Uma análise de X-Men Origens: Wolverine

Bem meus caros, vocês pediram por isso!

De fato, reparei que sempre que algum filme badalado chega aos cinemas, muitos de vocês querem saber minha opinião a respeito dele. Significa que o que eu digo faz diferença para vocês, vocês gostam de mim, gostam mesmo de mim!!! OH!!!

Isso traria uma lágrima a meus sistemas oculares caso ainda estivessem operacionais.

Mas enfim, uma vez que vocês demonstraram interesse pelo que eu tenho a dizer, decidi fazer um pequeno review das minhas impressões sobre o filme do senhor James Howlett.

E vejam bem, não sou crítico profissional de cinema (por enquanto, só de games), portanto não tomem minha opinião como uma verdade absoluta e imutável. Só quero dar uma mão para ajudar aqueles que não deciiram ainda se vão assistir ou não.

Enfim, como é só um review com minhas opiniões, este artigo será BEM mais curto do que o qu normalmente costumo fazer, mas não temam, pois um artigo de tamanho normal entrará no ar em algum momento da semana.

Aliás, vou tentar manter os spoilers em um mínimo possível.

Sem mais delongas, vamos em frente!

O filme narra a história do nosso querido Wolverine, desde quando era um menino bonitinho no interior do Canadá até o momento que ele foi levado a se tornar a Arma X.

O prólogo do filme é totalmente retirado da mini série Origens, quano vemos que mesmo menino, Logan já possuia garras de osso. O filme altera um pouco o que ocorreu no quadrinho pois aqui, Dentes de Sabre (que vou chamar de "Victor" deste ponto em diante) e Logan são irmãos que resolvem fugir juntos depois dos trágicos acontecimentos do início do filme.

Então, recebemos um montagem que mostra os dois lutando lado a lado em todas as maiores guerras do século 20. A cena onde os dois desembarcam nas praias da Normandia e juntos destroem um bunker Alemão é simplesmente fantástica.

Aliás, muita gente reclamou do fato de Logan e Victor serem mostrados como irmãos, mas eu acho que combina perfeitamente com os personagens.

Ambos tem os mesmos poderes, se conhecem a vida inteira e possuem um ódio mútuo que só pode ser explicado por uma ligação tão pessoal como serem irmãos. Sem contar que eu acredito que Wolverine e Dentes e Sabre refletem dois lados da mesma moeda, pois ambos são homens fera, mas Victor aceitou sua bestialidade enquanto Logan luta contra ela e o fato deles serem irmãos apenas acentua esta diferença.

E já que eu falei tanto do Dentes de Sabre...

... Liev Schreiber está perfeito como o pesonagem.

Ele não é muito maior que Hugh Jackman, mas sua presença é extremamente intimidadora, sem contar que ele consegue reproduzir com perfeção aquele sorriso sádico que o querdo Victor Creed tanto usa nos quadrinhos quando está fazendo alguém sofrer.

Diga-se de passagem, o elenco de apoio cumpre bem o papel. Temos um excesso de personagens que acabam não sendo totalmente bem utilizados, como Deadpool e Gambit, mas todos os filmes da franquia X-Men sofriam deste mal, com as atuações principais concentradas em um núcleo (e no centro desse núcleo sempre o Logan) e os demais mutantes agindo como coadjuvates de luxo.

Pode ser que muita gente considere um problema o excesso de "pontas" de outros personagens da franquia, mas pelo menos aqui, o nome do filme já deixa bem claro qual o personagem principal da trama.

Por sinal, esta interpetação do mutante Canadense é a que mais se assemelha a dos quadrinhos. Nos filmes anteriores, Logan era ranzinza, mas pouco se assemelhava ao ser carrancudo que passou anos em Madripoor, se mesclando perfeitamente à escória local.

Neste filme, Logan é aquele cara legal para quem todos nós gostariamos de pagar uma cerveja, mas também é o sujeito que perde o amigo mas não perde a piada. No meio de um momento romântico com sua esposa, quando a moça está lhe contando uma história de amor do folclore local, Logan não perde a oportunidade de tirar um sarro dela.

Este é o Logan que eu cresci lendo e finalmente o personagem do filme está se aproximando mais dele.

