quarta-feira, 10 de março de 2010

Crítica do Amer: Alien vs. Predator (Arcade)


Alien VS Predador é uma excelente idéia, mas infelizmente não é sempre bem aproveitada.

Sejamos francos, os dois filmes que juntam os monstrões são uma belíssima cagada. Quando pareceu uma boa idéia colocar um drama familiar e uma disputa entre adolescentes da década de 1980 no segundo filme?

Os games no entanto, são uma história totalmente diferente.

Alien VS Predator no Atari Jaguar é muitas vezes considerado o melhor (ou o único bom) jogo do console, o FPS para X360 e Ps3 é um ótimo título de ação, e o game sobre o qual falarei hoje é uma lindeza sem tamanho também.

Claro... tem o Alien VS Predator para Super Nintendo também... mas vamos fingir que foi só um sonho ruim e nunca aconteceu.

Voltando a versão de Arcade, ela foi produzida pela Capcom, no auge da febre dos Beat’em Ups e nos permite jogar com dois predadores, uma japinha muito gatinha e bombada e o Arnold.

O ARNOLD!!!

...

Não o Arnold de Hey! Arnold, o Governator, seu maldito ignorante!!!

Ora!

Logicamente, este é um dos melhores games de porradaria já produzidos e eu pretendo provar isso!

Acompanhem-me!


No game, uma infestação de Xenomórficos chega a Terra de alguma forma. O exército, (que aparentemente é composto apenas da Tenente Lynn Kurosawa e do Major Dutch Schaffer) tenta deter as criaturas, mas não tem muito sucesso.


De repente, dois Predadores aparecem na área e oferecem uma mãozinha para os militares. Os humanos querem impedir que a infestação se espalhe pelo planeta, enquanto os Predadores só querem fazer como o Hortelino e ter uma boa caçada.

Eventualmente, os heróis descobrem mercenários capturando embriões de Xenomórficos. Os soldados estão a mando da Weyland-Yutani e pretendem utilizar as criaturas para criar armas biológicas.

Quem conhece os filmes deve estar salivando com o excesso de referências a eles. A história não é a mais detalhada do mundo, mas demonstra um grande conhecimento das duas franquias e muita afeição por elas.

Sabendo que os jogadores cometeriam atos de violência inomináveis pelo direito de jogar com o Predador, os produtores do game decidiram amenizar o número de vítimas colocando não um, mas DOIS Predadores a disposição do público.

Infelizmente, o game comporta até três jogadores e ainda podia causar homicídios. Os produtores novamente foram sábios e decidiram então criar dois personagens humanos interessantes o bastante para cativarem aqueles que não fossem velozes ou ferozes o bastante para selecionar um dos Predadores.

Temos a Tenente Lynn Kurosawa, que é quase que a definição da mulher dos meus sonhos: japinha, extremamente bombada, durona e CHEIA DE IMPLANTES CIBERNÉTICOS!!!

Hmmmmm, uma japonesinha mecanizada... aposto que ela está sempre perfumada, adora lírios e passeios na praia ao luar, ahhh sim...

...

*ARRAM*

O outro personagem humano é o já mencionado Major Dutch Schaeffer, que nada menos que o personagem do Arnold no primeiro filme do Predador.

E você achou que eu tava blefando quando eu falei que dava pra jogar com o Arnold, heim? Seu biltre!!! Finalmente temos um game que nos permite gritar “GET TO THA CHOPPA!” em intervalos regulares sem que pareçamos doidos varridos.

Os Predadores são representados por um guerreiro experiente (Predator Warrior) e um novato (Predator Hunter). Mas sinceramente, acho mais produtivo jogar com o Governador da California.

“GET TO THA CHOPPA!!!”


O game foi desenvolvido para a placa CPS II, o que fica claro pelo seu visual extremamente bem trabalhado.


Os personagens são grandes e bastante detalhados. Os dois Predadores do grupo são diferentes um do outro e possuem características bem particulares, o que é um feito, pois nem mesmo os filmes conseguiram distinguir tanto os personagens da espécie.

Claro, os nerds super fanáticos sabem apontar as nuances diferentes dos Predadores do primeiro e do segundo filme, mas uma pessoa normal com vida própria não, e eu aplaudo a Capcom por ter conseguido diferenciar os monstros.

