quarta-feira, 9 de junho de 2010

Crítica do Amer: Ikki Tousen: Xross Impact


Pode ser porque eu fiquei mais velho essa semana, mas no meu tempo, os Animes faziam mais sentido.

Tinha Zillion, que mostrava um trio de soldados de elite usando armas especiais vindas sabe-se lá de onde para enfrentar uma invasão de homens alienígenas blindados, Holuto no Ken, onde super machos enfrentam outros super machos em duelo de testosterona absurda e Sailor Moon que... era só uma desculpa pra marmanjos verem as calcinhas de um monte de Japonesinhas adolescentes.

Mas hoje em dia, parece que não há mais bom senso nos Animes. Qualquer história imbecil se torna um Manga e um Anime de sucesso e ganha milhões de produtos, como é o caso de Ikki Tousen.

Sinceramente, esta série só existe como desculpa para o Fanservice, onde dezenas de garotas inacreditavelmente gostosas saem na porrada, rasgam as roupas umas das outras e acabam se agarrando em posições constrangedoras durante a luta, onde uma delas acaba com a cara enfiada nas calcinhas da outra.

E eu estou reclamando disso? Pelo amor de Deus, eu devo estar com Alzheimer, não é possível! Ikki Tousen é uma das criações mais brilhantes já saidas do Japão!

Mas enfim, vamos ao jogo.


A história se baseia no Manga iniciado em 1998 que mostra o dia a dia de várias escolas Japonesas que por acaso são rivais. Como sabemos que rivalidades no Japão são coisa séria, as alunas das ditas escolas normalmente se envolvem em muitas lutas.


Aliás, o corpo estudantil de cada escola parece composto quase que em sua totalidade por mulheres, pois homens são muito raros aqui, exceto entre os vilões.

Enfim, como é bastante comum no Japão, cada aluna é a reencarnação de um guerreiro histórico da China, do período em que o país se encontrava em guerra civil e aos poucos foi se unificando, aquilo que você viu no filme Herói.

Assim sendo, temos alunas que carregam alabardas, outras são arqueiras e algumas simplesmente são duronas e podem derrotar exércitos inteiros na porrada. Logicamente, todas tem super poderes e podem utilizar ataques capazes de derrubar prédios uma contra as outras, em duelos onde misteriosamente ninguém sofre danos graves.

Exceto pelas roupas, claro.

Todas as personagens da série são inacreditavelmente gostosas e ficam semi nuas sem que seja necessário mais do que uma brisa leve. Adicione a isso estereótipos como a garota fria que se veste de empregada Francesa, a gostosa lasciva que usa um decote do tamanho do Texas e a ninfetinha chave de cadeia que só existe para demonstrar o quanto os Japoneses são liberais... e teremos uma história que claramente só vende porque alguns jovens não tem idade pra comprar pornografia propriamente dita.

Não que com a internet isso seja um problema hoje em dia, mas enfim.

Se acha que eu estou exagerando, digite “Ikki Tousen” ou “Battle Vixens“ (seu título Americano) na busca de imagens do Google e veja o que aparece.

...

Heim? Que me diz agora?


A apresentação do jogo é excelente e prova que programadores com pouca grana as vezes sabem o que fazer melhor do que os figurões da Capcom e da Konami.


Os gráficos do game são em 2D tradicional e estupendos, todas as personagens são muito bem desenhadas e extremamente bem animadas. Seja caminhando, correndo ou usando um combo mirabolante, não há quebra de frames e a movimentação das garotas corre de forma fluida e natural.

Os inimigos tem uma boa variedade, indo de adolescentes folgados e gostosinhas com tonfas, a sujeitos enormes de moletom, gordões sem camisa e jogadores de futebol americano. Nenhum deles é bem animado como as heroínas, mas isso não chega a ser um problema, uma vez que você terá de lidar com dezenas deles a todo momento.

De fato, a quantidade de sprites de animação presentes na tela simultaneamente é um exagero. O mero fato da velocidade do jogo não cair em momento algum prova o quanto os programadores tomaram cuidado com seu produto.

De fato, este game me faz pensar por que diabos não lançam mais games em 2D para o PSP. Não, sério! Que diabos, por que não lançam umas coletâneas de Beat’em Ups para este console?

Resposta: porque dá mais grana “remasteriza-las” e lanças na Xbox Live ou PSN.

