sábado, 22 de agosto de 2009

Crítica do Amer: King of Fighters XII


Como eu mencionei no inicio do review passado, King of Fighters é uma série que não brilha mais como na época de seu lançamento.

A SNK (e posteriormene a Eolith) seguiram a fórmula do "se não está quebrado, não conserte" e mantiveram o game praticamente igual por inacreditáveis 15 anos.

Enquanto a Capcom tentou inovar Street Fighter com as séries Alpha e SF III, a série de luta da SNK simplesmente parou no tempo e só trazia mais do mesmo todos os anos. Claro que constantemente conheciamos membros novos do elenco, mas muitas vezes isso causava mais vergonha alheia do que empolgação.

Sério, Momoko? Uma menina que parece ter dez anos, uma bunda imensa que é usada como arma de ataque e é obcecada por peitões? Diacho SNK, pensei que vocês tinham mais classe!

Mas eis que Street Fighter IV foi lançado e com uma total e completa renovação, em todos os seus aspectos. Provavelmene, foi quando a SNK viu o novo tíulo da série de luta de sua rival, que seus executivos decidiram que era hora de dar um banho de loja em King of Fighters.

Por meses, fotos e videos foram mostrados, anunciando que KoF XII seria uma total e completa renovação na franquia, como há muito tempo não viamos. Fãs ficaram com os dedos coçando paa jogar e descobrir como se encerrava a atual saga da série.

E então KoF XII finalmente foi lançado... e não é o divisor de águas que nos foi prometido.

Pois é...


Comecemos então pelo enredo.


Desde KoF 2003, a série nos mostra a história dosTrês Tesouros Sagrados, onde um grupo misterioso planeja trazer Orochi de volat a vida e onde um rapaz afeminado está ferindo brutalmente e roubando os poderes dos três protagonistas da série.

Pois bem, em KoF 2003, Ash Crimson (o tal rapaz afeminado) roubou os poderes de Chizuru Kagura e em KoF XI, atacou Iori Yagami e tomou seu poder de controlar chamas púrpuras. Antes de partir, ele anunciou que seu último alvo seria Kyo.

Afinal, o que ele quer? Quais suas intenções? Por que e como rouba os poderes dos outros? O que Kyo petende fazer a respeito?

A resposta para essas e outras perguntas... NÃO ESTÃO AQUI!!!

Pois é... ao invés de ser parte da cronologia oficial e amarrar as pontas soltas do novo roteiro, KoF XII toma o caminho menos nobre e se apresenta como um mísero Dream Match.

Já falamos sobre isso no artigo passado mas para quem não se lembra, "Dream Matches" são os games que não possuem ligação com o enredo oficial da série e simplesmente trazem uma tonelada de personagens para montarmos os times que quisermos e jogarmos até nossos olhos secarem e cairem.

Normalmente, os Dream Matches são os "pedágios" entre as trilogias de KoF. A saga do Orochi durou de KoF 95 até 97, então KoF 98 foi um Dream Match, a saga de NESTS aconteceu de KoF 99 até 2001, então KoF 2002 serviu de intervalo entre a saga anterior e a nova.

Enfim, acho que já deu pra entender.

KoF XII é simplesmente um amontoado de gente pra se bater, mas uma vez que a saga anterior não foi completada, o game dá a impressão de que a SNK nos passou a perna.

E mesmo como Dream Match, este game deixa muito a desejar.

Muuuuuuuuuuito.


Ok, falemos dos gráficos.


São cretinamente bons.

Após uma década e meia, a série finalmente ganha uma turbinada no visual e MINHA NOSSA SENHORA, que turbinada.

Todos os personagens foram redesenhados a mão e tiveram suas animações refeitas quadro a quadro. A movimentação do elenco é inacreditavelmente fluida e capaz de deixar qualquer fã de animação 2D dando risadinhas feito uma colegial histérica.

Vários personagens receberam uma melhorada no visual também. Iori Yagami finalmente trocou de roupa, provando que não tem um armário igual ao da Mônica, enquanto Leona aposentou seu uniforme e veste agora um sexy top que realça suas curvas e nos permite apreciar toda sua beleza atlética.

Hmmmmmm... moça musculosa... que coisa linda...