Agora, falando claramente, este é um filme de ação e essa é a benção e a maldição da história.

No começo do filme, nosso herói, junto da força mutante particular de William Stryker atacam a base de um militar Africano e matam todos lá, simplesmente para recolher o pedaço de metal que o sujeito tem em sua mesinha.

Ok, essa é a operação militar mais cara e desnecessária da história, desde que George Bush invadiu o Iraque.

Nao apenas isso, mas na maioria das vezes que Logan vai trocar uma idéia com algum outro mutante em busca de informação, a troca de diálogos dura meio segundo, seguida de uma luta que destrói todo o cenário e leva três vezes mais tempo para acabar.

Quando Logan se encontra com Remy LeBeau, a conversa que leva a luta é um bocado curta e ridícula. Se todos os mutantes tem o pavio tão curto e realmente compram briga tão rápido, não é a toa que os humanos normais tem medo deles.

Claro, nos quadrinhos normalmente é assim, mas isso aqui é cinema. As duas mídias funcionm de formas diferentes e como tal, devem abordar o mesmo assunto de formas diferentes.

O plano de William Stryker para eliminar os mutantes também é bastante... idiota. Não é ruim como o plano de Magneto no primeiro X-Men, mas quando você vir a Arma XI, vai entender do que estou falando.

E aliás, o filme dá a entender que Wolverine é completamente indestrutível. Tudo bem que ele tem fator de cura e tal, mas mesmo nos quadrinhos o personagem deixa bem claro que seus poderes tem um limite.

Por mas selvagem que seja, Logan sempre fica manso quando encara o Hulk, pois sabe que mesmo seus ossos inquebráveis e seu fator de cura não vão ajudar numa briga com o verdão.

É meio difícil engolir certas surras que o Canadense leva no filme, especialmente a solução Deus Ex Machina que Stryker usa para apagar as memórias do herói. Mesmo nos quadrinhos, isso implicaria em seqüelas muito mais sérias do que mera amnésia.

Por fim, os efeitos especiais são ruins.

Levemos em consideração que este filme é da Fox e ela nunca libera muita grana para seus filmes de super heróis. Vide Demolidor e Justiceiro como exemplos.

Isso não se aplica aqui, já que o filme custou 140 milhões de dólares. Lembremos sempre que Transformers custou 150 milhões e nos deu os robôs gigantes mais bem feitos da história do cinema. Os efeitos ruins mostrados aqui não tem desculpa.

Por exemplo, na cena em que Logan está diante de um espelho brincando com suas recém adquiridas garras de Adamantium, as mesmas são representadas por uma CG tão burlesca que parecem os efeitos de animação de Space Jam.

De fato, por que fazer as garras em CG? Por que não usar próteses? Sam Raimi usou animatrônicos ao invés de CG para fazer os tentáculos do Dr. Octopus e funcionou lindamente.

A CG ruim é especialmente notável em momentos que percebemos o uso de Green Screen e no rejuvenescimento de um personagem muito querido que faz a menor ponta do filme.

Apesar das inúmeras falhas, eu considerei X-Men Origins: Wolverine, um bom filme. Como disse inicialmente, é um filme de ação e deve ser visto como tal. Se você paga o ingresso para assistir ao filme, deve esperar explosões, porradas, pouco papo e mutantes fazendo dezenas de pontas totalmente esquecíves.

A crítica especializada está malhando esse filme como se não houvesse amanhã, mas acredito que porque todos esperavam que ele fosse a redenção que receberíamos pelo abominável X-Men 3. Quando você não espera de Wolverine mais do que ação desenfreada, é bem fácil sair satisfeito do cinema.

Este é o típico filme que apreciamos muito mais ao alugar o DVD ou quando assistimos sua reprise pela enésima vez no fim de semana, no canal Fox ou no Fx.

Nota do Amer: Bom pra ver em uma reprise num Sábado a noite chuvoso, mas nem todos vão achar que valeu o ingresso do cinema.

E é isso!

E meu teclado está tão abissalmente ruim que vou comprar um novo sem falta antes do próximo artigo.

Artigo esse que creio eu, entrará no ar na Terça Feira

Vocês verão!

Cheers!!!