Um pequeno problema é que quase todos os menus do game são em Japonês, mais precisamente em Kanji, a escrita que os Japoneses aparentemente criaram pra ferrar a vida de estrangeiros estudando o idioma. Não é nada que dez minutos fuçando tudo não resolvam, mas pessoas que se aflijam em ver um game escrito em uma língua que ele não entendem talvez fiquem aflitas com este título.

O áudio do game é muito bom e complementa bem a ação. De fato, nos momentos que o pau estiver comendo solto, tudo que se ouve é uma mistura de gritos, com explosões e sons de gente sendo espancada até a inconsciência, o som do puro caos que é bastante adequado ao jogo.

A trilha sonora é boa, embora não fantástica. Há alguns temas que puxam mais para o rock e são bem legais, enquanto outras são pop ou alegrinhas demais e acabam não fazendo muito para se destacar em meio a gritaria natural que é o game.

Há uma boa quantidade de vozes digitalizadas ao longo do game também, que provavelmente são providenciadas pelas atrizes que emprestam suas vozes ao desenho animado. Embora não faça muita diferença para quem não conhece a animação, cada voz ajuda a transmitir bem a personalidade das garotas.

Não que isso faça muita diferença, pois no final das contas, ficaremos olhando apenas para os peitos delas.

...

Sim, você vai fazer isso, admita.


A jogabilidade é simples como podemos esperar de um título desses, mas com acréscimos o suficiente para alegrar o mais exigente fã deste gênero.


Seu objetivo é avançar pela fase socando todos os meliantes que cruzarem seu caminho, exatamente como o Cody fazia nos velhos tempos. A diferença é que você controla uma gostosa e não soca o Andoré, mas sim outras gostosas na maior parte do tempo.

Felizmente, há muito mais do que meramente causar fraturas e sangramentos nasais neste game. Existem diferentes modos de jogo, Story, Arcade e Challenge, em cada um é preciso montar uma dupla para só então enfrentar os desafios propostos.

O modo Story o faz avançar através de um enredo possivelmente tirado da série original (novamente, não li nem assisti, não sei). Você escolhe um grupo de personagens, cada um representando uma escola e seleciona qual fase quer jogar em um mapa, o game escolhe quais personagens serão usadas em cada fase e ao final dela, é necessário enfrentar uma dupla de chefes.

O modo Arcade é a tradicional pancadaria do gênero, escolha duas personagens (sem as limitações escolares desta vez), avance através das hordas de meliantes, enfrente um chefe só ao final da fase e tente completar o game.

Finalmente, o modo Challenge lhe oferece desafios diversos, desde derrotar o máximo de inimigos possíveis em um tempo determinado, ou pular corda enquanto arremessam granadas em você.

...

No Japão, até as brincadeiras de criança são Hardcore.

É possível trocar de personagem quantas vezes for necessário durante a partida. Se uma de suas meninas começar a ficar muito sambada, um mero toque em um botão fará sua colega entrar em ação. Todas as lutadoras são bastante variadas, o que adiciona bastante diversidade ao elenco e garante que pelo menos UMA se adequará a seu estilo de jogo.

Ao longo do game, as personagens ganham experiência e podem evoluir como em um RPG, com Level e tudo mais. Conforme sobem de nível, obviamente elas se tornam mais fortes, resistentes e com maiores chances de sobreviver as fases finais pedreiras.

Não apenas isso, mas é possível juntar pontos especiais para comprar bonificações maiores e mais específicas, que entre outras coisas aumentam dramaticamente a velocidade, força e aumentam muito a potência dos golpes especiais das heroínas.

Aliás, estes golpes especiais são aqueles que quando usados para derrotar uma chefe, rasgam as roupas da garota. Basta socar inimigos até a barra de especial encher, usar no momento certo e então apreciar uma animação da derrotada com as roupas rasgadas em um modelo que enche a tela... siiiiiiiim...

Ahhh, a vitória nunca foi tão doce.

Infelizmente, nem tudo são rosas. Conforme movimentar as lutadoras, elas “deslizam” um pouco pela tela, o que pode fazer com que se desalinhem em relação aos inimigos e desperdicem preciosos golpes no ar. Não é um problema que aleija o game, mas pode lhe custar uma vida no confronto contra uma chefe e ser um pouco frustrante.