Dutch e Lynn também são bem desenhados e criativos. Lynn parece uma gata durona saída de um Anime, enquanto Dutch tem uma certa semelhança notável com o Arnold. Os criadores realmente quiseram homenagear o ator com uma versão sua em animação japonesa.

Mas é bem perceptível que os criadores se divertiram criando os diferentes tipos de Aliens que devemos espancar ao longo do game. Os Soldiers são diferentes dos Stalkers, que não se parecem com os Royal Guards, e a Rainha Alien... é a Rainha Alien.

Não há apenas inimigos Xenomórficos, há vários humanos em quem é preciso bater também. Cansar por excesso de surras em um único tipo de inimigo não é um problema aqui.

Os personagens possuem uma boa animação, bastante bem feita. O único problema é que não é possível aproveitá-la adequadamente, devido a ação incessante que está na tela a todo momento.

O áudio é bom, mas não tão estelar como o visual. Como normalmente acontece com games desenvolvidos para fliperamas, a trilha sonora foi criada mais para gerar ambientação nas fases do que para empolgar o jogador. Dada a barulheira infernal que a maioria das casas de fliperama eram (só dava pra ouvir os elefantes do estágio do Dhalsim), não é surpresa que os produtores dedicavam menos tempo de suas vidas as trilhas sonoras.

Os efeitos sonoros são bacanas, com explosões, tiros, facadas e demais sons bastante satisfatórios e que funcionam bem e complementam a ação de forma competente.


Logicamente, a única coisa que se faz aqui é andar da direita pra esquerda espancando inimigos e triturando tudo que aparecer pelo caminho, mas minha nossa, a intensidade deste game foi elevada até a décima potência.


Os quatro protagonistas não são diferentes apenas em seus atributos e movimentos básicos, mas possuem habilidades especiais que os tornam totalmente únicos. Dutch é o típico tanque de guerra deste estilo de agme e possui arremessos aéreos que fariam Mike Haggar sentir-se uma bichinha chocolatante, Lynn pode usar um ataque carregado, coisa rara em Beat’em Ups e os Predadores podem iniciar combos que podem ligar diferentes tipos de ataque durante a duração da sequência.

Os personagens possuem golpes especiais que podem ser ativados com o simples comando Baixo, Cima e Ataque, e que tem um resultado diferente para cada um. Lynn usa uma sequência de chutes, enquanto o Predator Hunter usa um “Shoryuken” e por aí vai.

Cada personagem tem uma arma de fogo também, os Predadores tem os tradicionais canhões em seus ombros e os humanos possuem armas de fogo automático similares a metralhadoras. A munição destas armas é infinita, mas elas superaquecem se usadas demais, o que impede que os jogadores abusem delas.

Para completar a carnificina, é possível usar uma tonelada de armamentos que surgem ao longo do jogo, como metralhadoras, rifles, lançadores de granadas, lança chamas, explosivos e mesmo os famosos discos de arremesso utilizados pelos Predadores. Se estiver com uma arma de fogo e recolher outra do mesmo tipo, irá repor a munição, o que permite atravessar longos trechos do jogo com tanto poder de fogo quanto Charlton Heston.

E a quantidade de inimigos é absurda. Não é raro ter de lidar com sete ou dez Aliens de uma vez, o que torna o game extremamente frenético. A quantidade de explosões, tiros, inimigos voando longe e coisas quebrando simultaneamente não deixa nada a dever aos filmes mais exagerados de Hollywood.

Há também um trecho em que os heróis montam em um veículo blindado e podem mandar bala (com direito a arma não aquecer) na legião de Aliens que está pelo caminho.

Finalmente, é possível jogar este game com mais dois amigos, o que causa uma bagunça tão intensa na tela que você e seus amigos sorrirão e acenarão com a cabeça constantemente um para o outro ao verem todo caos causado na tela.


Aliens Vs Predator é um dos games mais simples e intensos de todos os tempos e um dos melhores produtos licenciados já feitos. É uma pena que o gênero esteja tão em baixa hoje em dia, pois este game mostra o quanto um Beat’em Up pode ser divertido quando feito por mãos competentes.


E aqui vai um pouco de trivia: a linda tenente Kurosawa faz uma ponta em Street Fighter Alpha 2. Ela está no cenário do Ken, mais especificamente, na piscina, aproveitando a luta entre o noivo da aniversariante e seu desafiante.

