domingo, 18 de outubro de 2009

Crítica do Amer: Splatterhouse 2


Prosseguindo com o mês especial de games de terror, por que não falar do segundo título da série Splatterhouse?


Pois bem, o game original permaneceu nos fliperamas e só foi lançado domesticamente para o Turbografix 16 (ou PC Engine, no Japão), permanecendo um título razoavelmente obscuro aqui no ocidente.

Sabe-se lá por que, a Namco decidiu lançar a continuação da série para o Mega Drive. Tudo bem que o Turbografix 16 não era muito popular no nosso lado do mundo (aposto que muitos de vocês só o conheceram porque estou falando dele aqui), mas no Japão ele era grandioso.

Seja lá quais foram as razões da Namco (talvez enfiar um pé no mercado Norte Americano, para estarem preparados para o futuro) o segundo jogo de Rick foi lançado para o console da Sega e acabou popularizando o personagem por aqui.

Não tanto quanto a Namco gostaria, mas o suficiente para permitir um terceiro game em um futuro não tão distante.

Mas por hora, falemos de Splatterhouse 2.


Para quem não se lembra, no jogo original Rick e sua namorada Jennifer invadem uma mansão mal assombrada, a menina é levada pelas forças DO MAAAAAAAL e resta a Rick salvá-la, tendo apenas uma máscara diabólica grudada em sua cara e a força de mil Hulk Hogans.


Infelizmente, um dos chefes do game anterior era Jennifer, que fora possuída por um demônio e não restou alternativa a Rick, exceto porradear a moça até a morte e entrar em coma em seguida.

Porém, aquela não era Jennifer real, mas sim um demônio disfarçado como ela. Rick ainda tem uma chance de salvar sua garota e tudo que precisa é se levantar do chão onde esteve comatoso por sabe lá Deus quanto tempo e ir à luta, massacrando dezenas de seres abomináveis no caminho.

Não ganha nenhum Oscar, mas como pretexto pra se espalhar entranhas pela tela já dá pro gasto.

E pra ser totalmente franco, este game ainda é da época que a força motriz por trás de inúmeros heróis era resgatar sua amada das mãos de forças do mal cruéis, violentas, pegajosas e chocolatantes. Ainda demoraria um bom tempo para que os games começassem a passar mensagens anti guerra nuclear ou que contassem histórias sobre perdas e sacrificios.

Não que Gears of War seja um exemplo disso.

Por que eu mencionei Gears of War?

Oras, e por que não?


Tecnicamente, Splatterhouse 2 é melhor que o game original, mas não por muito.


Os gráficos são superiores, ainda é possível quebrar inimigos ao meio com socos, esmagá-los contra a parede usando um cano ou usar de outras maneiras grotescas e violentas de despachá-los. Neste aspecto, os gráficos fazem um ótimo serviço, pois tudo está mais detalhado e as animações de morte dos inimigos são bem melhores. Não apenas isso, mas tudo está com um visual mais sujo e decadente que na versão anterior, passando a impressão de que os cenários há muito foram abandonados e agora estão a mercê da natureza e das criaturas grotescas que nele buscam abrigo.

Apesar de complementar bem o clima da história, o visual de Splatterhouse 2 não é um dos mais impressionantes já gerados pelo Mega Drive. Ele é bastante competente, mas não vai te fazer gritar blasfêmias como um moleque de doze anos cheio de açúcar que acabou de ver Altered Beast pela primeira vez em 1988.

Claro que você fez isso, todos fizemos.

O som por outro lado é bem melhor, as canções são bastante adequadas ao jogo e são muito mais bem compostas que as do primeiro Splatterhouse. De fato, é bem possível que você se pegue cantarolando as músicas deste game depois que o desligar.

Não são temas icônicos como os de Street Fighter II, mas grudam na cabeça feito chiclete que menino malvado atira no cabelo da colega de classe no último dia de aula.

Não, isso eu nunca fiz. Já tive vontade, mas freei meus impulsos violentos.

O game possui poucas vozes digitalizadas, mas o vozeirão macabro de Rick é bem legal. Tudo bem que ele parece arrotar quando perde uma vida e até hoje eu estou tentando entender o que diabos ele fala na 6º fase, mas pra época já é o bastante.

A voz de Jennifer no entanto é um pouco estranha. Como toda dublagem ficava rouca no Mega Drive e Jennifer tem uma voz inacreditavelmente fina, parece que a menina foi recentemente operada das amígdalas.

Talvez até tenha sido, sei lá o que os demônios aprontaram com ela nos três meses que se passaram entre o primeiro e o segundo game da série.

Se bem que de acordo com La Blue Girl, se esse desenho é indicação de algo... eu posso fazer uma idéia...


A jogabilidade é uma fotocópia exata do primeiro game.


Splatterhouse 2 é um side scroller tradicional, onde o jogador guia Rick da esquerda para a direita na tela, espanca inimigos, enfrenta chefes e prossegue no jogo até finalmente enfrentar o grande chefe final e passar de fase.

