domingo, 26 de julho de 2009

Crítica do Amer: Ghostbusters: The Video Game


Hoje, quero começar contando a vocês uma história tenebrosa, aterrorizante e do além túmulo.

Há algumas semanas atrás, estava eu feliz e serelepe, brincando com meu Xbox 360, jogando alegremente enquanto tomava chá e comia bolinhos ingleses quando o aparelho simplesmente pipocou e parou de funcionar.

Desliguei-o e voltei a ligar e então... LUZES VERMELHAS DA DESTRUIÇÃO.

Meu mundo caiu, perdi meu 360 e caí em prantos. Logo eu havia me tornado um pária da sociedade, saia por aí arranjando brigas com bêbados e destruindo casas de burlesco, eu estava em uma espiral de destruição.

Recentemente, estava em casa sem fazer nada e resolvi testar um jogo no meu 360 só pra ver se ele pegava fogo ou se explodia e me fazia ganhar super poderes no processo. Neste momento tive uma surpresa que fez minhas calças sairem pela cabeça: ele estava funcionando perfeitamente!!!

Meu aparelho havia voltado a vida!!!

Ninguem sabia explicar, nem técnicos, médicos, espíritas ou o Padre Quevedo possuiam uma explicação para tal fato. E não foi um mero lampejo de vida que logo se extinguiu, eu consegui terminar três games desde que o aparelho retornou.

Então, novamente estava eu jogando quando o console pipocou outra vez. As três luzes vermelhas da destruição haviam voltado e o aparelho não mais estava respondendo.

O console morreu de vez e eu não mais tenho escolha exceto comprar um novo (sim, sei que posso mandar consertar, mas isso custa caro demais e não compensa). Mas pelo menos por alguns dias, o console voltou a vida para que eu pudesse terminar títulos que estava muito ansioso pra jogar.

Como se estivesse se despedindo de mim com seu último fôlego, meu leal amigo.

Um acontecimento demasiado estranho, de fato.

E quando coisas estranhas acontecem no seu bairro e ninguém as consegue explicar, quem você vai chamar?

Exato!!!

A história do game se passa após os acontecimentos dos dois filmes dos Caça Fantasmas. Não vou descrevê-los porque se você não os assistiu filmes, não merece viver.


Pois bem, o ano é 1991 e os Caça Fantasmas recrutaram um quinto membro que tem a responsabilidade de carregar todo o equipamento experimental não testado e potencialmente perigoso da equipe, que se funcionar mal, pode dinamitar seu usuário para além do espaço e do tempo.

Nesta função, você acompanha os Caça Fantasmas através de uma aventura que liga os eventos dos dois primeiros filmes em uma nova manifestação fantasmagórica que pode trazer um desastre de proporções bíblicas para a cidade de Nova York.

Bacana, heim?

Não quero revelar muito o enredo, pois grande parte da graça deste game é mergulhar de cabeça na história como parte da equipe. O roteiro foi escrito por Harold Ramis e Dan Aykroid, responsáveis pelas histórias dos filmes e sem dúvida alguma passa a sensação de ser um "artigo genuíno."

É difícil explicar, mas quem é fã de Caça Fantasmas vai entender quando jogar.

Seu personagem nunca fala nada, limitando-se a seguir ordens. Além de funcionar bem para um estagiário (quem já esteve nessa função sabe que estagiários existem para serem vistos e não ouvidos), ajuda a manter o foco sobre o elenco principal, o que não poderia ser de outra maneira.

E o jogo leva em consideração todo o universo em que se passa a história e faz muitas referências ao material em que é baseado. Entre as missões, você pode zanzar pelo quartel general dos Caça Fantasmas e escutar Janine atendendo as ligações dos clientes ou meramente conversar com o quadro de Vigo dos Carpagos e ouví-lo reclamando da vida.

Ok, eu sei que o quadro de Vigo foi destruido no segundo filme, mas admire a poesia do simples ato de papear com um semi deus, tá bem?


Tecnicamente, o jogo é estupendo.


Os personagens são representações quase foto realistas dos atores que interpretaram os Caça Fantasmas no cinema. É realmente impressionante poder ver todo o apuro que os criadores do jogo tiveram em recriar com perfeição o elenco principal da história.