Por outro lado, o novo design dos personagens não acerta sempre. Posso entender que militares durões como Ralf e Clark tenham se dedicado a uma dieta de proteínas violenta e tenham ficado imensos, mas o aumento bizarro da massa muscular de Terry Bogard não combina com o personagem.

Athena é outra vítima do novo design e não se parece nada com a colegial Japonesa de físico comum que nos acostumamos a ver. Sua nova versão rechonchuda parece ter sido criada por um fã para estrelar um fanzine Hentai.

Os efeitos visuais são bons, mas poderiam ser melhores. Não há muitos efeitos especiais acompanhando golpes elétricos ou de fogo e mesmo os que existem não são tão impressionantes quanto poderiam ser.

E eu não tive a oportunidade de testar o jogo em um monito de alta definição, mas algumas pessoas me disseram que a resolução dos gráficos cai um bocado para quem jogar em um HDTV. Quem pude confirmar será muito bem vindo.

O som é uma bola fora, apesar de praticamente todas as vozes dos personagens estarem intactas, a trilha sonora é muito fraca. Não há remixagens de temas clássicos como o de Kyo Kusanagi, tampouco novos temas que se destaquem.

Na maior parte do tempo, você nem vai reparar que a música está tocando, pois os gritos dos lutadores e efeitos dos golpes soam muito mais alto que a trilha sonora se você não mexer na configuração do som.

É vergonhoso que isso aconteça em uma série como KoF, que mais de uma vez nos presenteou com trilhas sonoras incrivelmente bem executadas e que poderiamos ficar escutando no CD Player sem parecermos Otakus.


A jogabilidade deixa muito a desejar, pois é tão magra quanto Athena um dia foi.


O modo Story agora se resume a um ridículo Time Attack de cinco lutas, após vencer tais batalhas o jogo acaba e o classifica de acordo com o tempo que levou para terminar.

Sem chefe final.

Exatamente, este é o primeiro King of Fighters que não possui um chefe final. Nem Rugal, nem Orochi, nem Igniz, nem nada.

E mesmo estas cinco batalhas não conseguem ser muito empolgantes, pois o game tem apenas 22 personagens.

Sim, você leu direito, vinte e dois personagens.

A desculpa da SNK para um elenco tão mirrado é que foi muito trabalhoso recriar todos os personagens com o novo traço e por isso não houve tempo de refazer mais membros para o elenco. Seja como for, a falta de alguns personagens icônicos como Mai Shiranui e Billy Kane é bastante imperdoável.

Mas Mai e K' (que também não apareceu no game) já foram mostrados com um visual semelhante ao dos outros personagens, o que indica que talvez eles estejam prontos e eventualmente a SNK os libere como conteúdo para download.

Agora, eu adoro expansões que aumentem a vida útil do jogo (diabos, adquiri as cinco expansões de Fallout 3 sem pensar duas vezes), mas lançar um jogo de luta com poucos personagens simplesmente para explorar os fãs com dezenas de pacotes de lutadores para serem comprados de forma avulsa é uma coisa simplesmente errada.

Claro, posso estar enganado e a SNK pode não lançar pacotes de lutadores para download. Mas o tempo dirá se a empresa foi gananciosa ou se simplesmente planejou mal.

A jogabilidade se mantém bastante similar aos demais jogos da série. Qualquer um que tenha familiaridade com King of Fighters não irá demorar muito para começar a destruir o computador e tentar melhorar seu tempo no modo principal.

O único acréscimo ao jogo é um estilo novo de Counter. Há uma segunda barra de especial logo abaixo de seu medidor de energia e quando estiver preenchida, é possivel revidar um ataque inimigo com uma bela sequência de combos improvisados.

O esquema funciona como os Custom Combos de Street Fighter Alpha 2, onde basta apertar os botões de ataque a qualquer momento para que o jogo se encarregue de montar os combos sozinho. Se quiser enfiar cinco socos fortes no oponente, você pode, assim como é possível mandar dez chutes fracos contra ele ou misturar tudo isso

Este novo sistema ajuda a manter as lutas mais empolgantes, mas não consegue compensar por todas as outras falhas do jogo.


No final das contas, King of Fighters XII parece um jogo incompleto.


A impressão que fica é que a SNK-Playmore se dedicou demais a impressionar o mundo com o novo visual do jogo e acabou o lançando de qualquer jeito para aproveitar o Hype que lançou sobre os fãs.