Mas mesmo a derrota aqui pode ser boa. Quando sua personagem acaba semi nua após a batalha, não dá pra ficar muito bravo com o jogo.


Ikki Tousen: Xross Impact é um daqueles games que muitas vezes passam despercebidos e que pouquíssima gente acaba jogando.


Na atual fase do PSP, onde games bons se tornam cada vez mais raros, esta é uma pérola que todos deveriam experimentar. Diversão simples e de longa duração, que é muito difícil largar depois que se começa.

E cara... peitudas com as roupas rasgando. Sinceramente, você precisa de mais estímulo que isso?

Antes de encerrar, quero fazer um pedido de desculpas às minhas leitoras. Semana que vem falo de um game menos machista.

...

Provavelmente.

Cheers!!!

14 comentários:

Amer H disse...

Vou jogar essa semana, se conseguir terminar antes da próxima quarta feira, eu faço.

GuilhermeKinni disse...

E aí, Amer. Eu recomendaria para você fazer a análise de alguns dos jogos da série Touhou. Seria muito divertido ver isso.

Scariel disse...

Ahh... Que falta me faz um PSP...

Rael XX disse...

Amer, eu também não li e nem assisti nada sobre esse anime. Quer dizer, tive curiosidade uma vez e achei chato... mesmo com o fanservice. Se for pra ver fanservice prefiro ver agent aika. Se for pra ver fanservice + história prefiro ler Tenjou Tenge.

Enfim, no board do gamefaqs.com tem muita coisa útil pra esse jogo. Lá também diz que a história desse jogo é exclusiva. O jogo é o terceiro da série (o primeiro de PS2 e o segundo de PSP). Cada jogo trás uma "heroína" exclusiva: a loira de espadão, a ruiva (com extra fanservice) e a menina de capa.

Lá também tem uma longa discussão de como habilitar a skill ????????? que cada personagem tem e NINGUÉM descobriu até agora como faz. E esse foi o motivo de desistir desse jogo.

E também o fato de que todas as roupas alternativas que destravei são maiôs ou bikinis.

Thyago disse...

da série: jogos que irão ter 10 minutos da minha atenção quando finalmente fizerem um emulador de psp.

XD

thegamersxD disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

Keiju disse...

Joguei o primeiro e achei legalzinho.

to tentando jogar esse mas ta dando erro D:

matheus disse...

foda esse jogo.E Amer você falou que não tem muitos jogos 2D no PSP então tenta achar Castlevania Dracula X Chronicles.É um Caslevania estilo antigo sem nenhum elemento RPG.

Keiju disse...

Naverdade tem vários jogos 2D pro PSP, só não tem muitos nesse estilo

BAH disse...

Típico review que me faz adquirir um jogo.

Ou típico jogo cujo review me faz aquidirir vontade de joga-lo.

Whatever

Leandro" Leon Belmont" Alves the devil summoner disse...

não tem nada nesse jogo que se salva. desde a historia até as personagens, não dá vontade de jogar e zerar. e Tenjo Tenge em mangá é uma bosta também. prefiro o anime do mesmo que faz mas sentido e não tem tanta violência.

Lyon disse...

Sim, esse game é super machista, um mau, vou sair na rua tentando ver uma menina lutar e mostrar a calcinha, NÃO, vou lutar contra as meninas na ruas pra tirar a roupa.
Primeiro, até os homens tem a roupa rasgada e segundo, é apenas um game 2D, n interfere na realidade, n tem meninas, é só uma história q n tem na merda da realidade, se tem um imbecil q levar tudo na realidade, esse incapacitado n está apto a jogar isso.
Mas voltando, n tem nada na merda do jogo q incentive o machismo, eu jogo esse game a anos e até minha namorada, n é por conta disso q virei machista, isso de novo falo, é uma "FICÇÃO".

Lyon disse...

Um jogo de luta, vc quer q tenha oq? Pôneis? Lenço? Bolinhas?
O anime é de luta, tu acha q o jogo tem q ser de quer??

Igor disse...

Agradeço por ter feito essa analise do game e contando um pouco sobre ele, eu gostei por causa do echi, fanservice e principalmente por que eu não conhecia nenhum game como River city girls que eu pudesse jogar no computador e no android (usando emulador de psp)