Claro, os gráficos não se resumem a personagens bem feitos. Os produtores também se esforçaram muito para que o arsenal dos Caça Fantasmas se parecesse com o que nos acostumamos a ver nos filmes e o resultado final é extremamente satisfatório.

A arma de protons, que é a marca registrada dos personagens, foi representada com perfeição aqui. Os demais equipamentos também são muito bem reproduzidos, como o rastreador PKE, usado para localizar fantasmas e outras coisas sobrenaturais e até mesmo a armadilha e o seu efeito sobre os fantasmas quano estão sendo capturados.

Diga-se de passagem, a mochila protônica é um show a parte, cheia de detalhes e medidores, é possível checar o status de seus personagem e o de todas as armas através dela. De fato, sempre que acionar uma arma diferente, a configuração da mochila irá mudar para melhor representar o equipamento selecionado.

Sem brincadeira, haverão momentos em que você vai ficar mudando de uma arma para outra só para ver os detalhes diferentes que a mochila é capaz de mostrar.

Os cenários são muito bem feitos e totalmente destrutíveis. Caçar fantasmas com um acelerador nuclear pode gerar uma certa bagunça e o cenário pode ser destruido lindamente sempre que você estiver tentando capturar algo.

Quanto ao som, ele não fica atrás.

Todos os membros do elenco originals emprestaram suas vozes para os personagens. Harold Ramis, Dan Aykroyd, Bill Murray, Ernie Hudson e até mesmo Annie Potts reprisam os papéis que os tornaram tão populares com o público.

Isso normalmente não quer dizer muito, pois na hora de dublarem suas contra partes digitais, diversos atores o fazem com uma aparente extrema falta de vontade, o que cria dublagens inexpressivas dignas de Bayblade. Aqui, os atores realmente entraram nos personagens e repetiram a mesma performance divertida de quando fizeram os filmes há vinte anos atrás.

Claro que para quem cresceu assistindo Caça Fantasmas dublado em Português (que é o meu caso) tal fato perde um pouco do impacto, mas é sem dúvida muito melhor ver atores que conhecem os personagens atuando do que dubladores genéricos tentando enganar nos papéis.

Os efeitos especiais também são excelentes, os feixes de protons soam exatamente como devem e os fantasmas que apareceram nos filmes também o fazem. Tudo mais acompanha com perfeição este cuidado para fazer com que o som pareça autêntico.

Se você for velho como eu, vai ficar emocionado quando ouvir a sirene do Ecto-1.

Aliás, a trilha sonora foi totalmente retirada dos filmes, desde a musiquinha casual que toca quando os personagens estão relaxando no quartel general, até a música tema de Ray Parker Jr. estão aqui.

Assista a abertura do game e vai sentir um arrepio assim que ela começar a tocar.


Ghostbusters não é um jogo difícil. De fato, um jogador razoavelmente experiente pode dominá-lo em pouco mais de uma hora de partida.


Basicamente, ele funciona como um game de tiro em terceira pessoa. Você guia seu personagem pelos cenários, mete baa em tudo que encontrar e captura os fantasmas assim que estiverem enfraquecidos.

Usar o feixe de protons é bastante simples, o tiro é um feixe contínuo e a mira que fica sobre seu alvo indica quanta energia ele ainda possui. Não é difícil alvejar os inimigos, embora seja preciso um pouco de prática no início.

Como eu disse antes, o feixe de protons não é a única arma a que terá acesso durante o jogo. Você terá acesso a uma arma que se assemelha a uma shotgun e causa um dano evastador quando usado a curta distãncia, outra arma se assemelha a uma metralhadora e há o canhão de gosma, que é um dos equipamentos mais úteis do jogo e o permite mover objetos e mesmo prender fantasmas no cenário usando uma corda elástica de gosma.

Lindo!

Aliás, eu mencionei que os fantasmas precisam ser capturados. Pois bem, algumas criaturas são destruídas simplesmente quando se atira nelas, mas os demais fantasmas precisam ser presos em armadilhas.

Para isso, é preciso enfraquecê-los com qualquer uma das armas e então usar o feixe de protons para batê-los no cenário até que fiquem imobilizados e feito isso, deixá-los sobre a luz emitida pela armadilha e mantê-los lá até serem presos. É um pouco difícil nas primeiras tentativas, mas com a prática se torna mais fácil.