O que prova que Eliza, a noiva de Ken (atual esposa, pra quem não jogou Street Fighter IV), tem amigos nos altos escalões militares. Não é surpresa, uma vez que ela é irmã da esposa do Guile.

Sim, Guile e Ken são cunhados! Agora você sabe, e saber é metade da batalha!

“GET TO THA CHOPPA!!!”

Cheers!!!

16 comentários:

Avalanche(Lance) disse...

Uma coisa estranha é que na abertura aparecem 3 predadores...

Zé Abrão disse...

eu sempre achei a série dos jogos muito boa. Aquela versão que inspirou o remake de agora, que usava a engine de Half-Life, era muuuito legal. Embora o gênero beat'em up em si não exista mais, a coisa que eles fizeram foi adaptar esse estilo em outros, como alguns adventures que são cheios de elementos deles.

Marcel disse...

Um dos melhores games do gênero, sem dúvida nenhuma =D

Fala sério, existe algo mais prazeroso do que surrar aliens ?

Bem...matar zumbis é melhor ainda, mas isso não vem ao caso xD

Marcel disse...

Uma das grandes sacadas do game são justamente os combos de longa duração.

Alias, existem videos de viciados fazendo combos tão extensos quanto os feitos em Killer Instinct.

Amer H. disse...

Um dos Predadores é capturado e infectado pelos humanos. Ele aparece como um dos chefes no meio do jogo, Lance.

E ele ataca igual ao Rolento, o que prova que os produtores do game eram fãs de Final Fight.

Ou tavam com uma preguiça lazarenta de criar um sistema de ataques original pro bicho.

Avalanche(Lance) disse...

Nem lembrava....

to ocm sono...fui

João disse...

Jogaço esse, amer. Acho esse jogo melhor que avsp 1. O 2 eu até gostei, pois foi violento pacas e teve porrada, o q é essencial em AVSP.

è impressão ou esse é o mês dos beat´em ups??

Avalanche(Lance) disse...

Falando em Beat Up's....Amer por que você nunca fala do Vendetta?

Amer H. disse...

Realmente, tou falando demais de beat'em ups esse mês. Próximo review eu mudo de gênero.

Ainda não falei de Vendetta porque não encontrei imagens decentes pra ilustrá-lo. Calma que eu chego lá.

Scariel disse...

Bem, que esses jogos da Capcom podiam sair na Live e na PSN, em HD iria ficar ainda melhor surrar aliens.
Esse review ficou bem mais detalhado do que o primeiro que você escreveu.
É eu tenho tenho tempo livre pra ler posts antigos seu...
Jogar com o Arnold em 2D não tem preço.

Spoonman disse...

Mermão... tenho o MAME em meu pc e ta com poucos dias que zerei o AvP.

“GET TO THA CHOPPA!!!”

E realmente é tudo isso que você disse!

Vida longa e próspera!!

E tenho dito!!

Fernando Carvalho disse...

Eu jogo esse jogo até hoje no emulador, é uma das melhores coisas que a Capcom fez, só tem um defeito, é curto demais (na verdade tu fica tão distraído com a quebradeira que nem vê a s fases passarem), um clássico!

João disse...

Amer, eu nao falei como critica nao. Se quiser fazer mes deles, vai em frente. adoro o genero.

Leandro" Leon Belmont" Alves the devil summoner disse...

Alien vs Predator não foi feito para jogar sozinho...

se for numa máquina da rodoviária onde cada ficha é um real, amigo...é tanto inimigo que você fecha os olhos e ainda os vê, mesmo depois do game over. e prefiro ir com os predadores, foi por causa desse game que passei a gostar deles.

Lynn Kurosawa...bonitinha,totosinha e durona. eu casava,dava casa,comida,roupa lavada e escravidão eterna...

imagine dormir com uma mulher assim?

*ARRAM*

Jonathan Ribeiro disse...

A Amer,eu até que gosto da versão de SNES.

Kelcio Silverio disse...

Caralho gastei muita grana na minha infância com esse jogo, sem dúvida é um dos melhores dos arcades, é um privilégio poder jogar no pc hj em dia, mas a emoção do fliper não tem igual...