-3,148654...

Gabriel disse...

Isso não parece um jogo... Está mais para um app inútil para iPhone, só que para o NES.

O que quer dizer que seus desenvolvedores estavam uns 20 anos à frente do seu tempo.

:/

Jack, The Ripper disse...

Me pergunto como ainda não teve uma hemorragia cerebral jogando tanta porcaria. Quer dizer, tu já falaste de jogos como "Street Smart", "Toxic Crusader", "Yo! Noid", "Final Fight Revenge", só para citar alguns;

Sasoriman disse...

O Amer joga jogos ruins para ter certeza de que pelo menos algumas pessoas nunca irão jogá-lo e se salvarão da tortura, é um nobre sacrifício. -q

Enfim, jogando esse jogo por muito tempo, tu se sente no Inferno, coisa que os Survival Horror's vivem tentando fazer.

Aliás, chegamos em um ponto onde um jogo é TÃO ruim, mas TÃO ruim, mas TÃO incrivelmente ruim, que não sabemos nem se o devemos considerá-lo um game.

Aliás, Amer, já que você disse que não ia fazer uma lista dos melhores games de todos os tempos... Já pensou em fazer dos piores? LOL!

Scariel disse...

Vou jogar na megasena com meu numeros da sorte.

Vagabundo da Lei disse...

O Amer se auto tortura jogando essas coisas.

Mas o review ficou muito bem escrito e engraçado. Parabéns.

Jujumeo disse...

Acho que toxic crusaders é pior pq toma mais tempo da vida. esse pelo menos são só 5 min.
Espero que após esse jogo vc se tenha feito o favor pegar aquela vizinha morena e gata e passar uma tarde inteira brincando de paf paf com ela. Eu só pratico o sacrifício quando o mesmo é seguido de recompensa.

fantasma disse...

Logo, logo poderemos ter a resposta de todas as nossas perguntas, de forma que tudo fará sentido... nem sei pra que serve tarô...
Na hora que que eu vi a imagem do peito da mulher da carta nem consegui discernir direito! Só percebi que era um peito porque você disse! ahahahahhaha

Uris disse...

Um game se trata de algo Pré-progamado, como poderia um game te dar um breve resquício de um possível futuro??

Ainda mais quando as respostas fornecidas ao longo do game não tem nenhuma relação com a pergunta da pessoa!

Quem fez a supervisão deste game deveria estar drogado ou queria tirar um sarro de quem comprasse o game.

De qualquer forma, ri muito da nota "0,0" Hehe! Valeu Amer!

Thyago disse...

Da série: games que se não fossem o combo Amer + internet, jamais saberia que existiam.

Johnny Von Arthoneceron disse...

Eu sempre jurei que o pior game já produzido era Superman 64...

Rodrigo disse...

É um jogo sobre tarot... Ia ser curto mesmo o review... Gostei do zero ali no final, mas merecia um -1... Continuamos esperando o Review de Hokuto no Ken para Xbox 360!

Marcelo Maciel disse...

Caro Amer.

Vou te fazer duas perguntas e um pedido:

Pergunta 1: tu sabe se tem detonado do Mini Ninjas em alguma edição da D&T? Imagino que não tenha porque eu raramente deixo de commprar, mas vai saber né...

Pergunta 2: tu já jogou MIni Ninjas? O que tu achou?

Pedido: Faz um review de Mini Ninjas aqui no blog?


huahuauhahuauhauha

Abraço cara

Henrique disse...

Voltando no contexto de melhores/piores games, axo que o resultado deste aki eh o exato oposto do de Persona (poxa, ambos os jogos giram em torno das cartas de tarô, mas não tem comparação)

Pedroca disse...

No meu primeiro módulo do técnico eu fiz um jogo melhor q esse no Power Point.

Rodrigo disse...

Persona tem um conteudo mais bem feito, as cartas de tarot são um "tempero extra" do jogo que é um J-RPG inovador e bacana, enquanto esse eh um jogo focado em cartas de Tarot... Tragico... Muito Tragico...

The Sandman disse...

Se fosse assim, Ogre Battle: The March of the Black Queen estaria girando em torno de cartas de tarô também. ._.

CAMISETASDAHORA disse...

Olá!
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Márcio, o Couto disse...

ri mto aqui.

Mas cara, pq q vc pegou essa porra pra jogar? É sério, como surgiu a idéia? Vc simplesmente tava de bobeira, ligou o emulador de snes, achou o nome interessante e pôs pra rodar? vc pediu tb né XD

mas sem brincadeira, ótimo post, mto bom mesmo