Rick continua com os mesmos ataques da versão anterior: soco, chute rasteiro e uma voadora. O herói ganhou um escorregão também, mas sua execução é idiota, é preciso saltar e no momento que Rick estiver para atingir o chão, apertar diagonal inferior para frente e o botão de ataque.

Como o game é um side scroller e o espaço que Rick tem para se movimentar é bastante limitado, este ataque acaba não sendo muito eficiente. Durante o salto, o jogador pode esbarrar em um inimigo ou algum oponente saltador pode cair sobre Rick enquanto ele desliza pelo chão. Se utilizar o ataque em um chefe, irá atingi-lo uma vez mas como o ataque não para depois que se acerta o alvo, receberá dano de graça em seguida.

Basicamente, é possível completar o game usando apenas o soco e o chute baixo. Novamente, o soco de Rick tem ótimo alcance e excelente velocidade, então basta saber onde ficar ao atacar os inimigos e estará bem seguro durante os combates.

Existem menos armas em Splatterhouse 2 do que haviam no jogo original. Enquanto em Splatterhouse era possível achar um cutelo ou pedaço de madeira em praticamente todos os estágios, aqui a distribuição das armas é mais espaçada e é fácil passar despercebido por algumas em trechos que estejam mais escondidas.

Pra quem se acostumou com a jogabilidade do game original ou é viciado em side scrollers, Splatterhouse 2 não é um game difícil. Novamente, é preciso ter uma ótima memória para lembrar dos padrões de ataques e movimentação dos chefes, mas sabendo enfrentar isso, o game é mel na chupeta.

Para os preguiçosos, há um sistema de password bem eficaz, onde é preciso escolher sílabas diferentes e escrevê-las na ordem correta. Um pouco estranho quando conhecemos, mas bem mais eficaz que aquelas malditas passwords imensas de duas linhas que tanta dor nos causaram na época.


Embora não seja o game mais inovador da história (não chega nem perto disso), Splatterhouse 2 foi uma surpresa e tanto na época.


Imagine que você tem um Mega Drive e um Super Nintendo em casa e está acostumado a games como Sonic, Super Mario, Contra, Final Fight e demais títulos que não mostram violência explícita em momento algum... e de repente você dá de cara com um game em que é possível espatifar zumbis em uma parede!

De fato, o ESRB, órgão que define qual a classificação etária dos games hoje em dia, ainda não existia na época e a Namco colocou um aviso na capa de Splatterhouse 2, avisando sobre o alto grau de violência contido no cartucho.

E para um moleque de treze anos, ver um gigante mascarado espatifando coisas pela tela é uma glória inimaginável.

Aliás, a máscara de Rick foi novamente alterada para a versão Norte Americana, para evitar processos por parte dos donos da série Sexta Feira 13. Aqui ela se parece com uma caveira risonha.

Pois é, criativo pra diabo!!!

Em Splatterhouse 3 teríamos uma máscara de respeito, além de uma jogabilidade completamente refeita.

Mas isso é uma história para o próximo review.

Cheers!!!

26 comentários:

Maubassi disse...

Muito bom amer, adoro a serie splatterhouse, e o 2 considero a unica sequencia de jogo que supera o antecessor.

evil monkey disse...

amer eu tenho um pedido de review:

resident evil 4

foi um jogo que eu adicionei na minha coleção recentemente e me apaixonei!

e como tem tudo a ver com o mês das bruxas eu acho que valeria a pena jogar.

e maubassi,metal gear solid 3 é muito melhor que os anteriores

Amer H disse...

Resident Evil 3 virá antes, mas falarei do 4 em seu devido tempo.

Loira disse...

Resident Evil 4 é legal...
Mas volto a pedir Shining In The Darkness pra Mega Drive..
Afinal de contas é um clássico ( pelo menos eu acho XD ) !!

Ótimo Review !!

:D

Avalanche(Lance) disse...

eu to jogando o Resident 4....mas na boa nem de longe vai ser meu jogo favorito.

E acho a nota 9.3 muito alta para ele¬¬

evil monkey disse...

pra resident evil 4 eu daria uma nota entre 8,7 e 9,5

eu particularmente gosto do sistema de mira ao contrário da maioria,pois inibe aquele macete de atirar andando pra trais que todos fazemos em jogos de zumbi.

e o controle tem um bônus de ser projetado de modo que você evite gastar munição(que é vital nesse jogo), apesar de que usar a faca(que também é vital)pode ser frustrante as vezes.

o controle pelomenos é melhor do que nos outros resident evils onde tinha uma das câmeras mais lazarentas da história dos video-games.
...

The Sandman disse...

Eu gostei mais do 4 do que do 3 (únicos que joguei) tanto que eu zerei o 4! o/

Ainda me lembro de como o chefão do 4 foi o chefão mais fácil que enfrentei em toda a minha vida. ._.

Maubassi disse...