Sério, este game é uma verdadeira aula sobre como se tornar um Caça Fantasma. Você vai se sentir como um verdadeiro discípulo de Peter Venkman quando o terminar.

Diga-se de passagem, o único real defeito do jogo é que ele é muito curto. Jogando com afinco, ele pode ser terminado em menos de oito horas, o que é muito pouco para um game atual.

Você pode voltar às fases que já foram terminadas para conseguir artefatos colecionáveis que tenha deixado passar, ou para escanear fantasmas que tenha perdido da primeira vez que jogou. Isso aumenta um pouco o fator replay do jogo, mas ainda fica a impressão de que ele poderia ser um pouco mais longo.


Ghostbusters é um dos melhores títulos de ação da atualidade.


Não apenas ele atende com perfeição ao senso de nostalgia de boa parte o público, mas surpreende por não se apoiar unicamente nisso e ser um dos melhores games de ação da geração atual.

Mesmo que nunca tenha assistido os filmes (e você é um cão sarnento se for o caso) pode se divertir um bocado com este game. Quem sabe ele não faz com que você fique interessado em ir atrás das películas e corrigir este erro depois de jogar?

Um amigo meu já fez isso.

Enfim, o game da geração atual é simplesmente fantástico, mas foi feita uma versão de Ghostbusters para o Ps2 também. Será que ela presta?

É o que descobriremos no próximo review.

Por enquanto, voltarei a minha coleção de esporos, fungos e bolor.

Cheers!!!

9 comentários:

Bruno disse...

Porque você não colocou uma placa Jasper ou Falcon no seu 360 Amer??

Henrique de Matos disse...

Agora fiquei com uma baita vontade de comprar esse jogo, muito obrigado pelo review Amer!!!

Só achei que o próximo revew fosse do jogo do ROTF (Me perdoe por falar disso de novo, mas eu AMO esse jogo, pelo menos para PS3 e Xbox está impecável)

Mustafá disse...

Amer, me diz uma coisa:

Por que é que você nunca faz reviews de games para PSOne?

Se você for estrear os reviews de games pra esse console, eu peço que você faça um do "Urban Chaos".

Se você quiser...

Amer H disse...

Fazer reviews depende unicamente de encontrar boas imagens de games.

Atualmente, é difícil encontrar imagens decentes de jogos do PsOne.

evil monkey disse...

LANÇOU...
UM...
JOGO...
DOS...
GHOSTBUSTERS...
?...
COMO EU NÃO SABIA DISSO????
adeus tenho que ira a uma loja de games.
URGENTE!!!

gamesxxx disse...

Nossa muito bom esse jogo Amer, otima analise como sempre, vi a versão pra PS2 e não gostei, mas depois de ver a de Xbox aqui vou comprar já!
Mas, ei, por que você não faz um review do Sonic CD, me lembro que joguei este game a exaustão quando tinha um Sega CD, alías era o unico game que prestava pro console.

Scariel disse...

Meu comentário ia ser unicamente pra perguntar sobre a versão PS2 do game, a única q posso jogar atualmente.Mas nesses jogos multiplataforma o play 2 sempre se ferra.
Mas bem de qqr jeito mas um jogo pra minha lista.
Haverá um review do novo jogo do Batman certo?

Paulo_HT disse...

tambem nao tenho certeza se pego esse game pra ps2.
e como o Henrique de Matos, também to esperando um review de Revenge of the Fallen (tomara que o de ps2 preste)

ChuckNoia disse...

Eu estava Loco por esse Game, ia ate da Pre order nele

mas dai vieram as reviws graficas dele... pro 360 ele ta otimo, mas pros outros next gen...

o Wii parece o do PS2, o de PC esta a mesma merda q no PS3, um jogo com texturas hiper borradas q parece q vc tem catarata, Segundo a Atari isso se deve a pouca ram do PS3, OK ele tem apenas 256MB de ram, mas o caixa tem 512 compartilhada com a placa de video, ou seja, ELE TB TEM A MESMA RAM DISPONIVEL PARA OUTRAS COISAS!!, e isso nao explica pq os PCs tb tao assim, existem PCs com 12 gigas de ram ja, como q esses PCs estao com graficos tao ruins?!?!

Not good Atari, not goog



BTW, manda benze esse 360 amer(ou compra outro)