Com poucos personagens, sem um modo Story e muito pouco a oferecer além de gráficos novos, KoF XII é uma mera sombra de tudo que poderia ter sido e a SNK vai ter de dar muito duro para compensar o público com o próximo game da série.

Mas pelo menos temos toda a franquia em coletâneas para o Ps2 e isso vai bastar até que lancem King of Fighters XIII.

Ou seja lá como decidam batizar o próximo game...

Cheers!!!

10 comentários:

Thyago disse...

eu nao acho q a snk nao tenha tido tempo, foi pura safadeza dela mesmo.
eles podiam muito bem ter feito um trabalho de respeito e feito o game direito.
enfim, mais 15 anos sem mudança nos sprites XD

evil monkey disse...

quase consegui!
bem eu não posso falar nade de jogos de luta pois não conheço nada do gênero.
e como não to afim de dar uma de falso não vou comentar sobre o jogo.
mas,foi um bom review(apesar de mais curto que o usual)e como sempre destacou bem as coisas boas e ruins(muitas ruins)do jogo.
e que bom que esse review saiu ANTES de eu comprar o meu ps3(logo logo)pois seria um saco jogar uns 150 reais fora.
...

Rael XX disse...

Concordei com tudo que você disse quando me respondeu nos seus comentários (aquele lance sobre a SNK-Playmore). Sabe, realmente se fosse um lance só de copyright com a Eolith eles teriam tirado todos os chars deles.

Enfim, sobre esse KOF XII eu teria dado uma nota menor:

1-Confirmo que o jogo fica horrível num LCD rodando a 1680x1050. Os personagens ficam todos quadrados, tipo o gráfico de um Marvel VS Capcom 2 num PS2.

2-Os efeitos especiais mais gráficos não são nada comparados a Street Fighter 4 e BlazBlue.

3-Os comandos respondem bem, mas poxa vida, TODOS os personagens foram enfraquecidos. Não foi só o Iori, o Kyo por exemplo está com os golpes do KOF94, como se o personagem nunca tivesse evoluído! E a maioria dos chars só tem um danger move.

4-Sem chefe não rola. Chefes apelões e overpowered são marca registrada da franquia. Pelo menos uma apariçãzinha de Rugal bastava.

5-Athena ficam mais nova a cada King of Fighters. Enquanto os outros ficam mais velhos. Na minha terra isso se chama pedofilia enrustida.

Sem mais, abraços pra ti e continue assim.

Ah, a minha nota? Prefiro não comentar.

Zé Abrão disse...

realmente, jogo de luta com pouco personagem é um chute nas bolas, e mesmo com download, eu não baixo nada porque não tenho um modem reserva e minha internet é PÉSSIMA. E mesmo Fallout, ainda bem que o conteúdo normal dele é gigantesco, porque daria um trabalho infernal pra mim baixar as expansões.

André disse...

Como já foi mencionado, um danger move pra cada personagem (acho que o Ryo tem dois) e você não falou da câmera Amer
Odiiiiiiei esse novo sistema da câmera de se aproximar quando você chega perto do cara. Me sinto preso. Achei horrível.
E por fim, Dream Match? Ok. Se tiver uma caralhada de personagens, não 22.
E acho até que 6 foi alto, eu daria 5 pro jogo, pra algo que fizeram tanto hype.

Zé Abrão disse...

hey Amer, você viu que Fable 3 foi anunciado? Acho que vem mais enrolação por aí

Avalanche(Lance) disse...

Voadora melhor golpe então \o\.

evil monkey disse...

ei amer faz o review de metroid?

Igor Chacon disse...

.onde se faz pedidos? por aqui? se for... GOD HAND!

juninho-ad disse...

Eu gosto de TKOF, mas confesso que quando vi que eram somente 22 personagens, na revista Playstation, bateu um puta desânimo... e um medo profundo de personagens como Robert, King e outros estarem ausentes, no final das contas, eu tenho PS2 e todas as vezes que fui jogar XBOX 360 ou PS3 de forma avulsa em lojas, nem sequer tive coragem de o jogar ainda...

o lugar que eu conheci jogos como Marvel vs Capcom 3 (no XBOX 360, e digo e repito, no XBOX jogo de luta é um horror por causa da manete) tinha mas eu não tive coragem de jogar...

Quem sabe um dia né ?