Evilmonkey

É tem razão, então posso dizer que são poucas sequencias que superam o antecessor.
Havia também esquecido de Silent Hill 2, considero o melhor jogo da serie.
Amer, faz Review do Fear, ja que o tema é terror e é mês das bruxas.

Avalanche(Lance) disse...

contra tinha violência explícita...

The Sandman disse...

Se você considerar pessoas baleadas explodindo violência explícita...

evil monkey disse...

e quem considera?

The Sandman disse...

O Lance! o/

Marcelo Maciel disse...

Pra mim RE4 merece um 7.0

Não é ruim pra um jogo de ação, mas pra um Resident Evil, é bem fraco...

Paulo_HT disse...

eu me lembro da capa desse jogo na locadora, mas a minha mãe nunca deixou eu pegar -.- (eu tinha uns 6 anos)

e porra, RE4 é muito foda, é o jogo que eu zerei mais vezes em toda a minha vida (mais que chrono trigger), a minha única reclamação é que podiam ter feito a mira no analógico direito pra andar e atirar ao mesmo tempo.

evil monkey disse...

eu gosto de resident evil 4, mesmo tendo muito menos sustos que os outros resident evils a mudança na mecânica e a priorização da estratégia fizeram muito ele ficar muito bom.

e eu gosto do controle do apesar de tudo,ajuda a aumentar o suspense e da mais vantagens no tiro estratégico.

outro fato que eu gostei é o racionamento da munição algo impossível nos outros jogos.

mas eu posso ter errado feio pois eu nunca joguei REALMENTE os outros jogos da serie me limitando a dar umas jogadinhas no play um do meu amigo.

mas mesmo assim no fim (sem comparar com os outros resident evils)eu adorei o jogo e eu recomendo muito.

a nota ideal pra mim seria 9.

Byron disse...

Que estratégia Macaco?

e dexe me falar, o jogo tem um visual impecável e até curti tudo se passar na espanha.

Mas os inimigos serem inseptus desconehcidos(com direito a chefão Bagre e o Luis morrer pelo pinto do Sadler), os comendos de tiro horríveis, e até a repetição de ficar com a filha do presidente...sei la ficou fraquissimo.

E na boa nenum quebra cabeça...tudo é bem retilínio.

como disseram ali é um belo 7.

evil monkey disse...

Claro que usa estratégia, você não vai sair atirando como em um gears of war.Você tem que pensar com cuidado aonde atirar, que arma comprar, onde é melhor se posicionar.não é só sair atirando e rezando.

E pra mim os comandos de tiro não são ótimos mas é só uma questão de se acostumar e já vai estar sabendo direitinho aonde mirar.

Os quebra-cabeças pra mim nos outros resident evils(pelo menos nas partes que eu joguei) pareciam as vezes ilógicos e um bocado frustrastes.

talvez um nove seja muito mas um sete é muito pouco.

Avalanche(Lance) disse...

Sete da pra passar^^

E o Byron ali em cima é inexplicávelmente eu O.o

E na boa a principal implicância é que o jogo leva um nove, só pq tem o nome dResident...e como ninguém o considera o melhor resident, pq raios ele tem uma nota tão alta?


Um monte de jogos bons do PS2 tem notas incrivelmente baixas, incluindo o The Spartan, que apesar de ruim ainda é divertido.

The Sandman disse...

Lance, isso depende de cada gosto.
Eu por exemplo AMO DW, apesar da maioria das pessoas achar a série um saco (incluindo o Amer D:).

Hunter disse...

Amer, já que é outubro, pq você não faz um review sobre Clock Tower para SNES, gostaria de ver vc detonando esse jogo pra mim (=]), e aliás, adorei Splatterhouse, e tomara que saia o novo mesmo! Valeu amer!

Avalanche(Lance) disse...

Que ser DW, Rodrigo?

E na boa, não falo de gosto pessoal.

mas citei o caso dele não ser o melhor da série e ter uma nota mais alta que os demais.

Paulo_HT disse...

acho que DW é Dynasty Warriors, e foi o Sandman que falou, Rodrigo é o cara do advertising.

sergio disse...

tenho algumas opiniões sobre bons jogos de terror atuaisno qual vc poderia fazer um review:
Dead space,clive barker Jericho
,stubbs the zombie,se bem que esse ultimo não é terror.

The Sandman disse...

Sim, é Dynasty Warriors. E não me chamo Rodrigo. ._.

E se o Rodrigo voltar, o Amer pode não estar interessado, se ele tem grana pra comprar PS3, XBox 360, PSP, etc., e ainda tem grana pra comprar jogo original, não creio que ele terá muito uso...

Claro, é só minha opinião. ._.

Avalanche(Lance) disse...

ahh eu to interessado to desempregado mesmo.


E foi Mal Sandman misturei tudo...gosto do DW é bem relaxante...e ao ocntrário do Sengoku as tropas segem seu personagem.

João disse...

Amer, você disse que nesse jogo ele ganhou um slide kick, mas ele tem esse slide kick desde o primeiro jogo